Ao esboçar as possíveis causas da falta de engajamento, ela lembrou que, embora não faltem evidências de que as mudanças climáticas estão aí, há um certo negacionismo. De fato, quem aposta que a Terra é plana nunca acreditou que a chapa, então, esteja esquentando.
E há uma lentidão ilusória. Tirando quando ocorre um evento climático extremo — fenômeno que deve ser tornar mais e mais frequente —, os efeitos na saúde parecem, mas só parecem, se acumular em câmera lenta, tornando-se imperceptíveis aos nossos olhos. Quer dizer, agora nem tão imperceptíveis assim.
"A Terra é feito uma caixa fechada que absorve parte da radiação solar. Ao mesmo tempo, vomitamos nela 162 milhões de toneladas de poluição todos os dias — fumaça de indústrias, queimadas, transporte terrestre ou aéreo... Nossa atmosfera é um esgoto a céu aberto", comparou, sem medir as palavras, o biólogo Alex Godoy-Faúndez, professor associado da Universidad del Desarrollo, no Chile, onde dirige o Centro de Pesquisa em Sustentabilidade.
Ele também é pesquisador associado na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e integra o comitê de especialistas da FAO (Food and Agriculture Organization) das Nações Unidas. Mas, em sua apresentação no fórum, Godoy-Faúndez não focou apenas nos problemas respiratórios causados por tanta sujeira no ar ou na dificuldade de andar por aí com a impressão de existirem sete sóis para cada cabeça.
Há outros motivos para a gente entender que se trata uma emergência — climática e de saúde. Aqui estão apenas sete deles de que, talvez, as pessoas falem menos ainda.
1. Áreas inabitáveis mudarão a prevalência de doenças
Em 1950, apenas 0,1% da área de terra do nosso planeta era atingida por eventos climáticos extremos — de secas deixando tudo desértico a inundações depois de o céu desabar em água. "Hoje, 22,1% dos lugares onde o homem poderia habitar estão sujeitos a isso", ensinou Godoy-Faúndez. Boa parte, diga-se, concentra-se no Hemisfério Sul.
7 motivos inusitados que fazem da mudança do clima uma ameaça à sua saúde - VivaBem
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