Desde antes do início da pandemia, o ritmo de trabalho de Carol Castro tem sido intenso. Para suportar física e emocionalmente as atribuições do dia a dia, a atriz, de 37 anos, se apega aos momentos de afeto com a filha, Nina, de 3 anos e 11 meses (de sua relação com o ex, o violinista Felipe Prazeres, de 43), o namorado, o ator Bruno Cabrerizo, de 42, e à terapia.
"A pandemia mexeu com todos nós. Quem não ficou abalado? Não tem como! É uma ficção científica que a gente está vivendo que não esperava", conta ela, que faz sessões online com a terapeuta semanalmente. "Retomei justamente quando vi que estava ficando bem malzinha. Falei: 'vamos lá, vamos cuidar de si'. Sou o tipo de pessoa que sente muito tudo. Pisciana... Tenho essa coisa de querer salvar o mundo. A pandemia chegou num momento em que a gente tem que usar máscaras, mas muitas máscaras caíram. Isso mexeu muito comigo", diz.
"Sou o tipo de pessoa que sente muito tudo. Pisciana... Tenho essa coisa de querer salvar o mundo"
Embora esteja psicologicamente abalada com a situação mundial, Carol vive uma das melhores fases profissionais. No filme Veneza, dirigido por Miguel Falabella, que está em cartaz nos cinemas desde junho, ela interpreta Madalena, garota de programa do bordel de Gringa, papel de Carmen Maura, que sonha em viver um grande amor. A interpretação rendeu a ela um Kikito de Ouro como melhor atriz coadjuvante no Festival de Cinema de Gramado e também no Los Angeles Brazilian Film Festival, junto com o ator Du Moscovis.
Ela ainda protagoniza a comédia Dois + Dois, junto com Marcelo Serrado, com estreia nos cinemas prevista para 12 de agosto; atua na série de terror Insânia, que deve estrear a partir de 31 de agosto na Star+, novo serviço de streaming da The Walt Disney Company Latin America; está às voltas com as gravações da série Maldivas, para a Netflix, junto com Manu Gavassi, Bruna Marquezine, Natalia Klein e Sheron Menezzes; e ainda está no elenco da série Natureza morta, que ganhará uma segunda temporada no CineBrasil TV. "Claro que, com a pandemia, imaginei que muita coisa fosse parar e desandar, mas que ia ser tudo ao mesmo tempo agora, não (risos). Fiquei feliz", entrega, aos risos.
PREMIADA
"Para mim, o prêmio [Kikito de Ouro como melhor atriz coadjuvante no Festival de Cinema de Gramado pelo filme 'Veneza'] foi uma grata surpresa, eu realmente não esperava nem imaginava. Fui para o Uruguai [uma das locações do longa], saindo de um puerpério, viajei com a Nina com seis para sete meses, ainda na fase de introdução alimentar. Eu estava amamentando depois de um período difícil. Tive um parto muito mágico e especial, foi um parto natural e humanizado, mas meu pós-parto foi mais delicado. Consegui passar pelo parto sem pedir anestesia. Claro que tive uma ajuda muito grande, principalmente da Diana, que foi a minha doula e fez um trabalho anterior ao parto, tivemos muitos encontros durante a gestação… O grande barato [do parto natural] é poder sair da maternidade andando menos de 24 horas depois de ter tido filho. É muito forte como nosso corpo está preparado para isso, o quanto isso é mágico. É muita interação da natureza, do feminino..."
