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Friday, June 30, 2023

Acordou no meio da madrugada? Veja dicas do que fazer para sono voltar - VivaBem

Abrir os olhos de madrugada e não conseguir mais dormir pode ser uma experiência frustrante para qualquer um. A questão é: o que fazer nesses momentos? É melhor continuar na cama e se esforçar para voltar a dormir ou se levantar?

De acordo com Erika Cristine Treptow, pneumologista com área de atuação em medicina do sono do Fleury Medicina e Saúde e pesquisadora do Instituto do Sono da Unifesp, é normal apresentar alguns despertares breves durante o sono e voltar naturalmente a dormir sem esforço, porém, quando se desperta e passam alguns minutos, é importante tentar voltar a dormir para evitar o cansaço, diminuição de memória, foco e comprometimento do aprendizado, e da imunidade.

Segundo a médica, quanto mais precoce é o despertar, ou seja, no início da noite, mais ele vai interferir no sono profundo, um dos responsáveis pelo corpo acordar com disposição de manhã. "Quando o sono é interrompido no meio ou final da madrugada, mais ele irá prejudicar o sono REM, que ocorre mais na segunda metade da noite, fundamental para a manutenção das funções cognitivas", diz Treptow.

Para voltar a dormir, os profissionais de saúde apontam que o melhor caminho é ficar longe das telas, entender o motivo do despertar e buscar ajuda em outros hábitos. A seguir, veja algumas dicas para esses momentos que o sono não vem.

Evite olhar para celular ou relógio

A psicóloga Claudia Martini Fracaroli, especialista em saúde ocupacional e head de saúde populacional na eCare Clínica, aponta que olhar o relógio pode ser um gatilho para ansiedade. "Pode acelerar a pessoa, que ficará pensando em quanto tempo ainda resta para dormir, ou deixá-la ansiosa, pelo tempo que está perdendo de sono."

Vá ao banheiro ou tome uma água

Quando despertar e não retornar a dormir em aproximadamente 15 minutos, a alternativa é se levantar e fazer alguma atividade não estimulante e simples, como ir ao banheiro, tomar água e voltar para a cama.

"Ficar na cama virando de um lado para o outro e olhar o horário no despertador podem retardar o retorno ao sono. Tente fazer essas atividades [tomar água ou ir ao banheiro] sem ligar as luzes ou com luzes baixas, e sem contato com telas", recomenda Treptow.

Cheque se o ambiente está confortável

Faça ajustes no ambiente, se for pertinente. Barulho, muito calor ou muito frio e luminosidade demais podem perturbar o sono. Veja se você está passando frio ou muito calor, ou se o quarto não está escuro o suficiente. Em regiões onde o sol nasce a partir das 4h da manhã, é recomendado o uso de cortinas, blecaute e protetores de olho para dormir.

Faça exercício de tempo presente

É necessário fugir dos problemas que podem vir à mente. Faça uma breve meditação para estar no momento presente e evite pensar no dia anterior ou que virá.

Prestar atenção na respiração, relaxar os músculos por grupos, da cabeça aos pés ou até mesmo pensar no ritmo das ondas mar, em uma paisagem com calmaria pode influenciar na retomada do sono.

Pode parecer clichê, mas contar carneirinhos pode ajudar. A contagem regressiva, começando pelo 100, ocupa sua mente com algo entediante, assim você não corre o risco de começar a pensar nos e-mails do trabalho ou nos problemas, e perder ainda mais o sono. Claudia Martini Fracaroli, psicóloga

Teste melatonina

Pode parecer tentador buscar um remédio rápido para adormecer, mas para isso existe a melatonina. "Ela é considerada um suplemento e hormônio sintético. No Brasil, não precisa de receita para comprar e pode auxiliar na retomada do sono, especialmente para aqueles que sabem que aquele despertar é ocasional, e não necessariamente um ponto de atenção para a saúde mental ou para um quadro de insônia", explica Estácio Amaral, psiquiatra e professor da Universidade Federal da Paraíba.

Evite fazer um chá ou tomar um banho quente

Pode parecer tentador, mas ao acordar de madrugada e fazer essas atividades, de alguma forma, a pessoa terá que despertar ainda mais para executá-las, o que pode influenciar na retomada do sono.

Coloque uma música tranquila

Uma música tranquila instrumental ou até mesmo uma meditação guiada pode auxiliar o corpo a relaxar novamente, mas é importante evitar o uso de luminosidade. Por esse motivo, você pode recorrer ao comando de voz do celular ou até mesmo de assistentes virtuais como Alexa, Siri ou Google.

Aposte na leitura

Se todas essas alternativas não deram certo, é possível que a leitura possa auxiliar. Contudo, é importante ler com luz amarela e não branca, para facilitar o processo de adormecer.

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'Pôs a mão embaixo do meu vestido': mulher relata trauma após abuso médico - Universa

Mais de dois anos depois de uma consulta médica que terminou com toques nas suas partes íntimas e insinuações sexuais, a empresária Adriana, de 44 anos, diz que ainda tem dificuldade de confiar em médicos e passa por crises de choro durante consultas. Ela pediu que o sobrenome não fosse divulgado. "Desenvolvi pânico de hospital", diz.

O episódio que desencadeou esse sentimento aconteceu em janeiro de 2021, segundo seu relato a Universa, no consultório do cardiologista Nabil Ghorayeb, na época com 74 anos, em São Paulo. Libanês, Ghorayeb vive desde os 4 anos no Brasil, onde construiu uma carreira renomada na área da medicina esportiva. Cobrava R$ 800 por consulta, virou professor de cursos de especialização, ganhou um prêmio Jabuti por um livro sobre o tema e era colunista do portal Globo Esporte —ele foi afastado do site em 2021, após as primeiras denúncias de assédio virem à tona.

Adriana o procurou porque queria intermediar um atendimento para a mãe, internada após sofrer um infarto, mas diz ter sido tocada pelo médico e ouviu que tinha "cara de quem gosta de chupar". Conta que esperou a mãe ter alta por medo de o médico, que atende na zona sul paulistana, interferisse no tratamento dela.

"Passava o dia no hospital [com a mãe], ia para casa dormir e, na cama, ficava pensando, relembrando com muita raiva, muita raiva", enfatiza ela.

Seu relato levou à condenação do cardiologista por importunação sexual em maio deste ano. O médico foi sentenciado em 1ª instância a um ano de reclusão e teve a pena substituída por medidas restritivas, que são limitações de determinados direitos, e ainda serão definidas pela Justiça.

Ghorayeb nega as acusações e diz que não há provas para a condenação. Procurado por Universa, o advogado dele, Paulo Soldá, afirma que vai recorrer da decisão.

"O cenário de desrespeito e abusos de todos os tipos no qual a mulher está inserida atualmente no país não pode justificar que um pessoa com mais de 50 anos de profissão, atendendo cerca de 35 mil pacientes, seja condenada sem provas concretas do fato que lhe foi atribuído", disse Soldá à reportagem.

No processo, foram ouvidos, além de Adriana e do médico, três testemunhas de defesa e oito de acusação —entre as oito, seis são mulheres que também disseram ter sido importunadas por Ghorayeb, mas cujas denúncias prescreveram após o prazo de três anos para a acusação.

A Universa, Adriana relatou o que aconteceu na consulta. A reportagem ouviu ainda uma das testemunhas de acusação do processo, uma mulher de 42 anos que afirmou também ter sido importunada.

Empurrada para um canto dentro do consultório

Adriana conta que conheceu o cardiologista por meio de uma página no Facebook. Ela buscava médicos de referência na especialidade para cuidar da mãe, que tinha acabado de sofrer um infarto.

No dia 11 de janeiro de 2021, em meio à pandemia de covid-19, foi ao consultório de Ghorayeb para intermediar um teleatendimento entre ele e a mãe, hospitalizada.

O médico, segundo relatou, começou a elogiá-la: disse que era bonita e pediu que baixasse a máscara para vê-la melhor. "Ele não chega em você e já te agarra. Começa dando cantadas, elogiando."

Adriana estranhou e começou a gravar discretamente a abordagem com o celular. Ela chegou a ligar para a mãe para que o médico parasse, mas isso não aconteceu, segundo conta.

Ghorayeb, então, se levantou e, segundo Adriana, começou a passar a mão em seu corpo e a acariciar suas pernas. "Depois, tentou colocar a mão por baixo do meu vestido."

