Máquina responsável pela hemodiálise dos pacientes — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
A Prefeitura de Campina Grande anunciou a antecipação de R$ 500 mil para garantir que os pacientes do Hospital Antônio Targino, que precisam de hemodiálise e são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tenham acesso ao tratamento de forma integral. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (19) durante uma reunião entre a unidade de saúde, a gestão municipal e o Ministério Público da Paraíba (MPPB).
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O g1 entrou em contato com a direção do hospital sobre a retomada do atendimento. Segundo o diretor Fabrício Targino, "o serviço foi normalizado e firmamos um compromisso, mediado pelo MPPB, na pessoa da Dra. Adriana Amorim, onde nos comprometemos manter os serviços em sua normalidade e a gestão municipal irá, em um prazo de 30 dias, encontrar uma forma de equacionar as questões financeiras em relação ao valor pago por sessão de hemodiálise".
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Esses repasses são federais e os pagamentos são feitos dois meses após a prestação do serviço.
Com o acordo firmado em reunião, a prefeitura vai tirar recursos dos cofres municipais para adiantar o pagamento referente ao mês de junho e descontará o valor que será feito pelo governo federal.
Mas como o contrato está firmado até o mês de setembro, as instituições devem discutir até lá uma solução para o problema.
Centro de Hemodiálise no Hospital Antônio Targino — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Ministério Público recomenda que hemodiálise não seja suspensa
O Ministério Público da Paraíba recomendou, na terça-feira (18), que o hospital não suspenda totalmente o serviço de hemodiálise para os pacientes. A recomendação diz que a medida só pode ser adotada caso exista a garantia de transferência dos pacientes para outro serviço de saúde na cidade.
Segundo o MPPB, no serviço de hemodiálise há mais de 150 pacientes renais em tratamento, que só pode ser interrompido após realização de transplante renal. O hospital privado firmou contrato com a Prefeitura de Campina Grande para o cumprimento de outros serviços além da hemodiálise, através do SUS, como nas áreas de neurocirurgia, ortopedia e UTI.
Em nota, a prefeitura de Campina Grande repudiou a forma como o hospital fez a diminuição dos serviços e ressaltou que o repasse financeiro para o funcionamento da hemodiálise está sendo feito sem atrasos. O documento com as recomendações do MPPB foi entregue ao diretor do hospital, José Targino.
O hospital também frisou que existe um "subfinanciamento" e não uma falta de repasse do dinheiro pela prefeitura, que causa uma escassez de insumos para todos que necessitam do serviço. Por isso, foi necessária a diminuição do tempo da hemodiálise pela metade, para que fosse possível atender todos os pacientes que procuram a unidade.
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