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Saturday, December 31, 2022

Câncer de cólon é o segundo que mais mata no mundo; veja sintomas - VivaBem

O câncer colorretal (ou de intestino grosso/cólon e do reto), que foi o que afetou Pelé, resulta em 900 mil mortes anuais no mundo, atrás apenas do câncer de pulmão.

No Brasil, a doença é o segundo câncer mais comum em homens e mulheres, com 45.630 novos casos anuais.

O câncer colorretal (intestino grosso e reto) é o segundo tumor maligno, excluindo o câncer de pele não melanoma, mais comum em homens e mulheres, atrás apenas, respectivamente, de câncer de próstata e mama.

São esperados para cada ano do triênio (2023-2025) um total de 45.630 novos casos anuais de câncer colorretal no Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). São 23.660 em mulheres e 21.970 em homens.

No mundo, o câncer colorretal representa 10% de todos os tipos de câncer, com 1,9 milhão de novos casos anuais e 935 mil mortes, segundo o levantamento Globocan, da OMS (Organização Mundial da Saúde).

O cirurgião oncológico e presidente da SBCO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica), Héber Salvador, explica que o câncer colorretal pode se desenvolver silenciosamente por um tempo, sem apresentar nenhum sintoma e a descoberta, muitas vezes, se dá por exame de rastreamento.

É fundamental a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos em pessoas sem sintomas —ou 40 anos, caso haja histórico de câncer na família. Este exame pode evitar a doença, pois, por meio dele, é possível retirar pólipos, que são lesões presas na parede do intestino que poderiam evoluir para câncer. Héber Salvador, cirurgião oncológico e presidente da SBCO

Quando descoberto em fase inicial, ainda restrito ao local de origem, o câncer colorretal tem taxa de cura acima de 90%. Quando se espalhou para os linfonodos, a taxa cai para 70%. Em caso de metástase, as chances de cura não chegam a 20%.

Colonoscopia pode evitar doença?

  • O câncer colorretal pode se desenvolver silenciosamente por um tempo, sem apresentar nenhum sintoma.
  • Quando o paciente apresenta sintomas, já pode ser sinal de uma doença mais avançada.
  • Por conta disso, é fundamental a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos em pessoas --ou 40 anos, caso haja histórico de câncer na família.
  • Este exame pode evitar a doença, pois, por meio dele, é possível retirar pólipos, que são lesões presas na parede do intestino que poderiam evoluir para câncer.

Quais as causas?

Ainda que possa se desenvolver em jovens, o câncer colorretal é mais comum a partir dos 50 anos. Por isso, a idade é tida como um dos pontos de atenção ao surgimento da doença. Mas não é só. Os principais fatores de risco para o câncer colorretal são:

  • Hábitos alimentares não saudáveis --dieta pobre em fibras, com consumo excessivo de alimentos processados e carne vermelha obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo e alto consumo de bebidas alcoólicas;
  • Histórico familiar de câncer colorretal, de ovário, útero e/ou câncer de mama;
  • Preexistência de doenças como retocolite ulcerativa crônica, doença de Crohn e doenças hereditárias do intestino.

Quais sintomas?

O câncer colorretal, em seu estágio inicial, raramente apresenta sintomas específicos. Ainda assim, podem aparecer alguns sinais que indicam alterações e merecem atenção:

  • Presença de sangue nas fezes;
  • Alternância entre diarreia e prisão de ventre;
  • Alteração na forma das fezes (muito finas e compridas);
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Sensação de fraqueza e/ou diagnóstico de anemia;
  • Dor ou desconforto abdominal, e
  • Presença de massa abdominal (que pode ser indicativa de tumor).

Se apresentar algum desses sinais de forma frequente, é importante passar pela avaliação de um médico especializado. Além do câncer, estas ocorrências podem indicar a presença de outras doenças que também precisam de tratamento.

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Estudo mostra que vitamina D mantém idosos 'afiados' - Escola Educação

Um novo estudo realizado nos Estados Unidos sugere que algumas pessoas estão menos propensas a sofrerem de esquecimento e demência. Tais pessoas, segundo a pesquisa, tinham algo em comum: seus cérebros ricos em nutrientes, em especial a vitamina D.

Leia mais: É possível potencializar funções cerebrais com a Vitamina D

Estudo mostra que vitamina D faz bem para idosos

Especialistas americanos testaram amostras de tecido cerebral de 209 idosos falecidos e, como resultado inédito, descobriram que a vitamina D existe em quatro áreas principais do cérebro. Contudo, os especialistas não puderam confirmar qual a exata relação entre a vitamina e as funções cerebrais, e se ela é mesmo uma das responsáveis por prevenir a demência.

No entanto, a Dra. Kyla Shea, principal autora do estudo da Tufts University, em Massachusetts, disse: “Agora sabemos que a vitamina D está presente em quantidades razoáveis ​​no cérebro humano e parece estar correlacionada com menor declínio na função cognitiva”.

Ela também explicou que era preciso realizar mais pesquisas para ser possível identificar a neuropatologia à qual a vitamina está ligada no cérebro antes de começarem a projetar intervenções futuras.

Vitamina D

A vitamina D é um hormônio esteroide que não é produzido naturalmente pelo corpo humano, sendo sua principal fonte a exposição direta à luz solar e alimentação. Esse hormônio tem inúmeras qualidades já comprovadas, sendo capaz de atuar na saúde óssea, imunidade, crescimento, musculatura e metabolismo.

A deficiência dessa vitamina reduz as taxas de cálcio presentes no organismo, causando prejuízos graves. Em crianças, esses danos podem ser na ossificação e crescimento, e nos adultos, pode causar osteopenia e osteoporose. Além disso, pode levar ao comprometimento da força e contratilidade muscular.

Ainda existem muitos estudos sendo feitos sobre esse hormônio e não existem recomendações uniformes para o seu uso. A depender da idade e da condição da pessoa, os valores podem mudar, por isso é recomendado procurar um médico antes de realizar suplementação com a vitamina D.

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Será possível reverter a diabetes tipo 2? Veja o que aponta este estudo - Escola Educação

Você sabia que, de acordo com uma pesquisa, os pacientes podem alcançar a reversão completa da diabetes fazendo apenas uma intervenção na alimentação? Esse estudo feito pela Endocrine Society, que foi publicado no Journal Clinical Endocrinology e Metabolism, afirma que pessoas com diabetes tipo 2 que fazem uma dieta de jejum intermitente podem não precisar mais de medicação.

Leia mais: Estudos afirmam que beber chá pode prevenir desenvolvimento da diabetes tipo 2

Pessoas com diabetes podem não precisar mais de remédios

As dietas de jejum intermitente se tornaram conhecidas como um método eficaz para a perda de peso. Ela consiste em ingerir alimentos durante uma janela específica de tempo. Com o crescimento no número de pessoas seguindo a dieta no mundo, alguns cientistas começaram a estudá-la. Eles descobriram que, além de ajudar a perder peso, o jejum pode ajudar a combater a inflamação e reduzir o risco de diabetes e de doenças cardíacas.

Todos sabem que uma dieta balanceada e exercícios regulares são essenciais para o controle do diabetes, entretanto este novo estudo da Endocrine Society revelou que uma dieta de jejum intermitente é capaz de reverter completamente a diabetes tipo 2 sem a necessidade de o paciente tomar medicação.

Veja mais detalhes.

