Ela teve embolia pulmonar e 5 paradas cardíacas; única suspeita era pílula - VivaBem

A jornalista Karen Paiva viralizou nas Twitter após relatar uma experiência aterrorizante: ter sofrido uma embolia pulmonar que resultou em cinco paradas cardíacas. A maior suspeita é de que tal episódio tenha sido desencadeado pelo uso contínuo de pílulas contraceptivas. A situação ocorreu há 12 anos e não deixou sequelas, apesar disso, a jornalista conta que não faz mais o uso de contraceptivos hormonais.

"Hoje o meu método anticoncepcional é o DIU, o que é sem hormônios, de cobre com prata. Claro que cada organismo é um organismo, mas sempre que eu posso indico para as amigas e aconselho que elas procurem saber sobre os métodos sem hormônios", diz Karen.

A embolia pulmonar é uma condição séria e potencialmente fatal que ocorre quando um coágulo sanguíneo se desloca para os pulmões, obstruindo as artérias responsáveis pela oxigenação do sangue.

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Em entrevista ao VivaBem Hoje desta quinta-feira (13), a jornalista contou que, apesar de a causa nunca ter sido confirmada pelos médicos que a atenderam, o risco de as pílulas contraceptivas terem causado o problema é de 80%.

Há 12 anos eu acordava de um coma induzido. Tive 5 paradas cardíacas, fui reanimada e entubada. Passei por várias complicações no CTI? sobrevivi sem nenhuma sequela. Um milagre, disseram. Embolia pulmonar.

O meu único fator de risco? Anticoncepcional.

-- Karen Paiva (@karencgpaiva) July 12, 2023

Minha intenção não é causar pânico, mas alertar outras mulheres que isso também pode acontecer com elas. Há 12 anos, quando fui na ginecologista e ela receitou a pílula, pouco se falava sobre os efeitos colaterais. Karen Paiva

Apesar de ser uma condição grave, o tratamento para embolia pulmonar evoluiu muito nos últimos 40 anos, segundo o cirurgião cardiovascular Fernando Augusto Alves da Costa, do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Ele explica que existem fatores que aumentam o risco de mulheres que usam esse tipo de contraceptivo terem problemas como os de Karen. Por exemplo: ter histórico familiar de embolia e não fazer atividades físicas.

A recomendação do médico é que antes de iniciar o tratamento com as pílulas, a pessoa se atente aos riscos, pesquise o histórico familiar e que não seja sedentária.

"Deveria estar escrito na bula: evite a trombose com atividade física; faça relaxamento das pernas, colocando-as pro alto; use uma meia elástica, se tiver varizes, enfim, questionar a necessidade de usar a pílula. Não é justo a mulher ser submetida a um regime de mudança do seu ciclo para que o casal viva feliz", diz o médico.

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