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Sunday, March 5, 2023

Dez dicas para viver melhor, segundo médicos - Saúde Estadão

Toda semana, o The Washington Post pede a um médico que responda a questionamentos de leitores. Aqui estão as dez perguntas mais populares, com um resumo dos conselhos de saúde compartilhados por médicos.

1. De quanta vitamina D eu preciso?

Por Joann E. Manson

Grandes ensaios clínicos randomizados nos últimos anos mostraram que a vitamina D não é a panaceia que alguns acreditavam que fosse. Resumindo: a grande maioria dos americanos está obtendo toda a vitamina D de que precisa por meio de sua dieta e do Sol.

É necessário que você gaste dinheiro com suplementos? Para a maioria dos adultos saudáveis, a resposta é não. Precisamos apenas de quantidades pequenas a moderadas da vitamina, e mais não é necessariamente melhor.

A vitamina D de que precisamos conseguimos por meio da dieta e do Sol, e não de suplementos, diz especialista  Foto: Morgue File/Divulgação

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2. Quais tratamentos funcionam para mulheres com queda de cabelo?

Por Jennifer N. Choi

Minoxidil tópico é minha primeira escolha de tratamento para a causa mais comum de queda de cabelo em mulheres: alopecia androgenética feminina.

Se você notou queda de cabelo, o primeiro passo a seguir é obter o diagnóstico de um clínico geral ou dermatologista, que pode fazer uma biópsia do couro cabeludo e solicitar exames de sangue para procurar possíveis causas, como anemia ou distúrbios da tireoide. Se a sua queda de cabelo foi gradual, com a linha frontal do cabelo ainda intacta, você provavelmente tem alopecia.

3. As saladas realmente te fazem bem?

Por Robert H. Lustig

A salada geralmente é um alimento saudável, mas apenas se você adicionar a combinação certa de ingredientes e ficar longe de molhos engarrafados comprados em lojas. Você pode se surpreender ao saber que o tipo de verduras que você escolhe não importa muito.

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O principal benefício para a saúde da alface e de outras verduras em uma salada é a fibra. As saladas geralmente são embaladas com fibras, que são realmente o alimento para o microbioma, os trilhões de bactérias que vivem em seu intestino e a chave para a saúde metabólica.

Para fazer um ótimo molho caseiro, concentre-se em ingredientes como azeite extra virgem, óleo de abacate, tahine, vinagre, mostarda Dijon, ervas, especiarias e sucos cítricos com baixo teor de açúcar (limão, lima, toranja).

4. Por que fico com sono à tarde depois de almoçar?

Por Lydia Kang

Sentir-se lento após o almoço é muito comum. O “mergulho da tarde”, como às vezes é chamado, refere-se àquelas horas grogues entre 14h e 17h, quando suas pálpebras fecham e sua concentração se torna tão nítida quanto um pudim de baunilha.

Pode haver uma infinidade de razões para isso acontecer, incluindo muito pouco sono à noite ou condições médicas, como apneia obstrutiva do sono, anemia e distúrbios da tireoide. Se você se sentir exausto, verifique com seu médico para garantir que tudo esteja bem.

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Faça um almoço cheio de vegetais, que são ricos em fibras e podem ajudar a regular o açúcar no sangue. Evite consumir uma grande porção de proteína animal e gordura. Tente comer carboidratos complexos, como grãos integrais e legumes, e evite carboidratos simples, incluindo bebidas açucaradas e massas brancas. Uma caminhada rápida, de preferência ao ar livre, também pode lhe dar um impulso.

5. Por que faço tanto xixi à noite?

Por Petar Bajic

A micção noturna, também conhecida como noctúria, pode afetar homens e mulheres em qualquer idade. As causas mais comuns são totalmente benignas, embora a noctúria também possa ser desencadeada por certas condições de saúde e medicamentos.

Na minha prática, os pacientes geralmente ficam chocados ao saber que a apneia do sono pode ser a causa subjacente da noctúria. Ela também pode ser um sinal de alerta para outras condições de saúde, como diabetes, insuficiência cardíaca, infecções do trato urinário e bexiga hiperativa, bem como uma reação a alguns medicamentos, incluindo aqueles usados para tratar hipertensão e problemas renais. Às vezes, está relacionada a outros problemas de sono, como insônia.

6. A maconha faz tão mal quanto o álcool?

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Por Salomeh Keyhani

Temos décadas de pesquisa sobre os efeitos da bebida na saúde. Mas a pesquisa sobre a cannabis está evoluindo e as consequências para a saúde pública de seu uso comercializado – em novos produtos e doses – levarão anos para serem compreendidas.

