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Monday, October 30, 2023

Comer placenta faz bem para a mãe? Especialistas alertam sobre riscos - G1

A influenciadora Fernanda Lacerda, conhecida como "mendigata", apareceu em um vídeo numa rede social comendo a própria placenta após o parto de seu filho. Na imagem, ela alega que comer seria bom para a produção de ferro e combate à anemia, além de melhorar na produção de leite. No entanto, não há qualquer comprovação científica de que a ingestão de placenta possa trazer benefícios. (Entenda abaixo.)

👉 A placenta é um órgão que faz a conexão entre a mãe e o bebê, facilita a troca de nutrientes e protege a criança das substâncias eliminadas pelo corpo da mãe.

A placentofagia -- o costume de ingerir partes do órgão ou ele por completo -- se tornou uma tendência e já foi reproduzida por famosas como as Kardashian e a atriz January Jones. Além da ingestão "in natura", há quem faça até cápsulas com partes do órgão.

A ingestão se baseia na crença de que ela possa trazer benefícios à saúde da mãe e do bebê. Segundo especialistas, porém, não há qualquer evidência de que isso seja verdade. Eles alertam ainda para os riscos de transmissão de doenças.

Comer placenta é bom? Ginecologistas tiram dúvidas sobre o parto

Comer placenta é bom? Ginecologistas tiram dúvidas sobre o parto

  • 🔎 Um levantamento feito na Faculdade de Medicina de Northwestern, em Chicago, analisou dez pesquisas sobre o tema publicadas recentemente e disse não ter encontrado evidências de que o consumo de placenta ofereça proteção contra depressão pós-parto ou que reduza dores, dê mais energia, ajude na amamentação, promova a elasticidade da pele, auxilie no vínculo entre mãe e bebê, nem tampouco seja fonte de ferro para a mãe.
Não, não comam placenta. Tem muita modinha, mas ela é um tecido e pode transmitir doença.
— Lígia Mascarenhas, ginecologista obstetra

Os especialistas alertam que o risco é maior no caso de mães com hepatite ou HIV, mas outras doenças infecciosas também podem ser transmitidas.

A ginecologista e obstetra Mariana Lemos Osiro ainda argumenta que, além de não ter estudos que comprovem os benefícios, as doenças que seriam "tratadas" pela ingestão de placenta já têm tratamento.

"A gente escuta esse argumento de que melhora na anemia, na produção de ferro na gestante, mas não temos qualquer base científica para isso. E já existe tratamento para essas questões".

Outro agravante é o fato de que, por se tratar de um tecido como qualquer outro, irá apodrecer se não estiver armazenado adequadamente, o que irá expor a mãe ainda mais a infecções.

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