Rechercher dans ce blog

Sunday, July 31, 2022

Taise Spolti - 3 alimentos que você tem em casa, mas não devia, porque fazem mal à saúde - VivaBem

É muito comum que, ao conversar com pessoas sobre alimentação, dietas, controle alimentar, escutemos frases como: "Mas eu adoro esse alimento, não vou deixar de comer só para emagrecer" ou "Nossa, eu não sabia que isso fazia mal para mim" e até "Comprei esse alimento achando que ia me ajudar, mas então só me faz mal".

São situações de embate interno, nas quais descobrimos que determinados alimentos dos quais tanto gostamos, comemos desde a infância ou simplesmente compramos para celebrar momentos especiais são coadjuvantes no aparecimento de inúmeras doenças ou, no menor dos casos, atrapalham no resultado que se busca na academia.

Seria bem simples se, dos três alimentos que lhe vêm à mente, eu dissesse: sal, açúcar e álcool. Mas não. Esses três itens já possuem em sua estampa o risco do abuso.

É negligência dizer que você não sabia que sal de cozinha em excesso lhe faz mal ou que não achava que o consumo de açúcar de mesa tivesse relação com o diabetes, ou então que a cerveja de todo dia não aumentasse sua resistência à insulina. Negligência? Sim, pois hoje em dia todos os veículos de mídia e informação, televisão, internet, jornais, revistas, até panfletos, folders e banners em todo canto do mundo afirmam isso. Sendo assim, se você recebe essa informação, já sabe o que faz mal à sua saúde e continua fazendo, você está negligenciando sua própria saúde e a dos demais que atinge, como filhos, cônjuges etc.

Mas os alimentos escondidos que vou citar são aqueles que passam despercebidos até por quem está de dieta ou quem possui alguma patologia preexistente, pois são itens mascarados, alimentos que podem até ter cara de bonzinhos, mas são inimigos da sua saúde:

Caldo temperado em pó light/diet/de baixo sódio

Todos vêm com essa estampa. Mesmo em cores clarinhas, verde e com uma embalagem amigável, induzindo você a acreditar que todos os vegetais, legumes, feijão e arroz integral que você fizer, dentro da sua dieta ou não, irão ficar mais saborosos e você conseguirá seguir o que o médico e nutricionista solicitaram: alimentar-se de forma mais saudável.

Esses caldos prontos, que você compra em pacotinho ou tabletes e que fornecem um sabor temperado "especial", mesmo que sejam vendidos com o slogan de baixo sódio, sem açúcar, sem sal etc., são puramente condimentos químicos com aditivos para conferir sabor e possuem na sua composição maltodextrina e açúcar.

A maltodextrina é um açúcar com nome diferente, e para diabéticos, consumir alimentos com esse item, em pequenas porções ao longo do dia e em diferentes momentos, sem saber que está comendo açúcar, é um perigo. Além dos açúcares, esses alimentos contêm conservantes, corantes e aromatizantes, que conferem aquele "cheirinho de comida boa".

Esses condimentos prontos, usados uma vez ao mês, por assim dizer, não seria o problema, certo? O grande ponto é que muitas famílias usam todos os dias, em todo preparo de feijão, de arroz, mesmo quando há a busca pelo arroz integral, também usam em carnes, sopas e todo preparo quente que há em seus almoços e jantares. Ou seja, o consumo é alto e frequente.

São itens mascarados que estão associados a inflamações, alergias, descompensação da glicemia e pressão arterial. E lembrando: esse é o mesmo tipo de condimento que está no saquinho do seu macarrão instantâneo!

Peito de peru (está no grupo: presunto, mortadela, salsicha, salame, salame fatiado, salamito, linguiça)

As carnes embutidas, preste atenção, embutidos e não carnes in natura, são também alimentos ricos nos mesmos condimentos citados anteriormente, porém pior, pois contêm também alto teor de nitritos e nitratos. Essas substâncias são potencialmente cancerígenas e se acumulam no nosso organismo, sendo convertidas em outros componentes que causam inflamação, alergias e infecções de recorrência, pela alta exposição aos agentes inflamatórios que deixam nosso sistema imunológico enfraquecido.

Possuem também a cara de bonzinhos, e por isso coloquei o peito de peru como o nome primário do grupo, pois se disfarça de carne magra, mas possui um alto teor de gordura saturada, nitritos, nitratos, corantes e muitos aditivos químicos. Fora que o teor de maltodextrina e amido também está bastante presente, servindo para dar volume ao produto, além de sabor, consistência e emulsão.

Margarina

Tudo bem que com o passar do tempo a margarina foi passando por uma transformação. Foi-se adicionando na receita ômega 3 e tentando mascarar o produto com cara de mais saudável. Mas o produto em si não convence.

A margarina é o resultado de um processo altamente industrializado, sendo assim, um alimento ultraprocessado. Ela é uma mistura de óleos vegetais que passam pelo processo de hidrogenação, com adição de líquidos hidrogenados, e isso resulta em uma solidificação e estabilização da gordura. Basicamente, o que se obtém desse processo é gordura hidrogenada pura, somada à gordura saturada, e a gordura hidrogenada é o que conhecemos como gordura trans.

A gordura trans não tem limite seguro de consumo diário, não se estabeleceu segurança no consumo para crianças, e já se sabe, pela literatura, que gordura trans é um dos maiores causadores de alterações metabólicas, associação com distúrbios metabólicos e hormonais, maior risco de câncer, doenças cardiovasculares, dislipidemias, infarto e outras condições. O seu alto consumo é diretamente relacionado a doenças crônicas não transmissíveis e, sim, o fato de você consumir diariamente pode comprometer todo o restante dos seus hábitos, mesmo que saudáveis —suas células e o seu organismo ainda assim receberão uma dosagem contínua de gordura trans diariamente.

O seu consumo realmente deve ser evitado. E, claro, somado a isso, sabemos que geralmente o consumo da margarina vem acompanhado de pães, embutidos como os citados no tópico acima, e também é um produto com sódio adicionado, além de conservantes e corante, muitas vezes corante sintético, para que possa se assemelhar ao tom, sabor e aroma da manteiga.

Fique de olho na redução do consumo desses itens. Se tem algum (ou alguns) em casa, opte sempre por opções mais saudáveis, menos industrializadas, e vá limpando sua rotina, adicionando mais fibras, mais frutas, mais vegetais, para garantir que o seu paladar se acostume com o sabor do alimento como deve ser, em receitas limpas, sem aditivos que mascaram o sabor do alimento in natura.

Adblock test (Why?)


Taise Spolti - 3 alimentos que você tem em casa, mas não devia, porque fazem mal à saúde - VivaBem
Read More

Casos de varíola do macaco sinalizam que a doença pode ser sistêmica - Correio Braziliense

Correio Braziliense

postado em 29/07/2022 06:00

 (crédito: SAM PANTHAKY)

(crédito: SAM PANTHAKY)

Cada vez mais presente fora do continente africano, a varíola do macaco — considerada, desde o último sábado, uma emergência de saúde pública internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS) — tem apresentado características que justificam a preocupação das autoridades. Estudos indicam, cada vez mais, que pessoas que, recentemente, se infectaram fora da África apresentam sintomas distintos (Leia Para saber mais) dos esperados. Agora, uma pesquisa divulgada na última edição do The British Medical Journal (The BMJ) sinaliza que há fortes indícios de que a doença pode ser considerada sistêmica — quando compromete diferentes partes do corpo humano, como a covid-19.

Para chegar à conclusão, cientistas do Guys and St Thomas NHS Foundation Trust, no Reino Unido — onde o primeiro caso da atual crise foi detectado, em maio — analisaram 197 casos confirmados de varíola dos macaco em um centro de doenças infecciosas em Londres, entre maio e julho de 2022. A maioria dos pacientes, 86%, relatou sintomas que condizem com uma doença sistêmica. As complicações mais comuns foram febre (62%), linfonodos inchados — as populares ínguas — (58%), dor retal (36%) e dores musculares (32%). Também houve relatos de dor de garganta (16%), edema peniano (15%), lesões orais (13%), lesões solitárias (11%) e inchaço das amígdalas (4%).

