A mulher mais velha do mundo, com 116 anos, sobreviveu à Covid, a uma guerra civil, a um terremoto mortal e a um grande incêndio. Mas o que impressiona mais os médicos é o fato de Maria Branyas não ter problemas sérios de saúde, à exceção da surdez e dificuldade de locomoção, e sua memória incrível.
Ao contrário da maioria das pessoas da sua idade, a espanhola não tem problemas cardiovasculares e consegue recordar com facilidade histórias dos 4 anos de idade.
"Ela é incrível", afirmou o pesquisador e médico espanhol Manel Esteller, que visitou Maria na casa de repouso onde vive em Girona (Catalunha, Espanha), ao jornal "ABC". "Ela tem a cabeça completamente lúcida. Ela se lembra com impressionante clareza de episódios seus quando tinha apenas 4 anos e não apresenta nenhuma doença cardiovascular, comum em idosos", completou ele.
Maria disse que o segredo da longevidade saudável compreende eliminar "pessoas tóxicas", evitar "excessos" e comer iogurte natural todos os dias.
Manel, especialista em genética molecular, decidiu estudar mais a fundo Maria para descobrir os papéis que a natureza e a criação desempenharam na longevidade da centenária.
"A única coisa que ela tem são problemas de mobilidade e audição", comentou o médico, que também estuda carcinoma endometrial. "É claro que existe um componente genético porque há vários membros da família dela com mais de 90 anos", acrescentou ele.
Maria nasceu em São Francisco (Califórnia, EUA), em 4 de março de 1907, em uma família espanhola expatriada, retornando à Catalunha em 1915, quando a saúde e a situação financeira do seu pai, que era jornalista, pioraram.
"Sempre comi pouco, mas de tudo, e nunca segui nenhum regime. Não sofri de nenhuma doença nem passei por uma sala de cirurgia", declarou a idosa.
Para a espanhola, também contribuem para o seu estado de saúde aos 116 anos "ordem, tranquilidade, boa ligação com a família e amigos, contato com a natureza, estabilidade emocional e muita positividade, além de genes e sorte".
Mulher mais velha do mundo impressiona a ciência por não ter problemas cardiovasculares e pela memória - Extra
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