Jejum intermitente impacta em pacientes

Os cientistas realizaram uma intervenção por meio da dieta de três meses em 36 pessoas com a doença. Após o período, eles analisaram que grande parte dos pacientes reduziram a ingestão de medicamentos após o jejum. Além disso, 55% desses pacientes conseguiram a remissão do diabetes, interrompendo a sua medicação por completo.

Entretanto os estudos revelaram também que a remissão da condição só pode ser alcançada naqueles que têm a doença a menos tempo. Algo entre 0 meses até 6 anos.

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Será possível reverter a diabetes tipo 2? Veja o que aponta este estudo - Escola Educação
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Câncer de cólon é o segundo que mais mata no mundo; veja sintomas - VivaBem

O câncer colorretal (ou de intestino grosso/cólon e do reto), que foi o que afetou Pelé, resulta em 900 mil mortes anuais no mundo, atrás apenas do câncer de pulmão.

No Brasil, a doença é o segundo câncer mais comum em homens e mulheres, com 45.630 novos casos anuais.

O câncer colorretal (intestino grosso e reto) é o segundo tumor maligno, excluindo o câncer de pele não melanoma, mais comum em homens e mulheres, atrás apenas, respectivamente, de câncer de próstata e mama.

São esperados para cada ano do triênio (2023-2025) um total de 45.630 novos casos anuais de câncer colorretal no Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). São 23.660 em mulheres e 21.970 em homens.

No mundo, o câncer colorretal representa 10% de todos os tipos de câncer, com 1,9 milhão de novos casos anuais e 935 mil mortes, segundo o levantamento Globocan, da OMS (Organização Mundial da Saúde).

O cirurgião oncológico e presidente da SBCO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica), Héber Salvador, explica que o câncer colorretal pode se desenvolver silenciosamente por um tempo, sem apresentar nenhum sintoma e a descoberta, muitas vezes, se dá por exame de rastreamento.

É fundamental a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos em pessoas sem sintomas —ou 40 anos, caso haja histórico de câncer na família. Este exame pode evitar a doença, pois, por meio dele, é possível retirar pólipos, que são lesões presas na parede do intestino que poderiam evoluir para câncer. Héber Salvador, cirurgião oncológico e presidente da SBCO

Quando descoberto em fase inicial, ainda restrito ao local de origem, o câncer colorretal tem taxa de cura acima de 90%. Quando se espalhou para os linfonodos, a taxa cai para 70%. Em caso de metástase, as chances de cura não chegam a 20%.

Colonoscopia pode evitar doença?

  • O câncer colorretal pode se desenvolver silenciosamente por um tempo, sem apresentar nenhum sintoma.
  • Quando o paciente apresenta sintomas, já pode ser sinal de uma doença mais avançada.
  • Por conta disso, é fundamental a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos em pessoas --ou 40 anos, caso haja histórico de câncer na família.
  • Este exame pode evitar a doença, pois, por meio dele, é possível retirar pólipos, que são lesões presas na parede do intestino que poderiam evoluir para câncer.

Quais as causas?

Ainda que possa se desenvolver em jovens, o câncer colorretal é mais comum a partir dos 50 anos. Por isso, a idade é tida como um dos pontos de atenção ao surgimento da doença. Mas não é só. Os principais fatores de risco para o câncer colorretal são:

  • Hábitos alimentares não saudáveis --dieta pobre em fibras, com consumo excessivo de alimentos processados e carne vermelha obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo e alto consumo de bebidas alcoólicas;
  • Histórico familiar de câncer colorretal, de ovário, útero e/ou câncer de mama;
  • Preexistência de doenças como retocolite ulcerativa crônica, doença de Crohn e doenças hereditárias do intestino.

Quais sintomas?

O câncer colorretal, em seu estágio inicial, raramente apresenta sintomas específicos. Ainda assim, podem aparecer alguns sinais que indicam alterações e merecem atenção:

  • Presença de sangue nas fezes;
  • Alternância entre diarreia e prisão de ventre;
  • Alteração na forma das fezes (muito finas e compridas);
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Sensação de fraqueza e/ou diagnóstico de anemia;
  • Dor ou desconforto abdominal, e
  • Presença de massa abdominal (que pode ser indicativa de tumor).

Se apresentar algum desses sinais de forma frequente, é importante passar pela avaliação de um médico especializado. Além do câncer, estas ocorrências podem indicar a presença de outras doenças que também precisam de tratamento.

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Estudo mostra que vitamina D mantém idosos 'afiados' - Escola Educação

Um novo estudo realizado nos Estados Unidos sugere que algumas pessoas estão menos propensas a sofrerem de esquecimento e demência. Tais pessoas, segundo a pesquisa, tinham algo em comum: seus cérebros ricos em nutrientes, em especial a vitamina D.

Leia mais: É possível potencializar funções cerebrais com a Vitamina D

Estudo mostra que vitamina D faz bem para idosos

Especialistas americanos testaram amostras de tecido cerebral de 209 idosos falecidos e, como resultado inédito, descobriram que a vitamina D existe em quatro áreas principais do cérebro. Contudo, os especialistas não puderam confirmar qual a exata relação entre a vitamina e as funções cerebrais, e se ela é mesmo uma das responsáveis por prevenir a demência.

No entanto, a Dra. Kyla Shea, principal autora do estudo da Tufts University, em Massachusetts, disse: “Agora sabemos que a vitamina D está presente em quantidades razoáveis ​​no cérebro humano e parece estar correlacionada com menor declínio na função cognitiva”.

Ela também explicou que era preciso realizar mais pesquisas para ser possível identificar a neuropatologia à qual a vitamina está ligada no cérebro antes de começarem a projetar intervenções futuras.

Vitamina D

A vitamina D é um hormônio esteroide que não é produzido naturalmente pelo corpo humano, sendo sua principal fonte a exposição direta à luz solar e alimentação. Esse hormônio tem inúmeras qualidades já comprovadas, sendo capaz de atuar na saúde óssea, imunidade, crescimento, musculatura e metabolismo.

A deficiência dessa vitamina reduz as taxas de cálcio presentes no organismo, causando prejuízos graves. Em crianças, esses danos podem ser na ossificação e crescimento, e nos adultos, pode causar osteopenia e osteoporose. Além disso, pode levar ao comprometimento da força e contratilidade muscular.

Ainda existem muitos estudos sendo feitos sobre esse hormônio e não existem recomendações uniformes para o seu uso. A depender da idade e da condição da pessoa, os valores podem mudar, por isso é recomendado procurar um médico antes de realizar suplementação com a vitamina D.

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Friday, December 30, 2022

Câncer de cólon: o que é a doença que causou a morte do Rei Pelé - Globo.com

O mundo chora a morte do maior jogador de futebol de todos os tempos. Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, morreu na tarde desta quinta-feira (29/12) aos 82 anos em função de um câncer de intestino, um dos mais letais. No mundo, o colorretal é o terceiro câncer que mais mata. A doença pode englobar tumores no cólon, no reto ou em ambos, podendo atingir ainda o ânus. No caso de Pelé, o foco era no cólon, mas já havia metástase em outros órgãos. O tumor foi identificado em setembro de 2021, segundo boletins do Hospital Albert Einstein, onde Pelé estava internado desde 29 de novembro. Na época, o ex-jogador chegou a fazer uma cirurgia para retirada do tumor. Mas como explica a médica oncologista Erika Simplicio, às vezes uma célula escapa.