Todos os pacientes apresentavam lesões na pele ou nas membranas das mucosas, mais comumente nos genitais ou na região perianal. E, em contraste com relatos recentes que indicam que os sintomas sistêmicos precedem as lesões cutâneas, nessa amostra britânica, 38% dos pacientes desenvolveram sintomas sistêmicos após o início das lesões mucocutâneas. Além disso, 14 apresentaram lesões sem as características sistêmicas.

Também chamou a atenção da equipe britânica a ocorrência de novos sintomas ligados à varíola do macaco. São eles: dor retal, inchaço peniano (edema), lesões solitárias e amígdalas inchadas. Há nesses casos, avaliam os pesquisadores, o risco de essas manifestações serem confundidas com as de outras doenças, dificultando o diagnóstico precoce. Para os autores, os resultados sugerem "um novo curso clínico para a doença (...) que deve ser incluído nas mensagens de saúde pública, com o objetivo de ajudar precocemente no diagnóstico e reduzir a transmissão".

Saiba Mais

Perfil

Os 197 participantes do estudo eram homens (idade média de 38 anos), sendo que 196 se identificaram como gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens. Pouco mais de um terço (36%) dos pacientes também tinha infecção por HIV e 32% testaram positivo para outras infecções sexualmente transmissíveis.

Apenas um participante havia viajado recentemente para uma região endêmica, e 25% haviam tido contato com alguém sabidamente infectado. Na avaliação dos autores, esses resultados "confirmam a continuidade sem precedentes da transmissão comunitária do vírus da varíola dos macaco entre gays, bissexuais e homens que fazem sexo com homens vistos no Reino Unido e em muitos outros países não endêmicos".

Hospitalizações

Desde o começo de maio, mais de 18 mil casos da varíola do macaco foram detectados em 78 países. Segundo a OMS, 70% deles estão na Europa e 25%, na América. A agência estima que 10% dos infectados precisam de internação hospitalar para controlar a dor causada pela doença. A previsão é a mesma constatada no trabalho que acaba de ser divulgado por cientistas britânicos. Dos 197 infectados, 10% foram hospitalizados para o tratamento principalmente de dor retal e inchaço peniano. Nenhuma morte foi registrada, mas algumas pessoas necessitaram de cuidados hospitalares intensivos.

"Aqueles com infecção confirmada por varíola de macaco com lesão extensa no pênis ou dor retal intensa devem ser considerados para um acompanhamento contínuo ou para o gerenciamento durante a internação", defendem os autores do estudo. O grupo também alerta que, apesar de os casos atuais se concentrarem em um perfil específico de pessoas, não se pode descartar a possibilidade de diversificação de pacientes. "O crescimento contínuo desse surto significa que a disseminação para populações vulneráveis é possível, incluindo indivíduos imunocomprometidos e crianças, e as implicações disso ainda não são compreendidas", justificam.

Análise ampla

Considerado a maior série de estudos sobre pacientes com varíola do macaco até o momento, um trabalho divulgado, na semana passada, no New England Journal of Medicine, mostrou que a maioria dos pacientes com a doença apresenta lesões genitais únicas e feridas na boca ou no ânus, sintomas não reconhecidos nas definições médicas atuais da doença.

Segundo os autores — cientistas de 16 países — , as manifestações da doença são semelhantes às de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e podem facilmente levar a erros de diagnóstico. "Esses sintomas específicos podem ser graves e levar a internações. Por isso, é importante fazer um diagnóstico. Expandir a definição de caso ajudará os médicos a reconhecerem mais facilmente a infecção e, assim, evitar que as pessoas a transmitam", afirmou, em nota, Chloe Orkin, professora de medicina do HIV na Queen Mary University of London e integrante do grupo.

O trabalho tem como base a análise de 528 infecções confirmadas em 43 locais, entre 27 de abril e 24 de junho deste ano. Dos pacientes, 98% eram homens gays e bissexuais. No artigo, os pesquisadores alertam, ainda, que o vírus da varíola do macaco pode ser transmitido por qualquer contato físico próximo, por grandes gotículas respiratórias e, potencialmente, por roupas e outras superfícies.

 

Adblock test (Why?)


Casos de varíola do macaco sinalizam que a doença pode ser sistêmica - Correio Braziliense
Read More

Estes são os conselhos de saúde da sua avó recomendados por médicos - Edital Concursos Brasil

Quem nunca recorreu à sabedoria dos mais velhos para descobrir a solução de alguma situação? Quando estamos com algum problema que afeta a saúde, perguntar para mãe ou avó qual a sugestão pode ser a melhor alternativa, pois quase sempre nos recomendaram algum tratamento ou orientação baseada em seus conhecimentos e experiências de vida.

Veja também: A verdade sobre o chá matador do diabetes: tem mesmo poder de cura?

Remédios caseiros, então, parecem possuir um manual farmacêutico, cheio de receitas, por incrível que pareça, muitas delas, sem comprovação científica, mas funcionam.



Conselhos de saúde da sua avó que funcionam e você pode acreditar

Chá de boldo ajuda na digestão

O boldo é uma erva comprovadamente benéfica para melhorar a digestão. Caracterizada pelo forte sabor amargo, mas eficaz para tratar problemas de má digestão.

De acordo com médicos, o chá de boldo funciona como diurético, reduzindo a acidez gástrica, indicado para quem tem esteatose hepática (gordura no fígado).

Batata crua para amenizar azia

Se sua avó recomendava comer batata crua para aliviar a azia, saiba que ela tinha razão, pois funciona mesmo. A batata também diminui dores no estômago, além de aliviar enxaquecas. Para o neurologista Paulo Nakano Frisa, a batata crua gelada pode ser usada sem contra indicações.

Vale destacar que além da batata, podemos contar com outros alimentos que possuem propriedades medicinais para reduzir o PH gástrico, como a maçã, banana e melão.

Usar açúcar para curar feridas

Pode parecer loucura, mas se a sua avó recomendou usar açúcar para acelerar a cicatrização de machucados, saiba que ela sabia o que estava falando. 

A dermatologista Ana Célia Xavier, que trabalha no Hospital São Camilo, em São Paulo, afirma que usar esse elemento pode produzir um efeito benéfico em machucados. Pois o açúcar, principalmente o cristal, ajuda a absorver a umidade e reduzir a proliferação de bactérias.   

Tomar chá de casca de cebola para resfriados

O chá feito a partir das cascas de cebola e alho são eficazes para diminuir os efeitos de gripes e resfriados. Fica fácil de entender, pois nas cascas estão presentes muitas propriedades nutricionais deste alimento.

Ou seja, tomando chá de cascas de cebola se beneficiará dos seus efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, além de suas propriedades analgésicas, antivirais, vasodilatadoras e suas vitaminas e minerais.

Tomar canja de galinha

É um ótimo fortificante do corpo, principalmente após se recuperar de processos infecciosos. Quando o frango é cozido há a liberação de uma substância que estimula a expectoração de líquidos nos pulmões.

Adblock test (Why?)


Estes são os conselhos de saúde da sua avó recomendados por médicos - Edital Concursos Brasil
Read More

Abrasco chama a sociedade para ajudar a fortalecer o SUS: 'Sem o SUS, não há saúde para todos'; abaixo-assinado - VIOMUNDO

Por Conceição Lemes

Saúde é um direito universal.

No Brasil, ele é constitucional.

Está no artigo 196 da Constituição Federal:

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

No nosso a dia a dia, cabe ao Sistema Único de Saúde (SUS) tornar realidade esse direito, cada vez mais ameaçado.

