Fim da emergência de saúde nos EUA leva milhares de mexicanos à fronteira
A imagem de choro tem sido recorrente na fronteira. Uma mulher estava no grupo que tentava cruzar o Rio Grande para chegar nos Estados Unidos: “Está fechado. Não podemos entrar”, disse.
Um venezuelano também se frustrou. “Quem entrar ilegalmente vai ser deportado. E se tentar de novo, vai ser penalizado”, disse.
Grupo tenta cruzar o Rio Grande para chegar nos Estados Unidos. — Foto: Reprodução/JN
Os relatos evidenciam a decepção de quem apostava que a partir de agora seria mais fácil entrar nos Estados Unidos e conseguir asilo. Nesta sexta-feira (12) acaba a política de emergência de saúde pública adotada na pandemia, chamada Título 42.
A declaração de emergência sanitária serviu de base legal para a expulsão imediata de imigrantes que cruzavam a fronteira sem documentação.
O presidente Joe Biden declarou que espera dias caóticos na fronteira sul do país, e em antecipação a um aumento de travessias ilegais, o governo americano anunciou novas medidas para dificultar a entrada de quem busca asilo nos EUA.
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O secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, foi à Casa Branca explicar que as fronteiras não estão abertas.
“Se alguém chegar à nossa fronteira sul depois da meia-noite de hoje, não vai poder pedir asilo e estará sujeito a consequências mais severas por entrada ilegal”, declarou.
Quem quiser pedir asilo, por exemplo, terá que usar um aplicativo de telefone ou ir a centros que serão abertos em países da América Latina para processamento das solicitações. Se cruzarem a fronteira de maneira ilegal e forem pegos, poderão ser expulsos rapidamente e impedidos de pedir asilo por cinco anos.
Agora, mais de 1,5 mil soldados e 24 mil policiais reforçam a segurança na fronteira, principalmente no Texas.
O presidente tem recebido críticas de integrantes do próprio partido, o Democrata, que o acusam de não cumprir a promessa de implementar uma política mais humana de imigração.
Já o partido Republicano, de oposição, acusa Biden de deixar as fronteiras abertas.
Durante a coletiva, o Jornal Nacional questionou o secretário sobre as críticas.
“Nós reconstruímos um sistema de concessão de asilo que foi desmantelado na gestão anterior. Somos uma nação de imigrantes e somos uma nação de leis”, ele respondeu.
Fim da emergência de saúde nos EUA leva milhares de mexicanos à fronteira - G1
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