Quando fazemos um exame de sangue e recebemos os resultados, uma das primeiras coisas que geralmente olhamos é a nossa glicemia. E com razão, já que há sempre o receio de os resultados indicarem a presença de uma doença bastante comum e temida: o diabetes.
De fato, o exame de glicemia é uma forma comum de detectar a ocorrência de diabetes. O que pouca gente sabe, porém, é que alterações nesses exames não significam, necessariamente, que a pessoa está doente.
Diversas condições podem alterar a glicemia de maneira transitória, como uso de remédios, infecções e cirurgias.
Fontes: Kimberly Conceição Silva, nutricionista clínica da Estima Nutrição; Pedro Saddi, endocrinologista do Fleury Medicina e Saúde.
Pai que perdeu três filhos para o câncer recebe mais um diagnóstico para a doença
O corretor de imóveis Régis Feitosa Mota, 53 anos, que perdeu os três filhos para o câncer em um intervalo de apenas quatro anos, recebeu um novo diagnóstico para a doença: um mieloma múltiplo. A informação foi compartilhada por ele neste sábado (28), e a previsão é que ele comece a radioterapia nesta segunda-feira (30).
"Descobrimos aí mais uma doença. Já tratamos leucemia, linfoma, não Hodgkin, que estão estabilizados. Mas a gente vem tratando, não estão curados. Dessa vez, descobrimos um mieloma múltiplo, que atinge inclusive os ossos", disse Régis Feitosa em um vídeo publicado na rede social.
Régis é portador da síndrome rara hereditária Li-Fraumeni (LFS), causada por uma mutação genética que aumenta a probabilidade em até 90% nas chances dos portadores desenvolverem câncer até os 70 anos.
É o terceiro câncer diagnosticado nele desde 2016, que já trata uma leucemia linfoide crônica e um linfoma não Hodgkin – câncer que surge no sistema linfático. Ao todo, ele e os filhos receberam 12 diagnósticos para a doença.
O novo diagnóstico é um tipo de câncer que se desenvolve na medula óssea e já está comprometendo a musculatura da face do corretor.
"Inclusive tem um edema aqui, um 'tumorzinho' aqui no seio da face, e está comprometendo não a visão, mas a parte da musculatura do olho. Então o olho está um pouco caído, e a pálpebra não está fechando", falou.
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Anna Carolina, Pedro, Régis e Beatriz em hospital; família teve ao todo 11 diagnósticos de câncer. — Foto: Arquivo pessoal
O corretor de imóveis também compartilhou uma mensagem de esperança sobre o tratamento, que terá como inspiração a luta dos três filhos.
"Contarei, além da minha fé, da minha vontade de viver, com a minha maior fonte inspiradora. Essa fonte inspiradora é a minha riqueza emoldurada, minha vida emoldurada, meus filhos. Vocês, meus filhos, foram gigantes durante suas lutas contra os diversos cânceres que os atingiram. Nunca murmuraram, não desistiram, e lutaram com força e com esperança até o fim! Pois assim o farei, meus amados filhos, seguirei sempre firme e em frente, lutarei com força e com fé, até o fim, um dia de cada vez!", escreveu Régis.
Morte dos filhos
Pai perde três filhos para o câncer por síndrome rara
Beatriz, a filha caçula de Régis, faleceu em 2018, com 10 anos. Ela foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda. A criança chegou a passar por um transplante de medula, que teve a mãe como doadora. Porém, meses depois, a doença voltou.
Pedro, de 22 anos, teve cinco episódios de câncer e morreu em 2020 com um tumor no cérebro.
A perda mais recente do corretor foi Anna Carolina, de 25 anos. A filha médica descobriu um tumor no cérebro em 2021 e morreu em novembro de 2022. Na infância, ela também fez tratamento contra leucemia.
Régis ao lado dos filhos que morreram em razão de câncer, em Fortaleza. — Foto: Arquivo pessoal
Pesquisadores usaram dados de cartão de fidelidade para estimar suscetibilidade da doença — Foto: GETTY IMAGES/BBC
Rastrear o que os consumidores compram, por meio de dados de cartão fidelidade, pode ajudar a identificar aqueles com sinais precoces de câncer, indica um novo estudo.
Segundo os autores da pequisa, a compra frequente de analgésicos sem receita e comprimidos para indigestão apontam para um risco maior de câncer de ovário - que costuma ser diagnosticado tardiamente.
Não há teste de triagem confiável e os sintomas, como inchaço, podem ser vagos e confundidos com outras condições comuns e inofensivas.
Os sintomas incluem: inchaço no estômago, indigestão, dor pélvica ou abdominal, perda de apetite ou sensação de saciedade rapidamente após comer, e necessidade de urinar com mais frequência.
O diagnóstico precoce aumenta a chance de sucesso do tratamento.
Depois de receber diagnóstico errado por anos, Fiona Murphy descobriu tipo raro de câncer de ovário aos 25 anos — Foto: FIONA MURPHY/BBC
Fiona Murphy tinha 25 anos quando foi diagnosticada com um tipo raro de câncer de ovário. Ela vinha tendo cólicas estomacais e indigestão havia alguns anos, e médicos pensavam repetidamente se tratar da síndrome do intestino irritável (SII ou IBS, na sigla em inglês).
