Natália Deodato é designer de unhas em BH — Foto: Redes sociais
Natalia Deodato, participante do BBB22, descobriu o vitiligo aos 9 anos, quando as primeiras manchas começaram a aparecer. O diagnóstico veio um ano e meio depois.
“Com 9 anos iniciou uma manchinha bem pequeninha no olho, bem pequenininha atrás da nuca e no joelho. Em questão de um mês eu já estava toda pintadinha. Até a gente descobrir, depois de um ano e meio, que era realmente o vitiligo. Eu tinha vergonha, tampava, usava muita maquiagem. Foi quando realmente decidi encarar de peito aberto. Essa sou eu, é assim que eu quero que as pessoas me vejam e é assim que as pessoas vão ter que me respeitar”, contou a sister no vídeo de apresentação.
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O vitiligo é uma doença não contagiosa. Entenda em tópicos:
- O que é o vitiligo?
- Quais são os gatilhos?
- Quais os sintomas?
- Tipos de vitiligo
- Existe tratamento?
- Vitiligo não é contagioso
1. O que é o vitiligo?
O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele, com diminuição ou falta de melanina (pigmento que dá cor à pele) em certas áreas do corpo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), dados oficiais indicam que o vitiligo alcança 1% da população mundial. No Brasil, mais de 1 milhão de pessoas convivem com a doença.
É uma doença autoimune. Você tem por essa autoimunidade uma perda de melanócitos (que são as células que produzem a melanina). Então você tem uma despigmentação", explica Beni Grinblat, diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia e médico do Hospital Albert Einstein.
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2. Quais são os gatilhos?
Grinblat explica que não existem causas para o vitiligo, mas gatilhos.
"A doença pode ser desencadeada por diferentes gatilhos, como o estresse, por exemplo. Pode ter algum fator genético envolvido e ela pode estar associada com outras doenças autoimunes. Por exemplo, se você tem uma doença autoimune na tireoide, você pode ter vitiligo associado", explica o dermatologista.
Segundo a SBD, a doença pode estar relacionada com fatores genéticos, ambientas e imunológicos.
Dermatologista tira dúvidas sobre vitiligo
3. Quais os sintomas?
Quase sempre, o único sintoma do vitiligo são as manchas despigmentadas na pele. O diagnóstico é clínico, feito pelo dermatologista. As manchas podem estar isoladas ou espalhadas pelo corpo, principalmente nos genitais, cotovelos, joelhos, face, extremidades dos membros inferiores e superiores (mãos e pés).
“Fatores emocionais e traumas podem desencadear ou intensificar o surgimento de manchas”, alerta a SBD.
4. Tipos de vitiligo
De acordo com o local em que as manchas aparecem, o vitiligo pode ser classificado como:
- Segmentar: manchas distribuídas unilateralmente, apenas em uma parte do corpo.
- Focal: manchas pequenas em uma área específica do corpo.
- Mucosal: manchas somente nas mucosas, como lábios e região genital.
- Acrofacial: manchas nos dedos e em volta da boca, dos olhos, do ânus e genitais.
- Comum: manchas no tórax, abdome, pernas, nádegas, braços, pescoço, axilas e demais áreas acrofaciais.
- Universal: manchas espalhadas por várias regiões do corpo.
5. Existe tratamento?
O vitiligo não tem cura, mas tem tratamento. O objetivo é cessar a evolução das lesões, estabilizando o quadro. Os tratamentos são longos e levam um certo tempo para apresentar resultados.
Entre os tratamentos estão: uso de cremes de corticoides, tratamentos que estimulam a pigmentação (como a fototerapia), laser, além de técnicas cirúrgicas de transplante de melanócito. Tratamentos biológicos estão em fase de estudo, mas ainda não estão disponíveis.
"O vitiligo não tem prevenção. É importante que o tratamento seja precoce e que a pessoa entenda que é uma doença benigna, não contagiosa. A pessoa consegue conviver com o vitiligo normalmente e precisa se proteger do sol", diz o dermatologista.
6. Vitiligo não é contagioso
O vitiligo não é uma doença contagiosa e também não é considerado um problema que coloca a vida em risco. No entanto, pode afetar a saúde emocional. Por isso, o acompanhamento psicológico também é importante.
"Embora não seja contagioso e nem ameace a vida, o vitiligo pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e na autoestima dos pacientes. Assim, é importante conscientizar o público sobre a doença, seus fatores desencadeantes e possibilidades de tratamento, a fim de favorecer o suporte emocional ao paciente e a melhor aceitação social do quadro", diz a SBD.
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