Não existe um nível de consumo de álcool que seja totalmente seguro, diz especialista Foto: Werther Santana/Estadão

Do ponto de vista médico, não existe um nível de consumo de álcool que seja totalmente seguro, pois estudos mostram danos mesmo com o consumo leve. Em relação à cannabis, digo aos meus pacientes que ainda não temos certeza se existe um nível seguro de uso, mas que, em geral, os cientistas consideram o uso frequente e com alto teor de THC mais arriscado.

7. Por que eu sinto meus músculos contraírem antes de adormecer?

Por Mark Wu

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A maioria das pessoas pensa em sono e vigília como dois estados diferentes de ser, mas há momentos em que as linhas entre eles se confundem. Durante essa transição, ao cair no sono, você pode sentir uma contração que o acorda de repente.

Esses espasmos – conhecidos como espasmos hipnóticos ou início do sono – envolvem breves contrações de um ou vários músculos e podem ser acompanhados por outras sensações, como a sensação de queda. Os humanos não são os únicos que os experimentam: os cães também têm contrações muscalares quando adormecem.

Essas experiências são bastante comuns e raramente são motivo de preocupação. Elas podem ser provocadas ou intensificadas pelo estresse, privação de sono e uso excessivo de cafeína.

8. A proteína animal é mais fácil de digerir do que a proteína vegetal?

Por Walter Willett

As proteínas dos alimentos de origem animal, como carne, leite e ovos, tendem a ser mais facilmente absorvidas do que as de origem vegetal, como nozes, feijões e grãos. Isso se deve em parte aos revestimentos fibrosos que ajudam a proteger as plantas de insetos e doenças, e esse escudo também pode reduzir a taxa de digestão.

Mas essa não é uma razão para escolher proteínas animais em vez das vegetais. A diferença na absorção é menor, normalmente cerca de 10% a 20% menos com plantas do que nos animais, e só seria uma preocupação se nossas dietas mal tivessem proteína suficiente para atender às necessidades. Para adultos nos Estados Unidos e em outros países ricos, a ingestão de proteínas geralmente está acima do que precisamos – cerca de 15% das calorias diárias em média –, então a diferença na absorção entre proteínas animais e vegetais é amplamente inofensiva.

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9. Qual é a melhor maneira de se livrar dos cravos?

Por Jenna C. Lester

Embora seja tentador, espremer cravos com os dedos não é uma boa ideia. Isso pode causar lesões na pele e resultar na hiperpigmentação ou em cicatrizes.

Você pode tentar tratamentos tópicos, que demoram mais para funcionar, mas são mais econômicos e farão o máximo por você a longo prazo, pois podem impedir a formação de cravos futuros. Eles também estão prontamente disponíveis na maioria das farmácias e em uma variedade de preços.

10. O que acontece se eu beber muita água?

Por Joseph G. Verbalis

O resultado mais provável é apenas que você vai urinar com mais frequência para se livrar do excesso de água.

Porém, os rins normais podem liberar até um litro de líquido a cada hora. Se você beber mais do que isso, reterá o excesso de água em seu corpo, o que causa uma condição conhecida como hiponatremia e pode ser prejudicial à saúde.

A hiponatremia foi a causa da morte de um participante de um concurso de rádio na Califórnia em 2007, em que o prêmio foi para quem bebesse mais antes de urinar. A ingestão excessiva de água também levou à morte de estudantes durante rituais de trote em fraternidades.

Se você sentir sede, beba o quanto precisar até que a sede passe, orienta médico. Foto: Pixabay/@ExplorerBob/Divulgação

Mas, é importante lembrar, a maioria das pessoas nunca experimentaria essas situações. Resumindo: se você não sente sede, é provável que esteja adequadamente hidratado. Mas se você sentir sede, beba o quanto precisar até que a sede passe.

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Saturday, March 4, 2023

Adoçante faz mal? Produto está associado a maior risco de ataque cardíaco, diz estudo - Estadão

O popular adoçante artificial eritritol, que é usado como substituto do açúcar em muitos produtos cetogênicos, de baixa caloria e baixo teor de carboidratos, tem sido associado a um risco aumentado de ataque cardíaco, derrame e morte, de acordo com um estudo publicado na Nature Medicine.

Observando mais de 4 mil pessoas nos Estados Unidos e na Europa que estavam passando por avaliação cardíaca eletiva, os pesquisadores da Cleveland Clinic descobriram que aquelas que tinham níveis mais altos de eritritol no sangue tinham maior chance de sofrer eventos cardíacos adversos. Em estudos pré-clínicos, eles também encontraram evidências de que a ingestão de eritritol aumentava a formação de coágulos sanguíneos.

Os pesquisadores alertam que são necessários mais estudos e que os participantes tinham uma alta prevalência de doenças cardiovasculares, portanto, a “extrapolação” dos resultados para a população em geral ainda precisa ser determinada.