"Ele se levantou e estava praticamente me levando para a maca, no canto da parede", diz.

Ele, então, passou a mão nas partes íntimas de Adriana por cima da roupa, pegou a mão dela e colocou sobre seu pênis, por cima da calça, segundo o relato dela à Justiça. Depois de ouvir que "ela tinha cara de quem gosta de chupar", Adriana saiu do consultório.

'Sem saber o que fazer'

"Estava tão desnorteada que não me lembro daquele pedaço de tempo entre sair [do consultório] e chegar até a rua. Só lembro que sentei na calçada e fiquei fumando muito, muito nervosa, sem saber o que fazer."

A mulher temia que Ghorayeb tentasse algo contra a mãe dela, já que ele tinha seus dados pessoais, o histórico médico e sabia até onde ela estava internada.

"Eu pensei: 'Vou ficar calma, vou ver minha mãe e transparecer que está tudo bem comigo. Depois que ela sair do hospital, vou denunciá-lo'."

Quando a mãe teve alta, Adriana ligou no consultório e pediu o reembolso da consulta e do táxi que ela pegou para chegar ao local. Ela também avisou que o denunciaria caso ele não devolvesse o valor.

"Com meia hora, ele já tinha mandado o dinheiro de volta. Não tem como um médico fazer isso a não ser que ele esteja errado." Na sentença, esse também foi um argumento usado para condená-lo. O juiz do caso destacou que "a devolução do dinheiro da consulta e do táxi pelo réu gera, no mínimo, estranheza".

À Justiça, a defesa do médico disse que Adriana pediu ajuda para transferir a mãe de hospital, mas o cardiologista "não controlava as transferências hospitalares" porque este procedimento é feito pelo sistema do SUS.

Segundo ele, a devolução do valor da consulta aconteceu para "cortar de vez o vínculo com ela, já que a consulta estava se estendendo por mensagens".

Juiz disse que não há dúvida de que crime ocorreu

Adriana registrou um boletim de ocorrência na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher, na Vila Clementino, em São Paulo, no dia 28 de janeiro de 2021. A mãe e a irmã foram testemunhas.

O juiz afirmou na sentença não haver "espaço para dúvidas acerca da importunação sexual cometida pelo réu" e destacou que "diversas testemunhas ouvidas relataram ter sofrido importunações sexuais de idêntico modus operandi, revelando não se tratar, a princípio, do presente caso uma ação isolada".

'Não é possível que eu seja a única'

Entre as testemunhas do processo está Bárbara Leite, de 42 anos, que Adriana conheceu depois de publicar o boletim de ocorrência em suas redes sociais e falar sobre o caso.

Adriana estava determinada a encontrar outras vítimas do cardiologista Nabil Ghorayeb. "Eu pensava: 'Não é possível que eu seja a única'."

Bárbara diz ter sido vítima do cardiologista entre março e agosto de 2018, em uma situação semelhante à de Adriana.

O pai de Bárbara era paciente de Ghorayeb e precisava do auxílio dele no tratamento contra um câncer. Ao acompanhá-lo em uma consulta, o cardiologista disse ao pai, referindo-se a Bárbara: "Você nunca me disse que tinha uma filha tão bonita".

"Ele falou isso milhões de vezes durante a consulta. Considerei coisa de médico desatualizado, uma maneira de tentar ser gentil. Não me pareceu assédio. Mas essa foi a primeira vez."

Tempos depois, Bárbara voltou ao consultório sozinha para pegar uma receita de remédio para o pai.

"Ele me deu um beijo no rosto e um abraço megaconstrangedor. Depois, me girou dentro do consultório e disse: 'Deixa eu ver tudo isso'. Nessa hora não tive dúvidas de que estava sendo assediada."

Bárbara chegou a ser chamada para ir ao consultório mais uma vez, para falar sobre o uso de uma terapia alternativa para o pai, mas pediu ao irmão que fosse em seu lugar.

"Meu irmão esperou mais de duas horas e, quando entrou no consultório, Nabil falou: 'Não tenho conhecimento sobre o assunto'", diz Bárbara.

Depois da morte do pai, em novembro de 2018, ela começou a falar na internet sobre o que passou. Bárbara não foi à polícia na época porque considerava seu relato "muito frágil" diante do reconhecimento do médico.

Em 2021, quando conheceu Adriana, o prazo para Bárbara denunciar já havia prescrito. Na época em que o caso ocorreu, a importunação sexual era considerada contravenção, como se fosse um crime mais simples, com pena menor. Essa tipificação mudou em setembro daquele ano.

Bárbara relatou o episódio ao Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) em 2021, com Adriana. No conselho, o caso segue tramitando "sob sigilo determinado por lei", informou o órgão á reportagem.

"Qualquer posicionamento ou manifestação adicional por parte do Conselho poderá resultar na nulidade do processo."

Testemunhas foram essenciais para condenação

Adriana diz que o depoimento das testemunhas foi essencial para a condenação. "O caso é de todas nós. Se não fossem elas... Como eu ia provar?"

Para a empresária, ainda que a sentença tenha sido mínima, a decisão torna o caso público e "evita ter outras vítimas". Bárbara, por sua vez, diz que a justiça está começando a ser feita agora.

"Essa condenação é relevante, mas não é suficiente. Ela [a sentença] é um deboche da cara das mulheres. E ele ainda atender é uma coisa que não pode acontecer."

O promotor de Justiça Osias Daudt, do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), recorreu da sentença por discordar da pena e da substituição.

Como denunciar violência médica

Em casos de violência cometida por um profissional de saúde, seja obstétrica ou sexual, é possível fazer denúncias em diversos canais.

Você pode procurar a ouvidoria do próprio hospital ou clínica. Também recebe denúncias o conselho regional de medicina de cada Estado (é possível encontrar informações neste link acessando a aba contatos). Caso o denunciado seja um enfermeiro, auxiliar ou técnico, procure o conselho de enfermagem da região (veja contatos dos órgãos por Estado neste link).

O Ministério Público Federal é outro órgão que pode receber denúncias, inclusive pela internet, neste link. Ainda podem ser acionados o Ministério da Mulher por meio do Ligue 180, canal do governo federal que funciona 24 horas por dia —funciona também por WhatsApp no número (61) 9610-0180 ou clicando neste link. O Disque Saúde, do Ministério da Saúde, é outra alternativa, e funciona no número 136.

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Remédios para colesterol: quais as opções existentes para tratar problema? - VivaBem

O colesterol elevado é considerado um dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares, como infartos e AVC (acidente vascular cerebral). Estes problemas ocorrem quando o colesterol "ruim" (LDL) acumula gorduras nos vasos sanguíneos aumentando a formação de placas. Já o HDL é considerado o colesterol "bom" por proteger o coração ao impedir o excesso no sangue.

Vale destacar que o colesterol alto é assintomático, ou seja, a pessoa não identifica qualquer alteração. Por meio de um hemograma, é possível saber que algo está errado e há excesso de gordura no sangue.

A seguir, veja remédios que atuam para melhorar o colesterol. É importante, contudo, não se automedicar, já que isso pode piorar sua saúde e trazer mais problemas: consulte um médico sempre que possível.

Remédios para colesterol: o que tomar?

Estatinas

Trata-se de uma classe de medicamentos que inibe a ação de uma enzima hepática (a HMG-CoA redutase), que sintetiza o colesterol. Portanto, as estatinas diminuem a concentração do composto no sangue. Elas também atuam nas placas de gordura e reduzem a sua progressão.

Atua principalmente na redução do colesterol "ruim", mas também aumenta o HDL, o "bom" colesterol.

Pode ser encontrada com os seguintes nomes comerciais: sinvastatina, atorvastatina, pavastatina, pitavastatina e rosuvastatina.

Sequestradores de ácidos biliares

O uso de sequestradores dos ácidos biliares é indicado para incrementar a excreção dessas moléculas pelas fezes e, consequentemente, diminuir a absorção das gorduras da dieta.

No Brasil, o fármaco é encontrado com o nome de colestiramina. Está disponível em sachês, cujo conteúdo deve ser dissolvido em água e tomado duas vezes ao dia.

Ezetimiba

O medicamento age no intestino delgado, promovendo redução do aporte de colesterol para o fígado. Portanto, o uso de ezetimiba reduz o estoque de colesterol sanguíneo.

