O jejum intermitente se popularizou como uma estratégia alimentar na qual os praticantes que buscam o emagrecimento passam longos períodos sem se alimentar. Um novo estudo mostra, entretanto, que a dieta por si só não é suficiente para eliminar gordura do corpo. Um detalhe pode fazer toda a diferença.
De acordo com os pesquisadores da Universidade do Sul da Dinamarca e da Universidade de Wageningen, na Holanda, não são os longos intervalos entre as refeições que fazem a diferença para que qualquer perda de peso seja observada, mas sim a redução da quantidade de calorias consumidas.
A observação foi publicada na revista científica Trends in Endocrinology and Metabolism em novembro de 2023.
“Quando você faz jejum intermitente, ainda se aplica a regra fundamental de que devemos consumir menos calorias do que queimamos se quisermos perder peso. Isso significa que o jejum intermitente não lhe dá passe livre para comer quantidades ilimitadas de alimentos. É a fisiologia básica, e o jejum não pode mudar isso”, afirma o biólogo molecular Philip Ruppert, da Universidade do Sul da Dinamarca.
Jejum intermitente
O jejum intermitente é uma estratégia nutricional na qual o indivíduo permanece grande parte do dia sem comer nada e, durante uma pequena janela de tempo, consome todos os nutrientes necessários.
Estudos mostram que os períodos de jejum favorecem a utilização dos estoques de gordura como fonte de energia e, por isso, aceleram a perda de gordura.
A definição do tempo de jejum deve ser feita com orientação profissional. Em geral, ele varia de 10 a 24 horas, podendo ser feito diariamente ou apenas em alguns dias da semana. Nesse período, é permitido apenas o consumo de líquidos sem calorias, como água, chás e café sem açúcar.
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Benefícios do jejum intermitente
No artigo mais recente, os pesquisadores holandeses e dinamarqueses consideram que a prática do jejum pode oferecer benefícios à saúde que vão além da perda de peso, como a redução da pressão arterial.
Além disso, após vários dias de jejum, os indivíduos podem sentir o aumento doa sensação de euforia, substituindo a fome.
Ainda não está claro por que esse fenômeno ocorre, mas os cientistas acreditam que tal comportamento pode ter relação com mudanças nos processos químicos que ocorrem no corpo e no cérebro quando fazemos jejum.
Segundo os pesquisadores, as cetonas produzidas pelo fígado fornecem energia de maneira mais eficiente ao cérebro, de modo que o período acaba impactando no humor. “O cérebro é alimentado com cetonas durante o jejum. Talvez seja por isso que você experimente essa clareza”, considera Ruppert.
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Jejum intermitente: cientistas revelam regra de ouro da dieta - Metrópoles
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