Vivemos tempos tenebrosos. Terra arrasada geral.

Daqui a 64 dias teremos uma das eleições mais difíceis e preocupantes da nossa história.

Serão cruciais para o futuro do Brasil, da saúde do povo brasileiro e do SUS.

Diante disso, Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) lançou na quinta-feira, 28-07, a campanha Fortalecer o SUS.

“Mais do que defender o SUS, queremos fortalecê-lo”, destaca Rosana Onocko-Campos, presidenta da Associação.

A campanha visa à sociedade em geral e não apenas aos pesquisadores, gestores e trabalhadores da área.

”É uma tentativa de envolver a sociedade civil como um todo e mostrar que o SUS é um patrimônio da nação brasileira e deve se tornar uma política de Estado”, expõe Onocko-Campos.

O objetivo é colocar a defesa e a melhoria do SUS como pauta prioritária nas eleições de outubro.

Para isso, a Abrasco fez um manifesto que virou um abaixo-assinado.

Eu, Conceição Lemes, já assinei. Apoie-o você também.

Seguem a petição (os negritos são do documento original) e o link para assinar.

Sem o SUS, não há saúde para todos. Assine nossa petição e ajude a fortalecer o SUS.

Nós, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco, tomamos a iniciativa de promover uma campanha em defesa e pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde – SUS.

Somos milhares de pesquisadores, professores universitários, profissionais de saúde que atuam no SUS e estudantes comprometidos com a garantia do direito à Saúde para toda a população do nosso país.

Os últimos dois anos demonstraram que um sistema de saúde não deve ser direcionado apenas à parte mais vulnerável da população. Na pandemia, todos fomos cuidados e acolhidos pelo SUS.

Com a campanha de vacinação, estima-se que em 2021 foram evitadas 219 mil mortes. Outras tantas vidas foram salvas por profissionais de saúde em hospitais do SUS. Porém, o SUS é muito mais que isso e não se limita ao enfrentamento da pandemia.

Para além do desafio da pandemia, o SUS vem protegendo e cuidando da saúde dos brasileiros ao longo dos anos em situações de crise, emergências e epidemias, mas também no cotidiano de adoecimentos e agravos em saúde.

O SUS nasceu para fazer o direito à Saúde ser uma realidade em todo o país e para todos, mas sem deixar de compreender que as pessoas são diversas e, portanto, possuem necessidades distintas.

Ele é assim porque foi uma conquista da sociedade brasileira, fruto da mobilização de milhares de pessoas antes e durante a Assembleia Nacional Constituinte, em 1988. Nenhum governo nos deu o SUS de presente.

Porém, nos últimos 30 anos, o dinheiro investido pelo Governo Federal em Saúde tem sido insuficiente para cobrir todas as despesas do sistema.

Esta realidade foi agravada com a aprovação da Emenda Constitucional 95, que impôs um teto de gastos e congelou por 20 anos o piso federal do SUS nos valores de 2017. Se o cenário fosse outro, certamente, o SUS faria ainda mais e melhor.

Mesmo sendo crucial para as nossas vidas, o SUS não costuma ter a devida importância nos planos de candidatos à Presidência da República, aos governos estaduais, ao Senado e à Câmara dos Deputados.

Enquanto isso, avançam projetos que buscam desmontar o sistema. Caso isso aconteça, estarão diretamente ameaçadas a vida e a saúde de mais de 80% da população brasileira. É por isso que afirmamos: Sem o SUS, não há saúde para todos.

Devemos defender e proteger o SUS de quem quer o seu desmonte, mas precisamos ir além.

Para fortalecer o sistema, precisamos que os governos aumentem o investimento em Saúde. Tanto a defesa do SUS quanto o seu fortalecimento dependem da eleição de presidente, governadores, senadores e deputados que tenham esse compromisso.

Desejamos que a Saúde deixe de ser um privilégio, mas seja, de fato, um direito de qualquer brasileira e brasileiro. Para isso, contamos com você para garantir e ampliar esta conquista! Apenas com a mobilização de muitos poderemos fazer a nossa voz ser ouvida.

Queremos um futuro com Saúde e exigimos que candidatos à Presidência da República, aos governos estaduais, ao Congresso Nacional e às Assembleias Legislativas apoiem oito propostas que visam fortalecer o Sistema Único de Saúde.

SEM O SUS, NÃO HÁ SAÚDE PARA TODOS!

8 propostas defendidas pela Abrasco no documento “Fortalecer o SUS, em Defesa da Democracia e da Vida”:

1-Assegurar o financiamento regular e adequado ao atendimento das necessidades de Saúde.

2-Adequar o modelo de atenção do SUS às necessidades de Saúde.

3-Fortalecer e consolidar o caráter público do SUS.

4-Ampliar a integração política, organizacional e operativa no SUS.

5-Aprimorar a gestão do SUS de maneira democrática e participativa.

6-Garantir a ocupação de cargos de gestão do SUS com base técnica.

7-Implantar política de pessoal integrada para o SUS​.

8-Sustentar sólida política de ciência, tecnologia e inovação em Saúde.

Para assinar a petição, clique aqui.

Adblock test (Why?)


Abrasco chama a sociedade para ajudar a fortalecer o SUS: 'Sem o SUS, não há saúde para todos'; abaixo-assinado - VIOMUNDO
Read More

Confira o cronograma de vacinação contra a Covid e gripe para a primeira semana de agosto em Palmas - Globo

Vacinação ocorre nas 34 unidades de saúde da capital — Foto: Raiza Milhomem/Secom Palmas

Vacinação ocorre nas 34 unidades de saúde da capital — Foto: Raiza Milhomem/Secom Palmas

As 34 Unidades de Saúde da Família (USF) de Palmas continuam disponibilizando a vacinação contra a Covid-19 e Influenza (gripe) nesta segunda-feira (1). As doses são aplicadas nos períodos da manhã e tarde, e as unidades são divididas para imunização das faixas etárias.

Atualmente, podem se vacinar contra a Covid-19 crianças de 3 a 11 anos até a segunda dose. Pessoas de 12 a 39 anos estão liberadas para receberem até a terceira dose, ou primeiro reforço. A quarta dose está sendo aplicada em quem tem 40 anos ou mais. A imunização contra a influenza pode ser aplicada ao público acima de seis meses de idade.

Para receber a dose contra as doenças, a população precisa apresentar documentos pessoais, cartão de vacina e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) em uma das salas de vacinação.

Confira o cronograma para a Covid-19

Crianças de 3 a 11 anos

Manhã - 8h às 12h

  • USF 405 norte (Arno 42)
  • USF 1.004 sul (Arse 101)
  • USF Novo Horizonte
  • USF Walterly Wagner (Taquaruçu Grande) - na quarta-feira
  • USF Mariazinha (Buritirana) - na quinta-feira
  • USF Walter Morato (Taquaruçu ) - na quinta-feira

Tarde - 13h às 17h

  • USF 409 norte (Arno 44)
  • USF 403 sul (Arso 41)
  • USF José Hermes
  • USF Taquari - apenas na sexta-feira

População acima de 12 anos

Manhã - 8h às 12h

  • Coronavac (1ª dose e 2ª dose e 3ª dose), Astrazeneca (2ª, 3ª e 4ª dose)
  • USF 108 sul (Arse 13)
  • USF 207 sul (Arso 23)
  • USF 403 Norte (Arno 41)
  • USF 1.206 Sul (Arse 122)
  • USF José Lúcio