"Vivia tomando remédio para azia antes do meu diagnóstico de câncer de ovário. Sempre o levava na bolsa. Não podia sair de casa sem ele", diz ela à BBC News. "Meus sintomas eram vagos, mas frequentes e contínuos. É isso que você precisa estar atenta."
Os sintomas de Fiona continuaram e uma tomografia revelou um tumor em seu ovário.
Agora com 39 anos, Fiona tem ajudado a equipe da Universidade Imperial College London, na Inglaterra, em suas pesquisas.
"Queria ajudar no desenvolvimento deste estudo porque recebi o diagnóstico errado por quase dois anos", diz ela."Se existe uma maneira de obter um diagnóstico precoce, quero ajudar as pessoas que estão passando pelo mesmo que passei."
"Receber o diagnóstico precocemente é vital. Se meu câncer tivesse sido detectado antes, poderia ter feito muito menos cirurgias e teria tido opções melhores de fertilidade."
Pesquisadores trabalharam com dois grandes varejistas e 283 clientes do sexo feminino, que concordaram em compartilhar seus dados de compras ao longo de seis anos — Foto: GETTY IMAGES/BBC
James Flanagan, principal autor do trabalho financiado pela Cancer Research UK, instituição sem fins lucrativos baseada no Reino Unido e dedicada à pesquisa do câncer, diz: "Os sintomas de câncer que estamos procurando são muito comuns — mas para algumas mulheres, eles podem ser os primeiros sinais de algo mais sério".
"Usando dados de compras, nosso estudo encontrou um aumento notável nas compras de medicamentos para dor e indigestão entre mulheres com câncer de ovário, até oito meses antes do diagnóstico, em comparação com mulheres sem câncer de ovário.
"Isso indica que, muito antes de as mulheres reconhecerem seus sintomas como alarmantes o suficiente para ir ao médico, elas podem tratá-los em casa".
Os pesquisadores trabalharam com dois grandes varejistas e 283 clientes do sexo feminino, que concordaram em compartilhar seus dados de compras ao longo de seis anos. Mais da metade foi diagnosticada com câncer de ovário.
Mais pesquisas são necessárias para confirmar as descobertas. A equipe agora planeja testar se os dados de compras também podem ajudar a detectar outros tipos de câncer — como câncer de estômago, fígado e bexiga.
O estudo foi publicado na revista científica JMIR Public Health and Surveillance.
A dor de garganta é um sintoma bastante comum, com causas mais frequentes como infecções por vírus, bactérias ou fungos —em casos raros, pode ter a ver com tumores e alergias. Mas qual remédio para dor de garganta tomar para aliviar?
Na maioria das vezes, o desconforto passa em alguns dias, sem a necessidade de medicação.
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A distinção entre os motivos que levaram à dor de garganta entre virais, alérgicas e bacterianas é importante, já que os medicamentos indicados para tratar cada um desses tipos são diferentes e variam de acordo com a sua causa.
Alerta: automedicação pode provocar riscos e efeitos colaterais. A recomendação é buscar um otorrinolaringologista para identificar o que está provocando a dor de garganta e iniciar o tratamento com o medicamento mais adequado.
Remédio para dor de garganta: o que funciona?
Analgésicos e antitérmicos
Analgésicos aliviam a dor e são medicamentos que podem ser indicados em todos os casos, a depender do nível de dor e desconforto da pessoa. Geralmente, a indicação ocorre em quadros leves, com discreta inflamação local. Já antitérmicos costumam ser usados em casos de febre.
Entre os mais comuns, estão:
A dosagem e frequência variam de acordo com a idade e condições de saúde, mas geralmente indica-se a cada 6 ou 8 horas.
Anti-inflamatórios
Os anti-inflamatórios também servem para aliviar a dor e reduzir a inflamação ou o edema (inchaço) que acontece na garganta.
Geralmente, são indicados quando há um desconforto maior, devido a maior processo inflamatório envolvido.
Para reduzir a inflamação na garganta, há diversas opções de anti-inflamatórios. Entre eles, destacam-se:
São indicados quando ocorre uma infecção por bactérias, como faringoamigdalite (faringites e amigdalites). Geralmente, os sintomas são mais intensos e prolongados.
Nestes casos, é preciso que o diagnóstico seja feito por um médico, que avaliará o quadro e indicará a melhor alternativa de antibiótico a ser utilizado.
Entre os principais antibióticos usados para tratar dor de garganta, estão
Os antibióticos podem ser encontrados na forma de cápsula, comprimido ou suspensão líquida. Podem ser usados em intervalos que variam de 6 a 12 horas e o tempo de tratamento é de 7 a 14 dias.
Antissépticos e analgésicos locais (como pastilhas)
É provável que você já tenha usado uma pastilha para dor de garganta. Há diversos tipos disponíveis que contribuem com o alívio da dor e inflamação na garganta.
O efeito da pastilha é momentâneo e deve-se associar ao uso de outros medicamentos, como analgésicos ou anti-inflamatórios.
A dose recomendada varia: o ideal é não usar mais do que cinco pastilhas ao dia e não prolongar o tratamento por mais de três dias.
Remédios caseiros para dor de garganta
Alguns alimentos ou receitas caseiras podem diminuir o desconforto momentaneamente. Vale lembrar que nem todos possuem comprovação científica dos benefícios.
