A atriz e cantora Cleo publicou um vídeo nas redes sociais para contar seu diagnóstico de TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), trazendo à tona uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Nesta segunda-feira (10), o VivaBem Hoje conversou com Sônia Maria Motta Palma, psiquiatra da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo. De acordo com ela, atualmente há uma banalização do diagnóstico, por isso, no caso de sintomas é importante procurar ajuda de um profissional especialista na área.
"É um transtorno mental que não é fácil diagnosticar, principalmente em adultos, como é o caso da Cleo. Ele precisa ser feito por um clínico, no geral um psiquiatra, que tenha formação neste transtorno", diz Sônia Palma.
O TDAH é uma condição complexa que se manifesta principalmente na infância e pode persistir na idade adulta. Caracteriza-se por dificuldades em manter a atenção, comportamento impulsivo e níveis excessivos de energia física e mental, comumente conhecida como hiperatividade.
Quem tem TDAH frequentemente enfrenta desafios em se concentrar, organizar tarefas, manter relacionamentos e controlar seus impulsos.
O transtorno é classificado em três subtipos: predominantemente desatento, predominantemente hiperativo-impulsivo e apresentação combinada. Cada subtipo apresenta características únicas, mas a forma mais comum é a apresentação combinada, na qual os indivíduos apresentam sintomas de desatenção e hiperatividade-impulsividade.
Impacto no dia a dia
O impacto na vida dos diagnosticados é significativo e pode afetar várias áreas da vida, inclusive o desempenho acadêmico e profissional. Além de prejuízos nos relacionamentos interpessoais. De acordo com a psiquiatra, em cada faixa etária a pessoa que é TDAH é afetada de uma forma diferente.
"A maior parte dos adolescentes com TDAH que não estão em tratamento, por exemplo, tem tendência a serem adictos. Muitas vezes apresentam problemas com álcool ou drogas como maconha, cocaína", afirma.
O tratamento para o TDAH envolve uma abordagem multimodal que pode incluir medicamentos, terapia comportamental e apoio de profissionais de saúde, educadores e familiares.
Embora os medicamentos possam ajudar a aliviar os sintomas, é crucial combiná-los com estratégias comportamentais que visem desenvolver mecanismos de enfrentamento, melhorar habilidades de gerenciamento do tempo e promover técnicas de organização.
Cleo conta que tem TDAH; psiquiatra comenta banalização do diagnóstico - VivaBem
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