A ezetimiba inibe seletivamente a absorção de colesterol e diminuindo a produção de colesterol. Muitas vezes, a ezetimiba é usada em combinação com as estatinas para que uma potencialize o efeito da outra.

Fibratos

Este tipo de fármaco age aumentando a produção e a ação da lipase lipoproteica, estimulando a quebra de gorduras presentes na corrente sanguínea, como VLDL e triglicerídeos.

Os fibratos reduzem a produção dos triglicerídeos ao estimularem a oxidação dos ácidos graxos no fígado e eliminam as partículas de gorduras por meio de uma enzima.

São administrados por via oral em comprimidos uma vez ao dia, geralmente durante as refeições.

Pode ser encontrada com os seguintes nomes comerciais: clofibrato, bezafibrato, fenofibrato, etofibrato, gemfibrozil e ciprofibrato.

Ácido nicotínico

Conhecido como niacina ou vitamina B3, pertence ao grupo de vitaminas do complexo B e reduz a ação de uma enzima chamada lipase nas células de gordura do organismo Por conta disso, reduz a liberação de ácidos graxos livres (um tipo de gordura) para a corrente sanguínea.

Geralmente, são necessárias doses de 1g/dia. Mas, em alguns casos, pode ser indicado ingerir 2g/dia.

Inibidores da PCSK9

Há ainda um fármaco injetável, que foi aprovado recentemente, chamado de inibidor da PCSK9. São anticorpos monoclonais que inativam uma proteína específica no fígado, reduzindo a quantidade de colesterol LDL presente na corrente sanguínea.

Com o custo bastante elevado, é indicado em casos em que o colesterol alto é provocado por mutações no DNA (condição conhecida como hipercolesterolemia familiar) e o indivíduo não responde a outros medicamentos, como estatinas e ezetimiba.

Remédios caseiros para controlar o colesterol

Os fitoesteróis são substâncias gordurosas semelhantes ao colesterol, produzidas pelas plantas. Também está presente em óleos vegetais, sementes, grãos, frutas e hortaliças.

Eles competem com o colesterol consumido na dieta e diminuem a absorção intestinal do colesterol ruim, o LDL. Vários laboratórios produzem cápsulas contendo fitoesteróis e esses comprimidos devem ser tomados via oral, com água, duas vezes ao dia.

Há ainda ácidos graxos do tipo ômega 3, que são poli-insaturados derivados dos óleos de peixes e de plantas com efeito benéfico no controle do colesterol alto.

Vale destacar que estes remédios naturais, geralmente, são indicados para reduzir quadros leves de colesterol elevado e o efeito esperado pode ser bastante discreto.

Efeitos colaterais

As diferentes medicações podem apresentar diversos efeitos colaterais. Os mais comuns são dores musculares, principalmente nas pernas. Já o ácido nicotínico, frequentemente, gera o surgimento de vermelhidão na pele, principalmente do rosto.

Entre os principais efeitos colaterais dos medicamentos para colesterol elevado, estão:

  • Dores musculares ou de cabeça;
  • Cãibras;
  • Náuseas;
  • Sudorese;
  • Prurido;
  • Gases;
  • Diarreia;
  • Pele seca;
  • Dor de estômago ou no abdome;
  • Vertigem;
  • Rubor facial.

Contraindicações

De forma geral, os medicamentos para colesterol elevado são bem tolerados e seguros para a maioria da população.

No entanto, algumas pessoas podem ser alérgicas a determinados componentes dos fármacos.

Além disso, gestantes, lactantes e pessoas com doença hepática devem evitar o uso desses medicamentos, principalmente sem acompanhamento médico.

Outras formas de controlar o colesterol

De acordo com os especialistas, o tratamento não medicamentoso é o primeiro passo a ser tomado no combate ao colesterol alto, à aterosclerose e às doenças cardiovasculares.

De forma geral, é importante manter hábitos saudáveis durante toda a vida para prevenir problemas de saúde. É recomendado:

  • dieta balanceada,
  • evitar gorduras, embutidos, frituras, carnes gordurosas, chocolate
  • prática de exercícios regularmente (pelo menos três vezes por semana)
  • reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, açúcar e carboidratos em geral (massas, pães, arroz, batata etc.).
  • investir na ingestão de fibras, pois reduzem a absorção de colesterol pelo intestino.

Fontes: Marcelo Cantarelli, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) e membro da SBHCI (Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista); Nathan Soubihe Jr., cardiologista do HCor (SP); Roberta Frota Villas Boas, endocrinologista do Hospital Nove de Julho (SP); e Maria Fernanda Brandão, farmacêutica do Centro de Informação sobre Medicamento do CRF-BA (Conselho Regional de Farmácia da Bahia).

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Vídeo de quiroprata 'consertando' paciente viraliza; entenda como funciona - VivaBem

Colunas curvadas que ficam mais eretas. Assimetria no comprimento das pernas que se ajusta. Dores que são aliviadas. Esses são alguns dos resultados da quiropraxia relatados —e mostrados— nas redes sociais.

Mas cada vez que imagens da prática são compartilhadas e viralizam, comentários de aversão à técnica também se disseminam. "Isso parece ser tão bom, mas eu tenho tanto medo de fazer isso", comentou uma pessoa num vídeo com mais de 371 mil visualizações no Twitter.

A cena é do quiropraxista Joseph Cipriano, que atende em cidades americanas, "consertando" a coluna de um paciente que não consegue encostar a cabeça quando se deita.

"Eu morro de medo de quiropraxia. Falam que melhoraria a minha coluna, mas olha... E o medo de morrer ou de ficar tetraplégica?", comentou outra.

Em contrapartida, há quem elogie. "Quiropraxia é coisa de maluco, mas toda vez que eu saio da sessão, parece que eu acabei de nascer, zero dor", relatou mais uma.

Mas, afinal, há riscos na quiropraxia?

Como em qualquer outro tratamento alternativo, medicamentoso ou cirúrgico, a quiropraxia está sujeita a riscos. Principalmente quando não é realizada por um profissional qualificado, a técnica pode machucar e até agravar quadros já existentes.

Para minimizar os riscos, é importante buscar um profissional habilitado, uma vez que a quiropraxia é uma profissão independente de nível superior, ou seja, existem faculdades no Brasil que possuem o curso de bacharel.

A prática é reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo MEC (Ministério da Educação), além de ser oferecida como tratamento alternativo pelo SUS (Sistema Único de Saúde) desde 2017.

Casos raros

No ano passado, a mídia internacional repercutiu o caso de uma mulher de 28 anos que teve paralisia após uma sessão de quiropraxia. Caitlin Jensen já tinha feito algumas sessões, mas daquela vez, ela foi parar no hospital.

Caitlin sofreu uma dissecção da artéria vertebral, que cortou o fluxo de sangue para o cérebro e causou um derrame. O caso é raro, mas pode ocorrer.

Um relato de caso com revisão da literatura aponta que a lesão é relatada por pacientes com pequenos traumas recentes no pescoço ou manobras que danificam os vasos cervicais subjacentes, incluindo manipulação quiroprática.

"Na história de 126 anos da quiropraxia, os efeitos adversos relacionados são mínimos. E, ao contrário do que se pensa, a quiropraxia não é massagem, estalar ou fazer movimentos bruscos, é muito mais do que isso", disse Roberto Bleier Filho, ex-presidente da ABQ (Associação Brasileira de Quiropraxia), em reportagem anterior de VivaBem.

Como a quiropraxia funciona?

A quiropraxia é uma alternativa de tratamento que atua, entre outros fatores, no alívio ou suspensão completa da dor.

Essa é uma área específica da saúde dedicada ao diagnóstico, tratamento e prevenção de problemas do aparelho locomotor (sistema neuromusculoesquelético), que envolvem ossos, ligamentos, tendões, nervos, articulações e músculos, além de outras estruturas, responsáveis pelo movimento do corpo.

As alterações que ocorrem no corpo causadas por dores ou algumas doenças físicas são chamadas pelos quiropraxistas de "complexo de subluxação", um desajuste que pode afetar o funcionamento ideal da coluna.

O objetivo do profissional é detectar esses complexos e corrigi-los com técnicas manuais, ajustes articulares, orientações posturais e programas de exercícios específicos.

