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Saturday, January 28, 2023

Remédio para ansiedade: o que funciona e o que não funciona? - VivaBem

Os sintomas da ansiedade variam bastante, porém muitas vezes prejudicam o dia a dia e podem ser incapacitantes. Quem passa por algo do tipo busca imediatamente algum remédio que faça a sensação de ansiedade passar.

A ansiedade (ou se sentir ansioso) é uma resposta natural do nosso corpo para várias situações do cotidiano. Mas quando causa um sofrimento exagerado e significativo pode ser algum transtorno que precisa de tratamento.

"A medicação para ansiedade é indicada quando há um impacto na vida social e profissional do indivíduo, com comprometimento da rotina, afetando o sono e a alimentação. Geralmente, os sintomas de fadiga, preocupação e medo são intensos e ocorrem por pelo menos seis meses", explica a psiquiatra Christiane Ribeiro.

A automedicação, ou seja, ingerir medicamentos sem prescrição médica, costuma agravar os sintomas. É preciso recomendação profissional para iniciar um tratamento, caso contrário a situação tende a se agravar.

Remédios para ansiedade: veja o que funciona

  • Antidepressivos

É bastante comum que ao procurar o psiquiatra por conta da ansiedade a pessoa saia do consultório com a indicação de um antidepressivo. Há diversos tipos deste medicamento que podem ser prescritos.

O tratamento varia de acordo com a intensidade dos sintomas ou após o diagnóstico de transtornos como TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) e síndrome do pânico.

"Os antidepressivos são comumente utilizados para o tratamento de todos os tipos de transtornos de ansiedade, pois têm a vantagem de reduzir a depressão, que está frequentemente associada à ansiedade", explica o farmacêutico Marcelo Polacow, presidente do CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo).

Este tipo de medicamento ajuda o cérebro a absorver melhor algumas substâncias, como a serotonina e a norepinefrina, os neurotransmissores que ajudam na regulação do humor.

Entre os principais antidepressivos, podemos citar:

Os ansiolíticos são medicamentos com efeito tranquilizante que atuam no sistema nervoso central e reduzem os sintomas físicos da ansiedade, como a tensão muscular, além de moderar a excitação e melhorar o sono.

Podem ser indicados de forma pontual para lidar com problemas de curto prazo, mas não costumam ser prescritos por longos períodos —alguns perdem a eficácia com o tempo e causam dependência e abstinência.

Entre os principais ansiolíticos, destacam-se:

É comum também que o indivíduo com ansiedade, principalmente no início do tratamento, use o ansiolítico com algum tipo de antidepressivo.

  • Betabloqueadores

Indicados para tratar problemas como pressão alta ou cardíacos, os betabloqueadores podem ser indicados para amenizar os sintomas físicos da ansiedade, como taquicardia.

Os betabloqueadores não tratam a ansiedade em si, apenas amenizam os desconfortos momentaneamente.

Entre os betabloqueadores usados para controlar os sintomas de ansiedade, estão:

Possíveis efeitos colaterais

Os medicamentos usados para controlar a ansiedade podem provocar alguns efeitos colaterais. Para minimizar os riscos, é fundamental relatar os desconfortos apresentados para o médico.

Entre os efeitos colaterais dos medicamentos para ansiedade, estão:

  • Falta de coordenação motora
  • Taquicardia
  • Disfunção sexual
  • Problemas gastrointestinais
  • Dores de cabeça
  • Tonturas
  • Edemas nos pés e tornozelos
  • Boca seca
  • Calafrios
  • Confusão mental
  • Insônia ou sonolência

Outras formas de amenizar a ansiedade

Geralmente, a pessoa com ansiedade excessiva precisa de acompanhamento médico por bastante tempo. O recomendado é procurar um psicólogo para aprender a lidar com as emoções.

Além dos medicamentos, é preciso também mudar alguns hábitos diários para aumentar o bem-estar. Veja abaixo algumas recomendações:

  • Praticar atividade física regular
  • Evitar alimentos com cafeína
  • Meditar
  • Manter uma alimentação balanceada
  • Técnicas de respiração
  • Realizar massagens relaxantes
  • Diminuir o uso de tecnologia, principalmente antes de dormir
  • Investir em um hobby e momentos de lazer

Fontes: Christiane Ribeiro, psiquiatra e membro da Comissão da Saúde Mental da Mulher da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria); Vera Lúcia Viveiros Sá, psiquiatra e professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); e Marcelo Polacow, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.

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