Tarde - 13h às 17h

  • Coronavac (1ª dose e 2ª dose e 3ª dose), Astrazeneca (2ª, 3ª e 4ª dose)
  • USF 210 sul (Arse 24)
  • USF 806 sul (Arse 82)
  • USF 712 Sul (ARS-SE 75)
  • USF 1.103 sul (Arso 111)
  • USF Alto Bonito
  • USF Aureny II
  • USF Morada do Sol
  • USF Santa Bárbara
  • Coronavac (1ª 2ª e 3ª dose), Astrazeneca (2ª, 3ª e 4ª dose)
  • USF Laurides Milhomem
  • USF 603 Norte (Arno 71)
  • USF Bela Vista
  • Coronavac, conforme orientações abaixo:
  • USF Taquari
  • Astrazeneca (2ª, 3ª e 4ª dose)
  • Coronavac: 1ª e 2ª e 3ª dose
  • Pfizer 2ª dose
  • USF Arno 41 (403 Norte) - manhã
  • USF Arse 13 (108 Sul) - manhã
  • USF Santa Bárbara - tarde
  • USF Taquari - Tarde

Programação para Influenza (gripe)

Das 8h às 17h

  • USF Arso 23 (207 Sul)
  • USF Arno 41 (403 Norte)
  • USF Arne 53 (406 Norte)
  • USF Arne 64 (508 Norte)
  • USF Arno 71 (603 Norte)
  • USF Arse 24 (210 Sul)
  • USF ASR-SE 75 (712 Sul)
  • USF Arse 82 (806 Sul)
  • USF Arse 13 (108 Sul)
  • USF Arso 111 (1.103 Sul)
  • USF Arse 122 (1.206 Sul)
  • USF Arse 131 (1.304 Sul)
  • USF José Lúcio
  • USF Laurides Milhomem
  • USF Alto Bonito
  • USF Bela Vista
  • USF Eugênio Pinheiro
  • USF Liberdade
  • USF Morada do Sol
  • USF Santa Bárbara
  • USF Santa Fé
  • USF Aureny II
  • USF Taquari
  • USF Mariazinha (Buritirana)
  • USF Walter Morato (Taquaruçu)
  • USF Walterly Wagner (Taquaruçu Grande) - Apenas quinta-feira

8 às 12 horas

  • USF Arno 44 (409 Norte)
  • USF Arso 41 (403 Sul)
  • USF José Hermes

13 às 17 horas

  • USF Arno 33 (307 Norte)
  • USF Arno 42 (405 Norte)
  • USF Arse 101 (1.004 Sul)
  • USF Novo Horizonte

Adblock test (Why?)


Confira o cronograma de vacinação contra a Covid e gripe para a primeira semana de agosto em Palmas - Globo
Read More

Saturday, July 30, 2022

'Fumar de castigo': a receita simples de médica brasileira que leva mais gente a largar o cigarro - Globo.com

Um total de 443 brasileiros morrem todos os dias por causa do tabagismo — Foto: Getty Images via BBC

Um total de 443 brasileiros morrem todos os dias por causa do tabagismo — Foto: Getty Images via BBC

Quer parar de fumar? Não precisa abandonar esse hábito de uma hora para a outra. Porém, toda vez que acender um cigarro, faça isso de pé, num local isolado, sem ninguém por perto, e fume olhando para uma parede lisa.

Essa é uma das principais orientações que a cardiologista Jaqueline Scholz dá aos fumantes que chegam até o consultório e desejam largar o vício.

A médica é professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e dirige o Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (InCor), também na capital paulista, um dos principais e mais bem sucedidos ambulatórios de suporte aos fumantes no Brasil.

Scholz relata que a ideia de criar a técnica, batizada de "fumar de castigo", nasceu em 2015, durante uma conversa com um paciente.

"Ele olhou para minha cara e disse: 'Doutora, a senhora me fez gastar um dinheiro com remédios e disse que eu perderia o prazer de fumar, mas isso não aconteceu'", lembra.

"Foi aí que tive a ideia: eu levantei da minha cadeira, olhei para o lado e respondi: 'Quero ver você ter prazer ao fumar de pé, olhando só para uma parede'."

A receita simples foi tema de um artigo científico publicado no ano passado, que a especialista escreveu em parceria com colegas da USP e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), além de uma representante do Departamento de Cardiologia Preventiva do Hospital Universitário de Oslo, na Noruega.

O trabalho comparou um grupo de pacientes que passou pelo tratamento padrão do tabagismo (remédios e aconselhamento no consultório) e outro que, além das terapias convencionais, também foi orientado a fumar de castigo.

Os resultados mostram que, passados doze meses desde o início do acompanhamento, 34% dos participantes do primeiro grupo (tratamento padrão) tinham abandonado completamente o cigarro. Já entre aqueles que no início do processo adotaram a intervenção extra (fumar de castigo), esse número ficou em 65% — um incremento de 31 pontos percentuais na taxa de sucesso.

Mas por que a técnica estaria funcionando? E como ela pode complementar os demais recursos terapêuticos já disponíveis, como os remédios e o aconselhamento, para ajudar as pessoas que querem largar o cigarro?

Como aplacar o prazer

Scholz aponta que o tratamento convencional do tabagismo tem como carro-chefe um medicamento chamado vareniclina.

Em linhas gerais, esse remédio se liga a receptores de nicotina localizados nas células do cérebro. Com isso, ele consegue reduzir aquela sensação de abstinência que a pessoa sente quando deixa de fumar.

A nicotina, não custa lembrar, é uma das principais substâncias encontradas no tabaco. Ela está relacionada a sensações de prazer e bem-estar, mas causa uma dependência muito forte (daí o vício no cigarro ser algo tão complicado de abandonar).

As folhas de tabaco trazem nicotina, uma substância que promove dependência — Foto: Getty Images via BBC

As folhas de tabaco trazem nicotina, uma substância que promove dependência — Foto: Getty Images via BBC

Ao se ligar nos tais receptores de nicotina do cérebro, a vareniclina também reduz aquela sensação de recompensa que o cigarro traz. O resultado disso é que o prazer do ato de fumar diminui ou eventualmente até desaparece.

Nos pacientes que não respondem tão bem à vareniclina, é possível associar outros recursos farmacêuticos, como antidepressivos e adesivos de nicotina.

Junto com as medicações, o tratamento do tabagismo também inclui o acompanhamento médico, sessões de aconselhamento e aquelas orientações básicas sobre quando e como largar o cigarro.

Limitações e oportunidades

Apesar de essa linha de tratamentos consagrados funcionar bem para uma parcela dos pacientes, não podemos ignorar o fato de que uma parte daqueles que querem abandonar o vício não responde bem.

Mesmo com todas as mudanças em receptores cerebrais e nos comportamentos, o cigarro ainda acaba sendo uma fonte importante de prazer para eles.

"Nós sabemos que o prazer de fumar tem uma associação com as memórias hedônicas [relacionadas ao prazer], e não há remédios que atuam nesses aspectos", aponta Scholz.

"Para eles, o cigarro representa a repetição de uma experiência prazerosa e agradável, mesmo que os receptores de nicotina estejam bloqueados", complementa.

Em outras palavras, o tabagismo continua vinculado a uma série de outras coisas boas na vida daquele indivíduo — como a pausa do trabalho, a conversa com os amigos, o café, os momentos antes ou depois das refeições…

E é justamente aí que entra a ideia do fumar de castigo: ao consumir o cigarro em pé, sem ninguém por perto e olhando para uma parede, a pessoa perde todos os estímulos prazerosos que estavam vinculados ao hábito de acender e tragar as substâncias da queima do tabaco.

Isso, junto com os remédios e o acompanhamento, pode diminuir mais um pouco os prazeres relacionados ao tabagismo.

Resultados promissores

Para avaliar a técnica do fumar de castigo, Scholz reuniu uma equipe de profissionais de saúde e analisou os dados de pacientes que passaram pelo ambulatório entre 2011 e 2018.

O primeiro grupo, composto de 324 fumantes, receberam o tratamento padrão que, além dos medicamentos, incluía a estratégia de definir uma data em que o cigarro seria abandonado por completo.