Pelé, em foto postada nas redes sociais: maior jogador de todos os tempos morreu em consequência do agravamento de um câncer de cólon — Foto: Reprodução Instagram

Pelé, em foto postada nas redes sociais: maior jogador de todos os tempos morreu em consequência do agravamento de um câncer de cólon — Foto: Reprodução Instagram

- Mesmo em uma cirurgia em que se retira o câncer todo, pode haver uma recidiva. A gente pode ter uma célula que escapa, cai na circulação e atinge um outro órgão, causando a metástase. Isso atinge principalmente fígado e pulmão - observa, antes de esclarecer sobre causas, sintomas, diagnóstico e tratamento da doença, além de fatores de risco modificáveis que podem ajudar a preveni-la.

O câncer de intestino ou colorretal é uma doença caracterizada pelo surgimento de tumores malignos no cólon, que é uma parte do intestino grosso, além do reto e do ânus — Foto: Istock Getty Images

O câncer de intestino ou colorretal é uma doença caracterizada pelo surgimento de tumores malignos no cólon, que é uma parte do intestino grosso, além do reto e do ânus — Foto: Istock Getty Images

O câncer de intestino ou colorretal é uma doença caracterizada pelo surgimento de tumores malignos no cólon, que é uma parte do intestino grosso, além do reto e do ânus. Na maioria das vezes, é precedido pelo aparecimento de adenomas, pólipos que podem ou não evoluir para o câncer. Ou seja, nem todo pólipo se torna um câncer, mas quase todo câncer é precedido por um pólipo.

Pólipos no intestino: esse é o primeiro sinal de uma possibilidade de câncer futuro e deve ser investigado — Foto: Istock Getty Images

Pólipos no intestino: esse é o primeiro sinal de uma possibilidade de câncer futuro e deve ser investigado — Foto: Istock Getty Images

  • Alteração nos hábitos intestinais, com diarreia frequente ou constipação;
  • Sangue nas fezes;
  • Dor, com presença de cólicas abdominais, especialmente durante a evacuação;
  • Alteração no formato das fezes, que ficam mais finas, delgadas;
  • Anemia crônica;
  • Perda de peso;
  • Fadiga.

Quando há metástase no pulmão também há:

  • Falta de ar;
  • Tosse.

Quando há metástase no fígado também há:

  • Pele amarelada;
  • Enjoo, náuseas;
  • Vômito;
  • Inapetência.

Quando há metástase nos ossos também há:

  • Dor óssea.

Causas e fatores de risco

O câncer de intestino é o terceiro tipo de câncer que mais mata no mundo — Foto: Istock Getty Images

O câncer de intestino é o terceiro tipo de câncer que mais mata no mundo — Foto: Istock Getty Images

A médica explica que a doença é multifatorial. Um dos fatores, no entanto, é genético: ter parentes que já tiveram câncer de intestino é indicativo de aumento de chance de desenvolver a doença. Mas há vários fatores de risco, alguns modificáveis, como mostraremos abaixo.

Fatores de risco não modificáveis:

  • Histórico familiar (genético);
  • Ter uma doença inflamatória intestinal, como doença de Crohn e retocolite;
  • Presença de uma síndrome genética, como polipose adenomatosa familiar e síndrome de Lynch.

Fatores de risco modificáveis:

  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Consumo frequente de alimentos ultraprocessados;
  • Alcoolismo;
  • Tabagismo.

Prevenção

Fazer o rastreamento de pólipos e do tumor ainda em seu início através do exame regular de colonoscopia é fundamental para tentar descobrir a doença precocemente. Os sintomas citados acima normalmente só começam a aparecer quando o câncer já está avançado, e os exames de rastreamento são importantes para que ele seja descoberto antes de se agravar.

- A taxa de cura é diretamente proporcional ao quão precoce é o diagnóstico, e pode chegar a mais de 90% em tumores iniciais localizados, sem acometimento de linfonodos - destaca a oncologista.

Mudanças de hábitos que cortem fatores de risco também fazem toda a diferença no prognóstico da doença, e evitar sedentarismo, cigarro, álcool e alimentos ultraprocessados é fundamental, além de manter um peso adequado à altura e à composição corporal de cada pessoa. Em matéria sobre o caso do ator Chadwick Boseman, o Pantera Negra dos filmes da Marvel, também morto em função da doença, o pesquisador Leandro Rezende, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ressalta que a atividade física têm grande influência na prevenção e no tratamento.

- O Fundo Global de Pesquisa em Câncer reconhece o papel da atividade física na redução de risco de três tipos de câncer: de mama, colorretal e de endométrio, especialmente os dois primeiros. Já o Colégio Americano de Medicina do Esporte inclui os de bexiga, esôfago, estômago e rins, além dos três primeiros. O certo é que mama e colorretal são uma unanimidade em todo o mundo - comenta Leandro, que desde 2014 pesquisa a relação entre atividade física e câncer.

Segundo um dos estudos liderados por Leandro e publicado em 2019, praticar um mínimo de 150 minutos semanais de atividades físicas regulares na adolescência ou na vida adulta diminui o risco de aparecimento de adenomas em 10%, enquanto praticar continuamente na adolescência e na vida adulta reduz em 24%.

Já Erika revela que o consumo de carnes processadas e outros alimentos ultraprocessados aumenta o risco de desenvolvimento deste tipo de câncer em 16%.

- Adotar hábitos saudáveis tem impacto positivo tanto na prevenção quanto no prognóstico da doença e diminuição da chance de recidiva (volta do câncer) - afirma a oncologista.

Dicas de prevenção:

  1. Praticar pelo menos 150 minutos semanais de atividades físicas regularmente;
  2. Aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras, que têm efeito protetor sobre o intestino e reduzem o risco em 10%. Exemplos: frutas, verduras, cereais integrais;
  3. Ter uma dieta rica em cálcio, já que o mineral previne o desenvolvimento de pólipos. Exemplos: produtos lácteos (leite, queijos e iogurtes), amêndoas, castanha do Pará, avelã, vegetais verde-escuros, peixes (sardinha, corvina, manjuba);
  4. Evitar a ingestão de álcool, só consumindo em ocasiões sociais eventuais;
  5. Não fumar;
  6. Diminuir o consumo de carnes vermelhas e cortar o de processadas;
  7. Manter um peso adequado à sua altura e composição corporal;
  8. Fazer um rastreamento, com exames médicos específicos, após os 45 anos, ou antes, no caso de ter histórico familiar ou de doenças inflamatórias intestinais. Nesse caso, deve-se começar com os exames dez anos antes da idade em que o familiar apresentou a doença.

Diagnóstico

  • Colonoscopia, o exame feito regularmente para rastreamento de pólipos e tumores no intestino. Deve ser iniciado entre aos 45 anos, e ser realizado a cada cinco anos em pessoas sem histórico familiar nem fatores de risco preponderantes, quando não há achados. No caso de haver histórico familiar, doença inflamatória ou de se encontrar alguma lesão, o exame passa a ser anual. Pessoas com histórico familiar também podem começar a realizá-lo antes dos 45 anos.
  • Biópsia de lesões suspeitas, caso elas existam e sejam reveladas pela colonoscopia;
  • Exame de sangue para dosagem de CEA (antígeno carcinoembriônico);
  • Exames de imagem como:
  1. Tomografia de tórax, abdômen e pelve, para rastreamento do câncer e de metástases de pulmão e outros órgãos;
  2. Ressonância magnética, para melhor visualização do fígado;
  3. PET-CT, para diversos casos, a serem avaliados pelo médico oncologista.

