SÃO PAULO — A promotora de eventos Alicinha Cavalcanti morta nesta segunda-feira (2), aos 58 anos, sofria de uma doença neurodegenerativa que era capaz de comprometer, sobretudo, a capacidade de comunicação.
Alicinha lutava contra a Afasia Progressiva Primária (APP), de acordo com a amiga Marília Gabriela, jornalista. Trata-se de uma doença extremamente rara, que evolui a quadros nos quais o paciente não consegue mais ter funções corporais básicas, como comunicar-se e movimentar-se. Quando muito avançado, o quadro de saúde guarda semelhanças com o Alzheimer, outra doença degenerativa, mas com maior prevalência na sociedade.
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A APP costuma ser identificada quando a pessoa apresenta dificuldades ao falar. Normalmente, a complicação de saúde aparece em pacientes com idade anterior aos 65 anos de idade. As complicações relacionadas ao quadro, por exemplo, causam a incapacidade de formar frases com sentido ou levam à utilização de palavras inadequadas no meio de frases.
— No começo, a pessoa tem autonomia, consegue fazer muitas coisas, apenas não consegue falar direito. Na progressão da doença, aparecem outras complicações, que é o quadro demencial e o esquecimento — explica Ricardo Amorim Leite, médico neurologista.
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De acordo com o especialista, a APP em si não é responsável por casos fatais. Porém, o comprometimento severo causado pela doença avançada impede a alimentação, a movimentação e, portanto, acarreta a queda progressiva da autonomia. A mortes relacionadas a quadros do tipo, portanto, são normalmente relacionada à infecções e outras complicações relacionadas ao estado global do paciente. Não existe medicamento próprio para o tratamento da doença.
Saiba o que é Afasia Progressiva Primária, doença rara que causou a morte de Alicinha Cavalcanti - Jornal O Globo
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