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Wednesday, July 28, 2021

Profissional de saúde reclama de comida por delivery e PM a leva à força até delegacia - G1

Mulher reclama de comida e policial aparece para levá-la para delegacia, em Nova Iguaçu

Mulher reclama de comida e policial aparece para levá-la para delegacia, em Nova Iguaçu

Uma profissional de saúde que estava de plantão no hospital modular de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, pediu o almoço num restaurante que faz delivery e depois de reclamar da entrega foi arrastada à força até a delegacia.

Após a reclamação por não gostar do que veio no prato, um policial militar apareceu no hospital e levou a profissional, aos gritos, para dentro de uma viatura.

A mulher contou que foi levada agredida e fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e precisou ir a um ortopedista.

A mulher prefere não se identificar e conta que tudo começou quando fez o pedido de almoço no restaurante Baroni Gastronomia por um aplicativo.

Ao receber o prato, ela decidiu reclamar com o restaurante: "Vocês não mandaram talher! Como vou comer? Além de mais de 30 minutos de atraso".

O restaurante se desculpa pelo atraso e diz que enviou talher sim. A profissional de saúde rebate, dizendo que não enviaram o talher e que a carne estava péssima. Logo depois, o pedido foi cancelado.

O restaurante provavelmente cancelou pra não receber baixa pontuação. Em seguida, ela conta que um motoboy foi até o hospital pra cobrar o pagamento.

“Falou que eu tinha que pagar, porque tinha agido de má fé, que eu tinha feito um pedido, recebido, comido, e cancelado o pedido. E aí eu mostrei pra ele ... falei: 'Olha, não fui eu que cancelei, e eu não vou pagar'”, disse a mulher.

Nesse momento, segundo ela, o a pessoa disse que ia chamar a polícia e disse: "Você não sabe com quem você está mexendo: eu sou militar da reserva”.

O apoio da PM para a cobrança da conta de um restaurante chegou rápido. O policial entrou no hospital à procura da profissional.

“Ele já chegou me acusando, ele não me deu o benefício da dúvida, ou seja, ele não tinha um mandado, não tinha um flagrante, não tinha prova, então ele não tinha nada. Eu não me neguei em nenhum momento a ir prestar depoimento. Eu estava no meu plantão, eu não poderia abandonar o meu setor, que isso a gente aprende no código de ética”, disse a mulher que, mesmo assim, foi levada à força para a delegacia.

O que dizem os citados

A Polícia Militar disse que os policiais estavam fazendo patrulhamento no Centro de Nova Iguaçu, quando foram abordados por um motoboy relatando que tinha feito uma entrega no hospital modular. E que, segundo o motoboy, a pessoa que recebeu a refeição cancelou o pedido e ele tinha tentado receber o valor, sem sucesso.

Ainda de acordo com a PM, os policiais foram até o hospital, pediram a documentação da pessoa que recebeu a refeição e que essa pessoa os acompanhasse até a delegacia. Diante da negativa, segundo a corporação, o policial usou os meios necessários pra conduzir a pessoa até a delegacia.

A PM informou que vai instaurar um procedimento apuratório pra averiguar as circunstâncias da ocorrência.

O motoboy do restaurante Baroni Gastronomia, Neemias Francisco dos Santos, disse que a mulher estava muito exaltada.

"Ela veio com o telefone na mão, 'não fui eu que fiz isso, não fui eu que cancelei e tal '. E me desmoralizando, me humilhando, sabe? Por eu ser motoboy. Ela me chamou de (apito) e falou para a segurança assim: 'é por isso que não pode deixar esse tipo de pessoa entrar aqui'. Sabe, eu me senti muito humilhado. Eu voltei, conversei com as meninas ali, com a minha patroa também. A minha patroa: 'não, então a gente vai chamar a polícia para a gente ir lá tentar resolver'. Aí, chamou a polícia no 190 e os policiais me acompanharam até lá para tentar resolver isso", disse Neemias.

A equipe de reportagem do RJ1 não conseguiu falar com nenhum responsável pelo restaurante.

A Polícia Civil disse que o caso foi registrado na delegacia de Nova Iguaçu e encaminhado para o juizado especial criminal.

O aplicativo ifood informou que o caso vai ser investigado e que, se for comprovado que houve um erro de procedimento por parte do restaurante, o estabelecimento será descredenciado da plataforma.

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