"O ajuste articular é um movimento rápido e preciso, normalmente acompanhado por um estalido, realizado na articulação que está causando a dor. Após o ajustamento, observa-se diminuição da dor, relaxamento muscular e aumento da mobilidade articular", explicou Juliana Piva, presidente da Federação Latino Americana de Quiropraxia.

Quem pode se beneficiar?

A princípio, a prática é indicada de recém-nascidos a idosos. Mas, antes de ir a um quiropraxista, vale buscar orientação médica. Há poucas contraindicações, entre elas:

  • Aneurisma;
  • Trombose;
  • Hipertensão não controlada;
  • AVC e insuficiência vertebrobasilar;
  • Trauma recente com suspeita de fratura óssea;
  • escolamento de placenta (gestante);
  • Crise em pessoas com doenças autoimunes;
  • Estar em tratamento para câncer.

De modo geral, as evidências científicas sobre os benefícios da quiropraxia são de uma moderada melhora em pacientes que optaram pela terapia alternativa.

Pessoas com dor no pescoço ou que sofreram lesões esportivas tiveram melhora do quadro, mas não houve evidências conclusivas para quem sofria de algumas patologias como asma, cólica infantil, problemas gastrointestinais, fibromialgia e dores nas costas.

Ensaios clínicos concluíram que a manipulação da coluna vertebral causou uma leve melhora na dor em alguns casos, mas em outros, não. Em geral, os resultados apontam que mais estudos são necessários para conclusões definitivas.

*Com informações de reportagem publicada em 07/12/2021

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Thursday, June 29, 2023

Conheça os quatro alimentos considerados cancerígenos pela OMS - UOL

A OMS (Organização Mundial da Saúde) deve incluir o aspartame, adoçante artificial utilizado em refrigerantes dietéticos, na lista de agentes possivelmente cancerígenos para humanos. Além desta classificação, a agência também enumera aqueles com potencial de causar a doença.

A listagem da Iarc (Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer), agência braço da OMS responsável por pesquisa e recomendações sobre o câncer, indica compostos químicos, medicamentos e alimentos que podem estar relacionados a diversos tipos da doença.

Os compostos são classificados de acordo com a qualidade e quantidade de evidências científicas que os associam ao desenvolvimento de câncer.

O aspartame deve ser incluído como "possivelmente carcinogênico", ao lado de outros produtos como a carne vermelha e o picles de vegetais. Evidências indicam que estes alimentos estão associados a um risco aumentado de diversos tipos de cânceres, mas não há consenso científico.

Além dos produtos com potencial carcinogênico, existem alimentos no grupo de evidência mais robusta, já considerados como cancerígenos para humanos pela OMS. Confira quais são eles:

Carnes processadas

O consumo de carnes processadas, como linguiça, presunto e salsicha, está relacionado ao desenvolvimento de câncer de intestino.

A relação desse alimento com o câncer é reconhecida pela OMS desde 2018, e o consumo em grandes quantidades é visto como um fator de risco por especialistas.

Segundo uma revisão de estudos de 2021, as chances de desenvolver câncer colorretal aumentam em até 18% com o consumo de carnes processadas. Já para o câncer de cólon, o crescimento é de 21%, e para a doença no reto, de 22%.

Os autores do estudo também pontuam que esses alimentos estão relacionados a outros tipos de câncer, como de mama e pulmão.

Bebidas alcoólicas

Os malefícios do consumo de bebidas alcoólicas, mesmo em quantidades moderadas, têm sido destacados por recomendações e diretrizes recentes sobre a substância.

Algumas análises indicam que nenhuma quantidade de álcool é segura à saúde. As bebidas alcoólicas estão ligadas a problemas de falência hepática e dependência, além de favorecerem o desenvolvimento de cânceres.

O álcool esta incluído na lista de carcinogênicos da OMS desde 2012. Uma pesquisa publicada em 2021, estimou que cerca de 4% dos novos casos de câncer em 2020 poderiam estar associados ao consumo da substância.

Alguns dos tipos da doença que podem estar relacionados a bebidas alcoólicas são: esôfago, fígado e mama.

Peixe salgado chinês

O peixe salgado tradicional chinês passa por um processo semelhante ao da carne do sol, em que o sal é utilizado para preservar e curar o alimento.

Ele é listado pela OMS como carcinogênico desde 2012, mas a sua ligação com o câncer é estudada há anos, principalmente devido a uma maior incidência de câncer de nasofaringe associada a seu consumo.

Contudo, um estudo publicado em 2019 indica que essas ocorrências podem estar relacionadas principalmente ao consumo durante a adolescência.

Noz de areca

A noz de areca, também conhecida como noz de betel, provém de uma palmeira comum na Ásia, e tem efeito estimulante, o que a torna popular em alguns países da região.

O alimento está na lista de cancerígenos da OMS há dez anos, e seu consumo está ligado à ocorrência de câncer de boca.

A noz também é mascada, muitas vezes, com adição de outras substâncias como cal hidratada e tabaco, o que pode intensificar os efeitos cancerígenos.

Porém, uma revisão de 2022 mostrou que, mesmo quando consumida pura, a noz de areca está relacionada a intenso aumento da incidência de câncer da cavidade bucal.

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Tuesday, June 27, 2023

Jovem viraliza ao mostrar evolução de infecção após retirada dos sisos e cita complicações: Traqueia deslocada - G1

Jovem viraliza ao mostrar infecção na boca após tirar siso

Jovem viraliza ao mostrar infecção na boca após tirar siso

A universitária Ana Luiza Renosto, de 18 anos, viralizou na internet ao mostrar a evolução de uma infecção que teve na boca após retirar dois de seus dentes siso. A estudante de relações internacionais afirmou que teve que pedir ajuda médica durante uma madrugada após sentir forte dores.

“Fiquei internada seis dias. Os primeiros dias foram horríveis, eu não caminhava, não conseguia me sentar, mexer os braços, fazer nada. Eu sentia muita dor, os remédios eram muito fortes, aí eu só dormia", Disse Ana Renosto, que mora em Pato Branco, no Paraná.

"Fiquei três dias sem conseguir comer porque o inchaço foi tão grande que deslocou a minha traqueia, também tive falta de ar por causa disso. Fazia exame todo dia para ver se a infecção não tinha piorado, tomava muito soro e muito antibiótico também."

Na internet, Ana divulgou algumas fotos mostrando o resultado da sua cirurgia. A publicação contabilizou mais de 14 milhões de visualizações. Apesar disso, ela ainda não sabe a origem da sua infecção.

“Os médicos conversaram e, de acordo com os exames, eu tive uma infecção. Não se sabe de onde eu peguei, o que foi, nem nada. Eles disseram que foi diferente de tudo que já tinham visto por que eu não tinha febre, inchou muito e muito rápido também. Mas, pelos exames de sangue, chegaram à conclusão que foi uma infecção. Nos primeiros dias, ela quis descer para o tórax, mas foi controlada. Como fiquei muito tempo deitada, tive um derrame pleura nos pulmões”, afirmou.

A experiência do pós-operatório foi traumatizante, segundo Ana. Apesar disso, ela já está em casa para terminar o tratamento.

"Toda vez que vejo as fotos que tiramos eu ainda fico chocada. Eu não pretendo tirar os outros sisos não. Fiquei bem traumatizada, principalmente por não saber o que aconteceu ao certo."

Cuidados antes e depois

Considerada por muitos como um procedimento corriqueiro e necessário no tratamento dentário, a extração dos dentes do siso é uma cirurgia e como tal deve ser cercada de cuidados para evitar complicações.

Em entrevista ao g1 em maio, o cirurgião dentista Mario Henrique Arruda Verzola, especialista em cirurgia e traumatologia buco maxilo facial e professor de cirurgia da Unicep São Carlos (SP), falou sobre orientações para antes e depois do procedimento. Veja algumas orientações a seguir, segundo o especialista:

  • Avaliar o quadro de saúde do paciente.
  • Avaliar a possibilidade de postergar a cirurgia até que o paciente resolva alguma dificuldade clínica que impeça o procedimento.
  • Buscar informações sobre o profissional que irá fazer o procedimento.
  • Seguir à risca as recomendações do dentista em relação à dieta, às medicações, ao tempo de repouso e à higienização após o procedimento.
  • Seguir a dieta adequada nos primeiros dias, basicamente líquida, de preferência tomada com um canudo, e pastosa, ou com alimentos muito macios.
  • Evitar alimentos que podem penetrar e ferir o local da cirurgia como pipoca, granola, gergelim, amendoim nos primeiros meses após o procedimento.
  • Evitar fazer força, exercícios físicos e abaixar a cabeça para pegar objetos no chão já que isso pode levar o sangue para a cabeça e atrapalhar a coagulação.
  • Dormir com a cabeça mais alta que o corpo, o que pode contribuir para uma boa recuperação.
  • Escovar os dentes corretamente para prevenir infecções.