Mesmo assim, os resultados são um desafio significativo para o marketing de produtos que apresentam o eritritol como uma alternativa saudável e natural ao açúcar. E as descobertas chegam em um momento em que o eritritol está em voga, com tendências de dieta à base de plantas, cetogênica e com baixo teor de carboidratos estimulando o interesse por adoçantes alternativos vendidos como “naturais”.

De acordo com relatórios de 2022 da empresa de pesquisa NielsenIQ, o crescimento das vendas de produtos com eritritol cresceu 43% em dois anos, e os produtos que afirmam conter “adoçantes naturais” cresceram 91%. Produtos “sem açúcar” com eritritol muitas vezes são recomendados para indivíduos com obesidade, diabetes ou síndrome metabólica – que já correm o risco de problemas de saúde cardiovascular, observam os autores do artigo.

Os resultados são um desafio significativo para o marketing de produtos que apresentam o eritritol como uma alternativa saudável e natural ao açúcar Foto: Valeria Gonçalvez/Estadão - 08-01-2019

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Em uma declaração sobre o estudo, Stanley Hazen, cardiologista da Cleveland Clinic, pediu mais pesquisas sobre adoçantes alternativos. “As doenças cardiovasculares aumentam com o tempo, e as doenças cardíacas são a principal causa de morte no mundo”, disse ele. “Precisamos garantir que os alimentos que ingerimos não estejam contribuindo para esse risco de maneira oculta.”

Hazen escreveu em e-mail que sua equipe não pretendia estudar adoçantes artificiais, mas procurava encontrar substâncias químicas no sangue que identificassem “quem estava em risco de ataque cardíaco, derrame ou morte nos próximos três anos”. O composto que previu isso “acabou sendo o eritritol”. Sua equipe então desenvolveu um teste específico, testou independentemente suas hipóteses e replicou as descobertas.

Álcool de açúcar encontrado em pequenas quantidades em frutas e vegetais, o eritritol é pouco metabolizado, excretado quase inteiramente na urina e caracterizado como um adoçante de “zero caloria”. Muitos alimentos que afirmam ter sabor natural, como granola e biscoitos cetogênicos, contêm eritritol. Mas, quando adicionada artificialmente a alimentos processados, a substância aparece em níveis “mil vezes superiores aos níveis endógenos”, escreveram os pesquisadores.

Greg Neely, professor de genômica funcional da Universidade de Sydney, que estudou adoçantes artificiais, disse que muitos rótulos “naturais” equivalem a “marketing enganoso”, observando que as pessoas partem do pressuposto de que, “se tem na natureza, provavelmente não faz mal”.

Neely disse que o estudo da Cleveland Clinic é “extremamente importante e provavelmente desencadeará mudanças imediatas no que consumimos”, enfatizando que os pesquisadores começaram “sem nenhum objetivo específico”. O estudo destaca que “não entendemos completamente quais são as consequências dos alimentos industrializados para a saúde, e só porque algo é vendido como ‘natural’ não significa que seja seguro ou bom para nós consumirmos em escala industrial”.

Só porque algo é vendido como ‘natural’ não significa que seja seguro ou bom para nós consumirmos em escala industrial

Greg Neely, professor de genômica funcional da Universidade de Sydney

Os méritos e deficiências de adoçantes alternativos, como aspartame, sucralose, estévia e sacarina, são debatidos há anos. Muitas vezes apresentados como um atalho para perda de peso que oferecem o sabor doce de alimentos com alto teor de açúcar sem as consequências para a saúde, esses adoçantes têm sido associados a um maior consumo de calorias e níveis mais elevados de açúcar no sangue. Um estudo de 2019 sugeriu que beber refrigerantes adoçados artificialmente estava associado ao aumento de mortes por doenças circulatórias.

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Mas alguns argumentam que tais associações são produto do estilo de vida das pessoas que consomem esses adoçantes, não dos adoçantes em si. E apesar de décadas de estudos sobre a segurança dos substitutos do açúcar, grande parte da pesquisa é inconclusiva.

Ainda assim, Neely disse que tenta evitar adoçantes artificiais “quando possível”.

A incidência de condições como obesidade e diabetes está aumentando a uma taxa “muito mais rápida do que se fosse apenas genética”, disse Neely. “Portanto, sabemos que nosso ambiente está causando essas doenças de alguma forma, e a industrialização de nossos alimentos é um componente crítico que precisamos considerar”. /TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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Friday, March 3, 2023

Tipo comum de adoçante é associado a AVC e parada cardíaca; saiba qual - R7

Um estudo publicado na segunda-feira (27), na revista Nature Medicine mostrou a associação entre o uso do adoçante eritritol e taxas mais altas de ocorrência de ataques cardíacos e AVC. Segundo os pesquisadores, a correlação entre ambos se daria pelo aumento da probabilidade de formação de coágulos sanguíneos.