Tratamento

Quando a doença é localizada na área de cólon, reto e ânus, os tratamentos podem incluir:

  • Cirurgia para retirada do tumor;
  • Quimioterapia;
  • Radioterapia;
  • Tratamentos locais, como embolização e radiofrequência;
  • Imunoterapia em casos selecionados.

Quando há metástase, as opções são:

  • De forma geral, faz-se quimioterapia ou imunoterapia, que são tratamentos sistêmicos;
  • Cirurgias e alguns tratamentos locais selecionados;
  • Embolização no fígado, ou seja, identifica-se se o tumor tem um vaso que o nutre e faz-se o bloqueio desse vaso;
  • Radiofrequência, um tratamento novo em que se queima o caminho de nutrição do tumor, introduz-se uma agulha na área com metástase e dá-se um choque nela;
  • Radioterapia, gerando um bloqueio das células do tumor.

Érika ressalta ainda que, além do tratamento para a doença em si, pacientes com câncer, especialmente com metástase, se beneficiam do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de cuidados paliativos. E ressalta que cuidados paliativos não são medidas destinadas apenas a pacientes terminais, mas também aos que estão em tratamento para uma série de doenças, incluindo o câncer, para redução de dor, fadiga, náuseas e outros sintomas, inclusive psicológicos, como ansiedade e depressão. O objetivo é dar qualidade de vida.

- O tratamento oncológico foca na doença, já os cuidados paliativos focam no doente. Eles fazem parte da fase terminal da doença, mas não são nem devem ser exclusivos dela. A sua instituição precoce, junto com o tratamento da doença, ajuda na busca de mais tempo de vida com qualidade - reforça Erika.

Fonte:
Erika Simplicio é médica oncologista clínica da Clínica First.

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Câncer de cólon: o que é a doença que causou a morte do Rei Pelé - Globo.com
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Como tirar hematoma da pele? Mancha roxa pode ser sinal de doença? - VivaBem

Basta uma pancada na quina de um móvel ou golpe mais duro durante o esporte do fim de semana e pronto: aparece aquela mancha vermelha na pele, que incha, dói e vai mudando de cor com o passar dos dias —o hematoma.

O que é o hematoma?

  • É o extravasamento do sangue após o rompimento de um vaso
  • O sangue liberado se espalha e se acumula na pele, causando a mancha.

O que causa o hematoma?

É causado por traumatismos como pancadas diretamente sobre a região afetada ou outras atividades que causem o extravasamento de sangue. As seguintes atividades podem causar hematomas:

  • Queda em prática de esportes
  • Acidentes envolvendo objetos pesados
  • Acidentes automobilísticos
  • Injeção para tirar sangue em exame
  • Uso de ventosas
  • Procedimentos estéticos, como lipoaspiração e criolipólise

Os hematomas também podem surgir em decorrência de uma doença da coagulação. Por isso, dependendo da sua extensão e da sua gravidade, deve-se buscar ajuda médica.

Como tirar o hematoma mais rapidamente

  • Compressa de gelo

O gelo reduz o fluxo de sangue na área atingida, evitando que o hematoma aumente. Para seguir essa dica, enrole uma pedra de gelo em um pano ou papel toalha e passe delicadamente sobre o local, por cerca de 10 minutos após a lesão.

  • Compressa morna

Deve ser usada a partir do segundo dia da lesão, porque ela dilata os vasos sanguíneos e melhora a circulação, o que ajuda a limpar a área e minimizar a mancha. Faça a compressa com um pano aquecido ou uma bolsa de gel morna.

Deve ser feita no segundo dia após o surgimento da mancha, para estimular o fluxo do sangue na área e diminuir o hematoma. Massageie a área suavemente, em círculos.

Reduz inflamações, inchaços e hematomas de regiões lesionadas. É possível fazer compressas com arnica ou então utilizar um gel ou uma pomada que tenha, em sua composição, essa planta.

  • Elevação da área atingida

Funciona principalmente no momento da lesão, porque ajuda a drenar fluidos acumulados e reduzir o risco de desenvolvimento de um hematoma grande. Basta elevar o membro atingido acima do nível do coração.

As fases do hematoma

Com o passar do tempo, a cor do hematoma vai mudando pela evolução natural do processo de cura da lesão.

  • Primeira fase

O sangue que acabou de escapar está rico em oxigênio, por isso mantém a tonalidade vermelho clara que faz com que o hematoma ganhe cor rosa ou avermelhada.

  • Segunda fase

O sangue, empoçado sob a pele, deixa de fazer parte do sistema circulatório do organismo. Com isso, ocorrem alterações bioquímicas na hemoglobina, molécula presente no interior dos glóbulos vermelhos e que tem por função transportar o oxigênio às células. Em algumas horas o sangue depositado perde oxigênio e o hematoma começa a ficar de azulado a roxo.

  • Fase final

Por volta do quinto dia após a contusão, os glóbulos brancos agem para tentar remover o sangue acumulado na região do hematoma. Esse processo envolve reações químicas que quebram a hemoglobina em várias moléculas. A começar pela biliverdina, que tem tonalidade verde e acaba deixando dessa cor o local machucado. Depois, vem a bilirrubina, cuja coloração é amarelada.

Após duas semanas, no máximo, a pele deve voltar à cor normal, o que indica que o hematoma foi totalmente curado.

Quando o hematoma se torna um problema grave?

A maioria dos hematomas se deve mesmo a traumas localizados, ou seja, não é grave, não indica doença e desaparece espontaneamente.

Pessoas que têm problemas de coagulação ou diminuição na contagem de plaquetas do sangue (o que pode ocorrer por alguma doença na medula óssea, infecciosa ou dengue, entre outras enfermidades), porém, podem apresentar hematomas após traumas mínimos. Nesses casos, apoiar uma parte do corpo em um móvel ou objeto, mesmo sem força ou impacto, basta para levar ao aparecimento de um hematoma.

Diante de manchas que surgem aleatoriamente, portanto, o ideal é consultar um médico que investigue o problema.

É aconselhado buscar ajuda médica quando a pessoa apresenta:

  • Marcas roxas na pele com facilidade, por bater em qualquer lugar, como na quina da mesa, por exemplo;

  • Várias marcas roxas no corpo que não doem;

  • Quando as marcas roxas podem ser observadas, mas a pessoa nem se lembra de como surgiram;

  • No caso de o hematoma aparecer e desaparecer de um dia para o outro.

*Com informações de reportagem publicada em 24/05/2019.

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Câncer de cólon: o que é a doença que causou a morte do Rei Pelé - Globo.com

O mundo chora a morte do maior jogador de futebol de todos os tempos. Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, morreu na tarde desta quinta-feira (29/12) aos 82 anos em função de um câncer de intestino, um dos mais letais. No mundo, o colorretal é o terceiro câncer que mais mata. A doença pode englobar tumores no cólon, no reto ou em ambos, podendo atingir ainda o ânus. No caso de Pelé, o foco era no cólon, mas já havia metástase em outros órgãos. O tumor foi identificado em setembro de 2021, segundo boletins do Hospital Albert Einstein, onde Pelé estava internado desde 29 de novembro. Na época, o ex-jogador chegou a fazer uma cirurgia para retirada do tumor. Mas como explica a médica oncologista Erika Simplicio, às vezes uma célula escapa.