"O grande barato [do parto natural] é poder sair da maternidade andando menos de 24 horas depois de ter tido filho. É muito forte como nosso corpo está preparado para isso, o quanto isso é mágico"
PRIMEIROS DIAS
"A Nina nasceu de sexta para sábado, na madrugada de sábado. Sábado à noite, final do dia, às sete da noite, eu já estava liberada para ir para casa. Fui para casa, tive a primeira noite com ela, tudo muito novo. Na época eu ainda morava na minha casa de São Conrado [Zona Sul do Rio] e meu pai foi almoçar com a gente no domingo, porque era Dia dos Pais. Fiquei com a Nina no sling e, papo vai, papo vem, a gente almoçou e, quando o sol estava se pondo, eu tinha todo um ritual... Eu morava numa casa grande, que não era num condomínio, então eu tinha cachorros que ficavam soltos de dia e um cachorro que cuidava da casa à noite, que ficava numa parte do terreno. E tinha os meus gatos de sempre. E aí, numa fatalidade, eu com a Nina no colo, em pleno puerpério, aconteceu um acidente doméstico, e meu cachorro pegou a minha gata Maria, que era a mais velha, e ela faleceu. Eu vivi esse acidente que vi acontecer e foi muito forte para mim".
PUERPÉRIO DELICADO
"Foi uma dor, um luto, uma mistura de milhões de sensações, eu chorava e pedia desculpas para a Nina por estar chorando, sabe? Obviamente não tinha como eu não sofrer. Depois disso, eu tive um início de amamentação bem complicado. A Nina chorava muito e tinha dificuldade de acertar na pega. Eu não sabia o que era e, como mãe de primeira viagem, ficava querendo saber tudo o que estava acontecendo e não tinha enfermeiras durante a madrugada. Era sempre eu e o Felipe [Prazeres, pai de Nina e ex de Carol]. A minha mãe ficava durante o dia e eu e o Felipe durante a noite e de madrugada. Um dia, pedi ajuda para uma terceira especialista em amamentação, depois de outras duas já terem ido me ajudar com a pega, e ela foi examinar a Nina. Ela olhou o freio da língua da Nina, o freio do lábio superior, e disse que achou meio encurtado e me indicou uma odontopediatra".
SUSTO
"Fui com a Nina com 13 dias de vida numa consulta de uma médica que disse para mim que a minha bebê precisava operar [o freio da língua], precisava tomar anestesia geral porque no futuro teria problemas. Depois soube que têm muitas mães caindo nessa conversa. A Nina tinha uns choros tão fortes que às vezes parava de respirar e ficava meio roxinha. Hoje em dia sei que basta assoprar no rosto da bebê e ela volta. Mas, na época, contando na consulta, e a Nina no meu colo com 13 dias de vida... Eu já tinha vivido aquela história com a minha gata e estava muito sensível, a médica falou: 'ah, então, você está vindo aqui porque está com dificuldade na amamentação, porque sua filha para de respirar de vez em quando, então ela tem apneia'. Eu falei: 'não sei se é apneia'. No final da consulta, quando ela finalmente foi examinar a Nina, depois de 30 minutos de palestra, e mostrando fotos de bebês chorando e nada que ajudasse uma mãe no puerpério, sabe? Ela simplesmente disse a seguinte frase: 'ah, agora vou examinar a Nina e vou ter que fazer ela chorar um pouquinho, porque só chorando que vou conseguir ver nessa idade. Mas, olha, fica calma, qualquer coisa a gente tem como ressuscitar aqui no consultório'. Depois dessa frase, passei a ter milhões de pesadelos, fiquei horrorizada. A sorte é que o pediatra da Nina na época super me acalmou, falou: 'calma, não precisa, não é assim, ela está ganhando peso'".
PÓS-PARTO
"Meu pós-parto foi difícil. Durante todo esse período eu estava sangrando. É natural sangrar de 40 a 60 dias depois do parto. Mas passou de 60 dias e eu continuava sangrando e estava muito fraca, principalmente de madrugada. Sei que, resumindo, eu podia ter morrido, porque estava com resto de placenta. Finalmente fiz uma ultra abdominal e descobri. Tive que fazer uma cirurgia. Na época falei: 'agora que a amamentação está começando a acontecer, não quero deixar de dar leite para a minha filha'. Então os médicos me deram a anestesia peridural, que é da cintura para baixo, e tive que passar por isso. Primeiro fiz a curetagem manual, sem anestesia, tentei não fazer a cirurgia, mas doeu muito. Depois fiz a curetagem com anestesia. Porque era uma quantidade muito pequena, mas o suficiente para causar algo sério".