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Jovem viraliza ao mostrar evolução de infecção após retirada dos sisos e cita complicações: ‘Traqueia deslocada’ - G1
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Monday, June 26, 2023

'Tenho orgasmos malhando'; por que isso não é lenda nem fantasia? - Universa

O que para muitas pessoas é apenas um exercício de leg press, para a engenheira Nathalie é uma fonte de prazer. Há alguns anos, ela começou a perceber que exercícios de perna que forçavam seus músculos ao extremo provocavam algo além do cansaço.

"Quando eu chegava nesse estado de estar fatigada e me dava um negócio, um 'tuin', como se estivesse me masturbando", lembra ela, que por algum tempo tentou ignorar o que sentia.

Até que um dia, enquanto fazia abdominais, decidiu ver se conseguia ir até o fim.

"Estava fazendo, comecei a sentir um tesão e pensei: 'vamos ver se realmente chego no orgasmo'. Não fui nem até os 20 abdominais. Sorte que eu estava sozinha na sala."

Isso já foi cientificamente comprovado

Você provavelmente está pensando agora que a história de Nathalie é mentira. Como alguém poderia ter orgasmo fazendo exercícios?

Mas isso pode sim acontecer e ela não é a única: um estudo publicado em 2011 na revista científica "Sexual and Relationship Therapy", confirmou a existência do chamado "orgasmo induzido pelo exercício".

A pesquisa não diz quão comum é isso entre as mulheres, mas entrevistou 530 mulheres que relataram algum tipo de prazer ligado à prática de atividades físicas.

"Os exercícios mais comumente informados como indutores de orgasmo foram abdominais, escaladas e levantamento de pesos", diz a pesquisa, conduzida por Debby Herbenick e Dennis Fortenberry.

O fato de mulheres também alçarem o orgasmo durante o parto também tem a ver com os estímulos ao músculo da região, ressalta a psicóloga e sexóloga Priscila Junqueira.

"São exercícios que estimulam o músculo coccígeo, que é o músculo do assoalho pélvico, englobando a região da bacia, vagina e ânus. O pompoarismo, inclusive, nada mais é do que a contração e relaxamento desse músculo", explica.

Assim como Nathalie, a maioria das mulheres que participaram do estudo não estava fantasiando ou pensando em alguém quando o prazer aconteceu.

A pesquisa não identificou porque algumas mulheres sentem prazer malhando e outras não. Então, não está claro como ativar isso.

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Sunday, June 25, 2023

Juiz condena União a revisar valores de procedimentos da Tabela-SUS - Consultor Jurídico

Se quando o Sistema Único de Saúde (SUS) atende beneficiários de plano de saúde privados é ressarcido com base na Tabela Única Nacional de Equivalência de Procedimentos Tunep/IVR, deve, da mesma forma, ressarcir a rede credenciada por essa mesma tabela, em obediência ao princípio da isonomia, da proporcionalidade e da razoabilidade. 

Juiz ordena que União revise valores de procedimentos da Tabela-SUS
Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Esse foi o entendimento do juiz Rolando Valcir Spanholo, da 21ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal, para condenar a União a revisar os valores de procedimentos da Tabela-SUS. 

A decisão foi provocada por ação proposta pelo Hospital São Vicente de Paulo, de Minas Gerais. O magistrado entendeu que ficou demonstrado nos autos que o Poder Público reconheceu oficialmente a existência de valores maiores para os mesmos procedimentos médicos em comparação aos valores fixados na Tunep, revelando desigualdade de tratamento em relação ao hospital parceiro nas políticas públicas de prestação dos serviços de saúde.

"Nesse contexto, a pretensão formulada na inicial, amparada nos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade, da isonomia de tratamento e da segurança jurídica, deve ser acolhida, para fins de restaurar equilíbrio econômico-financeiro da relação jurídica entre a iniciativa privada e o Poder Público. Cumpre observar que não se trata de indevida intromissão, na espécie, nas políticas públicas, visto que o caso cuida de relação jurídica de natureza contratual. Saliento, ainda, que para os atendimentos das competências até dezembro", registrou. 

Além de condenar a União a revisar a Tabela-SUS, o juiz também ordenou o pagamento da diferença entre as tabelas referente aos últimos cinco anos, contados da data da propositura da ação. 

Os advogados Gabriel Quintanilha, Wenderson Schwantes, Renato Marques e Ariana Miranda do escritório Gabriel Quintanilha Advogados, atuaram na defesa dos interesses do Hospital requerente e beneficiário da decisão.

Clique aqui para ler a decisão
Processo 1083527-75.2022.4.01.3400

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Relatório sobre o SUS sugere que Brasil aumente tributação de álcool e doces - O Tempo

Visão de curto prazo no planejamento em saúde, alta rotatividade dos cargos de liderança, grande fragmentação da gestão do sistema e pouca coordenação entre os setores público e privado são alguns dos fatores que têm gerado ineficiência na gestão do SUS e acentuado as desigualdades em saúde.

Ao mesmo tempo, o sistema sofre com a perda de financiamento causada pelas políticas de austeridade fiscal, com o aumento do gasto com emendas parlamentares, e com o crescimento das demandas judiciais que afeta negativamente o planejamento e a alocação orçamentária no SUS.

Essas são algumas das constatações de um relatório lançado na última quarta (21), na embaixada do Reino Unido, em Brasília, que levantou pontos fortes e fracos do sistema público brasileiro para avaliar a sustentabilidade e a resiliência durante a pandemia de Covid-19 e fez 42 recomendações de políticas públicas que podem ser implementadas.

Entre elas, está o aumento progressivo de recursos financeiros aplicados no SUS, de 4% para 6% do PIB em dez anos, e uma tributação adicional sobre produtos prejudiciais à saúde, como tabaco, álcool e açúcar. O relatório foi apresentado ao Ministério da Saúde e aos conselhos que representam os gestores estaduais e municipais da saúde.

O trabalho faz parte de uma iniciativa presente em mais de 30 países, fruto de uma colaboração entre a Escola de Economia de Londres, o Fórum Econômico Mundial, a Fundação da Organização Mundial da Saúde, e as empresas AstraZeneca, Phillips e KPMG.

No Brasil, primeiro país da América Latina a integrar o projeto, o estudo foi conduzido por pesquisadores da FGV-Saúde, envolveu análises de mais de cem documentos e discussões com mais de 20 especialistas, incluindo acadêmicos, representantes do governo, agências reguladoras e organizações públicas e privadas.

Segundo Adriano Massuda, professor da FGV e principal autor do estudo, o SUS tem condições de se tornar mais sustentável e resiliente se conseguir fortalecer a governança, melhorar o financiamento, alocar recursos em áreas de maior necessidade, fortalecer a atenção primária e a integração com os demais níveis do sistema, e criar uma rede de respostas a urgências e emergências.

Para ele, lições aprendidas na pandemia precisam ser sistematizadas e incorporadas ao sistema. "O país ainda não fez isso, e esse estudo é uma oportunidade para isso. Como foi a resposta à pandemia? O que deu e o que não certo?"

Massuda afirma que, embora haja um cansaço da população ao tema da Covid, as novas emergências em saúde pública são uma ameaça real e precisam ser enfrentadas. "É fundamental que o país tenha uma agenda convergente. E para isso você precisa ter os governos e a sociedade civil juntos."

Para José Gomes Temporão, ex-ministro da Saúde e que também participou da elaboração do documento, muitas das queixas ligadas à assistência não se limitam à falta de financiamento do SUS e podem ser enfrentadas.

"Hoje o paciente fica perdido na rede. Ele não sabe quanto tempo vai demorar para fazer um exame, ser encaminhado a um especialista ou a uma cirurgia. Não existe transparência. Isso passa por modelo de gestão, de capacitação, de disponibilidade de especialistas."