O segundo, que reuniu 281 pacientes, tomou vareniclina e os demais fármacos, mas não foi orientado a largar o vício repentinamente: eles poderiam fumar quanto quisessem, desde que respeitassem aquelas regras básicas da técnica (ficar de pé, isolado, olhando para uma parede…).

Ao final de três meses, 45% dos participantes do grupo 1 tinham parado de fumar, ante 75% do grupo 2.

Passado quase um ano após o início do acompanhamento, essa taxa estava em 34% e 65%, respectivamente.

Um outro estudo conduzido pelo grupo, que ainda não foi publicado, também mostrou que a técnica ajudaria a reduzir o número de cigarros que a pessoa consome por dia.

Embora essas investigações mostrem que a técnica é promissora, para comprovar a eficácia dela é preciso submetê-la ainda a pesquisas mais rigorosas, como os testes randomizados e controlados.

"Quando eu falo de fumar de castigo, muitos pacientes param e pensam: 'Puxa, não é que isso faz sentido?", relata Scholz.

"De certa maneira, a gente dá autonomia para o paciente e não determina que ele está proibido de fumar, o que pode representar quase uma sentença de morte para alguns", acredita.

Foto mostra mulher fumando cigarro eletrônico em Nova York em setembro de 2018. — Foto: Brendan McDermid/Reuters

Foto mostra mulher fumando cigarro eletrônico em Nova York em setembro de 2018. — Foto: Brendan McDermid/Reuters

Por fim, a médica ressalta que muitas pessoas nem sabem que o tabagismo é uma doença crônica e tem um protocolo de tratamento cientificamente validado.

"Muitos pensam que largar o cigarro só envolve força de vontade, e não é bem assim", esclarece.

"Claro que a motivação é importante, mas temos outros recursos."

"E a pessoa não precisa esperar que o cigarro cause um problema de saúde para buscar ajuda", conclui a cardiologista.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que o tabaco causa mais de 8 milhões de mortes todos os anos.

O uso dessa substância contribui para o desenvolvimento de mais de 15 tipos de câncer diferentes, além de estar relacionado com infarto, acidente vascular cerebral (AVC), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), tuberculose, infecções respiratórias, úlceras no estômago e no intestino, impotência sexual, infertilidade e catarata.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 443 brasileiros morram todos os dias por causa do tabagismo. Por ano, 161 mil mortes relacionadas ao cigarro poderiam ser evitadas no país.

A BAT Brasil afirmou em nota que "a Anvisa, ao manter o tema na Agenda Regulatória, continuará avaliando as evidências científicas que substanciaram a decisão de cerca de 80 países que já regulamentaram esses produtos. Além disso, a diretoria da Anvisa externou sua grande preocupação com o mercado ilegal dos cigarros eletrônicos no Brasil, que segue crescendo, abastecido por produtos contrabandeados e sem qualquer controle sanitário."

A empresa diz ainda que "uma regulamentação adequada garantiria a milhões de consumidores adultos de cigarros eletrônicos no Brasil o acesso ao produto legal, com composição e procedência conhecidos, parâmetros de qualidade, fiscalização e monitoramento sanitário."

Este texto foi originalmente publicado em: https://ift.tt/K0Zow3Y

Gerações dos cigarros eletrônicos — Foto: Kayan Albertin/g1

Gerações dos cigarros eletrônicos — Foto: Kayan Albertin/g1

Adblock test (Why?)


'Fumar de castigo': a receita simples de médica brasileira que leva mais gente a largar o cigarro - Globo.com
Read More

Varíola dos macacos: primeira morte no Brasil é motivo para preocupação? - VivaBem

O Brasil registrou a primeira morte pelo vírus monkeypox, causador da varíola dos macacos, informou o Ministério da Saúde nesta sexta-feira (29). Até dia 22 de julho, cinco pessoas morreram pela doença em todo o mundo durante o surto atual, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgados ontem. Dessas, três ocorreram na Nigéria e duas na República Centro-Africana.

A entidade ainda não se manifestou sobre a vítima no Brasil, que seria a primeira fora do continente africano.

A morte foi registrada na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. O paciente era um homem de 41 anos, com imunidade baixa e comorbidades, incluindo câncer (linfoma), que o levaram ao agravamento do quadro, segundo uma nota enviada à imprensa. Ele ficou hospitalizado em hospital público em Belo Horizonte, sendo depois direcionado ao CTI. A causa da morte foi choque séptico, agravada pelo monkeypox.

O principal sintoma da varíola dos macacos é o surgimento de bolhas, feridas, irritações ou espinhas na pele, especialmente na região dos genitais, do ânus, dos braços e da face. Segundo a OMS, a doença é geralmente autolimitada (isto é, que se resolve espontaneamente), com sintomas que duram de 2 a 4 semanas.

No entanto, casos graves podem ocorrer, especialmente entre crianças e pessoas com baixa imunidade, informa o órgão. Os quadros mais sérios estão relacionados à extensão da exposição ao vírus, à natureza das complicações e ao estado de saúde do paciente.

As complicações mais graves podem incluir infecções secundárias, broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea com consequente perda de visão, segundo o órgão internacional.

A OMS informa que a taxa de letalidade da monkeypox variou historicamente de 0% a 11% na população em geral e tem sido maior entre crianças pequenas. Nos últimos tempos, a taxa de mortalidade de casos foi de cerca de 3% a 6%.

Sinal de alerta

Para Clarissa Damaso, virologista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a primeira morte pela varíola dos macacos no Brasil reforça que é preciso ter uma ação coordenada no mundo para impedir a propagação da doença, como orientou o estado de emergência internacional decretado pela OMS no último sábado (23).

"Essa morte é motivo de preocupação, mas só intensifica uma preocupação que já se vem tendo com o aumento no número de casos", avalia a chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Vírus e integrante do grupo de trabalho para enfrentamento da varíola dos macacos organizado na instituição.

Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), afirma que o óbito também é um exemplo de como o vírus pode desencadear complicações graves em grupos mais vulneráveis da população.

"Quando a doença encontra pessoas imunossuprimidas, como pacientes com HIV, transplantadas, em tratamento de quimioterapia, a monkeypox pode ser fatal", alerta Barbosa, que também é professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista).

"Essa primeira morte reforça que é perigoso relativizar a monkeypox. Não é uma doença que afeta somente a Europa. O Brasil tem um número expressivo de casos de infecção, e isso é apenas a ponta do iceberg", afirma o infectologista.

De acordo com dados do portal Our World In Data, há mais de 18 mil casos confirmados de monkeypox no mundo, espalhados em 78 países.

No Brasil, o boletim mais recente do Ministério da Saúde contabilizou 1.066 infecções. A maioria das confirmações está em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Barbosa considera que o enfrentamento da doença precisa ser "mais assertivo" no país, com alertas à população, treinamento dos profissionais de saúde e vacinação do público-alvo.

O Ministério da Saúde está tratando a doença como surto, que acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. É o primeiro estágio da evolução de contágio, antes de epidemia e pandemia.

Na quinta-feira (28), a pasta informou que irá montar um grupo para coordenar a resposta, com a participação de várias instituições de saúde, como o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a Opas, braço da OMS nas Américas.

Ainda não há vacina disponível contra a doença no país, mas o ministério diz estar negociando a compra de imunizantes usados para combater a varíola humana —erradicada desde 1980, segundo a OMS— para trabalhadores de saúde e pessoas em constante contato com esse público.

Formas de transmissão

A principal forma de transmissão do vírus monkeypox é o contato próximo com as lesões que a condição causa na pele. Isso porque o líquido dentro das bolhas causadas pela doença, bem como a crosta das feridas, contêm o patógeno e, por isso, são altamente infecciosos.

O risco de transmissão de pessoa para pessoa por contato próximo com essas lesões aumenta quanto mais duradoura e intensa for a interação, como durante o sexo. Um estudo publicado na semana passada no New England Journal of Medicine, que avaliou 528 pacientes de 16 países, identificou que 95% das infecções ocorreram por meio da atividade sexual.