VOLTA AO TRABALHO
"Um mês depois disso tudo, veio o convite para fazer Veneza. Já tinha passado tempo suficiente para eu ter me recuperado de tudo isso. A Nina estava com cinco meses, fiz a cirurgia quando ela estava com três. Foi muito curioso porque a Cibele Santa Cruz [produtora de elenco] me escreveu dizendo: 'olha, apareceu um personagem aqui que é incrível, de um filme que já estava fechado e por motivos que não sei quais são, não aconteceu de ser a atriz… A gente vai viajar daqui um mês e o filme vai ser rodado no Uruguai... Com a Carmen Maura, o Miguel Falabella vai dirigir, estou te mandando o roteiro'. E eu falei: 'tá, manda!' Li o roteiro e me apaixonei. Obviamente, a primeira coisa que pensei foi: 'ai, meu Deus, é uma garota de programa! Como é que vai ser isso?' Depois que li o roteiro, o Miguel quis falar comigo. Ele me ligou e foi super daquele jeito solar que o Miguel é: 'olha, eu acho que a Madalena tinha que ser para você inicialmente, mas soube que você tinha tido filho e aí a gente foi por um outro perfil de personagem e é isso, vamos embora'. Eu falei: 'tá, Miguel, mas eu acabei de ter neném'. E ele disse: 'mas você é nova, recupera logo, vai dar tudo certo!' E quando desliguei o telefone, pensei: 'meu Deus, será que vou conseguir?'"
DESAFIO
"Na época de Veneza, eu já tinha começado a fazer uma terapia que estou fazendo até hoje, que me ajudou muito, inclusive a me reencontrar como indivíduo. Porque quando você tem filho, o filho vira meio que uma extensão sua. Você precisa se ver de novo como indivíduo, como um ser feminino, uma mulher que vai sair para trabalhar, que vai interpretar uma personagem tão forte como a Madalena… Eu realmente não estava sozinha, precisei de uma rede de apoio que era uma nutricionista, que me ajudou a tentar recuperar o peso, mas sem perder os nutrientes do leite, uma outra especialista em diástase para poder recuperar o abdômen e não sair fazendo aeróbico para emagrecer porque isso pode secar o leite. O foco sempre foi a Nina: o leite da Nina, a recuperação sem atrapalhar…"
MALA E CUIA
"Quando fui filmar Veneza no Uruguai, viajei com uma panela elétrica na mala, porque não queria interromper a introdução alimentar da Nina e usei o método BLW [um tipo de introdução alimentar em que o bebê começa a comer com as mãos os alimentos cortados em pedaços, bem cozidos]. Ficando em hotel, queria ter certeza de que eram comidas frescas e que tinham sido cozidas sem sal. Então foi uma operação, uma aventura e um ato de coragem - obviamente também contei com a ajuda de uma superbabá na época. A Nina foi comigo tanto para o Uruguai quanto para Veneza, na Itália. E eu ficava tirando leite nos bastidores. Fiz muitos Stories na época. Nas nossas primeiras semanas no Uruguai, ficávamos em Montevidéu, mas no meio de uma vinícola que era a 45 minutos do hotel e eu ia carregando um isopor com gelo, porque não tinha energia elétrica, para armazenar o leite e não precisar entrar na fórmula".