Pelé, em foto postada nas redes sociais: maior jogador de todos os tempos morreu em consequência do agravamento de um câncer de cólon — Foto: Reprodução Instagram

Pelé, em foto postada nas redes sociais: maior jogador de todos os tempos morreu em consequência do agravamento de um câncer de cólon — Foto: Reprodução Instagram

- Mesmo em uma cirurgia em que se retira o câncer todo, pode haver uma recidiva. A gente pode ter uma célula que escapa, cai na circulação e atinge um outro órgão, causando a metástase. Isso atinge principalmente fígado e pulmão - observa, antes de esclarecer sobre causas, sintomas, diagnóstico e tratamento da doença, além de fatores de risco modificáveis que podem ajudar a preveni-la.

O câncer de intestino ou colorretal é uma doença caracterizada pelo surgimento de tumores malignos no cólon, que é uma parte do intestino grosso, além do reto e do ânus — Foto: Istock Getty Images

O câncer de intestino ou colorretal é uma doença caracterizada pelo surgimento de tumores malignos no cólon, que é uma parte do intestino grosso, além do reto e do ânus — Foto: Istock Getty Images

O câncer de intestino ou colorretal é uma doença caracterizada pelo surgimento de tumores malignos no cólon, que é uma parte do intestino grosso, além do reto e do ânus. Na maioria das vezes, é precedido pelo aparecimento de adenomas, pólipos que podem ou não evoluir para o câncer. Ou seja, nem todo pólipo se torna um câncer, mas quase todo câncer é precedido por um pólipo.

Pólipos no intestino: esse é o primeiro sinal de uma possibilidade de câncer futuro e deve ser investigado — Foto: Istock Getty Images

Pólipos no intestino: esse é o primeiro sinal de uma possibilidade de câncer futuro e deve ser investigado — Foto: Istock Getty Images

  • Alteração nos hábitos intestinais, com diarreia frequente ou constipação;
  • Sangue nas fezes;
  • Dor, com presença de cólicas abdominais, especialmente durante a evacuação;
  • Alteração no formato das fezes, que ficam mais finas, delgadas;
  • Anemia crônica;
  • Perda de peso;
  • Fadiga.

Quando há metástase no pulmão também há:

  • Falta de ar;
  • Tosse.

Quando há metástase no fígado também há:

  • Pele amarelada;
  • Enjoo, náuseas;
  • Vômito;
  • Inapetência.

Quando há metástase nos ossos também há:

  • Dor óssea.

Causas e fatores de risco

O câncer de intestino é o terceiro tipo de câncer que mais mata no mundo — Foto: Istock Getty Images

O câncer de intestino é o terceiro tipo de câncer que mais mata no mundo — Foto: Istock Getty Images

A médica explica que a doença é multifatorial. Um dos fatores, no entanto, é genético: ter parentes que já tiveram câncer de intestino é indicativo de aumento de chance de desenvolver a doença. Mas há vários fatores de risco, alguns modificáveis, como mostraremos abaixo.

Fatores de risco não modificáveis:

  • Histórico familiar (genético);
  • Ter uma doença inflamatória intestinal, como doença de Crohn e retocolite;
  • Presença de uma síndrome genética, como polipose adenomatosa familiar e síndrome de Lynch.

Fatores de risco modificáveis:

  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Consumo frequente de alimentos ultraprocessados;
  • Alcoolismo;
  • Tabagismo.

Prevenção

Fazer o rastreamento de pólipos e do tumor ainda em seu início através do exame regular de colonoscopia é fundamental para tentar descobrir a doença precocemente. Os sintomas citados acima normalmente só começam a aparecer quando o câncer já está avançado, e os exames de rastreamento são importantes para que ele seja descoberto antes de se agravar.

- A taxa de cura é diretamente proporcional ao quão precoce é o diagnóstico, e pode chegar a mais de 90% em tumores iniciais localizados, sem acometimento de linfonodos - destaca a oncologista.

Mudanças de hábitos que cortem fatores de risco também fazem toda a diferença no prognóstico da doença, e evitar sedentarismo, cigarro, álcool e alimentos ultraprocessados é fundamental, além de manter um peso adequado à altura e à composição corporal de cada pessoa. Em matéria sobre o caso do ator Chadwick Boseman, o Pantera Negra dos filmes da Marvel, também morto em função da doença, o pesquisador Leandro Rezende, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ressalta que a atividade física têm grande influência na prevenção e no tratamento.

- O Fundo Global de Pesquisa em Câncer reconhece o papel da atividade física na redução de risco de três tipos de câncer: de mama, colorretal e de endométrio, especialmente os dois primeiros. Já o Colégio Americano de Medicina do Esporte inclui os de bexiga, esôfago, estômago e rins, além dos três primeiros. O certo é que mama e colorretal são uma unanimidade em todo o mundo - comenta Leandro, que desde 2014 pesquisa a relação entre atividade física e câncer.

Segundo um dos estudos liderados por Leandro e publicado em 2019, praticar um mínimo de 150 minutos semanais de atividades físicas regulares na adolescência ou na vida adulta diminui o risco de aparecimento de adenomas em 10%, enquanto praticar continuamente na adolescência e na vida adulta reduz em 24%.

Já Erika revela que o consumo de carnes processadas e outros alimentos ultraprocessados aumenta o risco de desenvolvimento deste tipo de câncer em 16%.

- Adotar hábitos saudáveis tem impacto positivo tanto na prevenção quanto no prognóstico da doença e diminuição da chance de recidiva (volta do câncer) - afirma a oncologista.

Dicas de prevenção:

  1. Praticar pelo menos 150 minutos semanais de atividades físicas regularmente;
  2. Aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras, que têm efeito protetor sobre o intestino e reduzem o risco em 10%. Exemplos: frutas, verduras, cereais integrais;
  3. Ter uma dieta rica em cálcio, já que o mineral previne o desenvolvimento de pólipos. Exemplos: produtos lácteos (leite, queijos e iogurtes), amêndoas, castanha do Pará, avelã, vegetais verde-escuros, peixes (sardinha, corvina, manjuba);
  4. Evitar a ingestão de álcool, só consumindo em ocasiões sociais eventuais;
  5. Não fumar;
  6. Diminuir o consumo de carnes vermelhas e cortar o de processadas;
  7. Manter um peso adequado à sua altura e composição corporal;
  8. Fazer um rastreamento, com exames médicos específicos, após os 45 anos, ou antes, no caso de ter histórico familiar ou de doenças inflamatórias intestinais. Nesse caso, deve-se começar com os exames dez anos antes da idade em que o familiar apresentou a doença.

Diagnóstico

  • Colonoscopia, o exame feito regularmente para rastreamento de pólipos e tumores no intestino. Deve ser iniciado entre aos 45 anos, e ser realizado a cada cinco anos em pessoas sem histórico familiar nem fatores de risco preponderantes, quando não há achados. No caso de haver histórico familiar, doença inflamatória ou de se encontrar alguma lesão, o exame passa a ser anual. Pessoas com histórico familiar também podem começar a realizá-lo antes dos 45 anos.
  • Biópsia de lesões suspeitas, caso elas existam e sejam reveladas pela colonoscopia;
  • Exame de sangue para dosagem de CEA (antígeno carcinoembriônico);
  • Exames de imagem como:
  1. Tomografia de tórax, abdômen e pelve, para rastreamento do câncer e de metástases de pulmão e outros órgãos;
  2. Ressonância magnética, para melhor visualização do fígado;
  3. PET-CT, para diversos casos, a serem avaliados pelo médico oncologista.

