Com quase 7 milhões de mortes causadas pelo mundo, a covid-19 foi um marco epidemiológico. Além de tantas vidas perdidas, a doença expôs a fragilidade dos países —alguns mais vulneráveis que outros— em termos de diagnóstico, capacidade de internação e tratamento, contenção e prevenção da doença.
A doença também foi capaz de impactar profissionais da saúde em nível pessoal, como conta a infectologista Sylvia Lemos.
"É importante destacar que a pandemia representou algo inédito para nossa geração. Em 40 anos trabalhando com doenças infecciosas, eu nunca tinha sentido medo. Mas ver pessoas próximas, inclusive médicos, doentes mudou minha percepção", reflete ela, que é mestre em medicina tropical pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e membro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
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