"O Kikito foi muito mais para premiar essa mãe que se dedicou muito. Eu estava me reencontrando como mulher, como profissional, e calhou de ser num filme muito poético e forte"
SUPERMÃE
"O Kikito foi muito mais para premiar essa mãe que se dedicou muito. Eu estava me reencontrando como mulher, como profissional, como indivíduo, e calhou de ser num filme muito poético e forte, em que a personagem leva uma mensagem muito bonita de amor sem nomenclatura e que vive de certa forma uma tragédia. Ela não perde a esperança de ver a beleza das coisas. Aprendi muito nesse processo todo, principalmente porque viramos uma família muito unida: o elenco, a equipe. Tinham muitos pais e mães na equipe. Lembro do Du [Moscovis] me ajudando a dobrar carrinho e carregar mala. Sem contar todas as mães que me entendiam e que, ao mesmo tempo, me davam essa rede de apoio e essa ajuda".
DOIS MAIS DOIS
"Quando surgiu para o convite do filme, eu estava com muita sede de fazer cinema de novo porque assim que voltei de Veneza, fiz 'O tempo não para' e depois emendei em 'Órfãos da Terra'. Então, estava com aquela vontade de fazer cinema. Achei muito curiosa a premissa do filme [que aborda a troca de casais], completamente diferente da minha. Porque realmente me considero muito careta e conservadora. Não tenho nada contra, imagina! Sou a que mais prega o amor da maneira mais livre, amor é amor mesmo. Se tem relação aberta, tem casos de pessoas que são casadas com duas pessoas e que vivem debaixo do mesmo teto, acho isso incrível, porque quem vive isso precisa de uma inteligência emocional muito grande, é uma evolução que não tenho. Então na mesma hora falei: 'opa! É bem distante da minha realidade, bem longe da minha zona de conforto, por que não fazer?' Minha carreira no cinema vem muito mais de comédia do que de drama e pensei: 'vamos lá, acho que vou me aventurar nesse lugar que é bem distante do meu'. E foi ótimo e muito divertido".
"Sou a que mais prega o amor da maneira mais livre, amor é amor mesmo"
INSÂNIA
"Fiquei um mês na Lapa, no Paraná, gravando Insânia. Levei a Nina comigo e fiquei nessa cidadezinha superpequena. Claro que levei de novo a minha superbabá, a mesma que foi comigo para o Uruguai e para Veneza. E lá tinha parquinho, o pai da Nina conseguiu ir visitá-la, fiquei vivendo intensamente aquele trabalho quando começou a surgir a questão do coronavírus. Lembro de ver TV no café da manhã na pousada e falar: 'meu Deus, que loucura'. Terminamos as filmagens na Lapa, fomos para Curitiba porque tinha uma parte lá, e em março, no meu aniversário, dia 10, precisamos parar as filmagens faltando cinco diárias para acabar. Faltava muito pouco para acabar. Isso foi muito frustrante por um lado, porque você fica com aquela sensação de não ter terminado o trabalho. Então, voltei para o Rio e foi um período muito difícil para todos nós, de medo, de susto".
QUARENTENA
"Quando voltei para o Rio, foi um período muito difícil. De certa forma, o Bruno e eu pegamos a pandemia um pouco juntos e foi bem difícil. Eu ficava mal vendo a situação das pessoas que não tinham condições de ficar em casa ou que não tinham máscara ou uma reserva para poder ficar em casa. E no Rio de Janeiro a gente ainda estava vivendo aquela situação da água, tudo junto. Eu lembro que a água do filtro vinha com cheiro de fossa. Foi realmente um período forte, senti muito a quarentena no início. Ficava nesse ciclo de ficar mal, porque tinha meus momentos de questionar, e ficava pior ainda porque pensava nas pessoas que tinham realmente motivo para ficar mal porque estavam doentes ou porque não tinham como trabalhar".
