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Wednesday, August 31, 2022

Saiba qual tipo sanguíneo é associado a um risco 18% maior de derrame antes dos 60 anos - R7

Uma ampla revisão sistemática de diversos estudos já publicados concluiu que pessoas com determinados tipos sanguíneos têm mais risco de sofrer AVC (acidente vascular cerebral), popularmente conhecido como derrame, antes dos 60 anos.

Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (31) na revista Neurology, da Associação Americana de Neurologia.

O trabalho, chamado de meta-análise, incluiu 48 estudos que abordaram genética e acidente vascular isquêmico (o tipo mais comum) na América do Norte, Europa e Ásia.

Os dados disponíveis eram de quase 600 mil pessoas, sendo 16,9 mil que haviam sofrido um AVC e outras 576,3 mil que não tiveram.

Dos 16,9 mil, cerca de 35% tiveram AVC de início precoce – antes dos 60 anos – enquanto o restante foi tardio, após essa idade.

Os pesquisadores verificaram que havia uma ligação entre o AVC precoce e a área do cromossomo que inclui o gene que determina o tipo sanguíneo A, AB, B ou O.

Eles calibraram os dados para sexo e outros fatores de risco. Ao final, concluíram que pessoas com sangue tipo A têm 18% mais chances de sofrer um derrame antes dos 60 anos do que qualquer outro tipo sanguíneo.

Por outro lado, portadores de sangue tipo O tinham risco 12% menor de ter um acidente vascular cerebral antes dos 60 anos.

O tipo sanguíneo B também foi associado a um risco mais elevado de AVC precoce.

Quando observados os dados apenas dos indivíduos europeus, os autores do estudo descobriram o seguinte:

• O AVC precoce ocorreu em 48% dos que tinham sangue tipo A.

• Entre os que tinham sangue O, foram 35%.

O coinvestigador principal do estudo, Steven J. Kittner, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland (EUA), enfatiza, em comunicado, que o risco aumentado foi muito modesto e que aqueles com sangue tipo A não devem se preocupar em ter um AVC de início precoce ou fazer exames extras.

Alguns estudos anteriores já apontavam que indivíduos com tipo sanguíneo A têm um risco ligeiramente maior de desenvolver trombose venosa nas pernas, condição provocada por coágulos. 

Os mecanismos pelos quais essas pessoas também têm mais chances de sofrer um AVC precisam ser mais bem-estudados, segundo os próprios pesquisadores. 

“Pesquisas futuras são necessárias para ajudar a desenvolver uma compreensão mais precisa de como o AVC se desenvolve. Isso pode levar a tratamentos preventivos direcionados para o AVC de início precoce, o que pode resultar em menos incapacidade durante os anos mais produtivos das pessoas", afirmou em comunicado a pesquisadora Jennifer Juhl Majersik, da Universidade de Utah e membro da Academia Americana de Neurologia.

Acidente vascular cerebral

O AVC isquêmico é o mais frequente e ocorre quando há o bloqueio de algum vaso sanguíneo do cérebro, impedindo o transporte de oxigênio para partes do órgão. Quando há rompimento do vaso, o AVC é chamado de hemorrágico – é também o tipo mais grave.

Embora o tipo sanguíneo tenha sido associado ao AVC isquêmico no estudo publicado hoje, há fatores de risco conhecidos para a doença que incluem pressão alta, colesterol elevado, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo e uso de drogas, por exemplo.

Dados da Arpen Brasil (Associação de Registradores de Pessoas Naturais) mostram que somente no ano passado, 108 mil pessoas morreram no país vítima de AVC, um número ligeiramente maior do que os óbitos por infarto (103 mil).

O Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento lista os seguintes sintomas como principais do AVC:

• Súbita fraqueza ou paralisia de um lado do corpo (por exemplo, metade do rosto, um braço ou uma perna, ou um lado inteiro).

• Súbita perda de sensibilidade ou sensibilidade anormal em um lado do corpo.

• Dificuldade súbita em falar, incluindo dificuldade em achar as palavras e algumas vezes linguagem ininteligível.

• Confusão súbita, acompanhada de dificuldade em compreender a linguagem e em falar.

• Obscurecimento súbito, visão turva ou perda da visão, em particular em um olho.

• Tontura súbita ou perda de equilíbrio e coordenação, levando a quedas.

Pessoas que tiverem suspeita de um AVC precisam buscar atendimento médico com urgência, pois quanto mais tempo demorar, maior é o risco de sequelas e morte.

Saiba quais são os sinais do AVC, cujo atendimento rápido é decisivo

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5 alimentos que ajudam na perda de gordura abdominal - O Dia

5 alimentos que ajudam na perda de gordura abdominalReprodução

Olá, meninas!

Sabe aquela gordurinha indesejada na barriga? Que é terror para muitas mulheres? Engana-se quem pensa que ela é apenas uma questão estética. A gordura abdominal pode comprometer a saúde, inclusive aumentar os riscos de doenças cardiovasculares. E mesmo sem alimentos milagrosos para acabar com esse problema, um estudo do Hospital Universitário de Lausanne, na Suíça, revela algumas opções que podem ser aliadas nessa missão.

A pesquisa foi realizada com mais de 1,3 mil suíços, em uma amostra de adultos entre 18 e 75 anos. Durante o levantamento, foi avaliada a dieta dos participantes por meio de hábitos alimentares de 24 horas. O estudo definiu padrões alimentares, com base na ingestão de 22 grupos de alimentos específicos para o café da manhã. Nele, foi demonstrado que os participantes que tomavam um café balanceado, como smoothies, mingau de aveia, ovos, iogurte e whey protein, apresentavam menos gordura abdominal que aqueles que consumiam cereais ou torradas na primeira refeição do dia.