Tratamento

Quando a doença é localizada na área de cólon, reto e ânus, os tratamentos podem incluir:

  • Cirurgia para retirada do tumor;
  • Quimioterapia;
  • Radioterapia;
  • Tratamentos locais, como embolização e radiofrequência;
  • Imunoterapia em casos selecionados.

Quando há metástase, as opções são:

  • De forma geral, faz-se quimioterapia ou imunoterapia, que são tratamentos sistêmicos;
  • Cirurgias e alguns tratamentos locais selecionados;
  • Embolização no fígado, ou seja, identifica-se se o tumor tem um vaso que o nutre e faz-se o bloqueio desse vaso;
  • Radiofrequência, um tratamento novo em que se queima o caminho de nutrição do tumor, introduz-se uma agulha na área com metástase e dá-se um choque nela;
  • Radioterapia, gerando um bloqueio das células do tumor.

Érika ressalta ainda que, além do tratamento para a doença em si, pacientes com câncer, especialmente com metástase, se beneficiam do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de cuidados paliativos. E ressalta que cuidados paliativos não são medidas destinadas apenas a pacientes terminais, mas também aos que estão em tratamento para uma série de doenças, incluindo o câncer, para redução de dor, fadiga, náuseas e outros sintomas, inclusive psicológicos, como ansiedade e depressão. O objetivo é dar qualidade de vida.

- O tratamento oncológico foca na doença, já os cuidados paliativos focam no doente. Eles fazem parte da fase terminal da doença, mas não são nem devem ser exclusivos dela. A sua instituição precoce, junto com o tratamento da doença, ajuda na busca de mais tempo de vida com qualidade - reforça Erika.

Fonte:
Erika Simplicio é médica oncologista clínica da Clínica First.

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Câncer de cólon: o que é a doença que causou a morte do Rei Pelé - Globo.com
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Remédio experimental cura câncer terminal de paciente - Catraca Livre

Depois de ouvir dos médicos que teria apenas cerca de 12 meses vida por conta de um câncer avançado no ducto biliar, o inglês Robert Glynn se submeteu a um tratamento com um remédio experimental que o fez ficar livre da doença.

O diagnóstico de câncer de ducto biliar intra-hepático, que se forma nos ductos biliares dentro do fígado, foi descoberto por acaso quando ele teve uma infecção na vesícula biliar em 2020, no auge da pandemia.

remédio experimental

Crédito: The Christie NHS Foundation Trust/PA WireRemédio experimental cura câncer de homem que tinha 1 ano de vida

Também conhecido como câncer do trato biliar, essa condição agressiva faz com que as células que revestem os ductos biliares se multipliquem e cresçam mais do que deveriam. Os ductos biliares são pequenos tubos que conectam o fígado, a vesícula biliar e o intestino delgado (intestino). Eles liberam a bile no intestino depois de comer, ajudando a digerir a gordura.

Glynn foi informado de que seu câncer estava em estágio avançado e tinha se espalhado para a glândula adrenal. Ele então foi encaminhado para a Christie NHS Foundation Trust, em Manchester, onde participou de um ensaio clínico de imunoterapia com uma droga que não teve o nome divulgado.

Crédito: The Christie NHS Foundation Trust/PA Wire O tratamento ajuda o sistema imunológico da pessoa a combater o câncer

A imunoterapia funciona ajudando o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células cancerígenas. Esse tratamento foi combinado com a quimioterapia padrão.

Ao fim do tratamento, os médicos constataram que o tumor no fígado diminuiu de 12 cm para 2,6 cm, enquanto o tumor da glândula adrenal diminuiu de 7 cm para 4,1 cm. Essa redução possibilitou que Glynn fizesse uma cirurgia em abril para remover os tumores.

Porém, para a surpresa dos cirurgiões, foi encontrado apenas tecido morto, o que significava que o tratamento havia matado todas as células cancerígenas.

Desde então, Glynn não precisou de mais nenhum tratamento e seus exames trimestrais mostram que ele está livre do câncer.

Novos estudos agora estão sendo realizados com mais pacientes. A expectativa é que esse novo remédio experimental ajude a mudar o tratamento do câncer de vias biliares.

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Thursday, December 29, 2022

SUS estende a adolescentes método de prevenção ao HIV - UOL

O Ministério da Saúde ampliou o programa de profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV, incluindo adolescentes que tenham a partir de 15 anos. Até o início de setembro, a idade mínima para obter a medicação era 18 anos.

O método é uma estratégia adicional de proteção contra o vírus. Qualquer pessoa com peso corporal igual ou superior a 35 kg, sexualmente ativa e que se exponha a contextos de risco aumentado de infecção pelo HIV está elegível para fazer a profilaxia.

O programa foi implementado no país como política pública em 2017. O tratamento consiste no uso oral e diário de um comprimido composto por antirretrovirais e permite ao organismo criar uma barreira contra um possível contato com o HIV.

Já na profilaxia pós-exposição (PEP), o tratamento dura 28 dias e é feito após atividade sexual de risco ou acidente biológico (quando, por exemplo, um profissional de saúde sem proteção entra em contato com sangue de paciente) ocorridos há, no máximo, 72 horas.

Segundo o novo protocolo, o acesso a serviços, orientações e consultas é garantido aos adolescentes sem a necessidade de presença ou autorização de responsáveis legais. Conforme o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), situações de risco à vida e de internação em hospitais, porém, devem ser comunicadas aos adultos.

Ao todo, 44.084 brasileiros usam a PrEP. Desses, 18.591 estão no estado de São Paulo, aponta o Painel PrEP, ferramenta do Ministério da Saúde.

Gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, travestis, trabalhadores do sexo e pessoas que mantêm parcerias sorodiscordantes (quando um tem HIV, e o outro, não) estão entre os perfis mais vulneráveis à infecção pelo vírus.

Para Inês Dourado, epidemiologista e professora da UFBA (Universidade Federal da Bahia), o estigma contra esses grupos é obstáculo na busca por assistência.

Mas não são somente essas as parcelas da população que estão suscetíveis ao contágio. A depender das práticas sexuais, qualquer pessoa pode estar em risco de infecção pelo HIV. Quem vive com o vírus não necessariamente desenvolve a Aids, o estágio mais avançado da doença.

Para Dourado, a ampliação do acesso à PrEP foi essencial. Ela é uma das coordenadoras do PrEP 1519, projeto que é o único da América Latina a investigar a efetividade do método em adolescentes de 15 a 19 anos.

A pesquisa, realizada de 2019 a 2021, acompanhou 1.200 jovens brasileiros com perfis de maior vulnerabilidade à infecção pelo HIV. "Cerca de 80% dos adolescentes apresentaram taxa de adesão de medicamento suficiente para se obter níveis adequados de proteção ao HIV", afirma.

O estudo foi financiado pela Unitaid, agência de saúde global ligada à ONU (Organização das Nações Unidas) com foco em soluções para prevenir e tratar doenças graves como HIV/Aids.

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde aponta em 95% a efetividade da PrEP em grupos vulneráveis com adesão correta à medicação. A profilaxia, porém, não previne as demais infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como sífilis.

