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Saturday, July 16, 2022

CPI da Saúde: vereador rasga parecer da procuradoria da Câmara de Uberlândia que recomenda arquivamento da investigação; VÍDEO - Globo.com

Vereador rasga cópia de parecer da Procuradoria da Câmara de Uberlândia sobre CPI da Saúde

Vereador rasga cópia de parecer da Procuradoria da Câmara de Uberlândia sobre CPI da Saúde

O vereador Murilo Ferreira (Rede) rasgou uma cópia do parecer da Procuradoria Jurídica da Câmara de Uberlândia, que recomendou o arquivamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga suspeitas de irregularidades na gestão do sistema de saúde municipal (veja vídeo acima). O ato ocorreu durante a reunião da CPI realizada na manhã desta sexta-feira (15).

A comissão foi instaurada para apurar ações e comissões da Prefeitura de Uberlândia no acompanhamento e fiscalização dos contratos de gestão na área da saúde junto à Missão Sal da Terra e a Associação Paulista de Desenvolvimento da Medicina (SPDM).

O parecer da Procuradoria revoltou o vereador Murilo Ferreira. Assim, o vereador pegou a cópia do documento entregue a ele e a rasgou (veja vídeo). Segundo ele, o parecer jurídico é um lixo e uma vergonha.

“A CPI está instaurada. Não há nenhum dispositivo legal que autorize a Procuradoria a pedir o arquivamento da CPI. Ela está invadindo uma competência exclusiva do Poder Legislativo”, afirmou Ferreira.

Após se manifestar de forma contrária ao relatado pelo jurídico da Câmara, o parlamentar deixou a reunião.

Integrantes da CPI da Saúde de Uberlândia reunidos — Foto: Aline Rezende/Câmara de Uberlândia

Integrantes da CPI da Saúde de Uberlândia reunidos — Foto: Aline Rezende/Câmara de Uberlândia

De acordo com a Câmara, o encontro foi realizado para apresentação do parecer da Procuradoria relacionado ao impedimento dos vereadores Neemias Miquéias (PSD) e Thaís Andrade (PV), com a justificativa de que ambos têm ligações com instituições da sociedade civil com contratos de recebimento de recursos municipais. No entanto, o jurídico do Legislativo entendeu que não houve comprovação da ligação dos parlamentares com as organizações e explicou que “ainda que houvesse, as duas instituições não serão investigadas pela CPI”

O documento também apresentou o entendimento da Procuradoria sobre o objeto de investigação da CPI. Segundo o parecer, há contradição nos documentos de requerimento e justificativa para que a comissão fosse instaurada.

A Procuradoria apontou que no requerimento é descrito que a CPI investigaria a execução dos contratos com Missão Sal da Terra e SPDM referentes aos anos de 2019, 2020, 2021 e 2022. Por outro lado, a justificativa apresenta outra delimitação, fixando a apuração na gestão dos recursos da saúde pública por parte da Secretaria Municipal de Saúde nos anos de 2020 e 2021.

Conforme o documento, não cabe à Procuradoria delimitar o objeto de qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito, devendo a delimitação ser feita pelos autores do requerimento, porém, explicou que o objetivo da investigação deve ser claro.

“Para atendimento às normas constitucionais, legais e regimentais, deve a CPI ter por objeto fato determinado, não podendo abranger situações imprecisas, vagas, genéricas e não claramente delimitadas no requerimento de instauração”, disse a Procuradoria.

Ao fim do documento, o setor jurídico da Câmara recomendou o arquivamento da CPI.

De acordo com o presidente da comissão, Abatenio Marquez (PP), os pareceres são “meramente opinativos”. Assim, dentro da comissão o pedido de impedimento será relatado pelo vereador Antônio Augusto, o Queijinho (Cidadania), enquanto a delimitação do objeto será relatada por outro membro da CPI, o vereador Neemias Miquéias.

O que disse o presidente da CPI

Após Murilo deixar a reunião, Abatenio afirmou que a postura do vereador foi indecorosa e desrespeitosa.

“Todos os membros da CPI lamentaram o triste episódio dos ataques pessoais, injustos e desnecessários aos servidores da Casa que colaboram com a CPI. Eventuais excessos poderão ser objeto de apreciação da presidência da Casa e tomadas as medidas cabíveis”, comentou Marquez ao g1..

A comissão

Assinado pelos vereadores Murilo Ferreira (Rede), Amanda Gondim (PDT), Cláudia Guerra (PDT), Cristiano Caporezzo (PL), Dandara (PT), Dudu - Luiz Eduardo (PROS), Fabão (Pros), Liza Prado (Patriota) e Odair José (Avante), o pedido para instalação da CPI da Saúde foi protocolado no dia 30 de maio.

No dia 15 de junho foi publicado o requerimento de CPI, quando cada bloco parlamentar teve 2 dias úteis para indicar os membros que iriam compor a comissão. Abatenio Marquez (PP) e Neemias Miquéias (PSD) foram eleitos, respectivamente, presidente e relator do comissão. Os vereadores Antônio Augusto Queijinho (Cidadania), Murilo (Rede) e Thais Andrade (PV) também integram a CPI.

O grupo realizou a primeira reunião no dia 29 de junho. Já o segundo encontro ocorreu em 15 de julho.

Atualmente, a gestão da saúde pública municipal em Uberlândia é feita através de convênio com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e a Missão Sal da Terra, além das contratações diretas feitas pela Secretaria Municipal de Saúde.

Um dos questionamentos que os vereadores querem fazer é sobre os gastos que a SPDM tem para manter o serviço em Uberlândia, como R$ 50 mil para um escritório de advocacia no Estado de São Paulo e outros R$ 200 mil mensais para uma empresa paulista de tecnologia de informação.

Também é questionada a contratação direta por parte da Secretaria Municipal de Saúde de consultorias, escritórios de advocacia, contabilidade, palestras e outras atividades. Outro ponto está no pagamento de R$ 70 mil para uma palestra de Mario Sérgio Cortella, que teria sido paga com recursos que, segundo vereadores, eram destinados ao combate da Covid-19.

CPI DE SAÚDE EM UBERLÂNDIA

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