A nutricionista Mari Fazzi, especializada em emagrecimento, explica porque esses alimentos estão entre os maiores aliados da perda de gordura. Confiram as dicas da profissional:

Whey protein: De acordo com a nutricionista Marianne Fazzi, a proteína fornece mais saciedade em relação aos carboidratos. “O ato de tomar whey protein pode ajudar no controle da glicemia, pois as proteínas possuem um índice glicêmico menor do que os carboidratos, isto é, apresenta uma menor variação da glicose após sua ingestão, que contribui para diminuir o apetite proporcionando uma sensação mais prolongada de saciedade”, explica.

Smoothies: Marianne faz um alerta para que não deixemos de lado as frutas e vegetais no café da manhã. “Consumir frutas e verduras nessa refeição é ideal para favorecer a saciedade e reduzir riscos de doenças, uma vez que são alimentos ricos em fibras. Os smoothies são opções práticas e deliciosas que ainda ajudam a acelerar o metabolismo dependendo dos ingredientes utilizados”, indica.

Mingau de aveia: “A aveia é uma fonte de fibras. Ela ajuda a controlar os níveis de colesterol, além de contribuir para a saúde intestinal. O mingau de aveia é uma preparação saudável que prolonga a sensação de saciedade, uma vez que sua digestão é fácil e lenta, contribuindo para o emagrecimento”, comenta Fazzi.

Porém, a nutricionista alerta para a quantidade ingerida do alimento. “No entanto, a aveia pode fazer o efeito contrário se ingerido em grandes quantidades, como uma constipação e uma digestão lenta e difícil. Cabe sempre lembrar a importância de fazer uma dieta balanceada, com acompanhamento de um nutricionista”.

Ovos: “Omelete, ovo mexido, ovo pochê ou ovo cozido. Não importa a forma de preparo, a proteína do ovo proporciona saciedade e diminui as chances de fazer refeições extras, além de ser rico em nutrientes essenciais. Por isso, não deixe de fora do seu cardápio de café da manhã”, destaca Mariane.

“O alimento apresenta também uma alta quantidade de aminoácidos. Além disso, não possui alto nível de calorias e carboidratos, sendo excelente opção para quem está em uma dieta low-carb, por exemplo”, acrescenta a especialista.

Iogurte: Os iogurtes naturais são ricos em proteína e gorduras saudáveis e podem ser aliados de uma dieta equilibrada e saudável. “Esses alimentos devem ser consumidos de forma moderada o consumidor deve sempre optar por versões no sabor natural, sem açúcar e com poucos ingredientes”, comenta a nutricionista Marianne Fazzi.

Além dos alimentos que ajudam na eliminação da gordura abdominal, Marianne explica que o emagrecimento é um jogo matemático, de comer menos e gastar mais. Por isso, o método mais eficaz no emagrecimento consiste em encontrar o sabotador da sua dieta. “O que te impede de emagrecer? É preciso acompanhar o paciente, fazer uma avaliação, cardápio, plano alimentar que o paciente consiga colocar em prática, respeitando sua rotina, hábitos e biotipo. É basicamente trabalhar uma mudança de comportamento, e não apenas uma dieta”, finaliza a nutricionista.

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Tuesday, August 30, 2022

Aprenda a reconhecer sinais de alerta para excesso de açúcar no sangue - Metrópoles

A glicose, quando na forma de molécula de açúcar presente na circulação sanguínea, representa uma parte vital da nossa saúde e é a principal fonte de energia do corpo. Ela ajuda o indivíduo a ter disposição para executar as atividades cotidianas. No entanto, quando em excesso, pode levar a complicações graves, como diabetes, doenças cardíacas e problemas renais.

A hiperglicemia, ou glicose alta, ocorre quando há excesso de açúcar no sangue. A situação leva à insuficiência de insulina, pois hormônio responsável por transportar a glicose pelo corpo se torna insuficiente. O desequilíbrio pode ser tratado, muitas vezes, pela alimentação.

“Muito açúcar no sangue por um longo período pode danificar os vasos sanguíneos responsáveis ​​por levar sangue a órgãos como o coração e os rins. Nem todo mundo vai notar sinais dessa condição, mas há alguns sintomas sutis, como fadiga ou aumento da sede”, explicou a médica de emergência Bayo Curry-Winchell, ao portal norte-americano Eat This Not That!.

A profissional de saúde listou sinais característicos de hiperglicemia:

Confira sinais de excesso de açúcar no sangue

1. Sentir-se muito cansado

De acordo com a médica, o açúcar extra não significa mais energia. O corpo passa a não ser capaz de utilizar o excesso de glicose em benefício próprio, resultando em cansaço extremo.

2. Aumento de micção e sede

Os rins são incapazes de filtrar o excesso de açúcar no sangue. Com isso, eles tentam removê-lo de qualquer forma, principalmente pela urina. Para repor a quantidade de líquido que sai, o corpo passa a pedir cada vez mais água.

3. Visão turva

Níveis elevados de glicose no sangue podem aumentar a pressão dos vasos sanguíneos atrás da retina e causar visão turva. A dificuldade pode ser apenas temporária, sendo resolvida quando a quantidade de açúcar no sangue se estabiliza.

4. Dormência e formigamento

O excesso de açúcar no sangue pode resultar em danos no sistema nervoso, que causa uma condição chamada neuropatia e é caracterizada pela dormência ou formigamento dos dedos, das mãos e dos pés.

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Ciro Gomes diz que não questionou saúde de Lula: 'Má inteligência' - Internet Group

Ex-governador do Ceará se explicou sobre o assunto
Reprodução/Jovem Pan - 25.08.2022
Ex-governador do Ceará se explicou sobre o assunto

Nesta terça-feira (30), o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), em entrevista coletiva em Brasília, afirmou que não questionou a saúde do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na segunda (29), ele postou um texto no Twitter e, após ser muito criticado, apagou.

“Não falei nada sobre estado de saúde. Só achei que aquilo ali [o texto publicado inicialmente no Twitter] era meio duro demais e podia ficar na má inteligência. O que eu estou falando é que o Lula perdeu a capacidade moral de enfrentar o Bolsonaro e a direita sanguinária no Brasil. Então, refraseando, é só isso que eu quis dizer”, explicou o pedetista durante o evento da Unecs (União Nacional das Entidades de Comércio e Serviços).

