O exercício físico tem sua importância em todas as etapas da vida, mas a partir dos 50, 60 anos, quando começamos a sentir os efeitos do envelhecimento, torna-se ainda mais necessário. Ocorre naturalmente uma diminuição da massa magra e um aumento da gordura corporal, além da perda de equilíbrio, da coordenação e da diminuição da capacidade aeróbia.
Para manter a força muscular, que tende a diminuir, a energia, o vigor físico e uma boa composição corporal, arotina de exercícios é fundamental, garantindo também autoestima e, acima de tudo, autonomia.
Pensando nisso, inúmeras pessoas estão buscando ir além, superando os próprios limites e conseguindo, mais do que nunca, estar com a saúde física, mental e, por que não dizer, o “shape” em sua melhor versão.
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São homens e mulheres com mais de 50 anos que optaram pelo estilo de vida mais saudável, pela quebra de paradigmas e que mostram diariamente que músculos e força podem fazer parte da rotina à medida que os anos passam.
Segundo a educadora física Márcia Roberto, da Be Strong +, projeto de atividades físicas voltadas para mulheres com mais de 50 anos, ainda existem pessoas que pensam que, a partir dessa idade, não se ganha mais força e hipertrofia muscular. “Uma grande inverdade. Não só é possível como é muito importante fazer um trabalho para esse ganho muscular, buscando sempre a orientação de um profissional de educação física.”
A especialista conta que não tem como desassociar os benefícios físico, psicológico e fisiológico que a atividade física entrega aos seus praticantes. “Quando fazemos um treinamento sistematizado e bem orientado, o trabalho físico faz com que todo o sistema fisiológico funcione melhor e que a mente se mantenha mais equilibrada.
A geração 50/60 anos de hoje em dia está buscando viver melhor, cuidando de sua autoestima e para acompanhar esse processo os profissionais estão se especializando para entender e ajudar seus clientes. É o que eu busco todos os dias: ajudar mulheres a terem mais longevidade com qualidade e autonomia.”
Quando pensamos nas atividades mais indicadas para quem está com 50 anos ou mais, Márcia explica que, pode-se dizer que exercícios com peso, seja ele musculação ou funcional, responsáveis por provocar um certo "impacto", são os mais indicados para o fortalecimento não só dos músculos, mas também dos ossos e tendões.
“Os demais exercícios podem vir como acréscimo, pois o prazer na prática de exercício é fundamental para que este se torne um hábito, lembrando que o melhor exercício físico é aquele que o indivíduo vai conseguir fazer com frequência, que esteja dentro de suas possibilidades e que poderá ser mantido ao longo da vida.”
Aos 54 anos, a engenheira civil e educadora física Socorro Silvério está super em forma. Desde os 30 anos, depois da gravidez, ela pratica atividade física e atualmente é uma apaixonada por musculação.
AUTONOMIA Segundo o ortopedista Daniel Oliveira, especialista em coluna vertebral, é com a realização de exercícios físicos que conseguimos manter a força e a flexibilidade muscular, gerando mais autonomia para que, quando estivermos com a idade mais avançada, não tenhamos dificuldade para realizar as atividades simples do dia a dia, como caminhar pela casa e/ou percursos mais distantes, subir escadas, lavar louça, fazer compras e carregar objetos mais pesados.
“O ideal é que esse cuidado e atenção com relação a atividades físicas seja ensinado desde cedo para que o paciente colha os frutos dessas boas escolhas, já que, quando os exercícios nos acompanham ao longo da vida, conquistamos mais condicionamento cardiorrespiratório, conseguimos uma redução da quantidade de gordura, manutenção do peso, menor risco de diabetes, de lesões e das consequências causadas pelos desgastes dos ossos e articulações, e mais disposição física.”
Além de ajudar no fortalecimento muscular, Daniel acrescenta que os exercícios físicos trazem alívio à pressão sobre a coluna, aumentando a amplitude do corpo, combatendo a má postura e dores lombares e cervicais. “Até para quem já tem problemas de coluna instaurados, tais como artrose na região, por exemplo, é possível que aconteça uma evolução mais lenta da doença. Esse fortalecimento é capaz de trazer mais proteção aos movimentos, evitando o desgaste da cartilagem.”
Atividade física: é possível ter músculos após os 50 anos? - Estado de Minas
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