De acordo com um dos autores do estudo, Stanley Hazen, da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, o uso do adoçante na produção de alimentos industrializados aumentou a sua concentração na corrente sanguínea da população.

Conhecido como álcool de açúcar, o eritritol faz parte dos adoçantes naturais que não contêm calorias e com capacidade adoçante de 70%.

O eritritol é encontrado em baixas concentrações em frutas e vegetais, além de poder ser produzido naturalmente pelo próprio corpo.

A partir da constatação, Hazen começou a pesquisar os efeitos do eritritol em amostras sanguíneas de dois estudos anteriores, os quais acompanhavam as taxas de ataques cardíacos e AVC entre os participantes.

Ambos os estudos, que tinham 2.100 participantes nos Estados Unidos e 830 participantes na Europa, analisaram pessoas com predisposição a esses eventos, devido a fatores como excesso de peso ou diabetes.

Com a análise, os cientistas notaram que, ao longo de três anos, os participantes com maiores níveis de eritritol apresentavam maior risco de sofrer uma parada cardíaca ou um AVC.

A probabilidade de ocorrência foi dobrada entre os dois grupos após ajustes, levando em conta que pessoas com maiores níveis de sobrepeso ou piores indicadores de saúde eram, também, mais propensas ao uso do adoçante.

Por se tratar de um estudo observacional, não ficou provado que o eritritol seria, de fato, o desencadeador dos problemas de saúde. 

A equipe de Hazen passou, então, a explorar os efeitos do adoçante no sangue, dada a possibilidade de ocorrência de coágulos.

Nessa observação, quando oito voluntários considerados de baixo risco de ataque cardíaco ou AVC consumiram alimentos e bebidas contendo 30 g de eritritol — como meio litro de sorvete com baixo teor de carboidratos —, seus níveis sanguíneos do adoçante saltaram de cerca de 4 micromoles (uma medida de concentração) para cerca de 6.000 micromoles e permaneceram altos por várias horas.

“Assim que você bebe uma bebida adoçada artificialmente, os níveis de eritritol superam os níveis considerados normais no sangue”, afirma Hazen.

Verificou-se, também, que o eritritol promove a formação de coágulos quando adicionado em amostras de sangue, tanto nas de camundongos como nas de sangue humano, em níveis de 300 micromoles e 45 micromoles, respectivamente. 

Entretanto, segundo Duane Mellor, porta-voz da Associação Dietética Britânica, a maioria das pessoas não costuma ingerir quantidades suficientes para atingir os níveis testados para efeitos de coagulação neste estudo.

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Thursday, March 2, 2023

Uso excessivo de redes sociais altera o desenvolvimento do cérebro de adolescentes - R7

Resumindo a Notícia

As redes sociais já fazem parte da rotina dos adolescentes. As plataformas facilitam o contato e as interações desse público com outras pessoas, porém, pesquisadores descobriram que elas também podem estar ligadas a alterações cerebrais significativas.

A pesquisa, publicada na revista Jama Pediatrics e realizada por cientistas do Winston Center, analisou 169 adolescentes de 12 anos que usavam o Facebook, Instagram e Snapchat.

Por meio de capturas de tela dos celulares, os pesquisadores encontraram um dado um tanto quanto assustador: os adolescentes atendiam os telefones, em média, cem vezes e passavam 500 minutos, cerca de oito horas, no celular todos os dias.

Eles então observaram que essa verificação exagerada das mídias sociais interferia no neurodesenvolvimento.

Em termos científicos, o estudo constatou que esses adolescentes tiveram um aumento da amígdala esquerda e direita do cérebro (responsáveis por processar as emoções), na ínsula anterior direita (ligada à percepção afetiva de empatia com o próximo), no corpo estriado ventral (envolvido na regulação do comportamento emocional) e no córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo (entre suas funções estão regulação e controle cognitivo e emocional, controle da atenção e planejamento temporal).

Isso significa, de forma prática, que essa parcela da população está ficando, por exemplo, menos sensível às interações sociais (mais solitária e menos conectada com seus colegas). A checagem habitual das mídias sociais está mudando a maneira como o cérebro do adolescente responde ao ambiente.

A fase da adolescência é o momento em que o cérebro passa por uma reorganização estrutural e funcional. Isso torna a pessoa mais hiperativa e preocupada com a validação social, especialmente de amigos, e as redes sociais podem estar intensificando essa situação — o que explicaria o uso contínuo.

Além disso, a relevância dada às plataformas pode prejudicar a criação de um controle cognitivo e, consequentemente, as condições para regular seus comportamentos e emoções.

A exposição à interatividade dessas mídias também acaba reduzindo a capacidade desse público de resistir aos impulsos e aumenta a resposta neural a situações que estejam relacionadas ao ganho de recompensas, como as curtidas e notificações. Essa relação aumenta a dependência das redes.