A polêmica gira em torno de uma postagem feita por Ciro nas redes sociais. Ele publicou uma foto de Lula no debate da Band e fez o seguinte questionamento: “Será que não entendem que Lula está cada dia mais fraco — fisicamente, psicologicamente e teoricamente — para enfrentar a direita sanguinária?”. A imagem acabou sendo apagada.

Depois da publicação, a equipe do ex-presidente postou um texto mostrando Lula elogiando o ex-governador do Ceará. “Eu tenho um profundo respeito pelo Ciro Gomes, sou grato ao Ciro Gomes que esteve no governo comigo, ele não resolveu estar conosco, sair com candidatura própria, é um direito dele”, falou o petista no vídeo compartilhado.

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Fumo de terceira mão: como substâncias do cigarro 'se agarram' a objetos e fazem mal à saúde - BBC News Brasil

  • André Biernath - @andre_biernath
  • Da BBC News Brasil em Londres

Cigarro e cinzeiro em cima de um sofá

Crédito, Getty Images

Você já ouviu falar de fumo de terceira mão? O conceito é direto e simples: as substâncias liberadas durante a queima do cigarro impregnam móveis, tecidos ou paredes.

"E elas podem permanecer nesses objetos e superfícies por dias, semanas, meses ou até anos e representam riscos à saúde", completa o oncologista clínico Marcelo Cruz, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Embora esse problema seja descrito em trabalhos científicos desde a década de 1950, ele é pouco conhecido em comparação com o fumo passivo — quando um indivíduo que não é usuário do tabaco inala diretamente a fumaça baforada por alguém que esteja próximo.

Um levantamento feito em 2009 nos Estados Unidos calculou que apenas 43% dos tabagistas acreditam que o fumo de terceira mão seria danoso às crianças, enquanto que 84% deles dizem conhecer bem os perigos do fumo passivo.

Os especialistas alertam que o contato com esses compostos químicos pode fazer mal à saúde — e já existem alguns trabalhos preliminares, feitos em roedores, que apontam o risco de problemas comportamentais, como a hiperatividade, e até de lesões em órgãos como os pulmões e o fígado.

Entenda a seguir o que já se sabe sobre esse fenômeno e o que pode ser feito para evitá-lo.

Moléculas impregnadas

Algumas delas, como a nicotina, a naftalina e os formaldeídos, são liberadas durante o processo de queima e ficam vagando pelo ambiente misturadas à fumaça.

Aos poucos, elas "grudam" nas superfícies e nos objetos, principalmente naqueles que são revestidos por tecidos, como tapetes, carpetes, toalhas, cortinas e na própria roupa.

Muitos desses compostos também já foram detectados "agarrados" aos móveis e à tinta das paredes.

O primeiro trabalho sobre o tema foi publicado em 1953 por médicos americanos. Eles demonstraram que a nicotina se condensa (passa do estado gasoso para o líquido) e, quando aplicada nas costas de ratos, causaria tumores de pele.

Em 1991, uma investigação feita na Dinamarca encontrou partículas dessa mesma substância (que causa uma dependência química muito forte) na poeira de casas onde moravam fumantes.

Já em 2008, um grupo da Universidade Estadual de San Diego, nos EUA, avaliou substâncias encontradas nos carros de tabagistas e descobriu que até o painel do veículo carrega poluentes encontrados nesse produto, mesmo que a pessoa não tenha o costume de acender o cigarro quando está dirigindo.

Mais recentemente, em março de 2020, uma equipe da Universidade Yale, também nos Estados Unidos, mediu a presença de alguns desses compostos químicos numa sala de cinema.

Os cientistas descobriram que em filmes com uma classificação etária mais restrita (o que indica a presença de um número maior de adultos e possivelmente mais fumantes naquele espaço fechado) há uma concentração considerável de compostos danosos à saúde, mesmo que seja proibido fumar neste local.

Os autores então concluíram que os fumantes carregam consigo esses químicos por meio da pele e das roupas, mesmo que não estejam tragando um cigarro naquele exato momento. Eles estimaram que a quantidade de compostos "agarrados" ao corpo dessas pessoas chega a equivaler ao contato de um a dez cigarros pelo fumo passivo.

De 311 voluntários com menos de 12 anos que não tinham contato direto com algum fumante, 296 (ou 95% do total) apresentavam essa substância na superfície da pele.

Já num grupo de 193 crianças cujos familiares são usuários do tabaco, essa taxa chegou a 97,9%.

Pessoa segura cigarro com a mão com uma criança ao fundo

Crédito, Getty Images

Riscos pouco conhecidos

Embora os especialistas se preocupem com essa exposição a tantos compostos químicos, são poucas as pesquisas que estimam com exatidão os impactos do fumo de terceira mão na saúde.

Depois de um tempo, os animais expostos a objetos contaminados por esses compostos químicos foram diagnosticados com alguns problemas físicos e comportamentais.

As cobaias sofreram com danos nos pulmões e tinham mais propensão a condições inflamatórias, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e a asma. Eles também apresentaram alterações no fígado que precedem quadros como cirrose, câncer e doenças cardiovasculares.

Os cientistas também realizaram testes comportamentais e viram que os ratos expostos ao fumo de terceira mão demonstravam com mais frequência sinais de hiperatividade.

Que fique claro: pesquisas desse tipo são consideradas preliminares e não é possível afirmar com toda a certeza que esses mesmos problemas se repetem nas pessoas. Mesmo assim, elas servem de base para que outros estudos, com voluntários humanos, possam acontecer no futuro.

"Infelizmente, ainda são poucos os dados que temos sobre o fumo de terceira mão ou do quanto risco ele representa para o desenvolvimento de um câncer", admite Cruz.

"Mesmo assim, esse problema deve ser encarado com preocupação, ainda mais quando consideramos as crianças, que têm contato com muitas superfícies contaminadas", complementa o oncologista.

