Rechercher dans ce blog

Saturday, August 19, 2023

Bebê que teve a cabeça cortada em parto em Joinville precisa voltar às pressas para atendimento - ND Mais

A bebê que teve a cabeça cortada durante o parto na Maternidade Darcy Vargas, em Joinville, precisou de novo atendimento médico nesta quinta-feira (17). De acordo com a mãe, o ferimento abriu. A SES (Secretaria do Estado da Saúde) confirmou que a mãe levou a recém-nascida para atendimento médico.

Bebê com a cabeça cortada voltou às pressas para hospital em Joinville Bebê precisou voltar para atendimento após ferimento do corte feito em parto se abrir  – Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/ND

“O Hospital Jeser Amarante Faria informa que no dia 16/08, a paciente deu entrada às 19h17min e foi atendida às 19h34min pelo médico cirurgião plantonista”, diz a SES.

A mãe da criança, que nasceu em 14 de agosto, relatou que buscou atendimento após se assustar com o estado da lesão. “O ferimento da nenê abriu, aquele mesmo que fizeram a cirurgia”, relata. A bebê havia passado por uma cirurgia em decorrência do corte feito durante o parto.

Mãe se diz alvo de racismo

Segundo o relato da mãe da bebê, em todos os momentos durante o atendimento médico ela se sentiu negligenciada por ser uma mulher negra vivendo com HIV. “Tiveram nojo pela minha cor, pela minha pele. Não são humanos. Me trataram como quem dissesse: ‘essa daí tanto faz’”, disse ela em entrevista ao ND+.

Mãe da criança que teve a cabeça cortada em parto de Joinville

Mãe relata que sofreu racismo e preconceito por ser uma mulher vivendo com HIV – Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/NDA mãe descobriu que é soropositiva para HIV em 2017 e, desde então, faz uso de medicação antirretroviral. Agora, segundo ela, sua carga viral está indetectável. Na prática, isso significa que, pela regularidade do tratamento, ela não transmite o HIV.

“Ela berrava de dor”

O quarto onde a mãe da criança estava no hospital era compartilhado com outra paciente, que também tinha acabado de dar à luz. A mulher relata que presenciou gritos de dor da mãe.

“Depois do parto, ela chegou no quarto cheia de sangue. Ela berrava de dor. Dois enfermeiros chegaram e, sem anestesia, tiraram algo dela [que a mulher relata ser a placenta]. O barulho do choro era tão alto que levei a filha dela para fora do quarto, para embalar a nenê e não deixá-la ouvir a dor da mãe”, conta.

Segundo a testemunha, que já foi ouvida pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Joinville, que investiga o caso, além da violência contra a criança, que chorou por 24h até ser atendida por um médico, a mãe também sofreu uma série de negligências.

“Ela não era ouvida. A filha dela chorava muito e ela sempre perguntava sobre o corte na cabecinha da criança. Ninguém fazia nada. Ninguém nem sequer tocou na bebê. Eles olhavam a criança, sem tocar, e diziam que não era nada”, diz.

A mulher relata ainda que o único remédio receitado para a recém-nascida, após a mãe, mesmo operada, perambular pelo hospital em busca de atendimento, foi paracetamol.

“Eu não entendo nada de Medicina, mas acredito que um paracetamol para a dor de um bebê que chora por um dia inteiro não é a melhor coisa”, finaliza.

O que diz a maternidade

O portal ND+ buscou a SES/SC (Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina), que relatou que não pode se posicionar sobre procedimentos médicos adotados. Confira a nota completa:

A Maternidade Darcy Vargas informa que o evento está em investigação pela Gestão de Risco da unidade, e o caso também está sendo apurado pela Polícia e seguirá os trâmites inerentes a situação. A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), seguindo orientação do Conselho Federal de Medicina (CFM), não fornece o estado de saúde e não comenta informações de pacientes atendidos, internados ou que venham a óbito na rede de assistência estadual.

Nota sobre o novo atendimento

O Hospital Jeser Amarante Faria informa que no dia 16/08, a paciente deu entrada às 19h17min e foi atendida às 19h34min pelo médico cirurgião plantonista.

Após avaliação, a genitora recebeu as orientações necessárias para a limpeza do local e a paciente foi medicada. Não houve indícios de falhas no procedimento cirúrgico.

É importante ressaltar que a paciente permaneceu na unidade por 10 dias após o procedimento cirúrgico. Enquanto esteve internada, apresentou evolução positiva, recebendo alta hospitalar e orientações para os cuidados em casa.

Participe do grupo e receba as principais notícias
de Joinville e região na palma da sua mão.

Adblock test (Why?)


Bebê que teve a cabeça cortada em parto em Joinville precisa voltar às pressas para atendimento - ND Mais
Read More

No comments:

Post a Comment

Governo de Minas entrega 11 ônibus do Transporta SUS em Curvelo - Agência Minas Gerais

Seguindo a meta de levar os serviços de saúde cada vez mais próximos ao cidadão, o Governo de Minas , por meio da Secretaria de Estado de Sa...