Segundo especialistas, essas mães acabam sendo negligenciadas por vários motivos, sendo um deles a complexidade dessas condições de origem multifatorial. Nem sempre a correlação com a gestação é óbvia.
O ginecologista e obstetra Mariano Tamura, do Hospital Israelita Albert Einstein, diz que há falta de equipes de saúde suficientemente treinadas e, também, que as unidades de saúde acabam se concentrando na gravidez e no período de 42 dias após o parto.
Há, ainda, um outro fator apontado pelo ginecologista e obstetra Rubens Gonçalves Filho, do Hospital Israelita Albert Einstein:
As mulheres crescem ouvindo que algumas dores relacionadas ao parto ou pós-parto fazem parte da vida e, por isso, muitas vezes não se queixam. Também pode acontecer de, ao se queixarem, ouvirem das pessoas que é normal e deixar de procurar ajuda.
Daí a importância de reconhecer esses problemas e do cuidado durante a gestação para detectar e prevenir essas complicações, com uma orientação pré-natal rígida, explica Gonçalves Filho: "ainda assim, nem todas podem ser previstas, por isso uma boa assistência é fundamental."
Também é essencial, segundo o especialista, a estruturação do sistema de saúde e o treinamento dos profissionais para reconhecer os casos que requerem mais atenção e garantir o acesso das mulheres ao sistema.
Mulheres sofrem complicações de médio e longo prazo após parto - VivaBem
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