A própria estatura do público infantil já facilita essa proximidade com tapetes e móveis onde esses compostos do cigarro se depositam.

Além disso, os pequenos correm maior risco por levarem a mão à boca com mais frequência e estarem num estágio de formação dos órgãos vitais e do próprio sistema imunológico.

O que fazer?

Os especialistas apontam que a recomendação mais óbvia para diminuir o risco do fumo direto, passivo ou de terceira mão é simplesmente não fumar.

Existem tratamentos que ajudam a largar o vício — alguns deles estão disponíveis, inclusive, no Sistema Único de Saúde (SUS).

O contato direto ou indireto com todas as milhares de substâncias contribui para o desenvolvimento de mais de 15 tipos de câncer diferentes, além de estar relacionado com infarto, acidente vascular cerebral (AVC), DPOC, tuberculose, infecções respiratórias, úlceras no estômago e no intestino, impotência sexual, infertilidade e catarata.

Pessoa tira cigarro de maço

Crédito, Getty Images

Já para aqueles que não desejam abandonar o cigarro agora, a dica é nunca fumar em ambientes fechados ou próximos demais da casa, do escritório ou de espaços públicos.

A remoção de muitos desses compostos químicos que estão "agarrados" em objetos e superfícies parece algo difícil de fazer. Uma publicação dos Centros de Tratamento do Câncer da América, nos EUA, aponta que "os métodos de limpeza normais não são efetivos contra esses poluentes".

"Na maioria das vezes, a única opção é trocar carpetes e pintar de novo as paredes da casa", informa o texto.

Para Cruz, o conceito do fumo de terceira mão "reforça como é importante manter o ambiente limpo e livre do cigarro".

"Como se sabe, algumas dessas substâncias podem ficar impregnadas por semanas, meses ou até anos e eventualmente prejudicar a saúde de pessoas que nem estavam ali junto com os fumantes."

"Estamos tão habituados a falar dos riscos do tabagismo ou do fumo passivo que às vezes esquecemos desses efeitos indiretos. Ou seja, não basta apenas fumar num outro cômodo da casa ou abrir uma janela para dissipar a fumaça", continua o oncologista.

"É preciso pensar nas crianças e em como um hábito pode fazer mal a toda uma população que é mais vulnerável", conclui.

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'Aids levou minha visão do olho direito e limitou meus movimentos', diz jovem que incentiva diagnóstico precoce - BBC News Brasil

  • Giulia Granchi
  • Da BBC News Brasil em São Paulo

Vitor Ramos, 29, antes e depois do tratamento para Aids

Crédito, Arquivo Pessoal

Em 2015, Vitor Ramos, na época estudante de administração, começou a sentir sintomas gripais. "Era só uma garganta inflamada e um mal-estar leve. Quem seria capaz de associar isso com HIV?", indaga ele, que só recebeu o diagnóstico três anos depois.

Vitor conta que a hipótese demorou muito a passar pela sua cabeça. "Eu achava que nunca tinha me relacionado sexualmente com alguém portador do vírus, porque na minha cabeça essa pessoa seria acamada e estaria muito fraca", diz.

Dois anos depois do aparecimento dos sinais mais genéricos, em 2017, Vitor teve quadros intensos de diarreia que o fizeram perder cerca de 20 quilos e passar por oito hospitais em busca de um diagnóstico na cidade de Araçariguama, onde morava no interior de São Paulo, e em municípios próximos.

"O gastroenterologista pediu uma colonoscopia que voltou inconclusiva para doença de Crohn [uma doença inflamatória do trato gastrointestinal], a principal suspeita do médico. Mesmo assim, ele decidiu me tratar como se eu tivesse o quadro", lembra.

"Na ocasião, minha mãe chegou a perguntar: 'Doutor, não pode ser HIV?', e ele respondeu que não era 'comum em homens'. Entendi aquilo como uma suposição equivocada de que eu seria um homem hétero, já que o HIV ainda é muito associado aos homossexuais."

A infecção pelo vírus, na realidade, pode acontecer com qualquer pessoa, independentemente da sua orientação sexual. O HIV está presente em secreções (fluidos) como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno. Por isso recomenda-se sempre o uso de preservativos no sexo, e que mães soropositivas alimentem seus bebês com fórmula infantil.

Além do diagnóstico incorreto, o médico que atendeu Vitor receitou um medicamento imunossupressor, efetivo para o tratamento de doença de Crohn, mas extremamente nocivo para quem vive com HIV.

"Os medicamentos imunossupressores podem atuar enfraquecendo diferentes partes do sistema imune a depender de qual é o remédio receitado. Considerando um paciente que já estava com imunidade celular baixa, se usar medicação que piora a imunidade, há o risco de deixá-lo muito suscetível às infecções oportunistas, que às vezes somente o HIV não seria suficiente para causar", aponta o médico infectologista acreano Dyemison Pinheiro, que não acompanhou o caso de Vitor.

"A partir do dia que comecei a tomar o medicamento, a piora foi muita rápida. Eu digo que fui ladeira abaixo, e uma ladeira bem íngreme. Comecei a andar devagar, as diarreias não paravam, eu só ficava em casa porque poderia precisar do banheiro a qualquer momento. Precisei trancar a faculdade", lembra Vitor.

Com o quadro cada vez mais grave, sua família insistia para que ele procurasse um pronto-socorro. "Eu tentava disfarçar dizendo que estava bem. Mas um dia, minha irmã chegou decidida a me levar. Eu fui até o carro andando, e quando chegamos no hospital, já não sentia minhas pernas. Precisei ser tirado por um segurança e fiquei na cadeira de rodas. Ali, senti que algo estava muito errado."

Foi neste dia, 8 abril de 2018, que Vitor recebeu o diagnóstico de HIV.

