Comemorado desde 1991, em 14 de novembro, o Dia Mundial de Combate ao Diabetes reforça a concientização da população sobre o problema. É importante destacar que a doença encontra-se em crescimento entre a população mundial, e mais, a maior parte dos casos pode ser evitada adotando mudanças no estilo de vida: alimentação saudável, atividade física e redução no consumo de açúcar.
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Diabetes no Espírito Santo
Conforme os resultados da pesquisa realizada pelo Vigitel, um sistema de monitoramento de fatores de risco e proteção para doenças crônicas, e divulgada em 2023, a estimativa aponta que 9,6% dos adultos com mais de 18 anos no Espírito Santo são portadores de diabetes.
Considerando a população total, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2023, aproximadamente 368.036 adultos no Estado vivem com diabetes (dos 2 tipos).
* Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2): 90% (331.232 pessoas);
* Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1): 10% (36.804).
Mortes por diabetes
Com relação às mortes em decorrência do problema, de janeiro a outubro de 2023, foram registrados 1.022 casos, sendo 450 entre pessoas do sexo masculino, 571 do sexo feminino e um com declaração de sexo ignorado.
Em 2022, os óbitos relacionados ao diabetes totalizaram 1.602, distribuídos entre 694 homens, 906 mulheres e dois com declaração de sexo ignorado, de acordo com dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) divulgados em 8 de novembro de 2023.
O que é Diabetes Mellitus
Caracterizada pela elevada concentração de glicose no sangue, decorrente da incapacidade do organismo em produzir insulina em quantidade suficiente ou de utilizar eficazmente a insulina produzida, o Diabetes Mellitus é uma condição crônica.
A deficiência de insulina ou a resistência das células à sua ação resultam em níveis elevados de glicose sanguínea, conhecida como hiperglicemia, uma característica distintiva do diabetes.
Caso não seja controlada, a hiperglicemia, a longo prazo, pode causar danos a vários órgãos do corpo, levando ao desenvolvimento de complicações de saúde incapacitantes e com risco de vida, como:
- Doença cardiovascular;
- Neuropatia;
- Nefropatia;
- Doença ocular;
- Além da retinopatia;
- Cegueira.
Porém, se o tratamento for realizado da maneira correta, todas essas complicações severas têm como ser evitadas e tratadas.
Referência técnica em Endocrinologia da Sesa, a médica Juliana de Paula Peixoto, alerta para os riscos da doença e a importância dos cuidados com a saúde.
“O diabetes é uma doença silenciosa, que precisa de tratamento oportuno e eficaz. Tratar bem o diabetes inclui, além do controle glicêmico, avaliar o risco de complicações em face de outras doenças concomitantes, como hipertensão arterial e dislipidemia. Cuidar bem do coração e dos rins, com o uso de medicações para o controle de pressão e colesterol, é fundamental”.
Tratamento
Independentemente do diagnóstico ser diabetes tipo 1 ou tipo 2, um coisa é fato, existe tratamento.
“A doença não tem cura, mas é fundamental esclarecer que, com informações adequadas e seguindo as orientações médicas e nutricionais recomendadas, além da realização das consultas de rotina e dos exames necessários, é possível manter os níveis de glicemia sob controle e viver de forma saudável”, afirma o superintendente em Medicina Preventiva da MedSênior, Roni Chain Mukamal.
Os pacientes com tipo 1 fazem o tratamento com insulina injetável de forma subcutânea (por baixo da pele), periódica e constantemente. E isso precisa estar devidamente alinhado a uma alimentação balanceada, sem açúcar e com atividades físicas regulares.
A recomendação é a mesma no caso de gestantes diagnosticadas com diabetes Gestacional, condição que, normalmente, desaparece após o parto.
Assim como no tipo 1, o tipo 2 da doença, diagnosticada, na maioria das vezes, em adultos, também é tratada com medicamentos, alimentação e estilo de vida saudável e exercícios, além da necessidade de uso de medicamentos orais e/ou insulina para manter seus níveis de glicose no sangue controlados.
Para prevenir casos de diabetes tipo 2, não há mistério. O especialista em medicina preventiva reforça que apesar de ter como fator de risco a hereditariedade, caracteriza-se por uma doença adquirida, principalmente, na fase adulta, e que pode ser prevenida ao longo da vida.
“Os casos de diabetes Tipo2 são mais comuns e estão diretamente associados aos maus hábitos alimentares, consumo excessivo de açúcar e sedentarismo. Ter hábitos de vida saudáveis como alimentação balanceada e prática regular de exercícios físicos estão entre as formas eficientes de prevenção da doença”.
Conheça os sintomas da doença
* Fraqueza;
* Fadiga;
* Perda de peso;
* Vontade de urinar inúmeras vezes ao longo do dia;
* Sede e fome constantes;
* Visão turva.
Onde buscar atendimento
A porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS) é a Atenção Primaria à Saúde, (APS), responsável pelo cuidado e o acompanhamento das pessoas com a doença. Nesse sentido, o cidadão pode se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para iniciar os cuidados com a saúde e o controle do diabetes.
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