Manifestantes fazem ato em frente ao Theatro Municipal de São Paulo contra os cortes na saúde do governo federal. — Foto: Reprodução/Facebook
Pacientes com HIV/Aids, ativistas e representantes de ONGs fizeram um ato no final da manhã desta sexta-feira (21), no Centro de São Paulo, contra os cortes orçamentários do governo federal na área de saúde e na política de controle da Aids no Brasil para 2023.
O ato aconteceu em frente ao Theatro Municipal, onde os manifestantes exibiam uma faixa dizendo ser “inadmissível” os cortes feitos pelo governo federal na área da saúde.
De acordo com a proposta de orçamento apresentada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) ao Congresso Nacional para 2023, a verba anual do Ministério da Saúde prevê redução de R$ 407 milhões para prevenção, controle e tratamento de HIV/aids, infecções sexualmente transmissíveis e hepatites virais.
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A manifestação foi liderada pelo Fórum de ONGs/Aids de São Paulo, o Movimento Paulistano de Luta Contra Aids (Mopaids), a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+) e o Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP).
Os pacientes temem que os cortes do governo Bolsonaro possam causar a falta de medicamentos para o controle da doença no Brasil a partir do próximo ano.
Alerta para o risco de estoque baixo de remédios para tratamento do HIV
No ato, as entidades divulgaram um manifesto afirmando que os cortes federais propostos nas políticas de saúde podem gerar “aumento da epidemia no país por conta dos progressivos sucateamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) e da política específica para HIV”.
“Somos 1 milhão de pessoas vivendo com HIV/Aids e dizemos não ao retrocesso e a essa política de morte proposta pelo atual governo. A Aids continua sendo um grave problema de saúde pública. A cada hora, 5 pessoas foram infectadas pelo HIV no Brasil em 2021, segundo dados do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids)”, diz o texto.
“Haverá cortes em vários outros programas, incluindo a Farmácia Popular! Pessoas com hipertensão, diabetes e asma terão que pagar muito mais pelo acesso aos seus remédios, que necessitam usar diariamente. Isto afeta diretamente o SUS (Sistema Único de Saúde), que foi estabelecido pela democracia em 1988. E nós, pessoas vivendo com HIV/Aids, corremos o risco de ter o nosso tratamento descontinuado, resultando na perda de saúde”, declarou o manifesto.
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