Celina Leão reconhece epidemia de dengue no DF: "Crise grave" - Metrópoles
Durante a visita ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), na tarde desta sexta-feira (12/1), a governadora em exercício do DF, Celina Leão, reconheceu que há uma epidemia de dengue no Distrito Federal, e declarou que o GDF está buscando soluções para reverter a situação. Segundo a governadora, na manhã desta sexta-feira (12/1), o GDF realizou uma reunião no Palácio do Buriti com os administradores regionais para tratar do tema.
“Entendemos a gravidade da crise e vamos contratar mais agentes de vigilância sanitária, porque esses agentes são importantes, pois entram nas casas das pessoas. Mas todo mundo deve ajudar. A cepa veio forte, há uma epidemia, e todos nós devemos colaborar”, frisou Celina.
Ela ainda adiantou que a Secretaria de Saúde estipulou que as unidades básicas de saúde tipo 2 coloquem pelo menos 40% da mão de obra à serviço da população. “Se sentir qualquer sintoma, vá para essa unidade tipo 2 que a pessoa vai conseguir fazer a sorologia para ver se está com dengue ou não”, recomendou.
De acordo com boletim, dos casos prováveis de dengues, 95,4% são residentes no DF, totalizando 2.054. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 207% no número de possíveis ocorrências de dengue em moradores da capital federal.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente a morte Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes Bloomberg Creative Photos/ Getty Images
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos Guido Mieth/ Getty Images
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte Peter Bannan/ Getty Images
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue Piotr Marcinski / EyeEm/ Getty Images
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão Image Source/ Getty Images
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada Getty Images
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas Guido Mieth/ Getty Images
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas Getty Images
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Em 2023, foram apontados 669 registros prováveis da doença. Neste ano, há infectados vindos de outros estados, principalmente de Goiás, onde houve 93 casos. O documento ressalta que os dados ainda são parciais, sujeitos à alteração, podendo ocasionar diferenças nos números de uma semana epidemiológica para outra.
Com relação à situação da dengue nas regiões administrativas, a Ceilândia apresentou o maior número de casos prováveis (765), seguida de Samambaia (142), Brazlândia (124), Taguatinga (85) e Santa Maria (50). Estas cinco regiões administrativas concentraram 56,7% (1.166) dos casos prováveis de dengue do DF.
Sintomas e tratamento
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito urbano e diurno que se reproduz em depósitos de água parada.
Desta forma, o período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, assim, para a maior disseminação da doença.
Os principais sintomas da dengue são:
Febre alta
Dor no corpo e articulações
Dor atrás dos olhos
Mal estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo
Como a dengue é uma doença viral, o tratamento é feito para aliviar os sintomas, por meio da prescrição de antitérmicos, ingestão de líquidos e repouso. Portanto, ao primeiro sinal dos sintomas, procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou o serviço médico mais próximo de você. No DF, são 175 UBSs, sendo que 33 delas estão localizadas em zonas rurais.
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