Por causa da epidemia de gripe que lota as unidades de saúde e hospitais, a Prefeitura de São Paulo retoma nesta sexta-feira (24) a vacinação contra a doença na capital paulista. Inicialmente serão aplicadas 400 mil doses de um total de 1 milhão de unidades enviadas pelo Instituto Butantan.
Além disso, a partir desta quinta (23), pacientes com sintomas gripais não precisam de agendamento para serem atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Nesta sexta, as unidades de saúde estarão abertas com médicos exclusivamente para o atendimento de pacientes com sintomas respiratórios, além da vacinação contra a gripe.
Os imunizantes que serão utilizados são contra o vírus H1N1 e têm pouco efeito sobre a epidemia atual, provocada pela Darwin, variante da influenza H3N2.
Mesmo essa vacina não tendo eficiência contra o novo vírus, houve uma corrida às clínicas particulares em busca do item. Imunizantes capazes de combater a nova cepa só devem estar disponíveis em março do próximo ano.
Com as vacinas, a secretaria espera reduzir a quantidade de pacientes com sintomas respiratórios que têm procurado.
Nesta retomada da vacinação nos postos de saúde, as doses serão destinadas às pessoas que ainda não se vacinaram em 2021. Gestantes, puérperas, lactantes, idosos acima de 60 anos e crianças de 6 meses a 5 anos completos fazem parte do grupo prioritário.
A vacinação nesta sexta acontece nas 469 UBSs da capital paulista, das 7h às 19h.
A aplicação das outras 600 mil doses que serão enviadas à capital ainda não tem data.
A campanha de vacinação contra a gripe deste ano terminou em 31 de agosto. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, foram aplicadas 4.470.557 doses, cobrindo 74,7% do público elegível.
Com a epidemia, disparou o número de pacientes com sintomas gripais que procuraram a rede municipal da saúde. Segundo a secretaria, em novembro ocorreram 111.949 atendimentos de pessoas com sintomas gripais, sendo 56.220 suspeitos de Covid-19. Neste mês, até a última terça (20), foram 170.259 pessoas com quadro respiratório, sendo que 79.482 tinham suspeita de Covid.
O aumento de casos fez a Prefeitura de São Paulo reservar leitos para pacientes com esses quadros no Hospital Municipal da Brasilândia, na zona norte da cidade.
Segundo a secretaria, 258 dos 406 leitos do hospital, ou seja, 63,5%, serão apenas para casos de pacientes com Sagrs (Síndromes Respiratórias Agudas Graves). Os demais continuam reservados para tratamento de Covid-19.
Do total para pessoas com sintomas gripais, serão 158 leitos de enfermaria e 100 de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).
Nesta semana, a prefeitura autorizou a contratação emergencial de 280 médicos, além de enfermeiros, para AMAs (Ambulatórios Médicos Ambulatoriais) e para UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) para tentar dar conta da alta nos atendimentos.
Internações
A cidade de São Paulo voltou a registrar aumento nas hospitalizações por suspeita de Covid-19 e por problemas respiratórios. Na semana passada foram computadas 1.170 internações, um crescimento de 47,5% em relação aos sete dias anteriores, quando houve 793 novos pacientes.
Os números foram analisados pelo Observatório Covid-19 Br com base em dados do censo hospitalar organizado pela Fundação Seade, que compila registros de internações fornecidos pelos hospitais diariamente.
Para Roberto Kraenkel, professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e integrante do Observatório, essa subida se explica pela presença de um novo agente infeccioso, que pode ser a variante ômicron do coronavírus ou o vírus influenza H3N2, que tem provocado epidemia de gripe em vários estados brasileiros.
Postos de saúde de São Paulo voltam a vacinar contra gripe - Folha
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