Vitor rodeado por enfermeiras que acompanharam seu período no hospital

Crédito, Arquivo pessoal

A contagem de das células imunológicas CD4 em seu corpo estava extremamente baixa. Para comparação, o índice em uma pessoa saudável deve ser acima de 500. Quando está abaixo de 350, indica que a pessoa sofre de Aids. A contagem de CD4 de Vitor no momento do diagnóstico era 2.

"Com tratamento, é possível melhorar o número, mas o índice não leva em conta a recuperação imunológica. Algumas pessoas apresentam falhas qualitativas importantes nas células de defesa, e por isso, há pesquisadores que advogam que, uma vez que o número esteve abaixo de 350, a pessoa sempre terá Aids", explica Pinheiro.

Na primeira semana de internação, Vitor só lembra de flashes. Algo que o marcou foi uma conversa que ouviu dos médicos, que falaram que não tratariam o HIV no primeiro momento, já que haviam outras doenças oportunistas deixando seu corpo fraco.

Além do vírus da Aids, exames constataram neurotoxoplasmose (infecção no sistema nervoso central), sarcoma de Kaposi (câncer que acomete as camadas mais internas dos vasos sanguíneos) e as infecções sexualmente transmissíveis sífilis e HPV.

Vitor com sua mãe, cão, e profissionais de saúde que acompanharam seu caso

Crédito, Arquivo pessoal

"Apesar do HIV ser perigoso, ele pode não ser o quadro principal responsável pelo óbito. Pelo excesso de medicações, em um caso com diferentes infecções oportunistas, é preferível focar no que oferece mais risco", aponta Pinheiro.

Ao todo, Vitor passou quatro meses internado, incluindo dois períodos na unidade de tratamento intensivo (UTI).

"Perdi os movimentos das pernas e dos braços e fiquei dependente dos outros para tudo. Meu corpo doía muito, e em uma das noites comecei a enxergar tudo vermelho. Foi quando me levaram para a UTI pela segunda vez. Lá, fiquei sem visitas, olhando para o teto e sem me mexer. Só ouvindo barulhos de gente morrendo ou aparelhos apitando. Foram dias extremamente difíceis", lembra.

A primeira alta aconteceu depois de cerca de três meses, mas, após uma semana em casa tomando remédio para uma suposta conjuntivite, Vitor perdeu a visão de um olho.

De volta ao hospital, uma oftalmologista especialista em Aids diagnosticou a presença de citomegalovírus ocular (infecção causa por vírus da família da herpes) e recomendou internação urgente.

"Eu não queria voltar de jeito nenhum, chorei muito, mas fui internado. Também segui fazendo fisioterapia, e, para me ajudar a recuperar os movimentos, minha mãe colocava uma toalha embaixo do prato de comida e me pedia para tentar fazer a refeição sozinho. Eu parecia uma criança sujando tudo, mas, aos poucos, fui conseguindo", diz.

Vitor ao lado da mãe (à esquerda) e ao lado das duas irmãs

Crédito, Arquivo pessoal

"Nos meses que passei internado, perdi autonomia, liberdade e privacidade. Meu pai me perguntou: 'Qual é a primeira coisa que você quer fazer quando sair daqui? Viajar, ir ao shopping...' E eu respondi que queria tomar um banho em pé, sozinho. Ele ficou surpreso."

Vitor conta que toda sua família foi muito carinhosa e essencial no período de tratamento. "Se hoje falo abertamente sobre viver com HIV nas redes sociais e incentivo outras pessoas a fazerem o teste, é só porque tive rede de apoio muito forte."

As sessões de fisioterapia para recuperar os movimentos eram dolorosas. "Quando as enfermeiras entravam, fingia estar dormindo para não ter passar pelos exercícios, que, ao meu ver, não ajudavam em nada. Foi só quando me emocionei ao ver meu polegar do pé se movimentar sutilmente que fiquei mais motivado."

Da cadeira de rodas, Vitor passou a usar um andador, depois um par de muletas e, por fim, andava com o auxílio de uma bengala — uma evolução que levou um ano.

Vitor no dia da alta hospitalar e em foto recente

Crédito, Arquivo pessoal

Quando recebeu alta, o CD4 de Vitor era de 40, um número considerado ainda bastante baixo. Por isso, a condição para voltar para casa foi que ele retornasse ao hospital todos os dias para receber medicamentos na veia.

"Diziam que eu não passaria de 200, que meu caso era muito grave. Foram dias muito difíceis. Os medicamentos tiravam minhas forças." Nos últimos dois exames feitos, seu CD4 passava de 470.

Apesar de a taxa não representar que ele está curado, mostra uma boa resposta ao tratamento, que Vitor diz que segue à risca até hoje, com medicamentos que obtém no SUS (Sistema Único de Saúde).

Além disso, pouco tempo depois de iniciar o tratamento, Vitor chegou ao estágio de HIV indetectável, ou seja, ele não transmite o vírus sexualmente (mesmo que sem proteção).

De acordo com o infectologista Dyemison Pinheiro, é plenamente possível que, mesmo em quadros graves como foi o de Vitor, nos quais as pessoas têm sua imunidade parcialmente comprometida irreversivelmente, ainda se possa chegar ao nível de HIV indetectável conforme o tratamento avança — um fator não está atrelado ao outro.

Ele pratica exercícios físicos regularmente, na academia ou jogando vôlei com a família, terminou a faculdade e conseguiu um emprego recentemente.

"Por conta do diagnóstico tardio, que levou quase três anos, a Aids me fez perder a visão do olho direito, parte da audição, e me causou sequelas de um certo atraso de movimento na perna esquerda. Mas me sinto ótimo, considero que minha recuperação foi muito boa, e, hoje, vivo bem."

Nas redes sociais, Vitor incentiva outros homens e mulheres a procurar fazer um teste antes que o vírus avance no organismo. "Se eu pudesse voltar no tempo, esse seria o conselho que eu daria a mim mesmo. Falaria também para pesquisar sobre o vírus e não ser influenciado pelo que qualquer pessoa diz. Há vida depois do diagnóstico", diz.

