Perfil do paciente é diferente. A esclerose múltipla é mais rara que o AVC, mas atinge pessoas mais novas: no geral, se manifesta entre 20 e 25 anos, mais próximo da idade que Gabriela tinha em 2011. Já o AVC costuma acontecer com pessoas entre 60 e 65 anos.
Embora as duas doenças tenham sintomas parecidos, quando você começa a destrinchar, vê a diferença. No AVC isquêmico, que é o que pode ser confundido, a fraqueza tende a ser súbita e de um lado. Na fraqueza da esclerose, o processo é outro e pode ser nos dois lados simultaneamente.
Guilherme Diogo, neurologista e especialista em esclerose múltipla do Hospital São Luiz Itaim
Tratamentos são completamente diferentes. No caso do AVC, nas primeiras horas, é importante liberar o vaso que foi fechado — o que pode ser feito por remédios que "afinam" o sangue ou por um procedimento chamado trombectomia. No caso da esclerose, o primeiro atendimento deve ser a aplicação de corticoide para baixar a inflamação. Em ambas as condições, a ação reduz o risco de sequelas.
Erro poderia trazer consequências para Gabriela. Como o tratamento da esclerose múltipla mexe no sistema de defesa, o corpo do paciente pode ficar mais suscetível a infecções graves —além do risco de possíveis alergias.
Ideal é procurar especialista. Guilherme Diogo reforça a importância de procurar um especialista na doença identificada para que exames mais detalhados sejam feitos, minimizando a possiblidade de diagnóstico errado.
'Tomei remédios fortíssimos': ela tratou doença que não tinha por 10 anos - VivaBem
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