A infecção também ocorre por contato com secreções respiratórias, ou seja, saliva. Segundo a OMS, geralmente é preciso ter contato face a face por tempo prolongado, como no beijo na boca.

O contato com objetos recém-contaminados é outra possível via de transmissão da varíola dos macacos: lençóis, roupas e toalhas, por exemplo. Animais infectados também podem transmitir a doença, mas até o momento não há nenhuma evidência de que o vírus tenha encontrado um reservatório animal fora da África.

Segundo a OMS, a transmissão também pode ocorrer através da placenta da mãe para o feto (o que pode levar à varíola congênita) ou durante o contato próximo durante e após o nascimento.

Como evitar o contágio

Além de evitar o contato com pessoas infectadas, no âmbito individual também é preciso ficar atento à presença dos sintomas da doença e procurar atendimento médico o quanto antes para receber o diagnóstico e impedir a cadeia de transmissão do vírus.

A OMS aconselha a redução de parceiros sexuais a gays e bissexuais como prevenção à doença. Isso porque a maioria dos casos da varíola dos macacos até o momento foi identificada na comunidade de gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (HSH, na sigla em inglês), mas a tendência é que o vírus infecte cada vez mais pessoas que não se encaixam nesse perfil inicial.

O órgão acrescenta que qualquer pessoa pode contrair ou transmitir a monkeypox, independentemente de sua sexualidade, e que "estigmatizar as pessoas por causa de uma doença nunca é okay".

Em nota à imprensa, a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) e a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) também recomendam que toda pessoa que apresente quadro clínico suspeito deve manter isolamento e evitar compartilhamento de objetos de uso pessoal até exclusão do diagnóstico ou completo desaparecimento das lesões.

Indivíduos que tiveram contato com pessoas infectadas também devem permanecer em alerta e vigilância próxima, tanto para que tenham assistência, em caso de doença, quanto para evitar a onda de transmissão.

"A epidemia atual não se correlaciona com a transmissão de animais para humanos. Assim sendo, não se justifica nenhum tipo de atitude e, muito menos, crueldade em relação aos animais, incluindo os macacos", diz o comunicado.

Adblock test (Why?)


Varíola dos macacos: primeira morte no Brasil é motivo para preocupação? - VivaBem
Read More

Gastos com internações por insuficiência cardíaca chegam a R$ 1,4 bi - Empresa Brasil de Comunicação

A insuficiência cardíaca provocou um gasto de R$ 1,4 bilhão em hospitalizações, provocando a morte de 77.290 pessoas, no período de 2018 a 2021. Os dados fazem parte do estudo Dimensionando os impactos da insuficiência cardíaca no ambiente ocupacional brasileiro, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro e pelo Serviço Social da Indústria (Firjan Sesi).

A análise sobre a enfermidade se baseou em registros do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), entre 2018 e 2021, enquanto os indicadores previdenciários da ocorrência da enfermidade sobre o trabalhador e a população brasileira se basearam em 35,9 milhões de entradas no sistema de dados da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), entre 2008 e 2021. O impacto da insuficiência cardíaca na atividade laboral foi levantado por especialistas do Centro de Inovação Sesi em Saúde Ocupacional, da Firjan Sesi.

Segundo o pesquisador Leon Nascimento, do Centro de Inovação Sesi em Saúde Ocupacional, é difícil mensurar os impactos de uma doença observando apenas os aspectos clínicos. “Quando a gente coloca em consideração os aspectos financeiros, consegue ter uma dimensão melhor do quanto essa doença está impactando a sociedade como um todo. Porque esse impacto é não só sobre o que se está dispendendo financeiramente por conta de uma doença que é crônica e tratável, dentro do contexto socioeconômico possível, mas também a gente está tirando pessoas do ambiente de trabalho que poderiam estar contribuindo com suas famílias e comunidades e, por conta da doença, estão se afastando”.

Em relação à rede de saúde, foram percebidas iniciativas boas para a agregação dessas pessoas e acompanhamento a longo prazo, Entretanto, notou-se uma dificuldade grande para a interiorização de acesso aos serviços de saúde especializados. Isso se explica, em parte, porque a maioria dos cardiologistas está instalada nas capitais e estados do eixo Sul/Sudeste, enquanto as regiões Norte, Nordeste e, inclusive, o Centro-Oeste ficam menos assistidas, disse Nascimento.

Há, segundo ele, uma sobrecarga dos profissionais especializados nessas regiões, o que afeta os indicadores de mortalidade, internações e custo das internações. “No fim das contas, impacta não só a pessoa que está sobre o leito, mas o sistema de saúde, que poderia estar atendendo outras demandas, e também os familiares, as empresas onde os doentes trabalham e a região onde elas vivem”.

Perdas

Considerando as avaliações de cunho financeiro, foram feitas três grandes investigações no estudo. A primeira envolveu os custos diretos: quanto se gasta em uma internação, o tempo que a pessoa fica internada e o custo médio para cada internação. A segunda análise discorreu sobre a perda financeira indireta, ou seja, durante o afastamento do trabalho, quais são os custos da empresa sem que o funcionário esteja de fato produzindo. “É uma forma de mensurar o absenteísmo da força de trabalho”, explicou o pesquisador. Por último, o estudo fez uma avaliação da produtividade baseada no Produto Interno Bruto, que é a soma dos bens e serviços produzidos no país.

Somente com benefícios temporários (auxílios doença) pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a perda da produtividade chega a R$ 2,4 bilhões por ano. Somando-se os valores dos benefícios temporários e os diferentes custos com uma nova contratação ou sobrecarga de outro profissional da equipe, o custo dos afastamentos pode chegar até R$ 6 bilhões por ano.

“A gente pegou o PIB nacional per capita (por indivíduo) e dividiu pelo número de dias por ano. O valor do PIB per capita diário foi multiplicado pelo tempo de afastamento para cada beneficiário ou pessoa afastada por conta da insuficiência cardíaca”, explicou o pesquisador.

A soma total desses valores pode chegar a R$ 6 bilhões por ano. No período de 2018 a 2021, as perdas podem alcançar até R$ 25 bilhões.

Somente as internações acumulam perdas de R$ 1,4 bilhão por ano, porque são recorrentes, longas e complexas, afirmou Nascimento destacando que foram utilizados valores das tabelas do Sistema Único de Saúde (SUS), que não representam os valores de mercado, porque não consideram a inflação do período analisado.

Doença crônica

A insuficiência cardíaca é uma doença crônica e progressiva. Se identificada nos estágios iniciais, há tratamento no SUS e o paciente pode ter qualidade de vida, o que não ocorre quando a doença é diagnosticada em estágio avançado.

O impacto da insuficiência cardíaca é consideravelmente maior no sistema de seguridade social do que outras doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Segundo o levantamento, no intervalo de 12 anos (de 2008 a 2021), a insuficiência cardíaca provocou, em média, 152 dias de afastamento das atividades produtivas, enquanto a hipertensão e o diabetes ocasionaram um período bem menor, de 12 dias e 9 dias, respectivamente.

A insuficiência cardíaca atinge mais de 2 milhões de pessoas no Brasil. Ela se caracteriza por uma progressiva perda da capacidade do coração de bombear sangue. Se não for tratada, pode levar à incapacidade a longo prazo, além de comorbidades, altas taxas de internações e redução global da expectativa de vida.

O estudo enfatiza, ainda, que a insuficiência cardíaca se mantém como uma patologia grave no país, com sobrevida de apenas 35%, após cinco anos de diagnóstico. O resultado são elevados índices de mortalidade, gerados pela re hospitalização e má adesão à terapêutica básica do tratamento.

Impacto sobre salário

O estudo investigou o impacto sobre o salário médio do trabalhador nas 27 capitais brasileiras. Considerando que o doente tivesse que arcar mensalmente com todos os custos, ganhando o salário médio da região, apurou-se que esse impacto varia do mínimo de 15,84%, em São Paulo, ao máximo de 20,14%, no Ceará.

