O Nipah é um vírus que pertence à família Paramyxoviridae e é responsável pela doença de Nipah. O patógeno pode ser transmitido por meio do contato direto com fluidos ou excrementos de morcegos infectados, ou através do contato pessoa-pessoa.
Essa doença foi identificada pela primeira vez em 1999 na Malásia, mas já foi verificada em outros países como Singapura, Índia e Bangladesh, e leva ao aparecimento de sintomas semelhantes aos de uma gripe. Os sinais da condição podem evoluir rapidamente e resultar em complicações neurológicas graves que podem colocar a vida da pessoa em risco.
A mortalidade da infecção é de 50%: pesquisadores acreditam que, se o vírus evoluir para uma forma mais transmissível, pode ser responsável por causar a próxima pandemia.
Principais sintomas
Em alguns casos, a infecção pelo vírus Nipah pode ser assintomática ou levar ao aparecimento de sintomas leves semelhantes aos de uma gripe e que desaparecem após 3 a 14 dias.
No caso das infecções em que há aparecimento de sintomas, estes surgem entre 10 a 21 dias depois do contato com o vírus, sendo os principais;
- Dor muscular;
- Encefalite, que é a inflamação do cérebro;
- Desorientação;
- Náuseas;
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Diminuição das funções mentais, que pode evoluir para o coma em 24 a 48 horas.
Os sintomas de infecção pelo vírus Nipah podem evoluir rapidamente, resultando em complicações que podem colocar a vida da pessoa em risco, como convulsões, transtornos da personalidade, insuficiência respiratória ou encefalite mortal, que acontece como consequência da inflamação crônica do cérebro e das lesões causadas pelo vírus.
O diagnóstico da infecção pelo vírus Nipah deve ser feito pelo infectologista ou clínico geral a partir da avaliação inicial dos sinais e sintomas apresentados. Pode ser indicada a realização de exames especiais para isolar o vírus e sorologia para confirmar a infecção e, assim, iniciar o tratamento mais adequado.
Além disso, o médico pode indicar a realização de exames de imagem para avaliar a gravidade da doença, sendo recomendada a realização de tomografia computadorizada ou tomografia computadorizada.
Como é feito o tratamento
Até o momento, não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus Nipah. No entanto, o médico pode indicar medidas de suporte de acordo com a gravidade da doença: repouso, hidratação, realização de ventilação mecânica ou tratamento sintomático podem ser recomendados.
Alguns estudos in vitro estão sendo feitos com o antiviral ribavirina, porém, não existem evidências de que o medicamento teria atividade contra a doença em humanos. Estudos com anticorpos monoclonais em animais também estão sendo realizados, mas ainda não há resultados conclusivos. Além disso, não existe vacina para prevenir essa infecção.
Como se trata de um vírus emergente, com potencial para se tornar endêmico, o Nipah encontra-se na lista de prioridade da Organização Mundial de Saúde (OMS) para identificação de medicamentos que poderiam ser utilizados no tratamento da doença e desenvolvimento de vacinas para prevenção.
Prevenção da infecção pelo Nipah
Como ainda não existe tratamento eficaz contra o vírus Nipah e vacina que possa ser aplicada como forma de prevenção, é importante que algumas medidas para diminuir o risco de infecção e transmissão da doença sejam seguidas, como por exemplo:
- Evitar o contato com animais potencialmente infectados, principalmente morcegos e porcos;
- Evitar o consumo de animais possivelmente infectados, principalmente quando não estão devidamente cozidos;
- Evitar o contato com fluidos e excrementos de animais e/ou pessoas infectadas pelo vírus Nipah;
- Higienização das mãos após entrar em contato com animais;
- Uso de máscaras e/ou luvas quando em contato com uma pessoa infectada pelo vírus Nipah.
Além disso, a lavagem das mãos com água e sabão é fundamental para eliminar agentes infecciosos que possam estar presentes na mão e evitar a transmissão da doença.
Com informações do portal Tua Saúde.
Saiba os sintomas e como se prevenir do vírus Nipah, que pode causar próxima pandemia - Metrópoles
Read More
No comments:
Post a Comment