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Sunday, August 20, 2023

Como funciona a fila de transplantes do SUS - G1

Transplante sendo realizado em hospital — Foto: Arquivo Pessoal

Transplante sendo realizado em hospital — Foto: Arquivo Pessoal

Faustão foi incluído, portanto na fila de transplantes de órgãos, que é gerenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, mas o grande volume de procedimentos faz com que a quantidade de pessoas ainda precise passar por uma lista de espera.

Veja abaixo um resumo de como funciona o processo, com informações do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos:

  • O primeiro passo é que o médico responsável cadastre o paciente na lista única de transplantes;
  • A lista é gerida e organizada pela Secretaria Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde;
  • A lista funciona por ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada;
  • Os pacientes que estão na fila são classificados de acordo com as necessidades médicas;
  • Entre os tópicos de classificação estão o órgão que o receptor precisa, qual o estágio de gravidade da doença, qual o tipo sanguíneo e outras especificações técnicas;
  • A compatibilidade genética também é um fator importante na decisão de quem receberá o órgão;
  • Outro fator fundamental é a localização porque é preciso levar em conta o tempo de isquemia, que é o tempo de duração deste órgão fora do corpo;
  • O tempo de isquemia, inclusive, determina que se um carro ou avião será usado para o transplante, com custos arcados pelo SUS;
  • Além das particularidades, entre os fatores de desempate estão a gravidade da doença e crianças, que são prioridade tanto em caso de o doador ser uma criança como quando concorrem diretamente com adultos.

Fila passou de 50 mil em 2023

O g1 procurou o Ministério da Saúde, em busca do tamanho atual da fila de transplantes no Brasil, mas ainda não obteve retorno.

A Associação Brasileira de Transplantes alerta que precisa aumentar as autorizações para doação de órgãos. Em 2022, o percentual de recusas foi recorde: 47%. Nos anos anteriores, esse índice ficava em torno de 40%. Reveja reportagem em vídeo a seguir:

Fila de transplante de órgãos passa de 50 mil pessoas pela primeira vez no Brasil

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Por que tantos adultos estão tomando remédio para tratar TDAH? - UOL

Sendo eu uma mulher na casa dos 30 anos que frequentemente digitava "TDAH" no meu computador, algo intrigante ocorreu em 2021. Fui surpreendida por uma série de anúncios online, todos relacionados ao TDAH, ou seja, ao transtorno de déficit de atenção com hiperatividade.

Entre eles, uma avaliação gratuita de um minuto para determinar a possibilidade de eu possuir o distúrbio, uma oferta de um jogo digital destinado a "reativar" o meu cérebro e até mesmo um anúncio indagando se eu estava experimentando dificuldades no trabalho apesar dos meus esforços.

A razão pela qual o termo "TDAH" se tornou uma presença constante na minha vida digital decorre do fato de eu ser uma psicóloga clínica que se dedica exclusivamente a tratar pacientes com TDAH.

Além disso, desfruto da posição de pesquisadora psiquiátrica na Escola de Medicina da Universidade de Washington, onde investigo as tendências do TDAH ao longo da vida.

Esses anúncios representavam uma nova e impressionante tendência. No ano seguinte, em outubro de 2022, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (U.S. Food and Drug Administration) anunciou uma escassez nacional de sais mistos de anfetaminas, os quais são comercializados sob a marca Adderall.

Tanto o Adderall quanto suas variantes genéricas emergiram como tratamentos medicamentosos extremamente comuns para o TDAH. Consequentemente, nos meses seguintes, outros medicamentos destinados ao tratamento do TDAH passaram a integrar a lista de medicamentos com receita em falta.

Ainda em agosto de 2023, os Estados Unidos continuavam lidando com a carência de diversos medicamentos para o TDAH, com a perspectiva de solução só daqui a alguns meses, no mínimo. Evidentemente, essa escassez foi instigada por uma combinação de demanda substancial e dificuldades no acesso a ingredientes-chave. Nos últimos meses, uma grande quantidade de norte-americanos se deparou com a ausência de garantias quanto ao acesso aos seus tratamentos diários.

Relatando um aumento sem precedentes nas prescrições de estimulantes entre 2020 e 2021, o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) trouxe à tona, em março de 2023, achados surpreendentes. O grupo demográfico que demonstrou o maior incremento no uso desses estimulantes –quase 20% em apenas um ano– compreendeu mulheres com idades entre 20 e 30 anos.

As descobertas do CDC, aliadas à persistente carência de estimulantes, suscitam questionamentos interessantes, para os quais ainda não se encontram respostas definitivas, acerca dos fatores subjacentes a essas tendências.