Segundo ele, todos esses desafios inseridos em um contexto de envelhecimento populacional, aumento de doenças crônicas, sedentarismo, alimentação inadequada, entre outros, vão trazer impactos ainda mais severos ao SUS. "Cuidar da saúde não depende só do Ministério da Saúde. Se você não olha para os determinantes sociais, os resultados sempre serão fragmentados."

Massuda lembra que, embora a atual gestão do Ministério da Saúde ainda esteja debruçada na reconstrução de programas desmontados na gestão de Jair Bolsonaro (PL), como o Mais Médicos, e de outras tarefas da administração pública, algumas questões são urgentes. Ele destaca, por exemplo, uma agenda para identificar e tratar as demandas represadas na pandemia, especialmente às relacionadas ao câncer e às doenças cardiovasculares, e uma mobilização para recuperar as altas taxas de cobertura vacinal.

"Tem que ter um engajamento do presidente da República, dos governadores, dos prefeitos e uma mobilização da sociedade civil para que haja um engajamento e a gente retome 95% de cobertura vacinal. Isso não pode esperar." Durante evento, várias falas destacaram a importância das parcerias público-privada, como as que surgiram durante a pandemia. "Elas mostram o potencial de colaboração entre o setores para aumentar a resiliência do sistema de saúde", disse Alistair McGuire, líder dos departamentos de economia e políticas da saúde da Escola de Economia de Londres.

Para Olavo Corrêa, diretor-geral da AstraZeneca Brasil, as parcerias podem endereçar diversos pontos trazidos no relatório. "Mais do que desenvolver medicamentos que mudam vidas, a indústria de saúde tem trabalhado para buscar um sistema de saúde que seja mais sustentável e resiliente." Patricia Frossard, da Philips Brasil, destacou a necessidade de abordagens colaborativas e centradas nas pessoas e no uso de dados para melhorar os serviços.
Veja as principais recomendações do relatório em sete áreas:

Governança: Integrar informações de saúde disponíveis e bancos de dados de diferentes fontes, públicas e privadas, para fortalecer a resiliência do sistema de saúde por meio do monitoramento permanente de uma ampla gama de ameaças à saúde pública.

Financiamento: Estabelecer um aumento progressivo de recursos financeiros aplicados no SUS, de 4% para 6% do PIB em 10 anos, visando dar maior sustentabilidade ao sistema, incluindo considerar a tributação adicional sobre produtos prejudiciais à saúde (por exemplo, tabaco, álcool, açúcar etc)

Força de trabalho: Articular políticas de saúde e de educação para alinhar a formação técnica, graduação, residência e pós-graduação de acordo com as necessidades do sistema de saúde; desenvolver competências em saúde digital em toda a força de trabalho em saúde e expandir a tecnologia digital.

Medicamentos e tecnologia: Fortalecer as políticas de tecnologia em saúde e de desenvolvimento produtivo para garantir o acesso universal e maior competitividade da produção local, reduzindo a dependência externa e o elevado déficit da balança comercial em produtos de alto custo.

Prestação de serviços de saúde: Priorizar a atenção primária em saúde como a principal fonte de acesso para cuidados integrais, envolvendo prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos no SUS, além de sua integração com outros níveis de atenção, incluindo serviços de urgência e de saúde mental.

Saúde da População e determinantes sociais: Aprimorar a regulamentação de práticas comerciais que afetam a saúde, incluindo tabaco e álcool; fortalecer ações intersetoriais para abordar políticas que influenciam a saúde, como transporte, habitação, planejamento urbano, meio ambiente e educação

Sustentabilidade ambiental: Fomentar a participação do setor de saúde nas pautas ambientais, incluindo estratégias de fortalecimento do SUS na região amazônica, com protagonismo de comunidades locais; Estudar estratégias e se comprometer com a transição para fontes de energia verde no SUS.

(CLÁUDIA COLLUCCI/FOLHAPRESS)

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Relatório sobre o SUS sugere que Brasil aumente tributação de álcool e doces - O Tempo
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Pressão alta atinge mais de 30 milhões de brasileiros e mortes aumentam 72% em 10 anos - G1

Pressão alta atinge mais de 30 milhões de brasileiros e mortes aumentam 70% em 10 anos

Pressão alta atinge mais de 30 milhões de brasileiros e mortes aumentam 70% em 10 anos

Silenciosa, perigosa e sem cura, a hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, tem matado mais brasileiros hoje do que há uma década. Em dez anos, quase 300 mil pessoas perderam a vida para a doença, que tem tratamento.

Em 2011, foram 23.233 mortes por hipertensão. Em 2021, esse número subiu para 39.964, o que representa um aumento de 72%.

🚨 O cenário é preocupante porque:

  • É a doença crônica mais comum entre brasileiros. Estima-se que 38 milhões tenham pressão alta - ou cerca de 32% dos adultos.
  • Entre os idosos, a situação é mais crítica: em torno de 60% têm hipertensão. Como a população idosa no Brasil deve crescer nos próximos anos, a incidência da doença deve aumentar junto.
  • Apenas 10% dos hipertensos apresentam sinais da doença, como pico de pressão elevada - a exemplo do que aconteceu com o cantor Sidney Magal.

👉 Quem recebe o diagnóstico da doença precisa controlar os níveis de pressão e não necessariamente terá que tomar remédio para o resto da vida. Em muitos casos, adotar hábitos saudáveis costuma ser bem eficiente.

Esta reportagem faz parte da série do g1 "Brasil hipertenso", que vai listar os vilões da pressão alta; mostrar o que realmente funciona contra a doença; e explicar como é feito o diagnóstico e a partir de qual idade se deve começar a medir a pressão.

Números podem ser maiores: 600 mil

Os dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde e levam em conta o que está escrito na declaração de óbito.

Especialistas afirmam, porém, que os números podem ser ainda maiores: 600 mil mortes causadas por hipertensão ao longo de uma década.

Isso porque a hipertensão costuma ser mais fatal quando atinge órgãos essenciais para o funcionamento do corpo humano, como coração e cérebro.

Além disso, é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, doenças renais crônicas e morte prematura, estando diretamente ligada a casos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

🩺 A doença está presente em até 60% dos casos de infarto e 80% dos casos de AVC.

Entenda abaixo duas razões que explicam o aumento das mortes por hipertensão:

1 - Pacientes não levam pressão alta a sério

A hipertensão desafia médicos e pacientes por conta do seu caráter silencioso: em 90% dos casos, não há manifestação de nenhum sintoma.

💪 A única forma de descobrir a doença é medindo a pressão arterial, com aquele clássico aparelho que aperta levemente o braço por alguns segundos.

Para médicos ouvidos pelo g1, apesar de ser bastante perigosa e responsável por grande parte das mortes prematuras no país (entre 30 e 69 anos), a hipertensão não é levada a sério como deveria pela maioria das pessoas.

Doenças crônicas não transmissíveis, como a hipertensão, costumam ser banalizadas. Banalizadas no sentido de que: 'bom, eu tenho pressão alta e ok, isso faz parte da minha vida'. Não tem uma preocupação como se a gente falasse 'eu tenho câncer' ou outras doenças com um impacto visivelmente maior na saúde.
— Luiz Bortolotto, cardiologista do Instituto do Coração de São Paulo (Incor-SP)

Segundo Bortolotto, que é presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), o paciente com hipertensão só consegue sentir a doença quando chegam as complicações. "Aí a pessoa fica mais atenta", afirma

Medir a pressão é a única maneira de descobrir se você tem hipertensão — Foto: Freepik
1 de 2 Medir a pressão é a única maneira de descobrir se você tem hipertensão — Foto: Freepik

Medir a pressão é a única maneira de descobrir se você tem hipertensão — Foto: Freepik

2 - Piora no estilo de vida do brasileiro

Mas não é só por isso que acontece um "boom" da pressão alta no país: o principal ponto de preocupação está em uma piora no estilo de vida do brasileiro nos últimos anos.

Sedentarismo, má alimentação, excesso de sal, sobrepeso e obesidade são algumas das causas apontadas pelos especialistas para aumento nos números. Há também o fator genético, já que a hipertensão pode ser "herdada" da família em até 50% dos casos.