Vitor atualmente, ao lado dos amigos Sammia e Kaique

Crédito, Arquivo pessoal

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Santa Cruz tem três casos suspeitos da varíola dos macacos - GAZ

O município de Santa Cruz do Sul investiga três casos suspeitos da varíola dos macacos. Ao todo, já foram nove notificações no município, com seis casos suspeitos descartados e nenhum confirmado. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz.

LEIA MAIS: Ministério da Saúde recebe primeira remessa de remédio contra varíola dos macacos

As amostras foram coletadas em Santa Cruz e encaminhadas para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen), em Porto Alegre. O resultado sai em cerca de sete dias. O exame é feito por amostra das lesões ou crostas das mesmas. No caso de não ter lesão coletável, pode-se fazer swab nasofaríngeo, da mesma maneira como se faz o teste para detecção da Covid-19.

LEIA MAIS: Varíola dos macacos foi identificada pela primeira vez em 1958; entenda como ela se espalhou agora

Estando sob suspeita, o paciente fica em isolamento até o resultado do exame. E, se positivar, pode ficar até 21 dias afastado ou até que a última crosta caia e a pele volte a ficar íntegra.

Segundo a secretária de Saúde de Santa Cruz, Daniela Dumke, o município já possui um plano de contingência para o enfrentamento da doença, mesmo antes de ter aparecido o primeiro caso suspeito.

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Monday, August 29, 2022

No dia de combate ao fumo, especialista alerta sobre os riscos do cigarro - Correio Braziliense

Aline Gouveia

postado em 29/08/2022 19:01 / atualizado em 29/08/2022 19:01

 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O uso de cigarro pode acarretar diversos riscos à saúde. Entre os problemas provocados ou agravados pelo fumo, estão as doenças respiratórias, cardiovasculares e cânceres. Sendo assim, com o intuito de conscientizar acerca dos impactos do hábito, nesta segunda-feira (29/8) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data foi criada por meio da Lei Nº 7.488, de 1986.

Estima-se que aproximadamente 200 mil brasileiros morrem anualmente em decorrência do hábito de fumar. No cenário mundial, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam cerca de 8 milhões de mortes por ano causadas pelo consumo de tabaco. 

Além do uso direto, as pessoas que convivem com fumantes em espaços fechados também estão expostas ao riscos decorrentes do consumo, são os chamados fumantes passivos. “Esses indivíduos também podem apresentar uma piora nas doenças maculares, com aumento do risco de infartos retinianos, tromboses, além do agravamento da retinopatia diabética e hipertensiva", explica o médico Renato Braz Dias, do grupo Opty.

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Tabagismo também afeta a saúde ocular

Renato, especialista em retina e vítreo, explica, ainda, que o uso de cigarros também pode afetar a saúde ocular. De acordo com ele, fumar aumenta de duas a três vezes o risco de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), possibilitando a perda progressiva da visão central. "A degeneração macular nos fumantes está ligada à exposição ao tabaco. Quanto maior o número de cigarros fumados, maior o dano à visão", afirma.

Além da degeneração macular, o hábito de fumar também pode estar associado a outras doenças relacionadas a visão, como glaucoma e catarata. “Essas condições decorrem de danos causados às estruturas internas do olho, como a retina, o nervo óptico e o cristalino. O tabaco também piora quadros de alergias e aumenta as chances dos não-fumantes de sofrer de síndrome do olho seco e ainda causa desconforto para quem usa lentes de contato”, ressalta o médico.

Ainda nesse sentido, o especialista cita um estudo desenvolvido por pesquisadores japoneses na Universidade Farmacêutica Gifu. Na pesquisa, foi observado que a fumaça produzida pelo cigarro gera acúmulo de ferro que mata as células epiteliais da córnea. “A fumaça dos cigarros fere o epitélio, que é a camada mais superficial, capaz de se regenerar, por isso os danos não são permanentes. Entretanto, se exposição for contínua, pode provocar uma lesão na córnea e levar a problemas mais graves”, explica o dr. Renato.

Cigarros eletrônicos

No Distrito Federal, cerca de 31% de adolescente entre 13 a 17 anos já usaram cigarro eletrônico. O índice coloca o DF como líder no ranking nacional, proporcionalmente. “Já foi demonstrado que o uso desses dispositivos eletrônicos está diretamente relacionado ao aumento do risco de levar os jovens ao tabagismo, a potencial de dependência e diversos danos à saúde, incluindo a saúde ocular. Porém é bom lembrar que o desenvolvimento das doenças oculares depende de outras variáveis, como a herança genética. O tabaco é um fator de risco que pode ser eliminado, beneficiando a melhora da saúde em geral", alerta o especialista.

Benefícios em parar de fumar

De acordo com a OMS, parar de fumar traz benefícios imediatos e de longo prazo. Em 12 horas, o nível de monóxido de carbono no sangue cai para o normal. De 2 a 12 semanas, há melhora na circulação sanguínea e função pulmonar. Entre 1 e 9 meses, a tosse e falta de ar diminuem. Em 10 anos, o risco de câncer de pulmão cai para metade em relação a um fumante.

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No dia de combate ao fumo, especialista alerta sobre os riscos do cigarro - Correio Braziliense
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'Gripe do tomate' pode ser variação de doença comum em crianças; entenda - VivaBem

A Índia registrou na última semana mais de 100 casos da gripe do tomate nos estados de Kerala e Odisha. A nova doença causa febre e lesões redondas avermelhadas na pele, que lembram tomates, por isso o nome. Um estudo de caso publicado na Revista Pediátrica de Doenças Infecciosas, porém, indica que a condição pode ser a variação da doença mão-pé-boca, comum em crianças.

No estudo, publicado no dia 19 de agosto, os pesquisadores avaliaram dois irmãos que viajaram ao estado de Kerela. Os pais contaram que eles brincaram com crianças que já tinham se curado da doença. A família retornou ao Reino Unido, onde mora, e uma semana após chegarem em casa, os filhos começaram a ter sintomas.