O desafio de diagnosticar o TDAH adulto

Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

Ao contrário da depressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAH em adultos é uma tarefa complexa. O processo de diagnóstico, seja em crianças ou adultos, requer, em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH e que existem em um espectro, podendo variar.

Esses traços precisam ser graves e persistentes o suficiente para impactar negativamente a capacidade da pessoa de viver uma vida saudável e funcional.

Uma pessoa comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador distinguir entre características semelhantes ao TDAH —como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas— e um transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros médicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldade de concentração é o segundo sintoma mais comum em todos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fator de risco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundários de depressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissional de saúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente.

Considerando as circunstâncias da pandemia de Covid-19, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto eles têm contribuído para o aumento nas prescrições de estimulantes.

No ano de 2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas estavam enfrentando perdas de emprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação online de seus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perda de entes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadas de maneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais.

Em 2021, o conceito de "neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gama de processos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdas de objetos, procrastinação e características do TDAH.

Entretanto, mesmo com a proliferação de conteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHD em categorias baseadas em precisão e utilidade. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma, em meio à comunidade online em crescimento, muitas pessoas recentemente diagnosticadas com TDAH podem não estar de fato sofrendo da condição. Para alguns, a cibocondria —uma ansiedade relacionada à saúde após pesquisas online— poderia ter surgido.

Outros podem ter confundido o TDAH com outro transtorno, o que é surpreendentemente comum. Além disso, alguns podem ter experimentado apenas leves problemas de atenção, que não atingem o nível de gravidade para serem considerados TDAH.

Como era o tratamento de TDAH em 2021

Em 2021, o sistema de saúde mental dos EUA enfrentava um cenário desafiador. A maioria dos prestadores de serviços tradicionais para o TDAH, como psiquiatras, psicólogos, terapeutas de saúde mental e enfermeiras psiquiátricas, tinham listas de espera com meses de antecedência para novos pacientes.

Indivíduos em busca de ajuda recente para o TDAH começaram a encontrar consultas mais ágeis com seus médicos de atenção primária, que por vezes estavam ou não confortáveis em diagnosticar e tratar o TDAH em adultos.

Diante do aumento na demanda por cuidados de TDAH, novas opções eram necessárias para atender às necessidades dos pacientes.

Nessa mesma época, surgiram startups online voltadas para o tratamento do TDAH, atraindo potenciais consumidores por meio de anúncios digitais cativantes, semelhantes aos que eu recebia.

Comparados aos métodos tradicionais de atendimento, os modelos adotados por essas startups buscavam cortar custos, priorizando avaliações rápidas e uma equipe de profissionais com remuneração mais acessível.

Também foi relatado que essas startups empregavam um modelo de tratamento padronizado que não ajustava adequadamente os tratamentos, muitas vezes optando pela prescrição de estimulantes em vez de tratamentos potencialmente mais apropriados.

Algumas dessas empresas estão atualmente sob investigação do governo federal.

Embora esses modelos tenham gerado controvérsias na comunidade médica, é possível que tenham reduzido as barreiras ao tratamento do TDAH para muitas pessoas.

O veredicto final ainda não está claro. Até que o CDC disponibilize os dados de prescrição de estimulantes para 2022 e 2023, pesquisadores como eu não terão uma visão completa se as tendências observadas em 2021, como o aumento das prescrições para adultos e a alta demanda por medicamentos de TDAH, se manterão.

Caso essas tendências se estabilizem, isso poderia indicar que os pacientes que anteriormente enfrentaram dificuldades de acesso aos cuidados finalmente terão a oportunidade de receber a ajuda necessária.

No entanto, se as prescrições para o TDAH retornarem aos níveis pré-pandêmicos, poderemos entender que uma combinação de fatores ligados à pandemia de Covid-19 causou um pico momentâneo nas buscas por tratamento do TDAH.

O que fica evidente é que a atual escassez de profissionais de saúde mental confortáveis em diagnosticar e tratar o TDAH em adultos continuará a afetar a capacidade de novos pacientes de receber uma avaliação diagnóstica apropriada para o TDAH.

- - -

Margaret Sibley é professora de Psiquiatria e Ciências Comportamentais na University of Washington.

*Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original em inglês.

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Preta Gil precisou remover útero em cirurgia para retirar tumor - Splash

Preta Gil trata o câncer desde janeiro deste ano, quando descobriu a doença. Antes da cirurgia, ela compartilhou uma foto com o filho que dizia: "Estou indo agora fazer a cirurgia para retirar o tumor. Estou aqui cercada de amor, com meu filho ao meu lado e tantos amigos e familiares, estou grata e calma, muito confiante nos médicos, já Deus certo, receberei a energia e vibrações positivas de vocês, orem por mim".