"É um problema de saúde pública importante no mundo inteiro. A prevenção passa por hábitos de vida mais saudáveis e mais adequados, além de uma identificação precoce", diz a cardiologista Andréa Araujo Brandão, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Para o médico cardiologista Luciano Drager, do Hospital Sírio-Libanês, uma "epidemia de comorbidades" presente atualmente amplia a possibilidade de a pessoa se tornar hipertensa.

São hábitos de vida inadequados, sedentarismo, ganho de peso, distúrbio de sono, que podem surgir e contribuir para essa hipertensão. Então isso também explica por que a hipertensão está aumentando e a taxa de mortalidade atribuída a ela também.
— Luciano Drager, cardiologista

💊 Na última década, a taxa de mortalidade atingiu o maior valor em 10 anos: foram 18,7 óbitos para 100 mil habitantes em 2021, contra 11,8 em 2011. Confira abaixo a taxa ano a ano.

O que é hipertensão arterial

É uma doença que tem como característica os níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. A pressão alta faz com que o coração se esforce mais do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo - o que não é legal.

O diagnóstico da hipertensão passa por dois números: 14 por 9. Se, ao medir no aparelho a pressão alcançar esses números ou ultrapassá-los, é um sinal de alerta.

Quando o médico diz que sua pressão está "quatorze por nove", significa a medida de 140/90 mmHg, usada para indicar quantos milímetros o mercúrio sobe no medidor do aparelho. 140 é a pressão nos vasos quando o coração se contrai (pressão sistólica) e 90 é a pressão nos vasos quando o coração relaxa (pressão diastólica).

🤔 Então, se der 14 por 9, eu tenho hipertensão? Não necessariamente. A pessoa terá que medir a pressão arterial mais uma ou duas vezes e em situações diferentes, como sentado, em repouso, sem estar com a bexiga cheia, com o braço apoiado e sem ter fumado, para ter o diagnóstico concreto.

Mas, sim, medir a pressão é a única maneira de descobrir se você tem hipertensão. A recomendação é de que a medição seja feita a partir dos três anos de idade, pelo menos uma vez ao ano. A regra não vale para quem tem o diagnóstico da doença: nesse caso, o acompanhamento precisa ser mais frequente.

"Quanto mais cedo se identifica uma alteração leve da pressão arterial, mais fácil fica fazer um tratamento eficiente e que proteja das complicações da hipertensão", afirma a cardiologista Andréa Araújo Brandão.

Sintomas e tratamento

Apenas 10% dos hipertensos apresentam sinais da doença. Os sintomas, quando acontecem, geralmente se manifestam quando há um pico de pressão elevada e incluem:

  • dores no peito,
  • dor de cabeça,
  • tonturas,
  • zumbido no ouvido,
  • fraqueza,
  • visão embaçada;
  • e sangramento nasal.

A hipertensão arterial não tem cura. Mas, com o tratamento adequado, pode ser controlada. O cuidado passa pela adoção de hábitos saudáveis de vida e, em alguns casos, pelo uso contínuo de medicamentos.

Faixa etária

⚠️ A pressão alta é mais elevada em homens jovens, mas é mais prevalente em mulheres. Quanto maior a idade, maiores as chances de se ter a doença.

  • No Brasil, cerca de 60% dos idosos têm hipertensão.
  • A taxa de mortalidade da população de 60 a 69 anos é de 41,4 óbitos por mil habitantes.
  • Já para a faixa etária de 70 a 79 anos, são 97 óbitos por mil habitantes.
  • Esse número salta para 381,7 na população com 80 anos ou mais.

Por que a pressão do brasileiro é alta

🧬 Genética + estilo de vida ruim

Parte dos casos de hipertensão podem ser herdados dos pais, mas os hábitos de vida influenciam diretamente os níveis de pressão arterial. Cigarro, bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, consumo de sal elevado e falta de atividade física são alguns fatores externos que podem causar pressão alta.

Especialistas no tema também apontam que as pessoas estão medindo mais a pressão arterial, não só pelo médico, mas também com aparelhos que fazem o controle fora do consultório.

"Ao ter mais medidas, você acaba tendo mais diagnósticos. As pessoas estão começando a ter um conhecimento maior sobre o seu estado de hipertensão, apesar de ser muito aquém do desejado", explica Drager.

A genética é um fator importante: está presente em 30% a 50% dos casos. Isso significa que todo mundo que tem um caso de hipertensão na família tem uma chance maior de desenvolver a doença.

O combo genética + mau estilo de vida pode antecipar a ocorrência da pressão alta em pessoas mais novas - e explica, em parte, o aumento da incidência da doença em faixas etárias mais jovens.

"Se o pai ou a mãe tem hipertensão, você tem uma alta chance de desenvolvê-la a partir dos 40 ou 50 anos. Agora, se tem esse antecedente familiar e não se alimenta direito, come muito sal, para de fazer exercício, você vai ter hipertensão com 20 ou 30 anos", afirma o presidente da SBH e cardiologista Luiz Bortolotto.

🧂 Excesso de sal

Sal é necessário para o organismo, mas faz mal para a saúde se for consumido em excesso. — Foto: Tara Winstead / Pexels
2 de 2 Sal é necessário para o organismo, mas faz mal para a saúde se for consumido em excesso. — Foto: Tara Winstead / Pexels

Sal é necessário para o organismo, mas faz mal para a saúde se for consumido em excesso. — Foto: Tara Winstead / Pexels

Depois da genética, o excesso de sal é o fator de maior influência para a hipertensão. O consumo elevado de sal aumenta os níveis de pressão arterial.

↪️ Sobrepeso e obesidade

O sobrepeso e a obesidade também estão ligados à pressão alta. A obesidade atinge 6,7 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

💰 Condições socioeconômicas

As condições socioeconômicas de um país são um fator relevante para a doença.

As taxas de hipertensão diminuíram nos países ricos e aumentaram em muitos países de baixa ou média renda entre 1990 e 2019, de acordo com um estudo da OMS e da Imperial College London, publicado em 2021 na Revista Lancet.

"A hipertensão tem uma relação forte com o estilo de vida que a gente tem, principalmente nos grandes centros urbanos, onde você não tem muito tempo para uma alimentação mais adequada, e aí tem uma chance maior de ter excesso de gordura, de carboidrato e de sal nos produtos consumidos", diz a cardiologista Andréa Brandão.

"Se não tivermos proatividade nesse contexto, a hipertensão vai continuar sendo um das grandes líderes de mortalidade em todos os lugares, incluindo no nosso país", afirma o cardiologista Luciano Drager.

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Filme que conta a história dos profissionais do SUS durante a pandemia tem exibição gratuita - Brasil de Fato - Minas Gerais

O Cine Santa Tereza exibirá, na próxima terça-feira (27), às 19h, o documentário "Quando falta o Ar". O filme ganhou o prêmio do Festival É tudo Verdade e concorreu a uma indicação ao Oscar. A produção expõe o trabalho dos profissionais do SUS durante a pandemia da covid-19, uma das maiores crises sanitárias da história.

A partir de entrevistas com médicos, enfermeiros e agentes comunitários, o documentário revela a face humana na luta coletiva contra o coronavírus, colocando o cuidado como principal expoente na abordagem da pandemia.

Além disso, "Quando Falta o Ar" expõe as conexões entre saúde, religiosidade, desigualdade e racismo estrutural em várias regiões do país durante a pandemia. O filme foi dirigido por Ana Petta e Helena Petta.

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Serviço

Local: Cine Santa Tereza - R. Estrela do Sul, 89, Belo Horizonte - Minas Gerais

Dia: terça-feira (27 de junho)

Hora: 19h

Preço: Gratuito

Classificação indicativa: 10 anos

Edição: Elis Almeida


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Hábitos para dormir bem devem ser praticados ao longo do dia; veja dicas - VivaBem

Se tem uma coisa que é uma delícia no frio é dormir. Uma boa noite de sono está associada à prevenção de diversos problemas de saúde, como obesidade, dor de cabeça, mudanças de humor, queda da libido e disfunção erétil.

Quem dorme mal está mais propenso a desenvolver pressão alta, arritmia cardíaca, AVC, insuficiência cardíaca e diabetes, por exemplo.