A seguir, veja alguns itens que podem ser usados para amenizar dores de garganta menos intensas:
Seja puro ou em chás, o alimento pode aliviar o desconforto da inflamação na garganta. Isso porque possui sacarose e a frutose, que estimulam a produção de saliva e hidratam as mucosas da boca.
Por conter uma substância chamada gingerol, o gengibre fresco pode diminuir o risco de infecções no organismo. Além disso, tem propriedades que impedem o crescimento de diferentes tipos de bactérias. O chá de gengibre é bastante usado para diminuir os desconfortos na garganta.
Suco ou chá de limão
A fruta cítrica ao ser ingerida durante uma infecção dá alívio aos sintomas por ter ação antisséptica. Portanto, realiza uma limpeza da região. Geralmente, o suco ou chá de limão pode levar outros ingredientes que ajudam no controle do desconforto, como mel ou gengibre.
Chá de camomila
A bebida pode ser usada como um analgésico natural, além de hidratar o organismo.
Por conter propriedades anti-inflamatórias e antibacterianas, o própolis em spray pode diminuir o desconforto da inflamação na garganta.
Fontes: Hugo Leite, otorrinolaringologista e professor da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro); Rafael Raposo, otorrinolaringologista do Hospital Santa Paula (SP); e Maria Fernanda Barros, farmacêutica do CRF-BA (Conselho Regional de Farmácia da Bahia).
Pai que perdeu três filhos para o câncer recebe mais um diagnóstico para a doença
O corretor de imóveis Régis Feitosa Mota, 53 anos, que perdeu os três filhos para o câncer em um intervalo de apenas quatro anos, recebeu um novo diagnóstico para a doença: um mieloma múltiplo. A informação foi compartilhada por ele neste sábado (28), e a previsão é que ele comece a radioterapia nesta segunda-feira (30).
"Descobrimos aí mais uma doença. Já tratamos leucemia, linfoma, não Hodgkin, que estão estabilizados. Mas a gente vem tratando, não estão curados. Dessa vez, descobrimos um mieloma múltiplo, que atinge inclusive os ossos", disse Régis Feitosa em um vídeo publicado na rede social.
Régis é portador da síndrome rara hereditária Li-Fraumeni (LFS), causada por uma mutação genética que aumenta a probabilidade em até 90% nas chances dos portadores desenvolverem câncer até os 70 anos.
É o terceiro câncer diagnosticado nele desde 2016, que já trata uma leucemia linfoide crônica e um linfoma não Hodgkin – câncer que surge no sistema linfático. Ao todo, ele e os filhos receberam 12 diagnósticos para a doença.
O novo diagnóstico é um tipo de câncer que se desenvolve na medula óssea e já está comprometendo a musculatura da face do corretor.
"Inclusive tem um edema aqui, um 'tumorzinho' aqui no seio da face, e está comprometendo não a visão, mas a parte da musculatura do olho. Então o olho está um pouco caído, e a pálpebra não está fechando", falou.
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Anna Carolina, Pedro, Régis e Beatriz em hospital; família teve ao todo 11 diagnósticos de câncer. — Foto: Arquivo pessoal
O corretor de imóveis também compartilhou uma mensagem de esperança sobre o tratamento, que terá como inspiração a luta dos três filhos.
"Contarei, além da minha fé, da minha vontade de viver, com a minha maior fonte inspiradora. Essa fonte inspiradora é a minha riqueza emoldurada, minha vida emoldurada, meus filhos. Vocês, meus filhos, foram gigantes durante suas lutas contra os diversos cânceres que os atingiram. Nunca murmuraram, não desistiram, e lutaram com força e com esperança até o fim! Pois assim o farei, meus amados filhos, seguirei sempre firme e em frente, lutarei com força e com fé, até o fim, um dia de cada vez!", escreveu Régis.
Morte dos filhos
Pai perde três filhos para o câncer por síndrome rara
Beatriz, a filha caçula de Régis, faleceu em 2018, com 10 anos. Ela foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda. A criança chegou a passar por um transplante de medula, que teve a mãe como doadora. Porém, meses depois, a doença voltou.
Pedro, de 22 anos, teve cinco episódios de câncer e morreu em 2020 com um tumor no cérebro.
A perda mais recente do corretor foi Anna Carolina, de 25 anos. A filha médica descobriu um tumor no cérebro em 2021 e morreu em novembro de 2022. Na infância, ela também fez tratamento contra leucemia.
Régis ao lado dos filhos que morreram em razão de câncer, em Fortaleza. — Foto: Arquivo pessoal
Jéssica Beatriz Costa procurou seu médico para descobrir o motivo de sua insônia. A influencer, que é filha do cantor Leonardo, contou que o profissional acredita que a abstinência do álcool esteja causando a falta de sono.
"Para todos que me mandaram mensagens, sim, com a graça de Deus, estou conseguindo dormir nesses últimos dias... Ainda acordo com o corpo meio doendo, mas finalmente estou conseguindo dormir. Muito obrigada pelo carinho e preocupação", começou.