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Wednesday, March 1, 2023

Que horas você vai à academia? Veja o que dizem estudos sobre o melhor horário para se exercitar - Saúde Estadão

Fazer exercícios físicos à tarde pode reduzir os riscos de morte prematura mais do que os exercícios matinais ou noturnos, de acordo com um novo estudo em larga escala com mais de 90 mil homens e mulheres.

Mas se o exercício matinal ou noturno é a sua preferência, não se desespere. O estudo também descobriu que fazer atividade física a qualquer hora do dia é melhor para a longevidade do que não se exercitar.

E novas pesquisas indicam que pode haver benefícios únicos em encaixar o exercício nas primeiras horas da manhã, sugerindo que o melhor horário para se exercitar depende do que queremos de um treino.

Por que se preocupar com o horário dos exercícios?

Existem evidências crescentes de que os efeitos dos exercícios para a saúde dependem, até certo ponto, de quando nos movimentamos. Em pesquisas anteriores, as pessoas com risco de diabete melhoraram mais o controle do açúcar no sangue malhando à noite do que pela manhã, enquanto, em outros estudos, as pessoas perderam mais gordura corporal se exercitando mais cedo do que no final do dia.

Mas esses estudos eram pequenos e seus resultados, limitados e inconsistentes, por isso era difícil tirar conclusões sobre quando devemos nos exercitar.

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Um dos novos estudos ajuda a eliminar qualquer preocupação sobre o tamanho da pesquisa. Publicado este mês na Nature Communications, o novo estudo reúne dados sobre 92.139 homens e mulheres que ingressaram no UK Biobank, uma análise da saúde de adultos no Reino Unido, e usaram um rastreador de atividade por uma semana.

Usando as leituras dos rastreadores, os pesquisadores dividiram os voluntários de acordo com a frequência e o horário de seus exercícios, verificaram os registros de mortalidade por até sete anos depois que as pessoas ingressaram no Biobank e compararam padrões de movimento e mortes.

A correlação mais forte e menos surpreendente que eles encontraram foi que os homens e mulheres que praticavam com mais frequência atividades físicas moderadas ou vigorosas viviam mais do que as pessoas que raramente se exercitavam, independentemente da hora do dia.

Mas os pesquisadores também descobriram ligações sutis entre o exercício do meio do dia e chances ainda melhores de uma vida mais longa.

Pessoas que agrupavam suas atividades físicas entre 11h e 17h ou as espalhavam ao longo do dia inteiro tinham menos probabilidade de morrer prematuramente de doenças cardíacas ou outras causas (exceto câncer) do que pessoas que se exercitavam principalmente antes das 11h ou depois das 17h.

Este período da tarde, apontam os pesquisadores, coincide perfeitamente com a hora do dia em que, estatisticamente, as pessoas têm menos probabilidade de sofrer um ataque cardíaco.

Os benefícios do exercício vespertino para a longevidade foram mais pronunciados para homens e idosos. Mas, no geral, as descobertas sugerem que o horário de exercício “pode ter o potencial de maximizar os benefícios da atividade física diária para a saúde”, concluem os pesquisadores.

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Fazer exercícios físicos à tarde pode reduzir os riscos de morte prematura mais do que os exercícios matinais ou noturnos, de acordo com um novo estudo em larga escala com mais de 90 mil homens e mulheres. Foto: Werther Santana/Estadão

O exercício matinal ataca a gordura corporal

Mas, para muitos de nós, o exercício no meio do dia de trabalho é logisticamente desafiador.

Para essas pessoas, um novo estudo com camundongos saudáveis em pequenas esteiras oferece alguma esperança.

A pesquisa se baseia em um estudo separado e ambicioso do ano passado, no qual pesquisadores do Instituto Karolinska em Estocolmo e outras instituições catalogaram quase todas as moléculas que mudaram nos tecidos corporais de camundongos, dependendo de quando eles corriam nas esteiras.

Para sua surpresa, eles notaram que as mudanças foram especialmente pronunciadas no tecido adiposo dos animais. “Não esperávamos que a gordura fosse tão afetada”, disse Juleen Zierath, professora de fisiologia clínica integrativa no Instituto Karolinska e uma das autoras do estudo. Ela e seus coautores tinham imaginado que os músculos e fígados dos animais apresentariam as alterações mais moleculares.

Então, para o novo estudo, eles decidiram se concentrar na gordura e em como o horário dos exercícios a alterava. Eles fizeram ratos machos correrem por uma hora em minúsculas esteiras – ou permanecerem parados como controle.

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Alguns corriam algumas horas depois de terem acordado, equivalente ao meio da manhã para nós. Outros corriam algumas horas no período em que os animais normalmente desaceleravam e descansavam. Alguns animais deixavam de comer antes do treino; outros comiam ração à vontade.

