A maior unidade hospitalar de Alagoas, o Hospital Geral do Estado (HGE), mudou o seu perfil de atendimento e agora só recebe pacientes que apresentem casos de emergência. Diante disso, a Secretaria de Saúde de Alagoas (Sesau) faz um alerta para a população sobre em quais situações deve procurar a unidade. Os demais casos, entendidos como de urgência, devem ser encaminhados para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Antes, o HGE recebia todos os tipos de patologias, mas, na última quinta-feira (25), foi feita a mudança na porta de entrada da Área Azul, que recebia pacientes de urgência. Com o objetivo de organizar a Rede de Saúde Pública e desafogar a maior unidade hospitalar do Estado, a unidade passou a realizar classificação de risco e atender os casos de emergência, orientando que os de urgência procurem as UPAs.
A diferença entre urgência e emergência é simples. Entende-se como caso de emergência o paciente que precisa de assistência médica imediata, pois a situação implica em um risco grande de morte. Já os casos de urgência, que não são mais atendidos no HGE, são aqueles em que o paciente não apresenta risco de morte, mas que podem evoluir para complicações mais graves, sendo necessário o encaminhamento para o plantão hospitalar.
Exemplos de situações que necessitam de atendimento emergencial são: corte profundo, acidente de origem elétrica, picada ou mordida de animais peçonhentos, hemorragia [forte sangramento], infarto agudo do miocárdio [dor forte no peito], dificuldade respiratória, intoxicação por alimento ou medicamento, sangue no vômito, urina, fezes, grave reação alérgica, febre alta permanente, convulsões, dores intensas no peito, abdômen, cabeça e outros, agressões físicas e acidentes de carro, moto, atropelamento e quedas e outros.
Exemplos de casos de urgência são: fraturas, luxações, torções, asma brônquica em crise, transtornos psiquiátricos, dor abdominal de moderada intensidade, retenção urinária em pacientes idosos, febre maior que 38 graus há pelo menos 48 horas, mais de um episódio de vômito em até 12 horas.
O paciente não deve procurar o HGE quando tiver suspeitas de infecção de trato urinário sem sinais de alarme, suspeitas de pneumonia em paciente sem sinais de gravidade como: dispneia, desorientação/confusão mental, dessaturação [saturação abaixo de 92% em ar ambiente], rebaixamento de nível de consciência ou hipotensão, além de, cefaleias sem convulsão associada, sem sinais de rigidez de nuca ou febre, sem alteração visual ou alteração do nível de consciência, pacientes com sintomas gripais sem sinais de alarme e pacientes encaminhados para avaliações eletivas.
Também são entendidos como casos de urgência, pacientes para troca de sonda vesical de demora ou sonda nasográstica, atendimentos a lombalgias, dores articulares e mialgias, pacientes com paralisia facial periférica [Paralisia de Bell] já atendidos em UPA que venham para avaliação da neurologia, salvo quando encaminhados por suspeita de paralisia facial central, pacientes com pico hipertensivo sem sinais de gravidade, pacientes com otalgia ou encaminhados para lavagem de ouvido, condições que não são de urgência para avaliação como otorrino, podendo ser conduzidas a nível de atenção básica.
UPAs – Maceió conta com as UPAs Jacintinho, Tabuleiro do Martins, Cidade Universitária e Jaraguá, construídas integralmente com recursos próprios do Governo do Estado. A capital tem, ainda, as UPAs Trapiche e Benedito Bentes, que foram equipadas pelo Estado e entregues à população. Em Maceió, também está sendo construída a UPA Chã da Jaqueira, que deve ser inaugurada no início de 2022.
HGE agora só atende casos de emergências, urgências devem ir para as UPAs; entenda a diferença - TNH1
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