Ela contou então que estava bebendo muito durante um período e que após parar com o consumo de álcool, acabou tendo problemas para dormir: "Conversando com meu médico, achamos que grande parte dessa insônia foi por conta da abstinência do álcool, que eu estava consumindo quase que diariamente".
Jéssica conta que ainda não tirou o álcool por completo de sua dieta, mas que apenas a redução da quantidade já tem ajudado a recuperar o seu sono. "Já faz quase uma semana que parei. Então os sintomas vão melhorando e consequente meu sono voltando ao normal Não parei 100%, mas vou ficar o máximo que puder sem consumir bebidas alcoólicas. Apenas em ocasiões especiais", contou.
Jéssica Beatriz Costa — Foto: Reprodução do Instagram
A dor de garganta é um sintoma bastante comum, com causas mais frequentes como infecções por vírus, bactérias ou fungos —em casos raros, pode ter a ver com tumores e alergias. Mas qual remédio para dor de garganta tomar para aliviar?
Na maioria das vezes, o desconforto passa em alguns dias, sem a necessidade de medicação.
Relacionadas
A distinção entre os motivos que levaram à dor de garganta entre virais, alérgicas e bacterianas é importante, já que os medicamentos indicados para tratar cada um desses tipos são diferentes e variam de acordo com a sua causa.
Alerta: automedicação pode provocar riscos e efeitos colaterais. A recomendação é buscar um otorrinolaringologista para identificar o que está provocando a dor de garganta e iniciar o tratamento com o medicamento mais adequado.
Remédio para dor de garganta: o que funciona?
Analgésicos e antitérmicos
Analgésicos aliviam a dor e são medicamentos que podem ser indicados em todos os casos, a depender do nível de dor e desconforto da pessoa. Geralmente, a indicação ocorre em quadros leves, com discreta inflamação local. Já antitérmicos costumam ser usados em casos de febre.
Entre os mais comuns, estão:
A dosagem e frequência variam de acordo com a idade e condições de saúde, mas geralmente indica-se a cada 6 ou 8 horas.
Anti-inflamatórios
Os anti-inflamatórios também servem para aliviar a dor e reduzir a inflamação ou o edema (inchaço) que acontece na garganta.
Geralmente, são indicados quando há um desconforto maior, devido a maior processo inflamatório envolvido.
Para reduzir a inflamação na garganta, há diversas opções de anti-inflamatórios. Entre eles, destacam-se:
São indicados quando ocorre uma infecção por bactérias, como faringoamigdalite (faringites e amigdalites). Geralmente, os sintomas são mais intensos e prolongados.
Nestes casos, é preciso que o diagnóstico seja feito por um médico, que avaliará o quadro e indicará a melhor alternativa de antibiótico a ser utilizado.
Entre os principais antibióticos usados para tratar dor de garganta, estão
Os antibióticos podem ser encontrados na forma de cápsula, comprimido ou suspensão líquida. Podem ser usados em intervalos que variam de 6 a 12 horas e o tempo de tratamento é de 7 a 14 dias.
Antissépticos e analgésicos locais (como pastilhas)
É provável que você já tenha usado uma pastilha para dor de garganta. Há diversos tipos disponíveis que contribuem com o alívio da dor e inflamação na garganta.
O efeito da pastilha é momentâneo e deve-se associar ao uso de outros medicamentos, como analgésicos ou anti-inflamatórios.
A dose recomendada varia: o ideal é não usar mais do que cinco pastilhas ao dia e não prolongar o tratamento por mais de três dias.
Remédios caseiros para dor de garganta
Alguns alimentos ou receitas caseiras podem diminuir o desconforto momentaneamente. Vale lembrar que nem todos possuem comprovação científica dos benefícios.
A seguir, veja alguns itens que podem ser usados para amenizar dores de garganta menos intensas:
Seja puro ou em chás, o alimento pode aliviar o desconforto da inflamação na garganta. Isso porque possui sacarose e a frutose, que estimulam a produção de saliva e hidratam as mucosas da boca.
Por conter uma substância chamada gingerol, o gengibre fresco pode diminuir o risco de infecções no organismo. Além disso, tem propriedades que impedem o crescimento de diferentes tipos de bactérias. O chá de gengibre é bastante usado para diminuir os desconfortos na garganta.
Suco ou chá de limão
A fruta cítrica ao ser ingerida durante uma infecção dá alívio aos sintomas por ter ação antisséptica. Portanto, realiza uma limpeza da região. Geralmente, o suco ou chá de limão pode levar outros ingredientes que ajudam no controle do desconforto, como mel ou gengibre.
Chá de camomila
A bebida pode ser usada como um analgésico natural, além de hidratar o organismo.
Por conter propriedades anti-inflamatórias e antibacterianas, o própolis em spray pode diminuir o desconforto da inflamação na garganta.
Fontes: Hugo Leite, otorrinolaringologista e professor da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro); Rafael Raposo, otorrinolaringologista do Hospital Santa Paula (SP); e Maria Fernanda Barros, farmacêutica do CRF-BA (Conselho Regional de Farmácia da Bahia).
A pequena Afeefa tem apenas nove meses, porém, já passou por momentos desafiadores na luta contra o câncer infantil. No entanto, ela acabou ganhando uma importante aliada em seu tratamento: sua irmã Nazia, de 8 anos. A pequena doou sua medula óssea para salvar a vida da bebê diagnosticada com a leucemia linfoblástica aguda.