Os pesquisadores coletaram sangue e tecido adiposo dos animais repetidas vezes nas horas após o exercício. E descobriram muito mais coisas acontecendo na gordura dos animais que corriam poucas horas depois de acordar. Sua gordura liberou substancialmente mais ácidos graxos, os blocos de construção da gordura, na corrente sanguínea dos animais, prontos para uso como combustível muscular. E o tecido adiposo restante mostrou aumentos maiores nos marcadores bioquímicos de produção de calor e atividade mitocondrial do que a gordura dos corredores noturnos, bem como na atividade de certos genes relacionados ao metabolismo da gordura.

Uma única sessão de exercício no início do dia criou condições no tecido adiposo dos animais que presumivelmente levariam a uma maior queima e perda de gordura ao longo do tempo do que o mesmo exercício à noite, disse Zierath.

Como você deve decidir o melhor horário para se exercitar?

“Este estudo identificou alguns efeitos fascinantes”, disse Jeffrey Horowitz, professor da Universidade de Michigan, que estuda exercícios e metabolismo. Ele não esteve envolvido no novo estudo.

Mas também complica a questão de quando malhar. O exercício à tarde é preferível se o objetivo é a longevidade, enquanto os esforços da manhã são melhores para diminuir a cintura?

Na realidade, qualquer diferença “será marginal”, disse Zierath.

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Afinal, os maiores ganhos no estudo da longevidade vieram da atividade frequente, seja qual for a hora do dia.

E qualquer aumento na queima de gordura após os treinos matinais provavelmente seria pequeno, disse Zierath.

“Estamos falando de ajuste fino”, disse ela. Mas, ao longo de meses, anos ou uma vida inteira, “essas pequenas mudanças podem ser significativas”.

Então, se você quiser queimar um pouco mais de gordura a cada treino e diminuir lentamente os estoques de gordura do corpo, pode haver vantagens em se exercitar antes do meio-dia. Mas, se seu objetivo principal é mais vida, tente se mexer mais durante a tarde, se possível. Mas o mais importante é levantar da cadeira e se movimentar. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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Eles escolheram viver sem álcool e comemoram: 'Era uma bomba-relógio' - VivaBem

O pós-Carnaval costuma ser uma época em que muita gente reserva para fazer um "detox". A exemplo dos britânicos com o movimento conhecido como "janeiro seco", muitos brasileiros diminuem, ou até suspendem, o consumo de bebidas alcoólicas após as festas do começo de ano. Quem aderiu a essa prática contabiliza os benefícios para a saúde.

A maquiadora carioca Flávia Coutinho, 47, conta que está há mais de cinco meses sem ingerir álcool e já sente uma melhora significativa. "A primeira coisa que a gente percebe é a diminuição do inchaço na barriga", revela.

Praticante de caminhada, ela diz que também notou os efeitos na disposição para a prática de atividade física.

"A diferença é nítida, mais disposição para fazer as coisas. A respiração é mais fácil na caminhada, até a sudorese é menor, pois quando ingeria álcool suava bem mais e cansava mais rápido".

Flávia diz que passou a ingerir mais álcool em 2020, durante o isolamento social causado pela pandemia de covid-19. Ela começou bebendo nos finais de semana e foi aumentando a quantidade com o passar do tempo, incluindo bebidas em alguns dias da semana.

Segundo a maquiadora, a bebida que ela mais consumia era a cerveja e os efeitos nocivos não demoraram a aparecer.

Tinha enxaqueca, ressaca e acabava fumando mais, porque a tendência é fumar mais quando se está bebendo. Sem beber, eu fumo um ou dois cigarros por dia, mas quando bebia, era uma carteira e meia. Era uma bomba-relógio.
Flávia Coutinho

O consumo de bebida alcoólica aumenta a vontade de fumar cigarro - Freepik - Freepik

O consumo de bebida alcoólica aumenta a vontade de fumar cigarro

Imagem: Freepik

Com o tempo, ela desenvolveu um quadro de depressão e decidiu parar de consumir álcool. "Na época bebia em um ritmo frenético, chegava a beber seis 'litrões' em um dia. Quando percebi o descompasso que as coisas estavam, resolvi parar", avaliou.

Bebida x desempenho em atividades físicas

A decisão de parar de beber foi um pouco mais recente para o especialista em marketing Elias da Silva Riz, 27. O paulista está desde setembro de 2022 sem ingerir bebidas alcoólicas.

Antes, eu bebia de tudo: cerveja, cachaça, vodka, nos dois dias do final de semana. Até hoje tem gente que não acredita que parei.
Elias da Silva Riz

Desde fevereiro do ano passado, frequentando a academia de forma desregulada, ele resolveu começar a se dedicar aos treinos e a priorizar a saúde no mês de agosto. Foi quando percebeu que a bebida atrapalhava seu desempenho.