Rico Vasconcelos, infectologista e pesquisador da USP (Universidade de São Paulo), indica a "prevenção combinada" como a melhor estratégia ao reunir mais de um método de proteção, como uso correto de preservativos, testagem regular para infecção pelo HIV, diagnóstico precoce e tratamento adequado de ISTs. "Há 20 anos, a camisinha bastava. Hoje, só essa proteção não vai funcionar para todos", diz.

O médico também destaca contextos que dificultam a redução das taxas de infecção, entre eles desigualdade social, estigma e violência contra a população LGBTQIA+. Vasconcelos cita, ainda, a falta de campanhas de conscientização.

De acordo com o IEPS (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde), a proposta de Orçamento para 2023 do Ministério da Saúde prevê corte de R$ 407 milhões para prevenção, controle e tratamento de HIV/Aids e outras ISTs.

"Antes, eram feitas duas grandes campanhas por ano. Nos dois últimos anos, não teve nem sequer uma. Precisamos voltar a falar de prevenção", afirma o infectologista.

Questionado sobre a ausência de campanhas de prevenção nos dois últimos anos e sobre cortes para 2023, o Ministério da Saúde afirmou que foram investidos mais de R$ 18,7 milhões em ações nos anos de 2020 e 2021 e que, em 2022, lançou a campanha "Quanto mais combinado, melhor!" para reforçar medidas de prevenção ao HIV entre os jovens.

Além disso, afirmou que nenhuma política pública será interrompida e que "buscará, em diálogo com o Congresso Nacional, adequações necessárias na proposta orçamentária para 2023".

Dados do último boletim epidemiológico do órgão mostram que, em 2021, 2.080 brasileiros de 15 a 19 anos foram infectados pelo HIV —a maioria do sexo masculino (1.488). O aumento foi de 11% em relação a 2020, quando 1.834 adolescentes nessa faixa etária contraíram o vírus (1.234 homens).

Segundo Claudia Velasquez, diretora e representante do Unaids no Brasil, para abordar a prevenção combinada com jovens é preciso considerar espaços, linguagem e canais usados por esse público.

"Procuramos trazer um olhar prioritário para os jovens em situação de maior vulnerabilidade, que encontram barreiras de acesso à informação e aos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento de HIV e Aids", diz ela.

O cearense Diego Uchoa tinha 16 anos quando se infectou com HIV, em 2004. Àquela época, não existia PrEP. Órfão de pai e mãe, ele desconhecia métodos de prevenção. "Eu tinha pouco entendimento sobre camisinha e nem sequer conhecia o HIV."

Quando diagnosticado, Uchoa entrou ao vivo em uma rádio em Jaguaribe, município a 135 km da capital cearense, para contar sua história. "Fui pedir ajuda para chegar até Fortaleza. Estava desesperado. Todo mundo da cidade soube. Foi assim que encontrei o preconceito. Onde chegava, pessoas separavam copo, prato, toalha", conta ele, hoje com 34 anos.

O estigma o fez passar dez anos sem procurar assistência. Nesse período, perdeu peso, e o quadro evoluiu para Aids, que requer terapia com retrovirais. Quando chegou ao Hospital São José de Doenças Infecciosas, na capital, estava com 32 kg. Hoje recuperado, trabalha na Casa Sol Nascente, organização que acolhe adultos e crianças com HIV/Aids.

Já o procurador do Estado do Rio Grande do Sul Lourenço Floriani Orlandini, 39, conheceu a PrEP quando o medicamento estava sendo estudado para inclusão no SUS. Há quatro anos, foi voluntário de estudos para entender a adesão ao tratamento na rede pública.

Orlandini conta que incluiu a PrEP como mais uma medida preventiva porque, de forma inconsciente, atrelava sua sexualidade à morte. "A homossexualidade foi muito associada, na adolescência, às pessoas que ficavam magras e morriam devido a complicações da infecção."

O procurador compreende que um diagnóstico positivo para o vírus, hoje, não indica uma sentença de morte. E acrescenta que a PrEP não o faz negligenciar outros métodos preventivos. "Isso me permite viver a sexualidade de uma forma mais saudável."

Quem pode usar a profilaxia

  • Pessoas a partir de 15 anos, sexualmente ativas, com peso corporal igual ou superior a 35 kg
  • Populações-chave, formadas por gays e homens que fazem sexo com homens, pessoas transgênero, travestis e trabalhadores do sexo
  • Qualquer pessoa em contextos de risco aumentado de infecção por HIV, que tenha muitas parcerias, frequência de práticas sexuais sem proteção adequada e faça uso irregular de preservativos
  • Não tenha sido infectado por HIV
  • Tenha feito uso repetido de PEP (profilaxia pós-exposição ao HIV)
  • Tenha contraído infecções sexualmente transmissíveis com frequência

Veja aqui em quais serviços do SUS a PrEP está disponível.

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Câncer de cólon: o que é a doença que causou a morte do Rei Pelé - Globo.com

O mundo chora a morte do maior jogador de futebol de todos os tempos. Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, morreu na tarde desta quinta-feira (29/12) aos 82 anos em função de um câncer de intestino, um dos mais letais. No mundo, o colorretal é o terceiro câncer que mais mata. A doença pode englobar tumores no cólon, no reto ou em ambos, podendo atingir ainda o ânus. No caso de Pelé, o foco era no cólon, mas já havia metástase em outros órgãos. O tumor foi identificado em setembro de 2021, segundo boletins do Hospital Albert Einstein, onde Pelé estava internado desde 29 de novembro. Na época, o ex-jogador chegou a fazer uma cirurgia para retirada do tumor. Mas como explica a médica oncologista Erika Simplicio, às vezes uma célula escapa.

Pelé, em foto postada nas redes sociais: maior jogador de todos os tempos morreu em consequência do agravamento de um câncer de cólon — Foto: Reprodução Instagram

Pelé, em foto postada nas redes sociais: maior jogador de todos os tempos morreu em consequência do agravamento de um câncer de cólon — Foto: Reprodução Instagram

- Mesmo em uma cirurgia em que se retira o câncer todo, pode haver uma recidiva. A gente pode ter uma célula que escapa, cai na circulação e atinge um outro órgão, causando a metástase. Isso atinge principalmente fígado e pulmão - observa, antes de esclarecer sobre causas, sintomas, diagnóstico e tratamento da doença, além de fatores de risco modificáveis que podem ajudar a preveni-la.

O câncer de intestino ou colorretal é uma doença caracterizada pelo surgimento de tumores malignos no cólon, que é uma parte do intestino grosso, além do reto e do ânus — Foto: Istock Getty Images

O câncer de intestino ou colorretal é uma doença caracterizada pelo surgimento de tumores malignos no cólon, que é uma parte do intestino grosso, além do reto e do ânus — Foto: Istock Getty Images

O câncer de intestino ou colorretal é uma doença caracterizada pelo surgimento de tumores malignos no cólon, que é uma parte do intestino grosso, além do reto e do ânus. Na maioria das vezes, é precedido pelo aparecimento de adenomas, pólipos que podem ou não evoluir para o câncer. Ou seja, nem todo pólipo se torna um câncer, mas quase todo câncer é precedido por um pólipo.

Pólipos no intestino: esse é o primeiro sinal de uma possibilidade de câncer futuro e deve ser investigado — Foto: Istock Getty Images

Pólipos no intestino: esse é o primeiro sinal de uma possibilidade de câncer futuro e deve ser investigado — Foto: Istock Getty Images

  • Alteração nos hábitos intestinais, com diarreia frequente ou constipação;
  • Sangue nas fezes;
  • Dor, com presença de cólicas abdominais, especialmente durante a evacuação;
  • Alteração no formato das fezes, que ficam mais finas, delgadas;
  • Anemia crônica;
  • Perda de peso;
  • Fadiga.

