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Saturday, May 7, 2022

As cinco principais doenças decorrentes da hipertensão arterial - Estado de Minas

Médica aferindo a pressão arterial da paciente
Enjoo e tonturas são alguns dos sintomas de quem tem hipertensão (foto: Freepik/DIvulgação)

hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é considerada um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, renais e até mesmo neurológicas.

A circulação sanguínea tem uma pressão normal de 120 x 80 mmHg. Quando essa pressão aumenta, alcançando um índice maior ou igual a 140 x 90 mmHg, por tempo prolongado, caracteriza-se como hipertensão.

Os sintomas tendem a aparecer apenas nos estágios mais avançados como, enjoo, tonturas, cansaço excessivo, visão embaçada, dificuldade para respirar ou dor no peito e, se não tratados adequadamente, podem evoluir para outras doenças.

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AVC

De acordo com o neurologista Carlos Henrique Carneiro, a hipertensão pode contribuir para vários tipos de AVC. Com o aumento da pressão e a incapacidade de dilatação das artérias da cabeça, amplia-se o risco de entupimentos. A consequência pode ser obstrução ou rompimento de vasos sanguíneos no cérebro.

Leia também: Estações mais frias do ano podem aumentar o risco de AVC

Insuficiência Renal

A hipertensão arterial pode acometer as artérias renais e fazer com que os rins percam, progressivamente, a função, levando ao quadro de insuficiência renal. Segundo o nefrologista Carlos Eji Koga, no estágio inicial, a insuficiência renal não costuma apresentar sinais: "É o que chamamos de doença silenciosa. Já em casos mais avançados, os sintomas estão relacionados à diminuição do volume de urina, náuseas e vômito, alteração do hálito, espuma na urina e retenção de líquido".

Pacientes com hipertensão mal controlada, com fator de risco, problemas cardíacos, diabetes, obesidade, sedentarismo, e doenças genéticas, como pedras nos rins, têm maior propensão para a falência renal.

Infarto

A hipertensão arterial é um dos maiores fatores de risco para o processo inflamatório crônico das paredes das artérias com acúmulo de colesterol, plaquetas, fibrinas, cálcio e restos celulares que leva à formação de placas enrijecidas e reduz a elasticidade. Consequentemente, os vasos sanguíneos são obstruídos e podem levar ao infarto.

Por isso, pacientes com fatores de risco como diabetes, tabagismo, sedentarismo, obesidade, predisposição genética e a hipertensão arterial mal controlada devem prestar atenção aos sinais. "O infarto costuma se apresentar com dor torácica em aperto ou pressão que piora aos esforços e melhora no repouso, podendo também estar associado a falta de ar progressiva, enjoo, vômitos, suor frio" alerta a cardiologista Bárbara Pires.

Arritmia

Outra doença cardiovascular que pode ser resultado da hipertensão é a arritmia. Os principais sintomas são palpitação, dor no peito, falta de ar, cansaço, tontura e desmaio. Já o tratamento da arritmia vai depender dos sintomas, da gravidade e dos riscos de complicação da arritmia.

Qualquer pessoa, independentemente da faixa etária e sexo, pode sofrer arritmia cardíaca. No entanto, "a maioria das ocorrências está relacionada a quem apresenta doenças cardíacas prévias e que tem histórico dessas doenças na família, como é o caso de pessoas com hipertensão", ressalta a especialista Bárbara.

Insuficiência Cardíaca

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a hipertensão e o entupimento das artérias coronárias, frequentemente associado à hipertensão arterial, são responsáveis por mais da metade dos casos de insuficiência cardíaca. "Quando a hipertensão arterial é controlada, a longo prazo, a pressão elevada sobrecarrega o músculo cardíaco, deixando-o cada vez mais fraco e com dificuldade para bombear o sangue em quantidade adequada para atender às necessidades do corpo", conclui Pires.

O principal sintoma da insuficiência cardíaca é o cansaço ao realizar esforços habituais. Além disso, também pode apresentar inchaço nas pernas, dor ou desconforto no peito, dificuldade para dormir com a cabeceira baixa, despertar noturno devido à falta de ar.

Apesar de não ter cura, as chances de controle da hipertensão são muito altas. Então é fundamental manter um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática de atividades físicas. O acompanhamento médico também é importante para verificar se há necessidade de tratamento medicamentoso.

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