Um grupo de cientistas da Universidade de Melbourne, na Austrália, descobriu um gene que é responsável pela força muscular que ganhamos ao praticar atividades físicas. O achado abre caminho para o desenvolvimento de possíveis medicamentos que possam imitar alguns dos benefícios dos exercícios.
O artigo, publicado nesta segunda-feira (25) na revista científica Cell Metabolism, mostra que animais sem o gene C18ORF25 têm desempenho ruim ao fazerem exercícios e músculos mais fracos.
O oposto ocorre com aqueles que possuem esse gene, que se tornam mais resistentes e fortes, mas não necessariamente maiores.
O coordenador do estudo, Benjamin Parker, ressalta em comunicado que "identificar esse gene pode afetar a forma como gerenciamos o envelhecimento saudável".
"Promover a função muscular ideal é um dos melhores preditores da saúde geral."
A equipe, que contou com a colaboração dos professores Erik Richter e Bente Kiens, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, avaliou ainda as semelhanças e diferenças moleculares de diversos tipos de exercício. Eles utilizaram biópsias de músculos humanos para verificar mudanças nas células.
Parker explica como as descobertas podem se refletir em benefícios no futuro.
“Sabemos que o exercício pode prevenir e tratar doenças crônicas, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares e muitos tipos de câncer. Agora, esperamos que, ao entender melhor como os diversos tipos de exercício provocam esses efeitos promotores da saúde no nível molecular, a comunidade científica possa trabalhar para disponibilizar novas e aprimoradas opções de tratamento."
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