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Friday, April 29, 2022

Entenda as 4 categorias de alimentos e os malefícios dos ultraprocessados para a saúde - ND Mais

Relevantes mudanças sociais e econômicas vêm marcando a realidade brasileira ao longo das últimas seis décadas. Muitas delas evidenciaram as alterações no padrão de saúde e de consumo alimentar da população. Neste contexto, os alimentos ultraprocessados ganharam cada vez mais espaço ao passo que estudos recentes os associam ao surgimento de doenças inflamatórias no intestino.

Alimentos ultraprocessados devem ser evitados – Foto: Reprodução PexelsAlimentos ultraprocessados devem ser evitados – Foto: Reprodução Pexels

A Avaliação Nutricional da Disponibilidade Domiciliar de Alimentos no Brasil, realizada pelo IBGE, a partir dos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018, houve um incremento da participação dos ultraprocessados e diminuição de alimentos in natura ou minimamente processados no total de calorias consumidas nos domicílios brasileiros.

A pesquisa identificou que, em média, a participação na composição nutricional dos alimentos in natura ou minimamente processados passou de 53,3% em 2002-2003 para 49,5% e a participação de ultraprocessados que era de 12,6% passou para 18,4%[1] na edição atual da pesquisa.

De acordo com a médica Leda Maria Delmondes Freitas Trindade, gastroenterologista e professora do curso de Medicina da Universidade Tiradentes, é preciso entender a classificação dos alimentos antes de começar a utilizá-los com frequência.

Ela explica que existem quatro categorias de alimentos: os In natura, os In natura minimamente processados, os processados e os ultraprocessados.

“Para ser considerado um alimento processado ou ultraprocessado, eles necessitam sofrer alteração na sua composição nutricional. Os processados devem ser consumidos em pequena quantidade e como ingredientes de preparações culinárias, a exemplo das conservas de frutas, legumes, doces e queijos”, explica ela.

Já os ultraprocessados são extraídos de alimentos como óleos, farinhas, açúcar, amido e proteínas, passando ainda por um processo de industrialização, produção e distribuição até serem consumidos.

Leda cita como exemplo os biscoitos recheados, macarrão instantâneo, salgadinhos e refrigerantes. “Esses alimentos são obtidos através de produtos sintetizados, sendo utilizados fontes orgânicas como o carvão e petróleo. O fato de terem aroma, sabor, cor e textura os tornam ‘atraentes’ e práticos para o consumo de crianças e adultos”, reitera a especialista.

Segundo a médica, nesse tipo de alimento, é obrigatória a presença de rótulos que indiquem seus ingredientes e que, em prol da saúde, sejam evitados devido a baixa composição nutricional, baixo teor de vitaminas, minerais e serem ricos em calorias, conservantes, sódio, gorduras e açúcares.

“Vários estudos associam o aumento da morbidade e mortalidade cardiovascular aos alimentos ultraprocessados como sendo um fator de risco alimentar, além de provocarem maior efeito aterogênico, modificação da microbiota intestinal, doenças inflamatórias, dentre elas, a obesidade e intestinal, doença hepática gordurosa não alcoólica, aumento da Resistência à Insulina e Diabetes, hipertensão arterial sistêmica, doenças do coração e câncer entre outras”, alertou.

Desde 1960, estudos e publicações chamam a atenção para o consumo desenfreado de alimentos ultraprocessados e a sua associação com graves doenças. Por serem fáceis de transportar e feitos para serem consumidos em qualquer lugar e hora, eles são muitas vezes usados como forma de amenizar ansiedade, stress ou mesmo passar o tempo.

Além disso, a escala de produção desenfreada desses alimentos afeta o ambiente, ameaçando a sustentabilidade do planeta, por eles serem considerados não biodegradáveis.

Leda afirma que é muito comum vermos mães oferecendo alimentos ultraprocessados aos seus filhos por serem fáceis de encontrar e acessíveis financeiramente, sobretudo em tempos de crise econômica.

“Poucas famílias se preocupam ou têm condições financeiras de oferecer alimentos in natura, principalmente em tempos de crises, onde esses alimentos se tornam caros e requerem condições de conservação que, em muitos lares não possuem fogão e muito menos uma geladeira. Embora seja um privilégio de uma pequena parcela de brasileiros sentar-se à mesa para ingerir alimentos in natura, fazer uma escolha consciente possibilita uma vida mais saudável e longeva”, orienta a professora.

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