“É um valor bem grande, tendo em vista o salário médio das pessoas de R$ 1,6 mil”, ponderou Leon Nascimento. O cálculo leva em conta impostos que incidem diferentemente em diferentes estados.

O impacto é menor em São Paulo, onde a renda média do estado é maior e a carga tributária que incide sobre medicamentos é menor. Já no Ceará, ocorre o oposto. “É uma carga tributária alta sobre os medicamentos e a renda média estadual é menor”.

A pesquisa nacional incluiu todas as classes de trabalhadores e abrangeu todas as regiões, estados e municípios brasileiros. Seus resultados deverão ser apresentados, na próxima semana, ao ministro da Saúde, em Brasília.

Adblock test (Why?)


Gastos com internações por insuficiência cardíaca chegam a R$ 1,4 bi - Empresa Brasil de Comunicação
Read More

Ministério da Saúde passa a tratar a varíola dos macacos como surto e negocia compra de 50 mil doses de vacinas - GZH

[unable to retrieve full-text content]

Ministério da Saúde passa a tratar a varíola dos macacos como surto e negocia compra de 50 mil doses de vacinas  GZHVer cobertura completa no Google Notícias
Ministério da Saúde passa a tratar a varíola dos macacos como surto e negocia compra de 50 mil doses de vacinas - GZH
Read More

Friday, July 29, 2022

Mãe paramédica compartilha as 5 regras de segurança mais importantes - Crescer

Ser pai ou mãe já é um verdadeiro curso de segurança. Cada objeto de casa, antes comum e trivial, pode se tornar um perigo em potencial quando há pequenos engatinhando, aprendendo a andar ou colocando tudo na boca em casa. Imagine, então, quando uma paramédica profissional tem filhos. É o caso da australiana Nikki Jurcutz.

Nikki Jurcutz compartilhou dicas que aprendeu como paramédica e mãe (Foto: Reprodução/ TikTok)

Nikki Jurcutz compartilhou dicas que aprendeu como paramédica e mãe (Foto: Reprodução/ TikTok)

Como socorrista de emergência, ela já viu de tudo e aprendeu muito em sua vida profissional. Quando se tornou mãe, juntou todas as informações sobre segurança e reuniu na página Tiny Hearts Education, para compartilhar com outros pais - e, assim, ajudá-los a manterem seus filhos na maior segurança possível.

+ Bebê de 1 ano morre após engolir bateria botão de bicho de pelúcia


Recentemente, ela, que é mãe de dois filhos, compartilhou, em um vídeo postado no TikTok, as cinco regras de segurança de maior importância que ela mantém na sua própria casa. São elas:

1. Nozes e castanhas inteiras são proibidas para crianças menores de 5 anos

Segundo ela, os alimentos são perigosos porque podem causar asfixia. Na verdade, uma criança pode engasgar até com metade de uma noz. Por isso, a paramédica orienta os adultos a moer esse tipo de alimento ou usar em forma de pasta, como o creme de amendoim.

2. Cadeirinha voltada para trás, pelo maior tempo possível

Manter o assento do bebê voltado para trás, no veículo, é a maneira mais segura de evitar danos graves em caso de batidas ou acidentes. No Brasil, a lei diz que as crianças devem ser transportadas no bebê conforto, posicionado de costas para o banco da frente, até 1 ano. Na Austrália, até 6 meses. A orientação de Nikki é que os pais deixem o dispositivo nessa posição até quando for possível. Atenção: quando o bebê cresce e passa do tamanho ou peso adequado para o bebê conforto, é preciso substituí-lo por uma cadeirinha maior.

3. Nada de comer no carro

O perigo de um engasgo é muito grande e, para piorar, pode passar despercebido porque é silencioso e os pais, provavelmente, estarão com a atenção concentrada na direção. Nikki explica que a única exceção dessa regra é quando outra pessoa dirige e ela pode supervisionar os filhos, sentada no banco de trás.

4. Nunca deixe uma criança sozinha perto da água

O afogamento é a principal causa de morte não intencional de crianças entre 1 e 3 anos de idade no mundo, de acordo com Organização das Nações Unidas (ONU). Por isso, crianças sempre devem estar sob supervisão ao lado do mar, de rios, de lagoas, lagos, piscinas, banheiras e até baldes de limpeza e vasos sanitários. “Pode acontecer mesmo com uma pequena quantidade de água e durar até 20 segundos, que são silenciosos”, alerta.

5. Baterias de botão estão proibidas

Sabe aquelas pequenas baterias, redondinhas e metálicas, em forma de botão, usadas em vários dispositivos eletrônicos, relógios, calculadoras e brinquedos? Na casa da socorrista, elas não entram. As baterias representam um sério risco de asfixia para crianças pequenas e podem, facilmente, se alojar na garganta, restringindo as vias respiratórias ou causar queimaduras graves devido à reação química.

Assista ao vídeo abaixo (se não conseguir visualizar, clique aqui):


Quer acessar todo o conteúdo exclusivo da CRESCER? Clique aqui e assine!

Adblock test (Why?)


Mãe paramédica compartilha as 5 regras de segurança mais importantes - Crescer
Read More

Ministério da Saúde confirma 1ª morte por varíola dos macacos no Brasil - UOL Confere

O Ministério da Saúde confirmou hoje a primeira morte por varíola dos macacos no país, em Minas Gerais.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, um homem de 41 anos, natural de Uberlândia (MG), morreu em um hospital de Belo Horizonte ontem (28). Ainda segundo a secretaria, o paciente estava em acompanhamento hospitalar para monitoramento de outras condições clínicas graves.

Apenas cinco pessoas morreram pela doença em todo o mundo durante o surto atual, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgados ontem. A entidade ainda não se manifestou sobre a vítima no Brasil.

De acordo com o boletim mais recente do ministério, 1.066 casos da doença foram registrados no país, a maioria em São Paulo e no Rio de Janeiro. O ministério está tratando a doença como surto, o primeiro estágio da evolução de contágio, antes de epidemia e pandemia. O surto acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica, maior que o esperado pelas autoridades.

O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, disse que a pasta entendeu que precisava aumentar o nível de alerta para a doença. "Os primeiros casos eram importados, tinham clara relação com viagens a países com surto ativo, mas hoje no Brasil, temos transmissão comunitária. Aí a grande importância das pessoas, ao sentirem qualquer sintoma, procurarem uma Unidade Básica de Saúde", afirmou.

O Ministério disse ontem que montará um grupo para coordenar a resposta, com a participação de várias instituições de saúde, como o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a Opas, braço da OMS nas Américas.

Ainda não há vacina disponível para a doença no país, mas a pasta diz que negocia a compra. "A pasta tem buscado as alternativas céleres para aquisição da vacina e articulado com a OPAS/OMS as tratativas para aquisição do imunizante. Dessa forma, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) poderá definir a melhor estratégia de imunização para o Brasil", afirmou em nota.

Veja o número de casos por estado:

  • São Paulo: 823
  • Rio de Janeiro: 124
  • Minas Gerais: 44
  • Paraná: 21
  • Distrito Federal: 15
  • Goiás: 13
  • Bahia: 5
  • Ceará: 4
  • Santa Catarina: 4
  • Rio Grande do Sul: 4
  • Pernambuco: 3
  • Rio Grande do Norte: 2
  • Espírito Santo: 2
  • Tocantins: 1
  • Acre: 1

Quais os sintomas da varíola dos macacos?

A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas inespecíficos e semelhantes a um resfriado ou gripe.

Em geral, de a 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem lesões na pele, que são chamadas de exantema ou rash cutâneo (manchas vermelhas). Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo. Elas vêm acompanhadas de coceira e aumento dos gânglios

Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam —as casquinhas contêm material viral infeccioso— e que a pele esteja completamente cicatrizada.