"Na segunda-feira eu voltava sem disposição, como se estivesse recomeçando a treinar, não aguentava fazer todas as séries, passava a semana assim, perdia até a vontade de ir por preguiça", conta.

Elias diz que sempre teve o corpo magro e sonhava em ganhar massa muscular, mas nunca conseguia. Então, com maior dedicação aos treinos, parar de beber foi uma consequência — que também foi acompanhada por uma mudança na alimentação.

Nesses seis meses, o publicitário conta que já conseguiu alcançar seu objetivo.

Já consigo ver nitidamente a diferença. Consegui ganhar músculos, coisa que nunca havia conseguido antes. Essa foto de antes é uma das poucas que tenho. Nem gostava de fazer foto. Essa camisa que estou nem cabe mais em mim. Elias da Silva Riz

Bom funcionamento do fígado e manutenção do peso

Segundo a endocrinologista Claudia Chang, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, assim como os prejuízos, os benefícios para quem deixa de consumir bebidas alcoólicas varia de acordo com vários fatores, como gênero, idade e comorbidades, que influenciam na metabolização dele, mas entre os principais estão o bom funcionamento do fígado e a manutenção do peso.

"Em excesso o álcool pode sobrecarregar o fígado, levando a casos de cirrose com uso crônico de longo prazo. Além disso, existe o benefício com relação à redução calórica. Para os indivíduos acima do peso, a ingestão de álcool pode levar a ganho de peso expressivo".

As reações da maquiadora carioca Flávia Coutinho são exemplo disso, explica a médica, que relata ainda outra possibilidade para elas.

"Sintomas como inchaço e distensão abdominal podem estar relacionados à intolerância a algum dos componentes, por exemplo, indivíduos com doença celíaca ou que tenham intolerância ao glúten podem ter essas queixas intestinais relacionadas à ingestão de cerveja".

No caso do especialista em marketing Elias da Silva Riz, essa suspensão no consumo de álcool também influenciou diretamente no ganho de massa muscular, segundo ela.

"Muitas vezes a ingestão de álcool leva a uma redução da ingestão alimentar. Se o indivíduo não tiver aporte proteico adequado pode ter dificuldade do aumento da massa magra e rendimento nos treinos".

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Tuesday, February 28, 2023

Lucia Helena - Entenda por que deixar de comer feijão aumenta o risco de obesidade - VivaBem

Dizem, o feijão virou o símbolo máximo do que seria a nossa cozinha graças ao Modernismo na década de 1920. Famintos por símbolos para representar o que seria a tal da brasilidade, artistas e intelectuais modernistas logo sacaram que esse alimento era servido à mesa de todos na nossa terra, dos mais ricos ao povão.

Voltando às nossas raízes, já era consumido pelos indígenas, socados no pilão. Deu força e sustentou um mínimo de saúde aos escravos vindos da África e, cozido com muito mais água para agradar ao paladar dos europeus, fazia parte da refeição dos portugueses que aqui desembarcaram.

O alimento, portanto, concentra a nossa gente e suas origens em cada grão, assumindo o protagonismo de preparações diferentes conforme a tradição de cada região, do tutu ao feijão tropeiro, passando pela feijoada e pelo simples companheiro do arroz.

Mas, se hoje em dia ele continuasse sendo a preferência dos brasileiros, quem sabe não encontrássemos duas em cada dez pessoas com obesidade por aí. A balança aponta que, no país, 42,6% da população está, no mínimo, um pouco acima do peso.

Para engrossar o caldo, o hábito de comer feijão vem diminuindo ano após ano. Se você perguntar para a nutricionista Fernanda Serra Granado o que uma coisa tem a ver com a outra, ela achará mais do que mera coincidência nos dois fenômenos.

Em uma pesquisa que ainda está quentinha, aguardando para ser publicada logo mais, Fernanda — que está no programa de pós-graduação da Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) — notou que a probabilidade de alguém engordar além da conta é 10% maior se esse indivíduo não consome feijão. E o risco de desenvolver obesidade pra valer cresce em 20%.

Ela chegou a essa conclusão depois de analisar as informações de mais de 500 mil adultos, coletadas em entrevistas telefônicas entre 2009 e 2019 pelo Vigitel (o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito do Ministério da Saúde).

Fernanda Granado dividiu essas pessoas em quatro grupos para compará-los entre si. Um deles era o de quem comia feijão regularmente, isto é, em mais de cinco dias por semana. A segunda turma era a do consumo moderado, que se serve desse alimento em três ou quatro dias da semana. Feijão no prato em apenas um ou dois dias da semana agrupou pessoas com consumo baixo e, claro, o último grupo era o daqueles que, infelizmente, riscaram essa opção da dieta.