Quando há metástase no pulmão também há:

  • Falta de ar;
  • Tosse.

Quando há metástase no fígado também há:

  • Pele amarelada;
  • Enjoo, náuseas;
  • Vômito;
  • Inapetência.

Quando há metástase nos ossos também há:

  • Dor óssea.

Causas e fatores de risco

O câncer de intestino é o terceiro tipo de câncer que mais mata no mundo — Foto: Istock Getty Images

O câncer de intestino é o terceiro tipo de câncer que mais mata no mundo — Foto: Istock Getty Images

A médica explica que a doença é multifatorial. Um dos fatores, no entanto, é genético: ter parentes que já tiveram câncer de intestino é indicativo de aumento de chance de desenvolver a doença. Mas há vários fatores de risco, alguns modificáveis, como mostraremos abaixo.

Fatores de risco não modificáveis:

  • Histórico familiar (genético);
  • Ter uma doença inflamatória intestinal, como doença de Crohn e retocolite;
  • Presença de uma síndrome genética, como polipose adenomatosa familiar e síndrome de Lynch.

Fatores de risco modificáveis:

  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Consumo frequente de alimentos ultraprocessados;
  • Alcoolismo;
  • Tabagismo.

Prevenção

Fazer o rastreamento de pólipos e do tumor ainda em seu início através do exame regular de colonoscopia é fundamental para tentar descobrir a doença precocemente. Os sintomas citados acima normalmente só começam a aparecer quando o câncer já está avançado, e os exames de rastreamento são importantes para que ele seja descoberto antes de se agravar.

- A taxa de cura é diretamente proporcional ao quão precoce é o diagnóstico, e pode chegar a mais de 90% em tumores iniciais localizados, sem acometimento de linfonodos - destaca a oncologista.

Mudanças de hábitos que cortem fatores de risco também fazem toda a diferença no prognóstico da doença, e evitar sedentarismo, cigarro, álcool e alimentos ultraprocessados é fundamental, além de manter um peso adequado à altura e à composição corporal de cada pessoa. Em matéria sobre o caso do ator Chadwick Boseman, o Pantera Negra dos filmes da Marvel, também morto em função da doença, o pesquisador Leandro Rezende, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ressalta que a atividade física têm grande influência na prevenção e no tratamento.

- O Fundo Global de Pesquisa em Câncer reconhece o papel da atividade física na redução de risco de três tipos de câncer: de mama, colorretal e de endométrio, especialmente os dois primeiros. Já o Colégio Americano de Medicina do Esporte inclui os de bexiga, esôfago, estômago e rins, além dos três primeiros. O certo é que mama e colorretal são uma unanimidade em todo o mundo - comenta Leandro, que desde 2014 pesquisa a relação entre atividade física e câncer.

Segundo um dos estudos liderados por Leandro e publicado em 2019, praticar um mínimo de 150 minutos semanais de atividades físicas regulares na adolescência ou na vida adulta diminui o risco de aparecimento de adenomas em 10%, enquanto praticar continuamente na adolescência e na vida adulta reduz em 24%.

Já Erika revela que o consumo de carnes processadas e outros alimentos ultraprocessados aumenta o risco de desenvolvimento deste tipo de câncer em 16%.

- Adotar hábitos saudáveis tem impacto positivo tanto na prevenção quanto no prognóstico da doença e diminuição da chance de recidiva (volta do câncer) - afirma a oncologista.

Dicas de prevenção:

  1. Praticar pelo menos 150 minutos semanais de atividades físicas regularmente;
  2. Aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras, que têm efeito protetor sobre o intestino e reduzem o risco em 10%. Exemplos: frutas, verduras, cereais integrais;
  3. Ter uma dieta rica em cálcio, já que o mineral previne o desenvolvimento de pólipos. Exemplos: produtos lácteos (leite, queijos e iogurtes), amêndoas, castanha do Pará, avelã, vegetais verde-escuros, peixes (sardinha, corvina, manjuba);
  4. Evitar a ingestão de álcool, só consumindo em ocasiões sociais eventuais;
  5. Não fumar;
  6. Diminuir o consumo de carnes vermelhas e cortar o de processadas;
  7. Manter um peso adequado à sua altura e composição corporal;
  8. Fazer um rastreamento, com exames médicos específicos, após os 45 anos, ou antes, no caso de ter histórico familiar ou de doenças inflamatórias intestinais. Nesse caso, deve-se começar com os exames dez anos antes da idade em que o familiar apresentou a doença.

Diagnóstico

  • Colonoscopia, o exame feito regularmente para rastreamento de pólipos e tumores no intestino. Deve ser iniciado entre aos 45 anos, e ser realizado a cada cinco anos em pessoas sem histórico familiar nem fatores de risco preponderantes, quando não há achados. No caso de haver histórico familiar, doença inflamatória ou de se encontrar alguma lesão, o exame passa a ser anual. Pessoas com histórico familiar também podem começar a realizá-lo antes dos 45 anos.
  • Biópsia de lesões suspeitas, caso elas existam e sejam reveladas pela colonoscopia;
  • Exame de sangue para dosagem de CEA (antígeno carcinoembriônico);
  • Exames de imagem como:
  1. Tomografia de tórax, abdômen e pelve, para rastreamento do câncer e de metástases de pulmão e outros órgãos;
  2. Ressonância magnética, para melhor visualização do fígado;
  3. PET-CT, para diversos casos, a serem avaliados pelo médico oncologista.

Tratamento

Quando a doença é localizada na área de cólon, reto e ânus, os tratamentos podem incluir:

  • Cirurgia para retirada do tumor;
  • Quimioterapia;
  • Radioterapia;
  • Tratamentos locais, como embolização e radiofrequência;
  • Imunoterapia em casos selecionados.

Quando há metástase, as opções são:

  • De forma geral, faz-se quimioterapia ou imunoterapia, que são tratamentos sistêmicos;
  • Cirurgias e alguns tratamentos locais selecionados;
  • Embolização no fígado, ou seja, identifica-se se o tumor tem um vaso que o nutre e faz-se o bloqueio desse vaso;
  • Radiofrequência, um tratamento novo em que se queima o caminho de nutrição do tumor, introduz-se uma agulha na área com metástase e dá-se um choque nela;
  • Radioterapia, gerando um bloqueio das células do tumor.

Érika ressalta ainda que, além do tratamento para a doença em si, pacientes com câncer, especialmente com metástase, se beneficiam do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de cuidados paliativos. E ressalta que cuidados paliativos não são medidas destinadas apenas a pacientes terminais, mas também aos que estão em tratamento para uma série de doenças, incluindo o câncer, para redução de dor, fadiga, náuseas e outros sintomas, inclusive psicológicos, como ansiedade e depressão. O objetivo é dar qualidade de vida.

- O tratamento oncológico foca na doença, já os cuidados paliativos focam no doente. Eles fazem parte da fase terminal da doença, mas não são nem devem ser exclusivos dela. A sua instituição precoce, junto com o tratamento da doença, ajuda na busca de mais tempo de vida com qualidade - reforça Erika.

Fonte:
Erika Simplicio é médica oncologista clínica da Clínica First.

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