Os pais paquistaneses das meninas, Muhammad Iqbal e Batool Zahra, que moram nos Emirados Árabes Unidos há 10 anos, disseram que a filha tinha apenas três meses quando começou a sentir febre prolongada e ficar pálida, informou o jornal local The National News.
Nazia doou sua medula para a irmã — Foto: Reprodução The National News/ Burjeel Medical City
Após a pequena fazer os exames de sangue, o casal recebeu a triste notícia que a bebê estava com câncer. “A leucemia linfoblástica aguda é um dos cânceres comuns em crianças, mas precisa ser tratada agressivamente”, disse o médico Zainul Aabideen, oncologista da Burjeel Medical City, hospital em Abu Dhabi, onde a bebê fez a cirurgia. “O teste genético avançado revelou que um alto risco de uma mutação genética estava causando essa leucemia. De acordo com o protocolo internacional, a única chance de curar sua doença era através do transplante de medula óssea", comentou o especialista.
Quando a busca por doadores começou, os médicos identificaram que Nazia era compatível com a Afeefa. “Fiquei triste quando os médicos me disseram que minha irmãzinha estava muito doente”, lamentou a garotinha. Mas, quando soube que poderia ajudá-la, ela não hesitou: "Eu sou uma garota corajosa e não tinha medo. Afeefa é como minha irmã gêmea agora”, acrescentou.
Saiba mais
O transplante de medula óssea foi realizado em 1º de dezembro de 2022. Após a cirurgia, a pequena Afeefa foi mantida em observação para se avaliar a resposta de seu corpo. Depois da realização do procedimento, ela teve algumas complicações como convulsões e infecções na corrente sanguínea, porém, ela foi tratada e se recuperou.
Para os pais, a cirurgia da filha foi um alívio. “Agora sentimos que uma grande luta acabou depois de meses de sofrimento e dor”, desabafou Muhammad. "Também quero mencionar minha esposa, que observou nossa filha o tempo todo e alertou a equipe médica mesmo que houvesse a menor mudança nela”, completou.
Os médicos também estão muito felizes com o resultado da cirurgia. "O sucesso do procedimento de medula óssea em um paciente tão jovem oferece esperança a mais crianças que precisam desse cuidado. O procedimento demonstra nossa capacidade e experiência em transplante de medula óssea. Estamos orgulhosos deste novo marco”, afirmou o professor Humaid Al Shamsi, consultor do hospital Burjeel.
As leucemias são o tipo de câncer mais comum entre as crianças, responsável por 28% dos diagnósticos. É uma doença que acontece na medula óssea e na corrente sanguínea. Existem várias formas da doença, as duas mais frequentes são a leucemia linfoide aguda (LLA) e a leucemia mieloide aguda (LMA). As taxas de sucesso do tratamento variam de 70 a 90%.
Sintomas: são muitos e podem ser facilmente confundidos com sintomas de outras doenças pediátricas corriqueiras. Os mais comuns são palidez, fraqueza, fadiga, febre, perda de peso, sangramentos, infecções de repetição, manchas roxas na pele, aumento dos gânglios...
Diagnóstico: as primeiras suspeitas costumam ser levantadas só depois do aparecimento de sintomas sem explicação aparente. Para confirmar o diagnóstico, é preciso fazer um exame de sangue e um mielograma, que analisa a medula óssea.
Tratamento: o principal tratamento para as leucemias infantis ainda é a quimioterapia. Costuma ser um protocolo longo e intenso, exigindo algumas internações para administração das medicações. Pode levar até dois anos de idas e vindas ao hospital. Outros tipos de tratamento, como transplante de células-tronco e radioterapia, só são usados em casos muito específicos.
Um novo estudo com mais de 29 mil pessoas com 60 anos ou mais identificou seis hábitos - desde comer uma variedade de alimentos até ler ou jogar cartas regularmente - que estão associados a um menor risco de demência e a uma taxa mais lenta de declínio da memória.
Comer uma dieta balanceada, exercitar a mente e o corpo regularmente, ter contato regular com outras pessoas e não beber ou fumar - seis “fatores de estilo de vida saudável” - foram associados a melhores resultados cognitivos em adultos mais velhos em um grande estudo chinês realizado ao longo de uma década e publicado na revista científica BMJ na última quarta-feira, 25.
Embora os pesquisadores já saibam que existe uma ligação entre a demência e fatores como isolamento social e obesidade, o tamanho e o escopo do novo estudo adicionam evidências substanciais a um corpo global de pesquisa que sugere que um estilo de vida saudável pode ajudar o cérebro a envelhecer melhor.
Também sugere que os efeitos de um estilo de vida saudável são benéficos mesmo para pessoas que são geneticamente mais suscetíveis ao declínio da memória - uma descoberta “muito promissora” para os milhões de indivíduos em todo o mundo que carregam o gene APOEε4, um importante fator de risco para a doença de Alzheimer, disse Eef Hogervorst, presidente de psicologia biológica na Universidade de Loughborough, que não esteve envolvido no estudo
A memória naturalmente diminui gradualmente à medida que as pessoas envelhecem. Algumas pessoas mais velhas podem desenvolver demência, um termo abrangente que pode incluir a doença de Alzheimer e geralmente descreve uma deterioração da função cognitiva que vai além dos efeitos normais do envelhecimento. Mas, para muitos, “a perda de memória pode ser apenas um esquecimento senescente”, escrevem os autores do estudo do BMJ – como esquecer o nome daquele programa de TV que você adorava ou aquele fato incômodo que você queria procurar.