Se quem deixou o feijão de lado não fez uma boa escolha pensando na balança, em compensação quem o saboreia em cinco ou mais dias da semana apresenta o que a ciência chama de fator de proteção. "O risco de ficar com excesso de peso, então, diminui em 14% e o de surgir a obesidade cai 15% em comparação com quem come feijão em três dias da semana ", conta a nutricionista.

O segredo dos feijões

Não imagine os grãos guardam algum componente mirabolante de dieta da moda. Não é por aí. O que eles têm com fartura são proteínas, vitaminas, sais minerais e fibras, o suficiente para saciar o desejo de uma alimentação mais rica e equilibrada. "Na verdade, são um marcador de qualidade nutricional", explica Fernanda Granado.

Isso porque geralmente o feijão nunca está sozinho. Ao seu lado, costumamos encontrar uma saladinha, a parceria quase inseparável do arroz, legumes e uma fonte de proteína, feito um bife, um filé de frango, um peixe grelhado. Ora, um cardápio assim não favorece o ganho de peso.

"Já quando a pessoa tira o feijão do prato, o seu lugar pode ser ocupado por opções menos saudáveis", observa Fernanda, dando como exemplo as salsichas, o macarrão instantâneo e a pizza industrializada. "E esses alimentos ultraprocessados têm relação direta com a obesidade", diz ela.

Aliás, até no tempo o feijão é o oposto de um ultraprocessado. Enquanto este mata a fome de quem come voando, o grão pede para ficar de molho, gosta do fogo lento e só se apressa se a panela botá-lo na maior pressão.

Ou seja, quem costuma fazer um feijãozinho em geral fica mais tempo na cozinha para preparar uma refeição completa. Logo, quando a gente vê que uma pessoa come feijão, isso indica o seu gosto por comida caseira — disposição e disponibilidade para prepará-la também.

Cada vez mais raro

O que preocupa Fernanda Granado e muita gente ligada em saúde é que esse hábito se torna cada vez mais raro. O consumo de feijão é prova disso.

Aliás, o que rendeu a pesquisa atual associando o seu consumo regular à proteção contra o ganho de peso foi outro estudo. Nele, Fernanda previu que o brasileiro vai deixar de comer feijão regularmente — isto é, entre cinco e sete dias por semana — em 2025. Esse desastre acontecerá em um "tirinho", como diriam os colegas mineiros dessa nutricionista paulista de Campinas.

Na verdade, o ano de 2025 é uma média na linha do tempo. Desde 2022, a maioria das mulheres brasileiras só come feijão quatro vezes por semana ou até menos — algumas nem comem. Por ironia, seria por causa da preocupação com o peso? "Não acredito", opina a pesquisadora. "Acho que as mulheres levam uma vida ainda mais corrida", completa, esclarecendo que seu trabalho não levanta os motivos. Já a maioria dos homens brasileiros irá alcançar essa mesma marca de consumo de feijão aquém do desejável apenas em 2029.

A nutricionista conta que focou no feijão depois de constatar a queda do consumo de alimentos in natura em geral. De acordo com dados da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), em vez de se alimentar de uma maneira mais saudável, 7% da população consumia rotineiramente alimento ultraprocessado em 2002. Agora, cerca de vinte anos depois, esse é um hábito de 46% dos brasileiros.

"Quando olhamos para o feijão especificamente, vemos que seu consumo cai em todas as faixas de idade e em todas as classes sociais", afirma. Daí ela querer examinar o impacto disso na saúde e encontrar a relação entre o abandono do feijão de todo dia e o ganho de peso.

Menos acessível do que no passado

Dá para deduzir que o alimento se tornou ainda mais raro na panela das famílias economicamente mais vulneráveis. Não tem a ver apenas com a crise dos últimos anos que reabriu a ferida da fome no país.

O feijão, em especial, vem encarecendo um bocado. Fernanda Granado lembra que há uma redução das áreas destinadas ao seu cultivo, já que plantar milho ou soja é bem mais lucrativo, abastecendo os produtores de ração animal e da própria comida ultraprocessada, Sem contar chuvas e mudanças climáticas encolhendo as safras e, consequentemente, catapultando o preço.

Como aumentar as porções?

"O primeiro passo é informar a população para que faça melhores escolhas alimentares", responde Fernanda Granado, que também elenca medidas de saúde pública bem-vindas, como subsídios aos grãos e a outros alimentos in natura paralelamente à maior taxação dos ultraprocessados. Assim, a distância de preço entre as duas opções favoreceria o feijão na boca do caixa.

"Já as empresas deveriam oferecer espaços equipados para que as pessoas tenham condições de levar uma marmita com a comida de casa", acrescenta.

O que está ao nosso alcance de imediato, porém, é separar um intervalo na agenda para preparar um feijão gostoso. O abandono dessa tradição denota a fragilidade da nossa cultura diante de uma alimentação pronta e globalizada que só está levando o mundo inteiro a engordar e a adoecer.

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