REINVENÇÃO
"Tive que ficar me reinventando em casa com a Nina, inventando mil coisas para fazer e tentando driblar meu próprio medo... Tinha que estar ali solar para uma criança… Eu realmente fiz a quarentena, realmente fiquei em casa… Levei e levo muito a sério mesmo. Não saía, não fazia nada, demorou muito para eu dar uma volta de bicicleta de máscara. Isso depois de muito tempo... E foi quando surgiu o convite da ONU para fazer um vídeo explicando a pandemia para as crianças usando o que eu tivesse em casa. De certa forma, não me sentia muito preparada para fazer aquilo porque estava com a criatividade lá embaixo. Mas pensei: 'preciso fazer, isso chegou até a mim e não tem por que não fazer, é bonito, é necessário…' Fiz e até postei no meu IGTV, ficou superbonitinho. Primeiro era para fazer só o áudio contando a história em português porque foi feito em diversas línguas. E depois virou um videozinho que tentei improvisar, fazer com o que eu tinha em casa, usando os brinquedos da Nina. E aquilo de certa forma foi um certo respiro".
VACINADA
"Estou muito emocionada por ter sido vacinada. É um filme que passa na cabeça. Desde o ano passado para cá, estou acompanhando as pesquisas, a vibração quando a vacina chegou aqui, porque agora, mais do que nunca, a gente vê o quanto foi dificultada a chegada da vacina até aqui, e tem essa sensação de revolta. Senti alívio e revolta por tantos que poderiam ter tomado e não tomaram. Estou realmente muito emocionada. Torço para que dê tudo certo. Sempre procuro não perder as esperanças... Por mais que seja um período tão obscuro que a gente está vivendo no país, com toda revolta e com toda dor, tento ter essa visão de luz e de esperança porque é importante. O gesto de vacinar para mim é um respiro, um alívio".
"O gesto de vacinar para mim é um respiro, um alívio"
INÍCIO
"A primeira vez que eu e o Bruno nos vimos foi na Promo Day de 'Órfãos da Terra'. E só falamos: 'oi, tudo bem?' Na exibição do primeiro capítulo da novela, que foi um mês depois, é que ele puxou papo comigo. Eu estava ali meio desencaixada, apesar de conhecer muitos atores, e fiquei pensando: 'onde eu sento?' E ele falou: 'vamos sentar aqui'. E foi assim que a gente se conheceu, digamos assim. Ele puxou assunto, partiu muito dele. Eu nem estava pensando em paquerar e ser paquerada. Estava vivendo a minha vida, resolvendo as minhas histórias. Já estava separada, focada na minha filha, no meu trabalho, não estava pensando nisso mesmo. Só que o Bruno é um homem bonito e pensei: 'não sei mais fazer isso'. Aí ele me ofereceu o casaco dele porque estava frio. Até brinquei com ele: 'nossa, você sabe fazer, é bom nisso!'"
ROMANCE
"Depois do primeiro capítulo, o pessoal foi dançar num lugar perto e fui de rasteirinha porque queria dançar. O Bruno contando isso é a coisa mais engraçada porque ele fala que não dei a mínima para ele, disse que devolvi o casaco para ele, inclusive. Disse: 'toma o casaco'. E ele: 'não precisa, pode ficar'. E falei: 'lá fora não tem ar-condicionado, está quente, não precisa'. Ele falou: 'essa é a hora que você aceita o casaco, fica com ele e depois eu arrumo uma desculpa para pegar o casaco com você'. E eu: 'ah, tá!' (risos). Fiquei com o casaco e no meio devolvi para ele porque não queria ficar com a responsabilidade de perder o casaco de ninguém. Eu estava com a minha bolsinha pendurada e dançando feliz da vida. Ele fala que esnobei ele, que não dei a mínima para ele. Depois de muito tempo ele arrumou um jeito de pegar meu telefone com a desculpa de me colocar no grupo da novela".