A perda de memória não é menos prejudicial por ser gradual, e o declínio da memória relacionado à idade pode, em alguns casos, ser um sintoma precoce de demência. Mas a boa notícia, dizem os pesquisadores, é que “pode ser revertido ou tornar-se estável, em vez de progredir para um estado patológico”.
O estudo foi realizado na China entre 2009 e 2019, com testes em mais de 29 mil pessoas com 60 anos ou mais. Os pesquisadores acompanharam seu progresso ou declínio ao longo do tempo - o que é conhecido como estudo de coorte de base populacional. Embora mais de 10.500 participantes tenham deixado o estudo na década seguinte – alguns participantes morreram ou pararam de participar – os pesquisadores ainda usaram os dados coletados desses indivíduos em suas análises.
No início do estudo, os pesquisadores realizaram testes de memória, bem como testes para o gene APOE. Eles também entrevistaram os participantes sobre seus hábitos diários. A partir das respostas, eles foram sendo classificados em um dos três grupos - favorável, médio e desfavorável - com base em seu estilo de vida.
Os seis fatores de estilo de vida modificáveis nos quais os pesquisadores se concentraram incluíram:
Exercício físico: Fazer pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana.
Dieta: Comer quantidades diárias adequadas de pelo menos sete dos 12 itens alimentares (frutas, legumes, peixe, carne, laticínios, sal, óleo, ovos, cereais, legumes, nozes e chá).
Álcool: Nunca bebeu ou bebeu ocasionalmente.
Tabagismo: Nunca ter fumado ou ser ex-fumante.
Atividade cognitiva: Exercitar o cérebro pelo menos duas vezes por semana (lendo e jogando cartas ou mah-jongg, por exemplo).
Contato social: Envolver-se com outras pessoas pelo menos duas vezes por semana (participando de reuniões da comunidade ou visitando amigos ou parentes, por exemplo).
Ao longo do estudo, os pesquisadores descobriram que as pessoas no grupo favorável (que apresentavam de quatro a seis fatores saudáveis) e no grupo médio (dois a três) tiveram uma taxa mais lenta de declínio da memória ao longo do tempo do que pessoas com estilos de vida com hábitos desfavoráveis (zero a um saudável).
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As pessoas que vivem estilos de vida favoráveis que incluíam pelo menos quatro hábitos saudáveis também eram menos propensas a progredir para comprometimento cognitivo leve e demência.
Os resultados mostram que “mais é melhor desses comportamentos”, diz Hogervorst – em outras palavras, quanto mais fatores de estilo de vida saudável você puder combinar, melhores serão suas chances de preservar sua memória e evitar a demência.
Notavelmente, isso é verdade mesmo para pessoas que carregam o gene APOE associado a um maior risco de doença de Alzheimer.
“Esses resultados fornecem uma perspectiva otimista, pois sugerem que, embora o risco genético não seja modificável, uma combinação de fatores de estilo de vida mais saudáveis está associada a uma taxa mais lenta de declínio da memória, independentemente do risco genético”, escreveram os autores da pesquisa.
O estudo se destaca por seu tamanho e acompanhamento ao longo do tempo e por ter sido conduzido na China, enquanto “a maioria das publicações é baseada em países ocidentais de alta renda”, disse Carol Brayne, professora de medicina de saúde pública da Universidade de Cambridge. que pesquisa idosos e demência, disse em um e-mail.
No entanto, os autores do estudo reconhecem várias limitações, incluindo que os relatos das próprias pessoas sobre comportamentos de saúde podem não ser totalmente precisos e que as pessoas que participaram do estudo eram mais propensas a levar uma vida saudável para começar.
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Algumas das descobertas do estudo diferem dos resultados de outros grandes estudos realizados nos Estados Unidos e na Europa, diz Hogervorst. Por exemplo, o estudo chinês descobriu que o fator de estilo de vida com maior efeito na redução do declínio da memória era uma dieta balanceada. Outros estudos sugeriram que a dieta é menos importante na velhice do que o exercício físico e mental, diz Hogervorst.
Ainda assim, seus resultados se alinham com o amplo consenso científico de que existe uma ligação entre a forma como vivemos e nossa função cognitiva à medida que envelhecemos - e talvez mais importante, sugerem que nunca é tarde demais para melhorar a saúde do cérebro.
“A mensagem geral do estudo é positiva”, disse Snorri B. Rafnsson, professor associado de envelhecimento e demência da University of West London, em um e-mail. “A saber, essa função cognitiva, e especialmente a função de memória, na vida adulta, pode ser influenciada positivamente pelo envolvimento regular e frequente em diferentes atividades relacionadas à saúde”.
Os sintomas da ansiedade variam bastante, porém muitas vezes prejudicam o dia a dia e podem ser incapacitantes. Quem passa por algo do tipo busca imediatamente algum remédio que faça a sensação de ansiedade passar.
