Um dos artifícios para amenizar os efeitos da pólio, que deixa músculos moles e causa paralisia, era a massagem. "Ia uma senhora em casa fazer. Ela aquecia a perna com um aparelho, passava talco."
Tratamentos mais rigorosos envolviam colocar um pano molhado em água fervente sobre a perna afetada, que doía e queimava. Com isso, sim, ele sofria.
Um sinal de esperança veio quando Casoy e a irmã tinham 9 anos de idade. A mãe soube de um médico nos EUA que fazia cirurgia em crianças com pólio. E lá foram eles. Foram dois cortes na perna direita dele, um na lateral externa e outro no joelho.
"Tenho 45 pontos, 11 deles no joelho. E alguma coisa se transformou lá dentro que me propiciou contrair o músculo, me devolveu todo ou quase todo o movimento, embora mais débil", conta.
Após o procedimento, eles ainda permaneceram no hospital seguindo alguns tratamentos, mas o principal era o choque elétrico, que estimulava o músculo. Banheiras com jato de água, mais massagens e ginástica passiva completavam os cuidados.
Vestígios
"Não consigo definir quais virtudes, defeitos, hábitos, costumes, loucuras, o que me marcou, mas marcou", relata o jornalista. "Eu ainda me transporto para aquela época, é assustador."
Boris Casoy sobre pólio: 'Me transporto para aquela época, é assustador' - VivaBem
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