Após ter registrado crescimento de 46,7% de profissionais da saúde com Covid-19, a Prefeitura de São Paulo encaminhou ofício ao governo João Doria (PSDB) para pedir que seja priorizada a aplicação da dose de reforço nesse grupo.
O governo estadual não respondeu se estuda uma data para iniciar a dose de reforço nos profissionais da área.
Na tarde desta sexta (24), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nas redes sociais que a aplicação extra foi aprovada para o grupo. Ele não informou, porém, qual será o cronograma para que isso aconteça.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde desta quinta (23), mostram que a capital tinha 342 profissionais da saúde afastados por estarem com Covid. No início do mês, em 2 de setembro, eram 233.
Ainda na quinta, outros 1.072 profissionais estavam afastados por estarem com sintomas gripais. No começo do mês, eram 934.
Desde junho os casos confirmados entre os profissionais da área seguiam em queda. Eles voltaram a crescer em setembro, exatamente seis meses após março, mês em que foi concluída a vacinação desse grupo.
Estudos apontam que a proteção contra a Covid oferecida por duas doses de qualquer imunizante começa a diminuir após seis meses da aplicação. Por isso, alguns países e o próprio Ministério da Saúde começaram a aplicar dose de reforço.
No Brasil e em São Paulo, até agora, só pessoas acima de 60 anos e imunossuprimidos estão recebendo a dose extra.
A Prefeitura de São Paulo informou que, a partir desta quinta, passaria a destinar as doses remanescentes de covid para o reforço do grupo.
Assim, os trabalhadores, com mais de 18 anos que tomaram a segunda dose ou dose única há pelo menos seis meses, podem se inscrever para tentar receber o reforço. Eles devem apresentar comprovante de vínculo empregatício em serviço de saúde do município, documento de conselho de classe, comprovante de profissão, certificado ou diploma.
Na população geral, as internações e óbitos seguem tendência de queda em São Paulo. No entanto, o avanço da variante delta, que é mais transmissível, preocupa as autoridades.
O temor existe porque diversos estudos mostram que a variante consegue escapar da proteção conferida na primeira dose com maior facilidade do que outras cepas. Assim, como só 52,7% da população do estado está com o esquema vacinal completo, há receio do adoecimento de quem só tomou uma dose.
Balanço do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica), da Secretaria Estadual de Saúde, apontou nesta semana que a variante delta já se tornou predominante no estado. Até então, a variante gama é que estava mais presente.
Segundo os dados do CVE, 5.438 casos autóctones (de transmissão comunitária) de quatro diferentes variantes do coronavírus foram identificados no estado. Desse total, 55,6% são da variante delta.
A gama representa 43,4% dos casos analisados. O restante são das variantes beta e alpha.
Cidade de SP pressiona Doria por dose de reforço para profissionais da saúde - Folha de S.Paulo
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