A ansiedade (ou se sentir ansioso) é uma resposta natural do nosso corpo para várias situações do cotidiano. Mas quando causa um sofrimento exagerado e significativo pode ser algum transtorno que precisa de tratamento.
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"A medicação para ansiedade é indicada quando há um impacto na vida social e profissional do indivíduo, com comprometimento da rotina, afetando o sono e a alimentação. Geralmente, os sintomas de fadiga, preocupação e medo são intensos e ocorrem por pelo menos seis meses", explica a psiquiatra Christiane Ribeiro.
A automedicação, ou seja, ingerir medicamentos sem prescrição médica, costuma agravar os sintomas. É preciso recomendação profissional para iniciar um tratamento, caso contrário a situação tende a se agravar.
Remédios para ansiedade: veja o que funciona
Antidepressivos
É bastante comum que ao procurar o psiquiatra por conta da ansiedade a pessoa saia do consultório com a indicação de um antidepressivo. Há diversos tipos deste medicamento que podem ser prescritos.
O tratamento varia de acordo com a intensidade dos sintomas ou após o diagnóstico de transtornos como TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) e síndrome do pânico.
"Os antidepressivos são comumente utilizados para o tratamento de todos os tipos de transtornos de ansiedade, pois têm a vantagem de reduzir a depressão, que está frequentemente associada à ansiedade", explica o farmacêutico Marcelo Polacow, presidente do CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo).
Este tipo de medicamento ajuda o cérebro a absorver melhor algumas substâncias, como a serotonina e a norepinefrina, os neurotransmissores que ajudam na regulação do humor.
Entre os principais antidepressivos, podemos citar:
Os ansiolíticos são medicamentos com efeito tranquilizante que atuam no sistema nervoso central e reduzem os sintomas físicos da ansiedade, como a tensão muscular, além de moderar a excitação e melhorar o sono.
Podem ser indicados de forma pontual para lidar com problemas de curto prazo, mas não costumam ser prescritos por longos períodos —alguns perdem a eficácia com o tempo e causam dependência e abstinência.
Entre os principais ansiolíticos, destacam-se:
É comum também que o indivíduo com ansiedade, principalmente no início do tratamento, use o ansiolítico com algum tipo de antidepressivo.
Betabloqueadores
Indicados para tratar problemas como pressão alta ou cardíacos, os betabloqueadores podem ser indicados para amenizar os sintomas físicos da ansiedade, como taquicardia.
Os betabloqueadores não tratam a ansiedade em si, apenas amenizam os desconfortos momentaneamente.
Entre os betabloqueadores usados para controlar os sintomas de ansiedade, estão:
Possíveis efeitos colaterais
Os medicamentos usados para controlar a ansiedade podem provocar alguns efeitos colaterais. Para minimizar os riscos, é fundamental relatar os desconfortos apresentados para o médico.
Entre os efeitos colaterais dos medicamentos para ansiedade, estão:
Falta de coordenação motora
Taquicardia
Disfunção sexual
Problemas gastrointestinais
Dores de cabeça
Tonturas
Edemas nos pés e tornozelos
Boca seca
Calafrios
Confusão mental
Insônia ou sonolência
Outras formas de amenizar a ansiedade
Geralmente, a pessoa com ansiedade excessiva precisa de acompanhamento médico por bastante tempo. O recomendado é procurar um psicólogo para aprender a lidar com as emoções.
Além dos medicamentos, é preciso também mudar alguns hábitos diários para aumentar o bem-estar. Veja abaixo algumas recomendações:
Praticar atividade física regular
Evitar alimentos com cafeína
Meditar
Manter uma alimentação balanceada
Técnicas de respiração
Realizar massagens relaxantes
Diminuir o uso de tecnologia, principalmente antes de dormir
Investir em um hobby e momentos de lazer
Fontes: Christiane Ribeiro, psiquiatra e membro da Comissão da Saúde Mental da Mulher da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria); Vera Lúcia Viveiros Sá, psiquiatra e professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); e Marcelo Polacow, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.
Um novo estudo com mais de 29 mil pessoas com 60 anos ou mais identificou seis hábitos - desde comer uma variedade de alimentos até ler ou jogar cartas regularmente - que estão associados a um menor risco de demência e a uma taxa mais lenta de declínio da memória.
Comer uma dieta balanceada, exercitar a mente e o corpo regularmente, ter contato regular com outras pessoas e não beber ou fumar - seis “fatores de estilo de vida saudável” - foram associados a melhores resultados cognitivos em adultos mais velhos em um grande estudo chinês realizado ao longo de uma década e publicado na revista científica BMJ na última quarta-feira, 25.
Embora os pesquisadores já saibam que existe uma ligação entre a demência e fatores como isolamento social e obesidade, o tamanho e o escopo do novo estudo adicionam evidências substanciais a um corpo global de pesquisa que sugere que um estilo de vida saudável pode ajudar o cérebro a envelhecer melhor.
