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Thursday, July 13, 2023

Azia, cólicas, barriga estufada? 10 dicas para reduzir problemas digestivos - VivaBem

Problemas digestivos, como azia, refluxo, excesso de gases, mal-estar, para citar alguns, são queixas recorrentes nos consultórios médicos. Quando a digestão não funciona de forma adequada e esperada, é porque no organismo está ocorrendo algum desequilíbrio, o que também pode prejudicar outras áreas.

O sujeito pode apresentar irritações de pele, cansaço constante, irritabilidade, falta de concentração, infecções persistentes, mau hálito e insônia.

Se você se identifica com alguma dessas situações, procure um médico o quanto antes, ainda mais se estiver apresentando fortes dores locais, febre, vômitos e diarreia incessantes, sinais de alguma condição mais séria e que requer exames e tratamentos específicos.

Para casos menos preocupantes e de vez em quando, a boa notícia é que existem algumas soluções e hábitos simples e eficazes para prevenir e controlar desconfortos digestivos. Veja a seguir:

Coma menos o que fermenta

Leguminosas - iStock - iStock
Imagem: iStock

Leguminosas como feijão, lentilha, grão de bico; legumes como brócolis, repolho, batata-doce; ovo cozido; gorduras e doces em excesso; além de bebidas gaseificadas como refrigerantes, aumentam a formação de gases no interior do estômago e que saem pela boca como arrotos, flatulência e distensão abdominal.

Para evitar esses problemas, reduza seu consumo e siga uma dieta antifermentativa, rica em frutas, carnes magras, verduras e chás, como de cidreira.

Se alimente devagar

Mastigar com pressa atrapalha a percepção de sabor dos alimentos e a saciedade. Se os alimentos descem mal triturados, também ficam mais tempo no estômago. Com isso, a digestão fica pesada, os nutrientes demoram mais para serem absorvidos e até a consistência das fezes fica mais dura, dificultando as idas ao banheiro.

Já mastigar bem os alimentos, sobretudo ricos em fibras, evita distensão abdominal, azia, refluxo, cólicas e constipação.

Não fale enquanto mastiga

Ao conversar —o que inclui também ao celular—, não só se atrapalha a mastigação, como grandes quantidades de ar são engolidas e podem ser transformar em gases dentro do estômago.

Por isso, procure fazer suas refeições em silêncio, de preferência em ambientes tranquilos (vale até informar a quem estiver presente), para você se manter compenetrado na forma como come. De preferência, enquanto mastiga, deixe ainda os talheres sobre a mesa.

Evite beber durante as refeições

É bastante comum consumir líquidos —o que vale para água, suco, refrigerante, álcool— durante almoço e jantar, mas esse costume não é saudável. Ele prejudica a trituração da comida, facilita engasgos e lentifica a digestão, interferindo na saciedade e até fazendo comer mais, pois "engana" o estômago.

O certo é evitar esse hábito ou ingerir pequenas quantidades de líquidos, cerca de 150 ml é o suficiente, sendo a água melhor do que qualquer opção.

Fracione a porção dos alimentos

Colocar para dentro grandes garfadas, colheradas e pedaços de uma só vez fará com que logo você se sinta empanturrado, sonolento e mal consigo mesmo, com sentimentos de repulsa, culpa, vergonha. No longo prazo, por conta da gulodice no modo automático —sobretudo diante de alimentos de alta densidade calórica— o ganho de peso também é certeiro.

Por isso é recomendável rever criticamente o volume de suas refeições, tanto fora como dentro de casa.

Não fique faminto para comer

Longos períodos de restrição alimentar não só induzem a hipoglicemia, que é a queda dos níveis de glicose no sangue, trazendo consequências graves, como atrapalham a capacidade de escolha, principalmente quando se tem comida à vontade.

Para evitar os excessos causados pela fome e seus problemas decorrentes, faça um lanche intermediário, só não vale cair de boca e sem parcimônia em produtos industrializados, como bolachas, salgadinhos ou frituras.

Se hidrate ao longo do dia

A ingestão de água (cerca de 2 litros ao dia), quando consumida regularmente, junto com a prática de exercícios físicos e uma dieta balanceada, favorece a eliminação de toxinas, previne doenças e melhora o trato digestivo, já que é necessária na dissolução dos nutrientes para que possam ser absorvidos pelo sangue e transportados para as células.

Beber água ainda evita que você coma muito e sem necessidade, pois a desidratação pode ser confundida com fome.

Corte o hábito de mascar chiclete

Chiclete - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Mascar chicletes em excesso pode fazer mal ao estômago, predispondo condições como azia e gastrite, que se não tratadas e com a repetição desse hábito podem evoluir para úlcera. Isso acontece porque, quando se masca o chiclete, o organismo assimila que algum alimento está sendo ingerido, o que leva à produção de ácidos e enzimas responsáveis por realizar a digestão.

Porém, como nada chega ao estômago, essas substâncias não são utilizadas, daí os problemas.

Use suplementos de lactase

A lactase é uma enzima segura e que ao participar da digestão do leite e de seus derivados evita os sintomas da intolerância à lactose: a incapacidade de digerir o açúcar presente neles e que pode causar sintomas como náusea, dores abdominais e diarreia.

Mas, para se certificar de que você tem o problema, o ideal é consultar um médico. No mais, maneire no consumo de produtos lácteos, pois sua proteína (caseína) tende a fermentar em algumas pessoas.

Evite deitar logo após comer

Ir para cama após as refeições, principalmente as muito pesadas e condimentadas, pode causar o retorno do conteúdo da digestão para o esôfago (refluxo), além de desencadear problemas no sono (insônia, apneia) e, consequentemente, indisposição no dia posterior.

Tenha em mente que ao dormir o sistema digestório se lentifica, por isso, para não sobrecarregá-lo ainda mais, recomenda-se ingerir alimentos mais leves à noite e pelo menos duas horas antes de se deitar.

Fontes: Ana Kátia Lopes, nutricionista e chefe da nutrição clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio (CE); Ariane Gabriel, nutricionista da Santa Casa de São José dos Campos (SP); Cinthia Guedes, professora do Departamento de Nutrição da UFPB (Universidade Federal da Paraíba); Henrique Perobelli, gastroenterologista da Rede de Hospitais São Camilo (SP); e Thais Barca, nutricionista pós-graduada pela USP (Universidade de São Paulo) e da Clínica CliNutri.

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