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Faustão terá de passar por transplante cardíaco e já está na fila do SUS, diz boletim médico - G1

Fausto Silva anuncia cancelamento de fase da repescagem na 'Dança dos Famosos 2020' — Foto: Reprodução/Globo

Fausto Silva anuncia cancelamento de fase da repescagem na 'Dança dos Famosos 2020' — Foto: Reprodução/Globo

O Hospital Albert Einstein divulgou na noite deste domingo (20) que o quadro de saúde do apresentador Fausto Silva se agravou, e ele terá de passar por um transplante cardíaco. Faustão está internado desde 5 de agosto para tratamento de insuficiência cardíaca.

Segundo o comunicado, Faustão está passando por diálise e já foi incluído na fila de transplantes, que é gerenciada pelo SUS.

"Em 05 de agosto, Fausto Silva deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein para tratamento de insuficiência cardíaca, condição que vem sendo acompanhada desde 2020. Ele encontra-se sob cuidados intensivos e, em virtude do agravamento do quadro, há indicação para transplante cardíaco. O paciente está em diálise e necessitando de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração. Fausto Silva já foi incluído na fila única de transplantes, regida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que leva em consideração, para definição da priorização, o tempo de espera, a tipagem sanguínea e a gravidade do caso", afirma a nota assinada pela equipe dos médicos Fernando Bacal, cardiologista, e Miguel Cendoroglo Neto, Diretor Médico e Serviços Hospitalares do Einstein.

Na sexta (18), o apresentador havia gravado um vídeo no hospital em que afirma que está em tratamento. O vídeo foi compartilhado por João Guilherme Silva, filho do apresentador, em uma rede social.

Faustão grava vídeo no hospital e tranquiliza fãs

Faustão grava vídeo no hospital e tranquiliza fãs

No vídeo, Faustão pediu aos fãs que rezem por ele. O apresentador também citou a equipe médica que o acompanha. "Eles fazem pelo SUS também esses tipos de cirurgia", afirmou.

"Estou ainda nesse tratamento, eles vão decidir que tipo de cirurgia podem fazer. Eu peço que, para quem goste de mim, reze por mim."

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Na atração, Faustão contava com o apoio em palco do filho João Guilherme e da apresentadora Anne Lottermann.

Faustão seguiu para a Band após saída da Globo, em 2021, depois de 32 anos.

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SP: corpo de médica de 28 anos é encontrado dentro de mala - Metrópoles

São Paulo – O corpo da médica Thallita Fernandes, 28 anos, foi encontrado dentro de uma mala em um prédio de São José do Rio Preto, no interior paulista, na tarde dessa sexta-feira (18/8).

A Polícia Militar foi acionada após pessoas próximas notarem o sumiço de Thalitta, que havia parado de responder mensagens.

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O corpo da médica foi encontrado no apartamento onde morava, na Rua Coronel Spínola de Castro, na Vila Imperial, bairro nobre da cidade. A perícia foi acionada para o local.

Sob suspeita de homicídio, o caso é investigado pela Polícia Civil. Ainda não há informações oficiais sobre quais tipos de ferimentos a vítima apresentava. Nenhuma pessoa foi detida até o momento.

Medicina

Thalitta, que antes morava em Guaratinguetá, também no interior, havia se mudado para a cidade a fim de cursar a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp). Ela formou-se em novembro de 2021.

“Hoje, concretizo meu sonho de infância”, comemorou a jovem, na ocasião. “Foram quatro anos de cursinho, seis de faculdade e, se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo de novo.”

A instituição de ensino lamentou a morte da médica. “Com pesar, a diretoria da Famerp lamenta profundamente o falecimento trágico da aluna Thalitta Fernandes, da Turma 49. Sua partida prematura nos entristece.”

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Saturday, August 19, 2023

Falta de ferro? Veja quais alimentos consumir para combater deficiência - VivaBem

Para melhorar a situação, o ideal é comer alimentos ricos em ferro. Existem dois tipos de ferro encontrados nos alimentos: o heme, que é melhor aproveitado pelo organismo, e o não heme, que tem a absorção dependente de alguns fatores, como ingestão (na mesma refeição) de alimentos riscos em vitaminas C e A.