Também sugere que os efeitos de um estilo de vida saudável são benéficos mesmo para pessoas que são geneticamente mais suscetíveis ao declínio da memória - uma descoberta “muito promissora” para os milhões de indivíduos em todo o mundo que carregam o gene APOEε4, um importante fator de risco para a doença de Alzheimer, disse Eef Hogervorst, presidente de psicologia biológica na Universidade de Loughborough, que não esteve envolvido no estudo
A memória naturalmente diminui gradualmente à medida que as pessoas envelhecem. Algumas pessoas mais velhas podem desenvolver demência, um termo abrangente que pode incluir a doença de Alzheimer e geralmente descreve uma deterioração da função cognitiva que vai além dos efeitos normais do envelhecimento. Mas, para muitos, “a perda de memória pode ser apenas um esquecimento senescente”, escrevem os autores do estudo do BMJ – como esquecer o nome daquele programa de TV que você adorava ou aquele fato incômodo que você queria procurar.
A perda de memória não é menos prejudicial por ser gradual, e o declínio da memória relacionado à idade pode, em alguns casos, ser um sintoma precoce de demência. Mas a boa notícia, dizem os pesquisadores, é que “pode ser revertido ou tornar-se estável, em vez de progredir para um estado patológico”.
O estudo foi realizado na China entre 2009 e 2019, com testes em mais de 29 mil pessoas com 60 anos ou mais. Os pesquisadores acompanharam seu progresso ou declínio ao longo do tempo - o que é conhecido como estudo de coorte de base populacional. Embora mais de 10.500 participantes tenham deixado o estudo na década seguinte – alguns participantes morreram ou pararam de participar – os pesquisadores ainda usaram os dados coletados desses indivíduos em suas análises.
No início do estudo, os pesquisadores realizaram testes de memória, bem como testes para o gene APOE. Eles também entrevistaram os participantes sobre seus hábitos diários. A partir das respostas, eles foram sendo classificados em um dos três grupos - favorável, médio e desfavorável - com base em seu estilo de vida.
Os seis fatores de estilo de vida modificáveis nos quais os pesquisadores se concentraram incluíram:
Exercício físico: Fazer pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana.
Dieta: Comer quantidades diárias adequadas de pelo menos sete dos 12 itens alimentares (frutas, legumes, peixe, carne, laticínios, sal, óleo, ovos, cereais, legumes, nozes e chá).
Álcool: Nunca bebeu ou bebeu ocasionalmente.
Tabagismo: Nunca ter fumado ou ser ex-fumante.
Atividade cognitiva: Exercitar o cérebro pelo menos duas vezes por semana (lendo e jogando cartas ou mah-jongg, por exemplo).
Contato social: Envolver-se com outras pessoas pelo menos duas vezes por semana (participando de reuniões da comunidade ou visitando amigos ou parentes, por exemplo).
Ao longo do estudo, os pesquisadores descobriram que as pessoas no grupo favorável (que apresentavam de quatro a seis fatores saudáveis) e no grupo médio (dois a três) tiveram uma taxa mais lenta de declínio da memória ao longo do tempo do que pessoas com estilos de vida com hábitos desfavoráveis (zero a um saudável).
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As pessoas que vivem estilos de vida favoráveis que incluíam pelo menos quatro hábitos saudáveis também eram menos propensas a progredir para comprometimento cognitivo leve e demência.
Os resultados mostram que “mais é melhor desses comportamentos”, diz Hogervorst – em outras palavras, quanto mais fatores de estilo de vida saudável você puder combinar, melhores serão suas chances de preservar sua memória e evitar a demência.
Notavelmente, isso é verdade mesmo para pessoas que carregam o gene APOE associado a um maior risco de doença de Alzheimer.
“Esses resultados fornecem uma perspectiva otimista, pois sugerem que, embora o risco genético não seja modificável, uma combinação de fatores de estilo de vida mais saudáveis está associada a uma taxa mais lenta de declínio da memória, independentemente do risco genético”, escreveram os autores da pesquisa.
O estudo se destaca por seu tamanho e acompanhamento ao longo do tempo e por ter sido conduzido na China, enquanto “a maioria das publicações é baseada em países ocidentais de alta renda”, disse Carol Brayne, professora de medicina de saúde pública da Universidade de Cambridge. que pesquisa idosos e demência, disse em um e-mail.
No entanto, os autores do estudo reconhecem várias limitações, incluindo que os relatos das próprias pessoas sobre comportamentos de saúde podem não ser totalmente precisos e que as pessoas que participaram do estudo eram mais propensas a levar uma vida saudável para começar.
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Algumas das descobertas do estudo diferem dos resultados de outros grandes estudos realizados nos Estados Unidos e na Europa, diz Hogervorst. Por exemplo, o estudo chinês descobriu que o fator de estilo de vida com maior efeito na redução do declínio da memória era uma dieta balanceada. Outros estudos sugeriram que a dieta é menos importante na velhice do que o exercício físico e mental, diz Hogervorst.
Ainda assim, seus resultados se alinham com o amplo consenso científico de que existe uma ligação entre a forma como vivemos e nossa função cognitiva à medida que envelhecemos - e talvez mais importante, sugerem que nunca é tarde demais para melhorar a saúde do cérebro.
“A mensagem geral do estudo é positiva”, disse Snorri B. Rafnsson, professor associado de envelhecimento e demência da University of West London, em um e-mail. “A saber, essa função cognitiva, e especialmente a função de memória, na vida adulta, pode ser influenciada positivamente pelo envolvimento regular e frequente em diferentes atividades relacionadas à saúde”.