Para que o sono seja reparador e de qualidade, é importante adotar alguns hábitos, dentro da chamada higiene do sono. Atenção às dicas:

  • Procure criar uma rotina, dormir e acordar sempre no mesmo horário, inclusive no sábado e no domingo.
  • Quando começar a anoitecer, diminua a iluminação do ambiente e evite usar celular, computador e outras telas. Isso é importante para o corpo entender que é hora de se preparar para dormir e produzir melatonina, que é hormônio do sono.
  • Também vale fazer algo relaxante antes de ir para a cama, como tomar um banho morno, beber um chá de camomila ou um copo de leite quente.
  • Deite-se só na hora que for dormir mesmo, ou seja, não fique enrolando na cama.

A prática de exercícios físicos, comedidos ou intensos, também ajuda na melhora do sono, mas evite realizar até uma hora e meia antes de dormir. Os exercícios liberam sinais químicos, o que faz com que você se sinta mais disposto.

Os hábitos da higiene do sono favorecem a capacidade de adormecer e permanecer dormindo ao longo de toda a noite, e devem ser realizados no decorrer do dia, e não somente horas antes de dormir.

Exibido ao vivo às segundas, quartas e quintas, às 14h, o VivaBem Hoje traz os principais assuntos sobre saúde do momento e é exibido ao vivo no YouTube e no Canal UOL. Confira todos os episódios do VivaBem Hoje e outros vídeos de saúde no canal do YouTube de VivaBem.

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Saturday, June 24, 2023

Relatório sobre o SUS sugere que Brasil aumente tributação de álcool e doces - O Tempo

Visão de curto prazo no planejamento em saúde, alta rotatividade dos cargos de liderança, grande fragmentação da gestão do sistema e pouca coordenação entre os setores público e privado são alguns dos fatores que têm gerado ineficiência na gestão do SUS e acentuado as desigualdades em saúde.

Ao mesmo tempo, o sistema sofre com a perda de financiamento causada pelas políticas de austeridade fiscal, com o aumento do gasto com emendas parlamentares, e com o crescimento das demandas judiciais que afeta negativamente o planejamento e a alocação orçamentária no SUS.

Essas são algumas das constatações de um relatório lançado na última quarta (21), na embaixada do Reino Unido, em Brasília, que levantou pontos fortes e fracos do sistema público brasileiro para avaliar a sustentabilidade e a resiliência durante a pandemia de Covid-19 e fez 42 recomendações de políticas públicas que podem ser implementadas.

Entre elas, está o aumento progressivo de recursos financeiros aplicados no SUS, de 4% para 6% do PIB em dez anos, e uma tributação adicional sobre produtos prejudiciais à saúde, como tabaco, álcool e açúcar. O relatório foi apresentado ao Ministério da Saúde e aos conselhos que representam os gestores estaduais e municipais da saúde.

O trabalho faz parte de uma iniciativa presente em mais de 30 países, fruto de uma colaboração entre a Escola de Economia de Londres, o Fórum Econômico Mundial, a Fundação da Organização Mundial da Saúde, e as empresas AstraZeneca, Phillips e KPMG.

No Brasil, primeiro país da América Latina a integrar o projeto, o estudo foi conduzido por pesquisadores da FGV-Saúde, envolveu análises de mais de cem documentos e discussões com mais de 20 especialistas, incluindo acadêmicos, representantes do governo, agências reguladoras e organizações públicas e privadas.

Segundo Adriano Massuda, professor da FGV e principal autor do estudo, o SUS tem condições de se tornar mais sustentável e resiliente se conseguir fortalecer a governança, melhorar o financiamento, alocar recursos em áreas de maior necessidade, fortalecer a atenção primária e a integração com os demais níveis do sistema, e criar uma rede de respostas a urgências e emergências.

Para ele, lições aprendidas na pandemia precisam ser sistematizadas e incorporadas ao sistema. "O país ainda não fez isso, e esse estudo é uma oportunidade para isso. Como foi a resposta à pandemia? O que deu e o que não certo?"

Massuda afirma que, embora haja um cansaço da população ao tema da Covid, as novas emergências em saúde pública são uma ameaça real e precisam ser enfrentadas. "É fundamental que o país tenha uma agenda convergente. E para isso você precisa ter os governos e a sociedade civil juntos."

Para José Gomes Temporão, ex-ministro da Saúde e que também participou da elaboração do documento, muitas das queixas ligadas à assistência não se limitam à falta de financiamento do SUS e podem ser enfrentadas.

"Hoje o paciente fica perdido na rede. Ele não sabe quanto tempo vai demorar para fazer um exame, ser encaminhado a um especialista ou a uma cirurgia. Não existe transparência. Isso passa por modelo de gestão, de capacitação, de disponibilidade de especialistas."

Segundo ele, todos esses desafios inseridos em um contexto de envelhecimento populacional, aumento de doenças crônicas, sedentarismo, alimentação inadequada, entre outros, vão trazer impactos ainda mais severos ao SUS. "Cuidar da saúde não depende só do Ministério da Saúde. Se você não olha para os determinantes sociais, os resultados sempre serão fragmentados."

Massuda lembra que, embora a atual gestão do Ministério da Saúde ainda esteja debruçada na reconstrução de programas desmontados na gestão de Jair Bolsonaro (PL), como o Mais Médicos, e de outras tarefas da administração pública, algumas questões são urgentes. Ele destaca, por exemplo, uma agenda para identificar e tratar as demandas represadas na pandemia, especialmente às relacionadas ao câncer e às doenças cardiovasculares, e uma mobilização para recuperar as altas taxas de cobertura vacinal.

"Tem que ter um engajamento do presidente da República, dos governadores, dos prefeitos e uma mobilização da sociedade civil para que haja um engajamento e a gente retome 95% de cobertura vacinal. Isso não pode esperar." Durante evento, várias falas destacaram a importância das parcerias público-privada, como as que surgiram durante a pandemia. "Elas mostram o potencial de colaboração entre o setores para aumentar a resiliência do sistema de saúde", disse Alistair McGuire, líder dos departamentos de economia e políticas da saúde da Escola de Economia de Londres.

Para Olavo Corrêa, diretor-geral da AstraZeneca Brasil, as parcerias podem endereçar diversos pontos trazidos no relatório. "Mais do que desenvolver medicamentos que mudam vidas, a indústria de saúde tem trabalhado para buscar um sistema de saúde que seja mais sustentável e resiliente." Patricia Frossard, da Philips Brasil, destacou a necessidade de abordagens colaborativas e centradas nas pessoas e no uso de dados para melhorar os serviços.
Veja as principais recomendações do relatório em sete áreas:

Governança: Integrar informações de saúde disponíveis e bancos de dados de diferentes fontes, públicas e privadas, para fortalecer a resiliência do sistema de saúde por meio do monitoramento permanente de uma ampla gama de ameaças à saúde pública.

Financiamento: Estabelecer um aumento progressivo de recursos financeiros aplicados no SUS, de 4% para 6% do PIB em 10 anos, visando dar maior sustentabilidade ao sistema, incluindo considerar a tributação adicional sobre produtos prejudiciais à saúde (por exemplo, tabaco, álcool, açúcar etc)

Força de trabalho: Articular políticas de saúde e de educação para alinhar a formação técnica, graduação, residência e pós-graduação de acordo com as necessidades do sistema de saúde; desenvolver competências em saúde digital em toda a força de trabalho em saúde e expandir a tecnologia digital.

Medicamentos e tecnologia: Fortalecer as políticas de tecnologia em saúde e de desenvolvimento produtivo para garantir o acesso universal e maior competitividade da produção local, reduzindo a dependência externa e o elevado déficit da balança comercial em produtos de alto custo.

Prestação de serviços de saúde: Priorizar a atenção primária em saúde como a principal fonte de acesso para cuidados integrais, envolvendo prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos no SUS, além de sua integração com outros níveis de atenção, incluindo serviços de urgência e de saúde mental.

Saúde da População e determinantes sociais: Aprimorar a regulamentação de práticas comerciais que afetam a saúde, incluindo tabaco e álcool; fortalecer ações intersetoriais para abordar políticas que influenciam a saúde, como transporte, habitação, planejamento urbano, meio ambiente e educação

Sustentabilidade ambiental: Fomentar a participação do setor de saúde nas pautas ambientais, incluindo estratégias de fortalecimento do SUS na região amazônica, com protagonismo de comunidades locais; Estudar estratégias e se comprometer com a transição para fontes de energia verde no SUS.

(CLÁUDIA COLLUCCI/FOLHAPRESS)

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