A menina, de 13 meses, e seu irmão, de 5 anos, apresentaram feridas nas mãos e pernas, sem febre. Após dois dias, a menina desenvolveu lesões na boca, que causaram excesso de baba, enquanto as feridas do menino começaram a cicatrizar.

A doença mão-pé-boca é causada por vírus da família do enterovírus e pode acometer qualquer pessoa, embora seja mais prevalente em crianças de até 5 anos. Ela é bastante contagiosa e, geralmente, está associada aos vírus Coxsackie A16, EV A71, Coxsackie A6, Coxsackie B e Echo vírus.

As crianças fizeram teste PCR nas lesões para avaliar a presença de enterovírus. A menina também realizou coleta de amostras para a varíola dos macacos, porque a equipe desconfiou das feridas devido ao atual surto da doença —o resultado foi negativo.

Quando analisaram as amostras, a equipe identificou a presença do vírus Coxsackie A16, um dos principais responsáveis pela infecção mão-pé-boca.

gripe do tomate, doença mão-pé-boca - The Pediatric Infectious Disease Journal - The Pediatric Infectious Disease Journal

Registros mostram feridas das crianças

Imagem: The Pediatric Infectious Disease Journal

A doença evoluiu sem gravidade para ambas as crianças. No 6º dia, as lesões do menino começaram a cicatrizar sem feridas, enquanto as da sua irmã praticamente desapareceram no 16º dia, relata o estudo de caso.

A gripe do tomate foi reportada em artigo publicado no periódico The Lancet em 17 de agosto, indicando que a doença atingia principalmente crianças abaixo de 5 anos e parecia não ser fatal, mesmo sendo bastante contagiosa.

Sintomas da doença mão-pé-boca

A doença trata-se de uma infecção viral altamente contagiosa que acomete áreas determinadas do corpo como a mão, o pé e a boca, mas pode afetar a região genital e as nádegas. Os sintomas iniciais costumam ser:

  • Febre moderada;
  • Dor de garganta;
  • Perda do apetite;
  • Mal-estar geral.

Após cerca de dois dias, poderão ser observadas as seguintes condições:

  • Feridas dolorosas na boca e na língua (lesões vesiculares);
  • Erupções (lesões avermelhadas que se transformam em bolhas) nas palmas das mãos, nas solas dos pés, mas também nos tornozelos, cotovelos, genitais e/ou nádegas.

Em alguns casos, três a oito semanas após a infecção pode apresentar-se também o descolamento da unha nas mãos e/ou nos pés, o que é definido pelos médicos como onicomadese.

Como é feito o tratamento?

O tratamento pretende aliviar os sintomas como dor e febre, o que se faz por meio do uso de analgésicos, bem como outras medicações que reduzam o desconforto causado pelas lesões.

Além disso, indica-se manter o paciente hidratado, já que pode ser difícil alimentá-lo de forma adequada.

Quando a internação é necessária?

Acometimento de áreas extensas e muitas lesões na cavidade bucal (garganta, boca e língua) podem indicar a necessidade de internação, sobretudo pela dificuldade de ingerir alimentos. Além disso, se existir suspeita de comprometimento do SNC, o paciente deverá ser internado para observação.

O que esperar do tratamento?

A maioria das pessoas se recupera totalmente após cerca de uma semana —e no máximo em 21 dias. A infecção não confere imunidade definitiva e novos quadros podem se repetir.

Complicações são raras

Na maioria das vezes, a síndrome é autolimitada, isto é, se resolve sozinha, sem a necessidade de medicamentos específicos contra o vírus. Embora raros, quadros mais graves podem levar a complicações como a persistência da estomatite e das feridas na cavidade bucal, o que dificulta a alimentação, principalmente se a criança é muito pequena.

Quando a infecção se relaciona a um tipo específico do vírus, o enterovírus 71, pode existir maior risco de comprometimento neurológico, o que potencializa o aparecimento de encefalite, meningite e outras condições.

Mais raramente ainda, o coxsackievírus pode levar à pneumonia, pericardite, miocardite e edema pulmonar. Há ainda evidências de que ele também pode estar envolvido em abortos espontâneos.

*Com informações de reportagem publicada em 26/07/22

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Sunday, August 28, 2022

Saúde: o que dizem os planos de governo dos candidatos à Presidência - Globo

Anel inteligente monitora nível de estresse e sugere exercícios de relaxamento - Pequenas Empresas & Grandes Negócios

A startup Happy Health, recém-capitalizada com US$ 60 milhões, está investindo no desenvolvimento de um anel de humor “inteligente”. Em vez dos modelos tradicionais, com pedras que mudam de cor, o Happy Ring possui um sensor de atividade eletrodérmica (EDA) personalizado, que promete monitorar a mudança dos níveis de estresse dos usuários em tempo real.

Happy Ring (Foto: Reprodução/Instagram @happyring)

Anel inteligente promote monitorar estado emocial dos usuários (Foto: Reprodução/Instagram @happyring)

Na prática, o wearable ("tecnologia vestível") detecta quando a atividade do sistema nervoso simpático – responsável pelas respostas de luta ou fuga – começa a aumentar.

“À medida que começamos a ter pensamentos difíceis ou a sentir emoções fortes, nosso cérebro responde para nos ajudar a responder a esses estímulos”, diz Dustin Freckleton, médico e CEO da Happy Health, ao site The Verge.

Segundo o executivo, os sensores EDA conseguem medir as mudanças elétricas que ocorrem na mão em resposta às pequenas quantidades de suor produzidas na palma.

Além do sensor, um algoritmo é utilizado no mapeamento dessas informações, o que, segundo os desenvolvedores, permite identificar o estado emocional.

“Falamos sobre seu humor continuamente para que você entenda quando está calmo, alerta ou tenso”, diz Sean Rad, fundador da Happy Health – e do Tinder. “Pegamos todos esses dados e personalizamos exercícios para você que são cientificamente comprovados para ajudar a gerenciar seu estresse e melhorar seu humor e bem-estar geral.”