De acordo com a OMS, até o momento, apenas 10% dos pacientes tiveram de ser internados por causa da doença e já são mais de 18 mil casos registrados no planeta.

Como é a transmissão da varíola dos macacos?

A varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas —a proximidade é fator necessário para o contágio. Sendo assim, a doença ocorre quando o indivíduo tem contato muito próximo e direto com um animal infectado (acredita-se que os roedores sejam o principal reservatório animal para os humanos) ou com outros indivíduos infectados por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.

A transmissão pode ocorrer também pelo contato com objetos contaminados com fluidos das lesões do paciente infectado —isso inclui contato a pele ou material que teve contato com a pele, por exemplo as toalhas ou lençóis usados por alguém doente.

Adblock test (Why?)


Ministério da Saúde confirma 1ª morte por varíola dos macacos no Brasil - UOL Confere
Read More

Thursday, July 28, 2022

Varíola dos macacos: qual o perfil dos infectados e como isso pode mudar com avanço da doença - VivaBem

Homens que fazem sexo com outros homens, gays e bissexuais com menos de 40 anos são os mais afetados pelo vírus monkeypox nos primeiros meses desde que os casos começaram a se espalhar pelo mundo.

Especialistas alertam que, no entanto, isso não significa que outros indivíduos estão livres da ameaça: conforme o vírus da varíola dos macacos se espalha mundo afora, a tendência é que ele infecte cada vez mais pessoas que não se encaixam nesse perfil inicial.

Nos Estados Unidos, por exemplo, já foram detectados os dois primeiros casos dessa infecção em bebês.

"É questão de semanas para começarmos a ver mais casos em outros grupos, como heterossexuais ou crianças", antevê o médico sanitarista Nésio Fernandes, presidente do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).

"Essa é a evolução natural esperada para a doença", complementa.

O perfil atual dos mais afetados pelo monkeypox

Uma das principais pesquisas a avaliar essa questão foi publicada recentemente no periódico The New England Journal of Medicine.

Nela, especialistas da Universidade Queen Mary de Londres, em parceria com diversas outras instituições britânicas, avaliaram 528 casos de monkeypox que ocorreram entre abril e junho em 16 países diferentes.

Os números mostram que 98% dos pacientes se declararam gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com outros homens. Três quartos deles se diziam brancos e 41% eram HIV positivo.

A idade média dos indivíduos avaliados era de 38 anos e 95% tinham a relação sexual como a principal suspeita de contato com o monkeypox.

A respeito dos sintomas, o estudo descobriu que 95% apresentaram irritação na pele (dois terços tinham menos de dez lesões).

Em 73% dos participantes, o local de aparecimento das feridas foi a região do ânus e dos genitais, enquanto 41% possuíam irritações na mucosa da boca.

Entre os sintomas gerais, 62% dos pacientes tiveram febre. Outros sinais comuns foram inchaços dos linfonodos ou "ínguas" (apareceu em 56% dos participantes), letargia (41%), dor muscular (31%) e dor de cabeça (27%).

A média de incubação, ou o tempo entre o contato com o vírus e o aparecimento dos sintomas, foi de sete dias. Mas alguns indivíduos demoraram de três a até 20 dias para ter as primeiras manifestações do monkeypox.

Informar sem estigmatizar

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil esclarecem que não faz sentido encarar apenas gays, bissexuais e homens que fazem sexo com outros homens como grupo de risco para essa condição.

"A concentração de casos nesses indivíduos é uma coisa do momento e toda doença tem uma dinâmica própria", aponta o médico Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

"Já temos pelo menos de 70 a 80 crianças no mundo com diagnóstico de monkeypox, sendo que metade delas tem menos de quatro anos", calcula o especialista, que também é professor na Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Vale lembrar aqui que a principal forma de transmissão do monkeypox é o contato direto com as feridas de alguém infectado. Por isso que a relação sexual, onde há fricção pele a pele, tem se mostrado como uma das fontes de contágio mais frequentes.

Mas esse vírus também pode ser passado por meio de gotículas de saliva ou através de objetos contaminados, como louças, toalhas e lençóis.

Uma quarta maneira de pegar o monkeypox se dá pela proximidade com animais que carregam o patógeno —essa, aliás, é uma das principais formas de transmissão nas regiões da África onde o vírus é endêmico há décadas, especialmente em áreas silvestres.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve que esse modo de infecção pode ocorrer pelo contato direto com sangue, fluidos corporais e lesões cutâneas de animais infectados, como roedores e primatas.

Na avaliação da infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, todas essas formas de transmissão (especialmente o sexo, a saliva e os objetos contaminados, que espalharam a doença por vários países) significam que "mais cedo ou mais tarde, o monkeypox vai criar cadeias de transmissão em outros subgrupos".

"Não se trata de uma doença restrita apenas a um perfil ou outro", diz.

"E parece que estamos com tanto medo de estigmatizar alguns grupos que deixamos de oferecer a orientação adequada para aqueles que estão sob maior risco no momento", opina a médica.

Como proteger a si e aos outros

O primeiro passo é ficar atento aos sintomas e buscar a avaliação médica se eles aparecerem.

"Qualquer lesão que comece com um edema ou uma pequena vermelhidão e evolua para uma placa, tenha líquido, forme ferida e crostas, pode ser monkeypox", descreve Barbosa.

Essas manifestações pode aparecer no ânus, nos genitais, no rosto e nas mãos.

"Essa lesão também pode ser acne, herpes, herpes-zóster ou uma série de outras coisas. Mas, na dúvida, é importante procurar atendimento médico e fazer um teste", complementa.

Caso o exame confirme a presença desse agente infeccioso mesmo, os profissionais de saúde recomendam fazer um isolamento e evitar o contato próximo com outras pessoas até que as feridas estejam completamente cicatrizadas (mesmo a casquinha delas ainda carrega vírus).

Ao limitar a interação, o paciente diminui o risco de transmitir o vírus adiante e evita a criação de novas cadeias de contágio na comunidade.

Na maioria das vezes, o quadro evolui bem e a pessoa se recupera depois de algumas semanas. O estudo britânico revelou que 13% dos pacientes acompanhados precisaram ficar no hospital, sendo que as principais razões de internação foram dor severa no ânus e no reto, infecções oportunistas e, mais raramente, faringite, lesões oculares, crise aguda renal e miocardite (um tipo de inflamação no coração).

Alguns países, como Reino Unido, Espanha e Estados Unidos, já iniciaram uma campanha de vacinação contra o monkeypox, mas ainda não há previsão de quando as primeiras doses devem chegar ao Brasil.

Por ora, ainda não está claro se a camisinha ajuda a proteger contra esse vírus, embora o uso de preservativos continue a ser primordial para impedir a transmissão de várias infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV, sífilis, gonorreia e algumas hepatites.

Numa entrevista coletiva recente, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também orientou que os grupos onde a doença é mais frequente no momento limitem temporariamente o número de parceiros sexuais.

"Para homens que fazem sexo com homens, isso significa fazer escolhas mais seguras para você e para os outros", declarou.

Andy Seale, conselheiro da OMS em HIV, hepatites e ISTs, disse esperar que essa orientação seja válida por um prazo curto. "Nossa esperança é que esse surto não dure muito."

De acordo com o portal Our World In Data, já foram diagnosticados 18,8 mil casos de monkeypox no mundo, 813 deles no Brasil.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62332626

Adblock test (Why?)


Varíola dos macacos: qual o perfil dos infectados e como isso pode mudar com avanço da doença - VivaBem
Read More

Governo de Minas entrega 11 ônibus do Transporta SUS em Curvelo - Agência Minas Gerais

Seguindo a meta de levar os serviços de saúde cada vez mais próximos ao cidadão, o Governo de Minas , por meio da Secretaria de Estado de Sa...