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Bebê que teve a cabeça cortada em parto em Joinville precisa voltar às pressas para atendimento - ND Mais

A bebê que teve a cabeça cortada durante o parto na Maternidade Darcy Vargas, em Joinville, precisou de novo atendimento médico nesta quinta-feira (17). De acordo com a mãe, o ferimento abriu. A SES (Secretaria do Estado da Saúde) confirmou que a mãe levou a recém-nascida para atendimento médico.

Bebê com a cabeça cortada voltou às pressas para hospital em Joinville Bebê precisou voltar para atendimento após ferimento do corte feito em parto se abrir  – Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/ND

“O Hospital Jeser Amarante Faria informa que no dia 16/08, a paciente deu entrada às 19h17min e foi atendida às 19h34min pelo médico cirurgião plantonista”, diz a SES.

A mãe da criança, que nasceu em 14 de agosto, relatou que buscou atendimento após se assustar com o estado da lesão. “O ferimento da nenê abriu, aquele mesmo que fizeram a cirurgia”, relata. A bebê havia passado por uma cirurgia em decorrência do corte feito durante o parto.

Mãe se diz alvo de racismo

Segundo o relato da mãe da bebê, em todos os momentos durante o atendimento médico ela se sentiu negligenciada por ser uma mulher negra vivendo com HIV. “Tiveram nojo pela minha cor, pela minha pele. Não são humanos. Me trataram como quem dissesse: ‘essa daí tanto faz’”, disse ela em entrevista ao ND+.

Mãe da criança que teve a cabeça cortada em parto de Joinville

Mãe relata que sofreu racismo e preconceito por ser uma mulher vivendo com HIV – Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/NDA mãe descobriu que é soropositiva para HIV em 2017 e, desde então, faz uso de medicação antirretroviral. Agora, segundo ela, sua carga viral está indetectável. Na prática, isso significa que, pela regularidade do tratamento, ela não transmite o HIV.

“Ela berrava de dor”

O quarto onde a mãe da criança estava no hospital era compartilhado com outra paciente, que também tinha acabado de dar à luz. A mulher relata que presenciou gritos de dor da mãe.

“Depois do parto, ela chegou no quarto cheia de sangue. Ela berrava de dor. Dois enfermeiros chegaram e, sem anestesia, tiraram algo dela [que a mulher relata ser a placenta]. O barulho do choro era tão alto que levei a filha dela para fora do quarto, para embalar a nenê e não deixá-la ouvir a dor da mãe”, conta.

Segundo a testemunha, que já foi ouvida pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Joinville, que investiga o caso, além da violência contra a criança, que chorou por 24h até ser atendida por um médico, a mãe também sofreu uma série de negligências.

“Ela não era ouvida. A filha dela chorava muito e ela sempre perguntava sobre o corte na cabecinha da criança. Ninguém fazia nada. Ninguém nem sequer tocou na bebê. Eles olhavam a criança, sem tocar, e diziam que não era nada”, diz.

A mulher relata ainda que o único remédio receitado para a recém-nascida, após a mãe, mesmo operada, perambular pelo hospital em busca de atendimento, foi paracetamol.

“Eu não entendo nada de Medicina, mas acredito que um paracetamol para a dor de um bebê que chora por um dia inteiro não é a melhor coisa”, finaliza.

O que diz a maternidade

O portal ND+ buscou a SES/SC (Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina), que relatou que não pode se posicionar sobre procedimentos médicos adotados. Confira a nota completa:

A Maternidade Darcy Vargas informa que o evento está em investigação pela Gestão de Risco da unidade, e o caso também está sendo apurado pela Polícia e seguirá os trâmites inerentes a situação. A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), seguindo orientação do Conselho Federal de Medicina (CFM), não fornece o estado de saúde e não comenta informações de pacientes atendidos, internados ou que venham a óbito na rede de assistência estadual.

Nota sobre o novo atendimento

O Hospital Jeser Amarante Faria informa que no dia 16/08, a paciente deu entrada às 19h17min e foi atendida às 19h34min pelo médico cirurgião plantonista.

Após avaliação, a genitora recebeu as orientações necessárias para a limpeza do local e a paciente foi medicada. Não houve indícios de falhas no procedimento cirúrgico.

É importante ressaltar que a paciente permaneceu na unidade por 10 dias após o procedimento cirúrgico. Enquanto esteve internada, apresentou evolução positiva, recebendo alta hospitalar e orientações para os cuidados em casa.

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Governo de Minas entrega 11 ônibus do Transporta SUS em Curvelo - Agência Minas Gerais

Seguindo a meta de levar os serviços de saúde cada vez mais próximos ao cidadão, o Governo de Minas , por meio da Secretaria de Estado de Sa...