Os usuários podem acompanhar pelo celular as sugestões de exercícios, que incluem atividades como trabalho respiratório, meditação e diário baseado em terapia cognitivo-comportamental. Os exercícios podem ser concluídos no aplicativo e são rastreados simultaneamente pelo próprio anel à medida que as pessoas os completa.

Segundo a empresa, o equipamento também rastreia o sono e a atividade geral do corpo. A duração da bateria é de até três dias de funcionamento. A startup também elucida que, embora seja “projetado para padrões clínicos”, o produto se trata de um gadget de bem-estar e não se destina a diagnosticar condições mentais.

Atualmente, a empesa tem uma lista de espera e o dispositivo será enviado por ordem de chegada. Assim como concorrentes, o equipamento será vendido em um modelo de assinatura que pode ser mensal (US$ 30), de um ano (12x de US$ 24) ou dois anos (24x de US$ 20).

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Saturday, August 27, 2022

Alzheimer: Sintomas da doença podem ser adiados com diagnóstico precoce e atividades intelectuais - Saúde Estadão

Combater os fatores de risco conhecidos para a Doença de Alzheimer e fazer uma detecção precoce são as duas principais medidas para adiar ao máximo a evolução da enfermidade. Pessoas com mais de 60 anos devem buscar a interação social, as atividades intelectuais, o combate à depressão e a prática regular de exercícios físicos. São as principais formas de prevenção.

O psiquiatra e psicanalista Otelo Correa dos Santos Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é o principal investigador da parte brasileira do estudo internacional Davos Alzheimer Collaborative. Ele estuda as vantagens da detecção precoce do Alzheimer e as formas de postergar ao máximo o surgimento dos seus sintomas mais graves. Embora não haja cura, algumas medidas podem ser adotadas para minimizar o impacto pessoal e social da enfermidade.

“O impacto social e econômico é enorme, uma vez que a doença e os doentes ficam acamados, totalmente dependentes de outras pessoas para fazer as atividades mais básicas do cotidiano”, afirma Santos Filho.

Por isso, diz o especialista, se houver detecção precoce do problema e os tratamentos tradicionais forem adotados mais cedo, é possível postergar o surgimento dos estágios mais graves da doença. O tratamento para quem é diagnosticado com Alzheimer consiste no uso de medicamentos que retardam o avanço da concentração das proteínas no cérebro e atuam também sobre os sintomas. 

O Alzheimer tem sete fases, segundo definição do médico Barry Reisberg, diretor do programa de pesquisa e educação sobre a doença da Escola de Medicina da Universidade de Nova York. Essa divisão é usada por especialistas em todo o mundo, algumas vezes simplificada para cinco ou mesmo três estágios. 

No primeiro estágio, por exemplo, não há nenhum sintoma de demência. No segundo momento, aparecem algumas dificuldades cognitivas e/ou funcionais. Pessoas mais velhas com esses sintomas reclamam de não conseguir lembrar de nomes com a mesma facilidade com que faziam cinco ou dez anos antes. 

Em estágios iniciais da doença, segundo especialistas, atividades intelectuais e exercícios físicos podem ajudar a retardar o avanço da doença. Uma vez que a doença é diagnosticada, tem início o tratamento - que também contribui para que o Alzheimer progrida de forma mais lenta. 

“Já sabemos que existem vários fatores de risco para o Alzheimer, como perda auditiva, isolamento, depressão, além de outros mais conhecidos, como pressão alta, sedentarismo, abuso de álcool, diabete”, diz o médico. 

“No caso das pessoas com índice de suscetibilidade alta à doença, podemos agir sobre esses fatores de risco conhecidos, retardando muito a evolução do Alzheimer. No caso de pessoas diagnosticadas precocemente, conseguimos encaminhá-las aos tratamentos disponíveis atualmente muito mais cedo do que o normal.”

50 milhões de pessoas têm a doença, estima a OMS

O estudo multicêntrico é feito nos EUA, Japão, México, Jamaica, Escócia, entre outros países. Um dos seus principais objetivos é preparar os países para o grande impacto da doença. Atualmente, diz a Organização Mundial de Saúde (OMS), 50 milhões de pessoas sofrem com a doença de Alzheimer em todo o mundo. Isso equivale a um novo caso a cada dois segundos. Com o aumento da longevidade, a espera-se que os diagnósticos sejam 80 milhões em 2030 e 150 milhões em 2050.

No estudo, os especialistas avaliam idosos com mais de 60 anos com uma avaliação cognitiva feita digitalmente. O exame, diz o médico, tem alto nível de sensibilidade. Detecta o comprometimento cognitivo dos idosos. Aqueles com algum problema, mesmo mínimo, são encaminhados para um exame de sangue. É um busca por biomarcadores da doença.

Veja a seguir algumas dicas para se prevenir do Alzheimer

  • Mantenha sua mente ativa com estudos
  • Cuide da sua audição

A perda auditiva ao longo da vida pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de demências

  • Abandone vícios como álcool, cigarro e drogas
  • Proteja a cabeça

Traumatismos cranianos podem ser causadores de demências. Use capacete quando for andar de skate, patins ou bicicleta.

  • Pratique exercícios físicos

Mexer o corpo ao longo de toda a vida é recomendação para evitar o Alzheimer e outras demências. 

  • Cuide da saúde cardiovascular

A pressão alta ou hipertensão arterial, ao longo da vida, é danosa para a saúde, inclusive a do cérebro

  • Fuja da poluição e do fumo passivo
  • Alimente-se bem
  • Tenha um hobby e mantenha uma vida social ativa

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Alzheimer: Sintomas da doença podem ser adiados com diagnóstico precoce e atividades intelectuais - Saúde Estadão
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Governo de Minas entrega 11 ônibus do Transporta SUS em Curvelo - Agência Minas Gerais

Seguindo a meta de levar os serviços de saúde cada vez mais próximos ao cidadão, o Governo de Minas , por meio da Secretaria de Estado de Sa...