DEVAGAR
"Demorou muito para a gente trocar mensagem. O Bruno diz que deixei ele no vácuo… (risos). Demorou muito para o primeiro encontro. Então, a gente começou a se conhecer melhor muito antes da gente sonhar que os nossos personagens iam ter alguma coisa na novela [Órfãos da Terra]. Ou seja, quando a gente soube que nossos personagens teriam alguma coisa, foi a coisa mais engraçada do mundo porque ninguém sabia que a gente estava ficando, só a gente. As pessoas acham que a gente ficou junto por causa das cenas de 'Órfãos da Terra', só que os nossos personagens nem estavam predestinados a isso, foi uma coisa que aconteceu em um grupo de discussão da novela. A gente foi com muita calma até ver que estava bastante envolvido e virar um namoro".
RESPEITO
"O começo do namoro foi muito respeitoso para todos. A Nina era muito pequenininha, para mim era tudo muito novo. Teve um encontro inesperado com o pai da Nina e o Bruno se apresentou a ele e deu os parabéns pela relação que a gente tinha. Aliás, é uma coisa que muita gente elogia de fora. Claro que não é fácil, tem todos os lados de divergências, às vezes de tratamento de educação. Mas, no geral, eu e o Felipe nos damos muito bem, essa conexão que temos é eterna. E a gente tenta fazer da melhor maneira possível para a Nina. Por isso, meu início de namoro com o Bruno aconteceu de uma maneira muito respeitosa, com muita calma, tudo muito pensado, muito maduro".
PARCERIA
"O Felipe também é músico e violonista, então a gente tenta combinar [a guarda da Nina]: 'hoje você pode? Esse final de semana você fica, Carol? A Nina essa semana vai dormir tantos dias com você'. A gente se fala todo dia e tenta esquematizar da melhor maneira possível. Tudo tem acontecido de uma maneira muito saudável. Desde sempre, falo para a Nina: 'olha que legal, você tem duas casas, dois quartos'. Sempre tento mostrar para ela que a vida é boa e bonita, apesar de nós adultos recebermos as porradas da vida e tentarmos filtrar para a criança. Gosto de ler muito sobre educação positiva e criação neurocompatível".
"O Bruno é super bem-humorado, muito educado, trata muito bem as pessoas, isso me chama atenção, gosto de gente respeitosa"
NINA
"A Nina é bem diferente de mim, tem a personalidade muito forte. É leonina e tenho duas irmãs leoninas, sei o que estou falando (risos). Ela tem uma personalidade muito forte desde que nasceu, parece mentira, mas é verdade. Ela sempre deixou muito claro o que quer e o que não quer. Ao mesmo tempo, é muito solar, ativa, esperta, inteligente. Ama música, ama dançar. Já era de se esperar porque a família do pai é da música e eu sempre fui uma pessoa que gostava de tocar instrumentos... Sempre ouvi muita música, faço playlist para os personagens, já fui a muitos concertos com a Nina. Fiz aula de violoncelo enquanto a barriga de gravidez permitiu. Ela tem essa veia artística muito forte, mas vou deixar ela muito livre para escolher o que quiser. Mas ela tem uma chama artística dentro dela".
NAMORADO
"Conheço os filhos do Bruno por foto e videochamadas. Tudo com muito respeito e calma. Vamos fazer dois anos de namoro oficial agora. Mas já estamos ficando há mais de dois anos. O Bruno é super bem-humorado, muito educado, trata muito bem as pessoas, isso me chama atenção, gosto de gente respeitosa. Ele é muito espirituoso, brinca com a Nina, tem muito jeito com criança. Nossa relação é muito tranquila e natural".
Créditos:
Fotos: Vinicius Mochizuki | @viniciusmochizuki
Assistente de fotografia: Rodrigo Rodrigues
Stylist: Juliano e Zuel | @julianoezuel
Assistente de stylist: Jana Paes | @janapaes
Beleza: Walter Lobato | @walterlobato_
Assessoria de Imprensa: Dany Tavares Comunicação | @danytavarescomunicacao
Carol Castro sobre saúde mental na pandemia: "Muitas máscaras caíram, isso mexeu comigo" - QUEM Acontece
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