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Wednesday, November 10, 2021

Dormir entre 22h e 23h é o ideal para evitar doenças cardíacas, diz estudo - Revista Galileu

Dormir entre 22h e 23h é ideal para evitar doenças cardíacas, diz estudo (Foto: Elena Koycheva/Unsplash)

Dormir entre 22h e 23h é ideal para evitar doenças cardíacas, diz estudo (Foto: Elena Koycheva/Unsplash)

Por meio de muitos estudos, a ciência já demonstrou o quão importante é manter bons hábitos de sono para preservar a boa saúde. Mas será que, além da “regra” das oito horas dormidas por dia, outros aspectos desse sagrado descanso podem interferir no nosso bem-estar? Um grupo de cientistas do Reino Unido resolveu investigar qual seria o horário mais adequado para isso.

Em artigo publicado nesta terça-feira (9) no periódico European Heart Journal – Digital Health, da Sociedade Europeia de Cardiologia, eles concluíram que o hábito de ir dormir entre 22h e 23h está relacionado a um risco menor de desenvolver doenças cardíacas, se comparado a quem tem o costume de se deitar mais cedo ou mais tarde.

“O corpo tem um relógio interno de 24 horas, chamado de ritmo circadiano, que ajuda a regular o funcionamento físico e mental”, explica David Plans, autor de estudo e pesquisador da Universidade de Exeter, em comunicado. “Embora não possamos concluir a relação de causalidade no nosso estudo, os resultados sugerem que a hora de dormir cedo ou tarde pode ter maior probabilidade de atrapalhar o relógio biológico, com consequências adversas para a saúde cardiovascular.”

Enquanto muitos estudos se debruçaram sobre a relação entre a duração do sono e o desenvolvimento de doenças cardíacas, os pesquisadores britânicos decidiram pesquisar a associação desses problemas de saúde com o horário de ir para a cama. Para isso, 88.026 pessoas foram recrutadas entre 2006 e 2010 por intermédio do UK Biobank, um banco de dados médicos usado para estudos em larga escala no Reino Unido.

Os pacientes analisados tinham entre 43 e 79 anos, com uma média de 61 anos, e 58% eram mulheres. Para saber exatamente que horas eles estavam indo dormir e quando acordavam, um acelerômetro foi acoplado no pulso de cada um, coletando dados por sete dias. Além disso, os participantes responderam a questionários sobre aspectos físicos, demográficos, de saúde e estilo de vida. Então, foram avaliados para o diagnóstico de doenças cardiovasculares, definidas como ataque cardíaco, insuficiência cardíaca, doença cardíaca isquêmica crônica, derrame e ataque isquêmico transitório.

Os participantes da pesquisa foram acompanhados de cinco a sete anos, em média. Durante esse período, 3.172 deles (3,6%) desenvolveram doenças cardiovasculares. A incidência foi menor entre aqueles que iam dormir das 22h às 22h59. Em comparação, os que se deitavam antes das 22h tinham ocorrência de doenças cardíacas 24% maior; e entre aqueles que dormiam entre 23h e 23h59, o índice foi superior em 12%. Já os que só iniciavam o descanso noturno à meia-noite ou mais tarde, demonstravam um risco 25% maior.

Análises posteriores também apontaram que essa associação entre o horário de ir para a cama e o risco de doenças cardiovasculares é mais forte em mulheres. A explicação para isso, no entanto, ainda não é conhecida, segundo os cientistas. Em homens, apenas o hábito de dormir antes das 22h apresentou um risco significativo.

“Pode ser que haja uma diferença de sexo em como o sistema endócrino responde a uma interrupção no ritmo circadiano”, sugere Plans. “Além disso, a idade mais avançada dos participantes do estudo pode ser um fator de confusão, uma vez que o risco cardiovascular das mulheres aumenta após a menopausa — o que significa que pode não haver diferença na força da associação entre mulheres e homens.”

Ademais, os pesquisadores concluíram que, apesar do estudo não apontar uma relação de causa e efeito entre o horário de ir dormir e o desenvolvimento de doenças cardíacas, os dados indicam que esse hábito pode atuar como potencial fator de risco. “Se nossas descobertas forem confirmadas em outros estudos, o horário e a higiene básica do sono podem ser uma meta de saúde pública de baixo custo para reduzir o risco de doenças cardíacas”, afirma Plans.

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